Buscar

OBRA RESENHADA: MACHADO, Fernando Inglez de Souza,Um Olhar Interdisciplinar a Propósito da Alienação Parental.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UMA TORTURA INVISÍVEL 
NOME DO RESENHISTA: Thagner Marcelo Pilar Dorneles
REFERÊNCIA DA OBRA RESENHADA:
MACHADO, Fernando Inglez de Souza,Um Olhar Interdisciplinar a Propósito da Alienação Parental. Disponível em : <http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2014_2/fernando_machado.pdf>. Acesso em: 23 março 2015.
SÍNTESE DO TEXTO:
Como o título sugere:Um Olhar Interdisciplinar a Propósito da Alienação Parental, o trabalho apresenta os pontos chave, do processo de conflitos familiares, sob uma visão jurídica e holística, apresenta o processo de implantação e analisa a Lei nº 12.318/10.
RESENHA
O estudo se baseia nas relações da lei junto com os conflitos familiares,tendo como foco a Alienação Parental, isto é quando após o acontecimento do divórcio um dos ex-cônjuje ou companheiro, busca a desmoralizar ou desvincular o outro ex-companheiro de seus filhos sob o aspecto moral, social etc. Anteriormente á Lei nº 12.318/10, não havia no Brasil uma legislação que punisse tais casos de abuso. O pioneiro nos estudos da Alienação Parental, Richard Gardner foi quem possibilitou que cada vez mais fossem diagnosticados casos de Alienação Parental. Antes de tudo o autor faz uma analise da constitucionalidade, a proposito da alienação parental. Tal analise estende-se para o principio da dignidade humana também constante na Constituição Federal. As justificativas alinham para os ideais jurídicos formalistas, axiomáticos, tradicionais, não algo crítico. Está em esgotamento profundo o modelo tradicional, aponta o autor, não estando preparado para enfrentar tais complexidades dos novos tempos. Convém destacar que é perfeitamente claro, que o direito de família é revolucionado quando aponta igualdade entre os cônjuges e companheiros, apesar da descriminação contra a mulher ainda estar presente no plano concreto. Sobre a guarda dos filhos é apresentada uma visão ampla de como decorrem as decisões dos juizados, sempre partindo daquele principio embasado na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do adolescente e também da Lei do Divórcio que diz que a guarda da criança deve sempre ficar com aquele que tem melhores condições de manter o incapaz. mas de qualquer forma o poder dos pais continua, equivalentes no que se refere a decisões sobre o menor. Sobre a Síndrome de Alienação Parental a SAP pode se entender que o sofrimento da criança então não advêm da separação em si mas sim da falta da presença de um dos genitores o que pode lhe causar grande angustia, dentre outros traumas maiores ou menores. Frisa-se que estes efeitos decorrentes da SAP sobre as crianças podem ser irreparáveis.O autor faz uma apresentação não muito clara quanto aos objetivos da alienação, pois muitos dos pais alienadores não agem conscientemente, nem percebendo o mal todo que estão causando aos filhos. De qualquer forma fica muito claro que toda e qualquer tentativa por parte dos pais de alienar os filhos menores conta o outro genitor além de violar o principio da legalidade jurídica, também extrapola acerca dos limites da moralidade, sendo que segundo o autor toda a sociedade deve se juntar para que casos de SAP sejam investigados e julgados. Além de todas as considerações do ator sobre a SAP é feito também no texto é muito bem feita uma verificação que o fator biológico não é suficiente para fundamentar a filiação mas sim o fator afetivo. Sendo de qualquer forma no que tange ao aspecto jurídico prático, é muito evidente no texto algumas decisões já com transito em julgado, sobre casos de SAP, que segundo o autor são claros exemplos de frutos da implantação da Lei nº 12.318/10, o que também segundo o autor é uma impositiva forma de se alcançar a efetiva melhora nas relações do direito de família, mesmo que não sendo por medo que irá se deixar de cometer tal aberração, mas sim por adquirimento de consciência de que os filhos não devem ser usados como objetos em casos de separação litigiosa, cabendo ao juiz decidir qual será a melhor opção para o futuro da criança. Pode se concluir então que tais aberrações que alguns pais vem a cometer em busca de difamar ou tentar causar dano ao ex-parceiro são praticas ilegais, passiveis de punição, sendo também que a sociedade tem dever de conscientizar a população sobre a Lei nº 12.318/10, e que os traumas psicológicos podem ser muitas vezes serem causadores de grandes problemas na vida escolar, particular e familiar da criança, podendo ser permanentes.

Continue navegando