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Manual técnico de radiologia odontológica Ana Lúcia Alvares Capelozza (1)

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Manual Técnico
Ana Lúcia Alvares Capelozza
Ana Lúcia Alvares Capelozza nasceu em 
São Paulo, capital, em 1959. Ingressou como 
estudante na faculdade de Odontologia de 
Bauru, Universidade de São Paulo, em 1978, 
com pós-graduação (mestrado e doutorado) 
em Diagnóstico Oral e especialização em 
Radiologia Odontológica. Professora associada 
do Departamento de Estomatologia da 
Faculdade de Odontologia de Bauru (USP), 
ministra aulas nos cursos de graduação, 
pós-graduação e especialização em diversas 
áreas. Com várias orientações e pesquisas na 
área de radiologia odontológica, prioriza o 
ensino em radiologia em seu tabalho.
Manual Técnico de
Radiologia
Odontológica
Cópia ilegal de livros é crime punido com 2 
a 4 anos de prisão (Código Penal, art. 184, J* 1.°).
A n a L ú c ia A l v a r e s C a p e l o z z a
Manual Técnico de
Radiologia
Odontológica
Edição - 2009
Nova tiragem - Dezembro/2015
Nova Ortografia
cultura e qualidade
Capa: José Sérgio de Souza
Maurício Luzia de Oliveira
Composição: José Sérgio de Souza
Maurício Luzia de Oliveira 
Danillo Kenedy M. da Rocha
Revisão: Débora Maia Escher dos Santos 
Dheyne de Souza Santos
Coordenação Editorial: Maurício Luzia de Oliveira
Direitos desta edição reservados: AB Editora
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por 
qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de cópias reprográficas, 
gravações ou apostilas, sem a expressa autorização da Autora e da Editora.
(Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998)
O conteúdo técnico-científico dos textos, incluindo 
os gráficos, as figuras, as fotos e as tabelas, é de 
exclusiva responsabilidade da autora.
CIP-Brasil Catalogação na fonte
Capelozza, Ana Lúcia Alvares
C23 8m Manual técnico de radiologia odontológica/Ana Lúcia Alvares
Capelozza - Goiânia: AB, 2009.
168 p.
ISBN 978-85-7498-176-5
1. Radiologia 2. Radiologia odontológica (procedimentos) 
I. Capelozza, Ana Lúcia Alvares II. Título.
CDU: 57-77:616.314
Vendas: (62)3219-8600 
Informações: (62)3219-8696 
Fax:(62)3219-8644
www,abeditora.€om,br
abeditora@abeditora.com.br • livros@abeditora.com.br 
Rua 15, n. 252 • Centro • CEP: 74030-030 • Goiânia-GO
Vara meu pai, L u iz Gasati Vivares, 
com quem aprendi muito mais que radiologia.
IPara minha família, com amor.
Vara meus alunos, com fé.
v
PREFÁCIO
A figura do técnico em radiologia odontológica vem se tomando cada 
dia mais indispensável num trabalho que faz radiografias para realização 
de um serviço profissional especializado.
O cirurgião bucomaxilofacial, o ortodontista e o estomatologista são 
os maiores solicitadores de radiografias especializadas para fins de diagnóstico, 
planejamento e acompanhamento de seus pacientes, na maioria das vezes 
com equipamentos sofisticados, não usuais nos consultórios odontológicos. 
As radiografias panorâmicas e cefalométricas são um bom exemplo.
A professora Dra. Ana Lúcia discorreu com proficiência sobre as 
técnicas que, dentro do conhecimento atual, são usadas em radiologia 
odontológica, fornecendo ao técnico de laboratório o necessário para seu 
aprendizado e execução.
As noções de radiobiologia e radioproteção tão indispensáveis para 
aqueles que pretendem trabalhar com radiações ionizantes foram tratadas 
com a necessária clareza e simplicidade.
Com bastante propriedade, introduziu um capítulo sobre anatomia 
radiográfica, que trata da aparência normal dos tecidos vistos nas radiografias, 
padecendo da superposição de estruturas, da ausência da terceira dimensão 
e da relação com o posicionamento do paciente.
