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Aula_07

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Psicologia Social I
Carla Pires
 Mendes
Aula 7
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Conteúdo
Cognição
Dissonância Cognitiva: conceito
Exemplos de situação de dissonância no cotidiano
Dissonância Cognitiva e suas aplicações
Tomada de Decisão individual e grupal
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Dissonância Cognitiva e suas aplicações 
1957: Leon Festinger publica Theory of Cognitive Disssonance.
Ponto central da teoria: procuramos estados de harmonia com nossas cognições.
Elementos cognitivos:
Em estado de relevância: A é melhor que B, opto por B (relevantes e dissonantes porque o contrário de um segue-se do outro)
Em estado de irrelevância: A é melhor que B, opto por C.
Cognição: “qualquer conhecimento, opinião ou crença acerca do ambiente, acerca da própria pessoa ou acerca de seu comportamento”. (FESTINGER, 1957, p.3)
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Cognição
Conjunto de processos cognitivos, de pensamentos _associados a sentimentos e comportamentos_ utilizados por alguém para compreender fenômenos, pessoas e a si mesmo.
Através da cognição julgamos tão velozmente que cometemos equívocos e injustiças.
A Teoria da Dissonância Cognitiva é uma das teorias utilizadas para compreender o modo pelo qual fazemos julgamentos.
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Temos frequentemente elementos cognitivos incongruentes:
“Fazer cópias de material original (dvd, cds, livros) é pirataria porque viola princípios de autoria.”
“Se não paguei, não me pertence.”
“Originais são muito caros.”
“Os artistas ganham menos que os 
empresários.”
“Se fosse mais barato daria
para comprar originais.”
© Feng Yu | Dreamstime.com
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Dissonância Cognitiva
É um estado desagradável, exigindo que se tente reduzi-la ou eliminá-la. 
© Frenta | Dreamstime.com
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Situação: 
Preço dos ingressos:
Premium (em pé): R$ 600,00 
Cadeira Superior não numerada: R$ 450,00 
© Ryan Jorgensen | Dreamstime.com
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Usualmente evitamos acontecimentos provocadores de dissonância.
Se a dissonância conta com elevado número de grau de importância de cognições, apresenta maior severidade.
Resolver a dissonância pode exigir que se criar novas cognições ou mudar existentes.
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Quando usamos uma cópia pirata do Windows em casa, nós nos justificamos dizendo:
que “o original é muito caro, mas se fosse mais barato nós até compraríamos” e, além disso, que “a Microsoft já ganha dinheiro suficiente”.
© GilbertC | Dreamstime.com
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Elaboramos autênticas justificativas a tais decisões.
São elas de fato tão autênticas e honestas quanto gostaríamos que elas fossem? 
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Conflito x Dissonância
Antes de uma pessoa tomar uma decisão por uma de suas cognições, ela está em CONFLITO, sendo este um período pré-decisional no qual a pessoa avalia suas alternativas de modo objetivo e não tendencioso.
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Onde?
Conflito x Dissonância
Tomada a decisão, supervalorizam-se os elementos cognitivos que se mostram consonantes e, concomitante a isso, os elementos cognitivos dissonantes com a alternativa rejeitada são desvalorizados.
O que?
Quando?
Por quê?
Como?
© Plusproduction | Dreamstime.com
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Arrependimento Pós-Decisional
Brehm (1956):
Experimento sobre a atratividade de oito produtos de valores semelhantes a 20 dólares cada.
Mostram-se diferentes 
os estados 
pós-decisional se as intervenções sobre as escolhas se dão nos períodos pré ou pós decisional.
http://theskillsfarm.co.uk
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Dissonância por Aquiescência Forçada
Experimento Clássico de Festinger e Carlsmith com tarefa monótona e enfadonha seguida de recompensa de 1 ou 20 dólares para admitir a tarefa como interessante.
Quanto menor o incentivo maior será a magnitude da dissonância para engajamento em comportamento contrário a de seus valores.
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Para o pesquisador, os alunos não se sentiam bem em receber US$ 1,00 para mentir e, por isso, precisavam de outras razões para tal. Já os que ganharam mais logo abandonavam a farsa pois, afinal, receberam um dinheiro razoável por sua integridade.
