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A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO junho

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A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO
Resumo
Sabemos que a inclusão é um direito de todos, mas será que todos estão conscientes das possibilidades que levam a inclusão. Saber o que é e trabalhar a inclusão é viver a experiência da diferença e vencer os preconceitos, valorizando assim o que é e o que cada um pode ser. A inclusão deve proporcionar possibilidades sem o ranço do preconceito, da discriminação, das rotulações, das segregações e dos estigmas. A inclusão deve levar o sujeito a vida sem doenças.
Temos necessidade de pertencer a algo. É um sentimento de pertencer. O que é fundamental para dar sentido a nossa existência. Quem não pertence adoece. Portanto, acredito que se você não inclui, não dá possibilidades, leva o sujeito à doença.
Em relação à educação, observa-se a emergência de uma educação inclusiva e de movimentos de combate ao preconceito. Preconceito que tira a esperança e a coragem de agir sempre de acordo com as idéias e ideais de quem quer aprender, conseguir e alcançar.  Todos devem ter acesso às escolas comuns e essas escolas devem buscar uma pedagogia centralizada para a diferença se tornar acessível. Para que cada sujeito consiga se sentir capaz perante suas necessidades. 
A pedagogia deve caminhar junta a estes preceitos e dessa forma tornar a escola uma facilitadora das possibilidades às pessoas com necessidades especiais. Essa escola deve facilitar a independência e autonomia, possibilitando aos discriminados a ocupação do seu espaço na sociedade. A escola deve valorizar o que eles são e o que eles podem ser. Não podemos deixar de lembrar sobre a formação do professor diante da inclusão.  Deve haver o diálogo e discussão sobre as possíveis dificuldades que esse professor pode apresentar. É muito importante que o professor esteja preparado para receber estes alunos e também o quanto é importante ele receber conhecimentos satisfatórios para proporcionar aulas bem mais preparadas, de qualidade. Muitas vezes, o próprio professor busca sua atualização, sua preparação, porque as escolas recebem os alunos sem a preocupação de que elas não estão preparadas para recebê-los e nem menos o professor.
Inclusão é o ato de permitir, favorecer ou facilitar o acesso ao meio comum, indistintamente, seja ela inclusão escolar e/ou social. A inclusão escolar é um movimento social que visa modificar as relações criadas com as pessoas chamadas portadoras de deficiências.
Portadores de deficiências são pessoas que apresentam algum tipo de comprometimento orgânico ou psicológico como necessidade de aprendizado diferenciado em determinados momentos.
A exclusão está vinculada a uma necessidade humana a categorizar e segmentar. 
A inclusão e exclusão se completam, porque quando eu excluo algo ou alguém, eu o incluo em algum outro patamar. E o professor se prepara para um processo de aprendizagem, se o aluno busca a escola para o processo de ensino-aprendizagem, o professor que vai trabalhar com a inclusão, deve estar muito mais preocupado, com o processo pedagógico como um todo, do que com o processo orgânico desta deficiência. A ancoragem deve ser constante, de sentido duplo.
As questões de aprendizagem, apesar de um comprometimento orgânico, me dão a possibilidade de fazer este processo de ensino-aprendizagem numa sociedade inclusiva que não busca igualar ou normatizar.
Levando a outras formas de aprendizagem, que não as racionais; trabalhando e convivendo com a heterogeneidade, com o trabalho interdisciplinar, porque não haverá uma homogeneidade em conquistas e sim desafios e ganhos diários.
A segregação dos seres humanos costuma ser motivada por motivos sociais, culturais ou políticos.
Conhece-se por segregacionismo a política que procura separar, afastar e excluir determinados grupos sociais. É habitual que a segregação se exerça contra as minorias (podendo ser religiosas, sexuais, etc.) embora também se possa tratar de um regime imposto por uma minoria dominante contra a maioria, como aconteceu com o apartheid na África do Sul, onde a minoria branca estabeleceu as condições de segregação relativamente à maioria negra.
 
No modelo segregacionista, a educação especial se configurava como um sistema de ensino paralelo, substitutivo ao regular. Fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, a segregação, como o próprio nome sugere, previa a separação física entre alunos com e sem deficiência no contexto educacional. Essa organização determinava que o processo de escolarização das pessoas com deficiência fosse restrito a escolas ou classes especiais, cujas práticas, fortemente ancoradas nos testes psicrométricos, nos laudos diagnósticos e na idéia de que algumas pessoas não eram capazes de aprender, configurava mais como clínico-terapêuticas e assistencialistas do que educacionais. Historicamente, o modelo segregacionista representa o primeiro dos três principais períodos quanto ao atendimento a pessoas com deficiência no contexto educacional: segregação, integração e inclusão. Até os anos 60, era o modelo preponderante no Brasil
Inserção parcial e condicional (crianças “se preparam” em escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares). Pede concessões aos sistemas
Mudanças visando prioritariamente a pessoas com deficiência (consolida a idéia de que elas “ganham” mais. Insere nos sistemas os grupos de “excluídos que provarem estar aptos” (sob este aspecto, as cotas podem ser questionadas como promotoras da inclusão)
O adjetivo integrador é usado quando se busca qualidade nas estruturas que atendem apenas às pessoas com deficiência consideradas aptas (escola integradora, empresa integradora etc.)
Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender idéias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual.
Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso exige estratégias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar idéias mais complexas.
A capacidade de argumentação dessas pessoas também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo.
Proposta de escola inclusiva:
Antes de qualquer coisa, é preciso saber se o aluno em questão é realmente portador de deficiência intelectual. Para isso, deve haver um parecer de um médico neurologista para endossar esta condição. Além disso, os deficientes intelectuais possuem geralmente um vocabulário limitado, e também apresentam dificuldades em lidar com as atitudes cotidianas. Caso tais sinais sejam percebidos pelo professor sem que os pais tenham feito o relato de algum problema cognitivo, cabe então à escola conversar com os pais e orientá-los a respeito de buscar uma consulta com um profissional que possa identificar com precisão o que o aluno tem.
O professor é capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer, o melhor caminho para se trabalhar, no entanto, é identificar as competências e habilidades que a criança tem. Propor atividades paralelas com conteúdos mais simples ou diferentes, não caracteriza uma situação de inclusão. É preciso redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, ajustar o tempo para a realização das atividades e usar estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala- o que também contribui para a integração e para a socialização do aluno.
Em sala, também é importante a mediação do adulto no que diz respeito à organização da rotina. Falar para o aluno com deficiência intelectual, previamente, o que será necessário para realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas é fundamental.
Conclusão
Conclui que podemos construir uma teoria baseada em muitas diferenças, em muitas ideologias para explicar as necessidades, os cuidados, os recursos, as estruturas e os significados das "diferenças" para que elas não se tornem anormais, inferiores e com desvantagens para alcançar o que desejam e o que têm por direito. O apoio leva todos se tornarem independentes, e assim ter uma melhor convivência no meio social. Precisamos oferecer e demonstrar o respeito, a compreensão, cooperação, para incentivar a luta pelos direitos de sua inclusão. Eles podem ser capazes e ter potencialidades.
Referências:
https://escoladainteligencia.com.br/inclusao-escolar-relevancia-e-possibilidades/
https://www.escolaweb.com.br/blog/deficiencia-intelectual-otimas-dicas-para/

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