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Boa noite...
O tema de minha monografia é “A (IM) POSSIBILIDADE JURÍDICA DE CONFIGURAÇÃO DO CRIME DE ESTUPRO NA RELAÇÃO CONJUGAL, FACE A LIERDADE DA MULHER”. 
Escolhi este tema, pois eu gosto de me informar sobre os direitos das mulheres e uma vez que é errado o uso de ameaça e violência, acredito ser pior quando esta pratica esta destinada para o fim de obter relação sexual e a ser cometido pelo marido, torna-se ainda mais grave.
Para compreender melhor o tema é preciso entender alguns conceitos.
Silvio Rodrigues conceitua o termo casamento como “um contrato de direito de família com o fim de promover a união do homem e da mulher conforme a lei, a fim de regular suas relações sexuais, cuidarem da prole em comum e prestarem assistência mutua.”.
Com o casamento muitos alegam existir o debito conjugal, ou seja, o direito-dever dos cônjuges de cederem seus corpos no intuito de ter satisfação sexual. 
 	É certo que com o casamento civil surgem certas obrigações, no entanto, estas obrigações não podem ferir os direitos a liberdade da mulher e sua autonomia de vontade. 
Assim é necessário que se entenda o conceito de estupro que se encontra no art. 213 do código penal que é definido do seguinte modo: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. 
 Através da leitura de tais conceitos e a união deles foi que cheguei ao meu problema de pesquisa:: Os direitos e deveres próprios ao casamento originados pelo Código Civil, evidenciam a importância quanto à decisão da vítima e direito que esta tem sobre seu corpo, buscando assim solucionar o seguinte questionamento: É possível a ocorrência de estupro cometido pelo próprio marido na constância do casamento?
Tendo por hipótese : Que mesmo com o casamento a mulher tem garantido por lei o direito de dispor de seu corpo e de sua liberdade sexual da maneira que melhor entender, uma vez que sendo forçada pelo marido a praticar relações sexuais, será considerado crime de estupro.
De tal modo, apresenta como marco teórico o entendimento de Ferraz que explica:
O estupro da mulher casada, praticado pelo marido, não se confunde com a exigência do cumprimento do débito conjugal ,que há a possibilidade do casal que se encontra sob o mesmo teto praticar relações sexuais, porém não autoriza o marido ao uso da força para obter relações sexuais com sua esposa (...). A violência sexual na vida conjugal resulta na violação da integridade física e psíquica e ao direito ao próprio corpo. 
	O primeiro capítulo sob tema “DIREITO DE FAMÍLIA”, aborda a conceituação de família,onde é importante destacar o artigo 226, §4 da CF, que diz: entende-se como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. E seu artigo 5] cita que todos são iguais perante a lei e no inciso I do mesmo artigo, fica clara a isonomia entre homens e mulheres em direitos e deveres. 
Explana sobre o MODELO PATRIARCAL E SEUS ALCANCES, modelo de sociedade que não havia uma parceria e igualdade entre homens e mulheres, assim criou um espaço para uma sociedade machista, onde as mulheres eram submissas e deviam realizar as vontades do marido.
 Explica sobre o DIREITO CANÔNICO e como ele influenciou e influencia o direito brasileiro. Foi no direito canônico que criou a denominação conjugal, que tinha por objetivo disciplinar as relações sexuais dos nubentes.
O 2º Capitulo com tema “EVOLUÇÃO DO CRIME DE ESTUPRO E ANÁLISE DOGMÁTICA DO TIPO PENAL”, faz uma análise conceitual e evolutiva do delito de estupro. Onde, nas ordenações filipinas, antiga legislação penal, aqueles q cometessem o crime de estupro com qualquer mulher que fosse, honesta ou não, seria punido com o crime de morte.
Em1830, no código criminal do império, o 
 Observando as mudanças ou não do OBJETO JURÍDICO, SUJEITO ATIVO E PASSIVO, TIPICIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA, CONSUMAÇÃO E TENTATIVA, CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA, AÇÃO PENAL, 	antes e depois do advento da Lei 12.015/2009.
	Por fim, o terceiro capitulo fala sobre o DIREITO DA MULHER E A VIOLÊNCIA SEXUAL, onde explica sobre a evolução da igualdade da mulher no Brasil, tendo como marco importante a criação da Lei 10.406/2.002, o atual Código Civil, onde o legislador buscou equiparar ambos os sexos, com o intuito de alcançar a igualdade de direitos que é defendida pela Constituição
	Explana sobre a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DIGNIDADE SEXUAL, onde mesmo com todas as modificações ocorridas na sociedade brasileira com o decorrer dos anos, o estupro marital ainda aparece em diversas relações conjugais. Assim, a dignidade da pessoa humana e a dignidade sexual são violadas através da violência sexual empregada pelo marido contra a própria esposa.
	Aborda sobre os efeitos jurídicos do casamento, podendo afirmar que com o casamento nascem certas obrigações, porém, a mulher sendo casada ou não, tem garantido por lei seus direitos quanto o modo de dispor do seu próprio corpo ou da sua liberdade sexual, conforme, afirma os dizeres do art. 5º, II, da Constituição Federal que descreve o seguinte; “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.alem do mais, os direitos e deveres inerentes à sociedade conjugal devem ser exercidos de forma igual entre homem e mulher, de acordo com a determinação da CF/88 em seu artigo 226, § 5º.
Finalmente,o estupro é uma conduta ilícita que tem como objeto jurídico a integridade e liberdade sexual, com o fim de garantir a dignidade sexual. 
Quanto ao estupro conjugal, existem duas correntes que tratam deste assunto; Nelson Hungria e Noronha alegam ser obrigação da mulher manter relação sexual, uma vez que se trata de debito conjugal, sendo que uma vez casados à mulher não pode se opor ao sexo, que tem por finalidade a perpetuação e que caso o marido forçasse sua esposa estaria apenas exercendo o seu direito. A 2º corrente que é a apresentada neste projeto tem como adeptos Damásio e Mirabete, que defendem que mesmo que com o casamento surja o direito a manter relações sexuais, a mulher não pode ser forçada a isto. Assim a mulher negando-se a praticar tal ato, o cônjuge rejeitado terá de recorrer a outros meios, mas nunca utilizar-se da violência ou ameaça.
	No entanto, através do presente trabalho é possível concluir que 
-Aprofundar no terceiro capitulo
-conclusao
Apresentando o seguinte objetivo:
Analisar sobre as influências ainda viventes do modelo patriarcal, modelo a qual as mulheres eram submissas aos seus maridos e viviam exclusivamente para eles, e que mesmo com a conquista de direitos, ainda há mulheres que sofrem deste e de outros males traçados na intolerância e discriminação em favor do seu sexo.	Atualmente, o número de denúncias de estupro cometidos por maridos contra esposas ainda é baixo, visto o numero de acontecimentos, isto acontece, na maioria das vezes, pela falta de conhecimento da criminalização do ato, baseando nos valores culturais antigos ainda seguidos . ( outras vezes por ter vergonha do que a sociedade ira pensar).

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