Paradigma da Recompensa Insuficiente: Será que o primeiro grupo realmente acreditava nas mentiras que contava ou apenas tentava se justificar e reduzir o sofrimento por venderem suas consciências por pouco?
Paradigma da Recompensa Insuficiente
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Elliot Aronson e Judson Mills (1959)
Dissonância como resultante do esforço ou do sofrimento não recompensado
Alunos de Stanford, voluntários no estudo foram convidados a tomar parte de um grupo que discutiria Psicologia e sexo. 
Participar do grupo exigia, contudo, que passassem por um ritual de iniciação:
O grupo controle: apenas tiveram de ler palavras de conotação sexual de um dicionário comum.
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O grupo experimental: recitar em público as passagens mais picantes e explícitas de "O amante de Lady Chatterley”, extremamente pornográfico para a década de 50.
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Em seguida, os dois grupos assistiam juntos o que supostamente seria a gravação da reunião anterior com os veteranos do grupo: monótonas discussões sobre os hábitos de acasalamento dos pássaros (empolgantes mudanças em suas plumagens e emocionantes ritos de azaração). A gravação tinha propositadamente um tom entediante e desinteressante nos diálogos pela falta de variação no tom de voz e longas pausas entre as frases. 
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Solicitados a avaliar a gravação ouvida, de acordo com vários aspectos, os que passaram pelo ritual de iniciação mais leve (ler o dicionário) indicaram terem detestado a experiência “aborrecedora e sem sentido”, tendo se arrependido pela participação.
Os sujeitos do grupo experimental (que leram a pornografia) classificaram a gravação como muito interessante e empolgante. 
Seria este um comportamento apresentado apenas tentando se justificar e reduzir o sofrimento pelo qual haviam passado?
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Passar a 40 km/h numa via que você desejaria dirigir à 90 km/h. 
Se é via com velocidade controlada precisa ser obedecida. 
Mas é um absurdo, porque nada justifica.
© Aleksvf | Dreamstime.com
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Todo dia a vida nos oferece oportunidades para sermos 
pessoas melhores.
Abrir ou não a porta do elevador para alguém?
Dar passagem no trânsito?
Estacionar na calçada?
Ligar para um amigo antigo?
Poupar dinheiro?
Praticar atividade física?
Parar de fumar?
Trabalhar menos?
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Todo dia a vida nos oferece, também, oportunidades de sermos 
pessoas piores.
Furar fila?
Avançar o sinal?
Comer salgado e tomar refrigerante no café da manhã?
Burlar o imposto de renda?
Piratear?
Faltar o trabalho?
Faltar a academia? 
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Avancei o sinal porque estava atrasada...
Fechei o cruzamento porque o outro me atrapalhou nisso.
Comi porcarias porque é sábado.
Burlei o imposto de renda porque o governo tem escândalos maiores. 
Hoje não fui à academia porque amanhã compensarei exercitando mais.
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Teoria da Dissonância Cognitiva
Desafia o Behaviorismo radical de Skinner? O comportamento é muito mais motivado pelas recompensas do que pelas punições como propunha Skinner?
 
Diferente de ratos e pombos, o ser humano pensa. Nossas escolhas e atitudes e, porque pensamos, nossas escolhas e atitudes transcendem os efeitos de recompensas e punições?
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Resumindo...
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Referência
BRAGHIROLLI, Elaine Maria. PEREIRA, Siloé; RIZZON, Luís Antônio. Temas de psicologia social. 7.ed. Petrópolis: Vozes, 2005. 
JACQUES, Maria da Graça Corrêa et al. Psicologia social contemporânea: livro-texto. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
BOCK, Ana Maria Mercês; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
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Referência
RONSON, E.; WILSON, T.D. - AKERT, R.M. Psicologia Social. LTC, 2002. Rio de Janeiro – Capítulos 1 e 2. KRÜGER, H. Introdução a Psicologia Social. Vozes. Petrópolis, 1985. 
PEREIRA, M. (org.) Estereótipos, preconceitos e discriminação: perspectivas teóricas e metodológicas. Salvador: EDUFBa, 2004. vol. 1.
 
RODRIGUES, A. Psicologia Social para principiantes. 10.ed.
São Paulo: Vozes, 2005.
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Psicologia Social I
Carla Pires
 Mendes
Atividade 7
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Explique a ‘Dissonância Cognitiva’
 
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