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Instrumentos de Controle Social- História do Direito- Resumo Expandido

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SOBRE O SENTIDO DA EXPRESSÃO CONTROLE SOCIAL
DORNELES, Thagner Marcelo Pilar; BRUTTI, Tiago Anderson².[0: Acadêmico do curso de Graduação em Direito da Universidade de Cruz Alta. Contato: thagner.dorneles@gmail.com² Doutor em Educação nas Ciências/Filosofia. Professor no curso de Direito e no Programa de Pós-Graduação em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social da Universidade de Cruz Alta. Contato: tbrutti@unicruz.edu.br.]
Palavras-chave: Contrato social. Sociedade. Sistemas de controle social. 
INTRODUÇÃO
	Esta investigação, a partir de uma perspectiva multidisciplinar, discute o sentido da expressão controle social. Para isso se utiliza de autores contratualistas como Hobbes, Locke e Rousseau (Rocha, 2005, p. 66). A expressão em análise não deve ser compreendida necessariamente como favorável ou não a interesses particularistas.
Controle Social é um termo ambíguo, pode ser a integração da sociedade ante a administração publica (FIGUEIREDO; SANTOS, 2013, p. 7). De outra forma, mas não menos importante, muito antes pelo contrário, é quando o controle se dá para que sejam reguladas, até mesmo censuradas as relações humanas na sociedade, sendo esta segunda forma que será o tema deste trabalho.
	O Controle Social se da por diversos meios, Segundo Wolkmer et al(2006 ) dentre eles o que se mostra mais eficiente é Direito. Dentre as outras formas pelas quais se tem na sociedade, a moral, a religião e as regras de tratamento, considera-se estes como também parte integrante do controle social.
Moral
 A palavra Moral deriva do latim mores,“relativo aos costumes’’ A teoria dos círculos secantes dada por Pasquier (1997 apud Neto p. 23) reza que o Direito e a Moral coexistem, pois existe o campo entre os dois que prega os mesmos preceitos. Segundo Condorcet (1968 apud SILVA, 2007, p. 1 ): A moral deveria ter origem de uma instrução adequada, que fizesse alcançar o desenvolvimento normal das capacidades cognitivas e emocionais, e que viesse tornar uma pessoa capaz de ter preocupação não apenas com o seus próprio interesses particulares, mas com o destino da humanidade. A moral, por sua vez, de acordo com Tugendhat, consiste num sistema de obrigações intersubjetivas, podendo ser cultivada.
Pode se ver que a moral é empregada no controle social e da mesma forma também objetivando que sejam mantido um conjunto de valores e normas para nortear a conduta e a relação dos homens entre si.
ACERCA DE RELIGIÃO COMO FORÇA DE CONTROLE SOCIAL
	Parafraseando Max Weber: Existem 3 tipos legítimos de dominação(por dominação entende-se a probabilidade de se ter obediência em ordens especificas), uma delas é a dominação através do carisma, essa se dá não necessariamente por objetivos financeiros, mas sim por crer que o dominador tenha poderes ou qualidades sobrenaturais. A religião em determinados tempos pode ter grande poder de estourar revoluções e de cessar guerras(WEBER, 1999, p. 139-188).
Tendo o conceito da dominação exercida pela religião pode se concluir que a Religião exerce na vida de determinadas pessoas o controle social através do carisma, que é exercido por um líder, que como detentor dos poderes superiores o mesmo possui uma infalibilidade. [...] “Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades.” (Catecismo da Igreja Católica, 2014,p. 245, grifo nosso).
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Em que pese ao escrito anteriormente, as forças coercitivas de controle social podem ser efetivamente produtivas, na sociedade desde que não seja usado a força em excesso ou seja conforme diz Hobbes acerca do Contrato Social: O erro esta no uso da demasiado da força e não na fraqueza. Ainda no que se refere aos instrumentos de controle social, a contribuição de Leão Tolstoi é de grande valor ao presente trabalho, o mesmo autor prega em seu escrito de forma implícita que: Os Estados, as Igrejas, os Tribunais e os Dogmas eram apenas ferramentas de dominação de uns poucos homens sobre outros.
Após analises bibliográficas, reflexões dialéticas em âmbito acadêmico, conclui-se que os Instrumentos de controle social estão presentes na sociedade exercendo estes perante a população uma dominação implícita, para a grande maioria. Ou seja é importante reafirmar que estes não estão necessariamente ligados á interesses particularistas. Ainda posteriormente ficam abertas as questões acerca dos instrumentos de controle social, como forma de combate a criminalidade e ainda a educação como ferramenta de dominação. Pese a tudo isso é de peso ao trabalho uma posterior investigação sobre a educação moral e cívica, que pode desempenhar um importante papel na efetivação de politicas publicas de combate á violência. (ABREU; FILHO, p. 125 –134, 2006)
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Referências: 
ABREU,Vanessa Kern de; FILHO, Geraldo Inácio. A EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA – DOUTRINA, DISCIPLINA E PRÁTICA EDUCATIVA. in: Revista HISTEDBR, Campinas, n.24, p. 125 –134, dez. 2006. 
Catecismo da Igreja Católica. Ed. Típica Vaticana. Ed. Loyola SP, 2014.
FIGUEIREDO,Vanuza da Silva; SANTOS, Waldir Jorge Ladeira dos. TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Temas de Administração Pública, 8(1).
PASQUIER, Claude du. Introduction à la théorie générale et à la philosophie du Droit. p. 316. Apud GRASSI NETO, Roberto. Curso de direito civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997. p. 23.
ROCHA, José Manuel de Sacadura. FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA DO DIREITO: DA ANTIGUIDADE AOS NOSSOS DIAS. 5. ed. São Paulo: Altas, 2013. 
SILVA, S. R. A civilização contra a tradição no projeto iluminista de Condorcet. In: REUNIÃO ANUAL DA APNED, 30., 2007, Minas Gerais. Anais eletrônicos… Minas Gerais: UTP, 2007. Disponivel em: <http://30reuniao.anped.org.br/trabalhos/GT17-3001--Int.pdf>. Acesso em: mar. 2015.
TOLSTOI, Leon. Guerra e Paz, Parte I. Ed. 2009.
TUGENDHAT, Ernst. Lições sobre Ética. 6ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 2007. 
WEBER, Max (1921[1999]) Economia e Sociedade. Brasilia: Editora da UNB, Capitulo III "Os Tipo de Dominação'': p. 139-188.
WOLKMER, Antonio Carlos (org.). Fundamentos de história de direito. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. 400p.

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