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Bioética e Ética Profissional

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Bioética e Ética Profissional
Prof. Paulo de Tarso Sedrez
paulounitec@bol.com.br
Ética
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter;
Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética pública;
Ética
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional. Existem códigos de ética profissional que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma sociedade próspera.
Bioética
Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001);
Van Portter sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”. 
Bioética
Princípios da Bioética:
Beneficência
Não maleficência
Justiça
Autonomia
Definições
Moral – conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente ...
Vida
Morte
Eutanásia – ativa e passiva.
Definições
Distanásia – prática de morte lenta e sofrida;
Ortotanásia – morte natural
Aborto
Atuação de Enfermagem
Benevolência
Negligência 
Imprudência
Imperícia
Morte
Direitos do paciente à luz da legislação brasileira
O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de Saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento;
 o paciente tem direito a morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento, e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida;
Morte
o paciente tem direito a dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito;
 o paciente tem direito a não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação;
A MORTE E O PROCESSO DE MORRER
Existem 5 etapas que as pessoas ultrapassam quando se deparam com a morte, são elas:
Negação – Quando a vítima e/ou o doente não acreditam quando as suas vidas estão em riscos. E não levam muito a sério a situação, até o momento que constatam que realmente estão correndo riscos mortais;
Raiva /Furia – Quando a vítima e/ou o doente constatam quando as suas vidas estão em riscos, a tendência é sentirem raiva e indignação contra o agressor ou a doença;
A MORTE E O PROCESSO DE MORRER
Negociação (Barganha) – Quando o sentido de sobrevivência bate na vítima e/ou no doente, eles buscam barganhar com o agressor ou com Deus as suas vidas;
Depressão – Quando eles notam que não haverá barganha e o quadro mortal não pode ser revertido, a vítima e/ou o doente entram em estado de depressão, chorando e analisando as suas fragilidades e os seus problemas pessoais;
Aceitação – Quando não há mais nada a fazer ou para sofrer, a vítima e/ou o doente atingem o estado de resignação, aceitando a morte, independente das suas vontades.
Inicio da vida
Um dos grandes temas discutidos na atualidade, no campo da bioética, é a questão do início da vida humana. 
Estabelecer o momento no qual ela principia é central, pois auxiliaria na resolução de polêmicas como o aborto, a reprodução assistida e a manipulação de embriões excedentes de clínicas que praticam tal técnica.
 
Contudo, essa não é somente uma tarefa das ciências biológicas, pois a delimitação do início da vida humana envolve os conceitos de dignidade humana, pessoalidade e transcendência.
 Constitui-se, portanto, num trabalho conjunto com as das ciências religiosas, filosóficas, antropológicas e sociológicas.
Inicio da vida
É necessário ressaltar que as grandes tradições influentes na
atualidade são as que descendem das diferentes religiões. Em
especial, abordar-se-á cinco: Cristianismo, Judaísmo,
Islamismo, Hinduísmo e Budismo. Dessas, três defendem que a
vida humana começa na fecundação, uma que começa no
quadragésimo dia após a fecundação e a outra que a vida não se
inicia, tendo em vista que é um processo contínuo e ininterrupto.
Inicio da vida
No Catolicismo houve todo um processo, até que em
1869 foi condenada toda e qualquer interrupção
voluntária da gravidez. Em outras palavras, foi
estabelecido – como ressaltavam grandes teólogos
como Tertuliano e Alberto Magno – que a hominização
era imediata, pois logo após a fecundação já está
constituído um ser humano em processo de formação. 
Inicio da vida
No caso do Judaísmo, que acredita que o embrião é ser
humano a partir do quadragésimo dia, é necessário ter em
mente a cultura que fundamenta tal visão. O número 40 e suas
conjunções são significativos na história do Povo de Israel.
Sempre é símbolo de vida nova, ou de libertação, por exemplo,
após 400 anos de escravidão, são libertos, após 40 anos do
deserto adentram à terra prometida. Enfim, os 40 dias indicam
que a criança está pronta para iniciar um processo de vida, de
vida em Deus.
Inicio da vida
O Islamismo é uma religião que, pautada em seu livro
sagrado, afirma que Deus desempenha quatro funções
fundamentais no Universo e na humanidade: criação,
sustentação, orientação e julgamento. Sendo assim,
acreditam que a vida se inicia, quando Deus a cria,
quando o Deus único sopra a alma, ou seja, na
fecundação 
Inicio da vida
O Hinduísmo acredita em sucessivas
reencarnações que fazem parte de um processo
de catarse. Contudo, ressaltam que a vida tem um
início e um fim, sendo o início quando a alma se
une ao corpo na fecundação e se desune do corpo
na morte.
Inicio da vida
Por fim, o Budismo, que também acredita na
reencarnação, afirma que a vida é um processo
contínuo e ininterrupto, portanto, não há
necessariamente um início.
Inicio da vida
Modificações ocorridas com o desenvolvimento de
conhecimentos e técnicas que proporcionaram à humanidade
manipular a “origem” da vida em si mesma. A partir desse cenário
novas teorias surgiram, entre as quais se ressaltam a genética, a
embriológica, a neurológica e a ecológica.
Inicio da vida
A genética defende a tese de que a vida de qualquer ser, inclusive o humano, tem início com a fecundação, pois a união dos gametas gera um código genético, constituindo, portanto, um novo ser em potência. 
A visão embriológica defende que a vida se inicia na terceira semana após a concepção, quando o embrião está formado.
 