Os muitos anos de experiência no ensino de graduação e de 
pós-graduação em radiologia odontológica, além de uma natural tendência 
para ensinar, certamente irão fazer deste livro uma leitura extremamente útil 
para o estudante que pretende tomar-se um profissional competente.
Prof. Dr. Luiz Casati Alvares
vii
APRESENTAÇÃO
A radiografia em odontologia é um meio auxiliar de diagnóstico muito 
importante e a interpretação das imagens intra e extraorais depende de vários 
fatores, dentre eles a qualidade da imagem.
Para a obtenção de radiografias que permitam o diagnóstico e o plano 
de tratamento corretos são necessários conhecimentos técnicos e da anatomia 
radiográfica dos dentes e do crânio.
Nosso objetivo com este trabalho é oferecer ao técnico em radiologia 
odontológica informações necessárias para a realização de radiografias com 
qualidade para o diagnóstico.
As informações contidas neste manual serão transmitidas ao leitor de 
maneira simples, com textos explicativos, além de figuras e fotografias que, 
com certeza, facilitam a compreensão do conteúdo.
O manual é dividido em oito capítulos. Por meio deles, o leitor será 
conduzido a uma sequência iniciada pela importância da radiografia em 
odontologia, noções básicas sobre a produção dos raios X, como utilizá-los 
nas diferentes técnicas intra e extrabucais e como processar as imagens 
obtidas. Nosso estudo termina com o ensino dos reparos anatômicos que 
auxiliam na identificação das radiografias.
IX
SUMÁRIO
C a p ít u l o I
HISTÓRICO, NATUREZA E PRODUÇÃO DOS RAIOS X ................ 1
1. Histórico das radiações X ..................................................................... 1
2. Natureza dos raios X ............................................................................ 4
3. O que são os raios X ............................................................................. 5
4. Como funcionam os aparelhos de raios X .......................................... 6
5. Componentes de um tubo de raios X ................................................... 7
6. Como os raios X são produzidos......................................................... 8
7. Componentes dos aparelhos de raios X odontológicos..................... 9
8. Cuidados com os aparelhos de raios X ................................................ 12
C a p ít u l o II
RADIOPROTEÇÃO EM ODONTOLOGIA........................................... 13
1. Noção geral............................................................................................ 13
2. Unidades de radiação............................................................................ 14
3. Efeitos biológicos dos raios X ............................................................. 16
4. Radioproteção em odontologia............................................................ 16
4.1. Ambiente de trabalho................................................................. 17
4.2. Feixe de radiação......................................................................... 21
4.3. Filtração total............................................................................... 22
4.4. Colimação..................................................................................... 23
4.5. Localizadores............................................................................... 24
5. Posicionadores............................................................................ 26
6. Mantenedores de filme......................................................................... 28
7. Duração da exposição........................................................................... 28
8. Botão disparador.................................................................................... 30
9. Considerações sobre as técnicas radiográficas e a proteção ao
paciente.................................................................................................. 30
