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Por Uma Arquitetura - Análise de Leitura

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DEPARTAMENTO DE PROJETO, HISTÓRIA E TEORIA 
TEORIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE IV 
ANÁLISE DE LIVRO 
Por uma Arquitetura – Le Corbusier 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNA: 
Glaucy Hellen Herdy Ferreira Gomes 
 
PROFª. Msc.: 
Carina Folena Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juiz de Fora, Junho de 2015. 
1) O que o arquiteto e teórico Le Corbusier julga ser importante na concepção 
e composição formal da arquitetura? 
Segundo Le Corbusier, a arquitetura deve seguir seu tempo, suas 
características espaciais e cronológicas. Em seu livro Por uma Arquitetura, o 
arquiteto defende a atuação dos engenheiros no início do século XX, afirmando 
que eles são “saudáveis, alegres e morais” pois se valem de tudo o que a 
tecnologia, os avanços e a matemática da época poderiam oferecer. Para conceber 
uma arquitetura que se adeque às características contemporâneas, o arquiteto deve 
se lembrar primeiramente de três coisas: do volume, da superfície e da planta, 
sendo que a última é a matriz geradora que influencia nas outras duas. Le 
Corbusier persiste, durante todo o livro, em dizer que “a arquitetura não tem nada 
a ver com os estilos”, deixando claro a sua insatisfação com a atuação dos 
arquitetos de sua geração, que teimam em inventar teorias, formas e métodos que 
se dizem revolucionários ou em nome de algum estilo anterior, mas que nada têm 
a mostrar para a época em que se encontra. A arquitetura nada tem a ver com 
estilos ou com decoração, aqueles que se valem de decorativos para dizer que 
fazem arquitetura não sobreviverão aos grandes feitos dos engenheiros. 
Arquitetura é o jogo sábio e correto de formas sobre a luz, sendo as formas 
racionais, baseadas na geometria básica (pois é essa que é logo entendida pelo 
nosso cérebro racional), e por isso belas; sem artefatos e objetos meramente 
decorativos que pesem o ambiente e dificultem a limpeza e higienização, gerando 
um gasto de tempo incompatível com a atualidade onde cada segundo é precioso. 
 
 
2) Que relações os posicionamentos de Le Corbusier guardam com o contexto 
teórico precedente? 
A partir do século XIX o desenvolvimento da ciência e tecnologia mudou 
a forma de se viver e construir. Com o advento das máquinas e o ritmo acelerado 
das cidades industriais, a construção civil em geral se via em um momento de 
acelerada mudança e adaptação às novas formas de se construir. Para Le 
Corbusier, essa é uma revolução também para a arquitetura, uma oportunidade 
para que os arquitetos da época parassem de fazer as “firulas” quem vinham 
fazendo “em nome de arquiteturas passadas” e se voltassem para aquelas 
arquiteturas que realmente pregavam a decoração com base na razão e nos 
cálculos. Os estudiosos que estavam formulando as teorias da época, em maioria 
se firmavam na questão do racionalismo da construção (Bauhaus e De Stijl), da 
utilização de formas básicas e racionais para projetos (Art Deco) e da psicologia 
das formas (Gestalt). Esse pensamento, que viria a influenciar toda a era da 
arquitetura moderna, era o pensamento também de Le Corbusier quando propõe a 
sua “cidade contemporânea” (um pouco no livro Por uma Arquitetura e 
completamente no livro Urbanismo) onde ele racionaliza todas as construções, a 
divisão dos serviços, o lazer, além de propor arquiteturas e jardins baseados em 
obras geométricas simples. 
 
3) Quais contrapontos e similaridades podemos destacar entre a teoria de Le 
Corbusier e os preceitos de Zumthor com relação à boa qualidade 
arquitetônica? 
Le Corbusier se assemelha a Zumthor quando enfatiza o papel de 
emocionar que a arquitetura tem, a sua função de ser confortável para o usuário e 
atender às suas necessidades físicas e emocionais. Mas, se contrapõe quando 
coloca a arquitetura como uma máquina, que deve ser projetada primordialmente 
para funcionar corretamente, e quando coloca a questão das residências em série. 
Zumthor pregava a função de emocionar da arquitetura, mas também as diferenças 
que uma arquitetura deve ter da outra para que o ser humano se identifique mais 
com o seu espaço, pois cada um é diferente e possui suas especificidades, e por 
isso seus espaços também são manifestações claras dessas diferenças.

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