Inicio da vida
A visão neurológica afirma que a vida se inicia quando o sistema nervoso está, de forma primitiva, constituído, pois é o seu funcionamento que doa a possibilidade da vida. 
A ecológica, por sua vez, afirma que a vida se inicia quando o feto deixa o útero e interage com o mundo.
Deontologia
Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que significa ciência do dever e da obrigação;
A deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de acordo com o Código de Ética de sua categoria;
Deontologia
Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para a correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios;
O primeiroCódigo de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos.
Categorias Profissionais
Os limites das atividades dos profissionais de enfermagem
(auxiliar, técnico e enfermeiro) estão definidos no Decreto N°
94.406/87, que regulamenta a Lei N° 7.498/86, sobre o exercício
profissional da Enfermagem. As atividades do enfermeiro estão
descritas nos artigos 8° e 9°, as competências do técnico de
enfermagem, no artigo 10°, e as do auxiliar, no artigo 11°
do referido decreto.
Categorias Profissionais
As funções são divididas por níveis de complexidade e cumulativas, ou seja, ao técnico competem as suas funções específicas e as dos auxiliares, enquanto que o enfermeiro é responsável pelas suas atividades privativas, outras mais complexas e ainda pode desempenhar as tarefas das outras categorias.
Categorias Profissionais
Às três categorias incube integrar a equipe de saúde e a promover a educação em saúde. 
Atribuições do Enfermeiro
A gestão (atividades como planejamento da programação de saúde, elaboração de planos assistenciais, participação de projetos arquitetônicos, em programas de assistência integral, em programas de treinamento, em desenvolvimento de tecnologias apropriadas, na contratação do pessoal de enfermagem);
A prestação de assistência ao parto e a prevenção (de infecção hospitalar, de danos ao paciente, de acidentes no trabalho);
São de responsabilidade do Enfermeiro.
Atribuições do Enfermeiro
Privativamente, cabe ainda ao enfermeiro a direção do serviço de enfermagem (em instituições de saúde e de ensino, públicas, privadas e a prestação de serviço);
 as atividades de gestão como planejamento da assistência de Enfermagem, consultoria, auditoria, entre outras;
 a consulta de Enfermagem; 
a prescrição da assistência de Enfermagem;
 os cuidados diretos a pacientes com risco de morte;
 a prescrição de medicamentos (estabelecidos em programas de saúde e em rotina); e todos os cuidados de maior complexidade técnica.
FUNÇÃO: AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Descrição sumária das tarefas:
Exercer tarefas auxiliares na assistência de enfermagem aos clientes da Instituição, bem como colaborar nas atividades de ensino e pesquisa nela desenvolvidas;
Efetuar registros e relatórios de ocorrências;
Trabalhar em conformidade com normas e procedimentos de Biossegurança.
FUNÇÃO: AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Cabe, ainda, ao auxiliar:
 Participar da prestação de assistência de enfermagem segura, humanizada e individualizada aos usuários dos serviços, assim como colaborar nas atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas na Instituição, sob a supervisão do Enfermeiro;
Preparar clientes para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos;
Colher e ou auxiliar cliente na coleta de material para exames de laboratório, segundo orientação;
Realizar exames de eletrodiagnósticos e registrar os eletrocardiogramas efetuados, segundo instruções médicas ou de enfermagem. 
FUNÇÃO: AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Orientar e auxiliar clientes, prestando informações relativas a higiene, alimentação, utilização de medicamentos e cuidados específicos em tratamento de saúde;
Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos clientes, segundo prescrição médica e de enfermagem;
Cumprir prescrições de assistência médica e de enfermagem;
Realizar a movimentação e o transporte de clientes de maneira segura;
Preparar e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal, segundo prescrição médica;
Realizar registros da assistência de enfermagem prestada ao cliente e outras ocorrências a ele relacionadas;
FUNÇÃO: AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Circular e instrumentar em salas cirúrgicas e obstétricas, preparando-as conforme o necessário;
Efetuar o controle diário do material utilizado, bem como requisitar, conforme as normas da Instituição, o material necessário à prestação da assistência à saúde do cliente;
Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização do material e equipamento, bem como sua conservação, preparo, armazenamento e distribuição, comunicando ao superior eventuais problemas;
Propor a aquisição de novos instrumentos para reposição daqueles que estão avariados ou desgastados;
FUNÇÃO: AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Coletar leite materno no lactário ou no domicílio;
Realizar controles e registros das atividades do setor e outros que se fizerem necessários para a realização de relatórios e controle estatístico;
Auxiliar na preparação do corpo após o óbito;
Cumprir as medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar;
Participar de programa de treinamento, quando convocado;
Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e programas de informática;
Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função.
Competências pessoais para a Função
Demonstrar atenção 
2. Paciência 
3. Trabalhar em equipe
4. Bom condicionamento físico 
 
Competências pessoais para a Função
Autocontrole 
Saber ouvir
7. Compreensão
8. Iniciativa

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