9.1. Indicações..................................................................................... 30
9.2. Protetores ..................................................................................... 31
9.2.1. Proteção do operador e da equipe...................................
32
xi
Manual técnico de radiologia odontológica
10. Monitoração.......................................................................................... 33
10.1. Filmes mais sensíveis.................................................................. 34
10.2. Processamento do filme.............................................................. 34
11. Comunicação efetiva com o paciente................................................. 35
C a p ít u l o III
A IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA E A RESPONSABILIDADE 
DO OPERADOR....................................................................................... 37
1. Noção geral........................................................................................... 37
2. Importância da radiografia................................................................... 37
3. Benefícios das radiografias.................................................................. 37
4. Condições que podem ser identificadas na imagem radiográfica....... 38
5. O operador de raios X ........................................................................... 44
C a p ít u l o IV
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRAORAIS EM 
ODONTOLOGIA....................................................................................... 45
1. Noção geral........................................................................................... 45
2. Técnicas radiográficas intraorais......................................................... 45
2.1. Técnica periapical....................................................................... 45
2.2. Técnica da bissetriz..................................................................... 45
2.2.1. Indicações........................................................................ 46
2.2.2. Descrição da técnica......................................................... 46
2.2.3. Regulagem do aparelho................................................... 46
2.2.4. Posicionamento do paciente............................................ 48
2.2.5. Posicionamento do filme...................... 49
2.2.6. Técnica radiográfica............................... 50
2.2.7. Executando a técnica passo a passo.............................. 53
2.3. Técnica periapical com o uso de posicionadores...................... 55
2.3.1. Executando a técnica passo a passo............................... 55
2.4. Técnica periapical do paralelismo (localizador longo)............. 56
2.4.1. Indicações........................................................................ 56
2.4.2. Descrição da técnica......................................................... 57
2.4.3. Regulagem do aparelho................................................... 57
xii
Sumário
2.4.4. Técnica radiográíica......................................................... 58
2.4.5. Executando a técnica passo a passo................................ 59
2.5. Técnica interproximal................................................................. 61
2.5.1. Indicações.......................................................................... 61
2.5.2. Descrição da técnica......................................................... 61
2.5.2.1. Regulagem do aparelho..................................... 61
2.5.3. Técnica radiográíica......................................................... 62
2.5.3.1. Executando a técnica passo a passo................. 62
2.6. Técnicas radiográficas oclusais................................................... 63
2.6.1. Indicações gerais.............................................................. 63
2.7. Oclusal total de maxila................................................................ 63
2.7.1. Descrição da técnica......................................................... 63
2.8. Oclusal para região de incisivos................................................. 65
2.8.1. Descrição da técnica......................................................... 65
2.9. Oclusal para região de caninos................................................... 66
2.9.1. Descrição da técnica......................................................... 66
2.10. Oclusal total de mandíbula.......................................................... 66
2.10.1. Descrição da técnica........................................................ 66
2.11. Oclusal parcial de mandíbula...................................................... 67
2.11.1. Descrição da técnica........................................................ 67
2.12. Oclusal total da região de sínfise................................................ 68
2.12.1. Descrição da técnica........................................................ 68
C a p ít u l o V
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EXTRAORAIS EM 
ODONTOLOGIA........................................................................................ 71
1. Noção geral............................................................................................ 71
2. Radiografia panorâmica....................................................................... 71
2.1. Indicações ................................................................................... 71
3. Descrição da técnica............................................................................ 72
3.1. Regulagem do aparelho............................................................... 73
3.2. Técnica radiográíica..................................................................... 73
3.3. Preparo dos equipamentos.......................................................... 74
3.4. Preparo do paciente...................................................................... 74
xiii
Manual técnico de radiologia odontológica
4. Telerradiografia em norma lateral (perfil).......................................... 77
4.1. Indicações ................................................................................... 77
4.2. Descrição da técnica................................................................... 78
4.3. Regulagem do aparelho............................................................... 79
4.4. Preparo dos equipamentos.......................................................... 79
4.5. Preparo do paciente..................................................... 80
4.5.1. Posição da cabeça............................................................. 80
4.6. Incidência do feixe...................................................................... 81
4.7. Descrição da técnica radiográfica ............................................. 82
5. Posteroanterior de mandíbula (PA de mandíbula)
ou telerradiografia em norma frontal.................................................. 83
5.1. Indicações.................................................................................... 83
5.2. Descrição da técnica................................................................... 83
5.3. Regulagem do aparelho............................................................... 84
5.4. Técnica radiográfica................................................................... 84
5.4.1. Preparo dos equipamentos............................................. 85
5.4.2. Preparo do paciente......................................................... 85
5.4.2.1. Posição da cabeça.............................................. 85
5.5. Incidência do feixe...................................................................... 86
6. Radiografia axial, projeção submentoniana, submentovertex,
projeção de H irtz................................................................. 88
6.1. Indicações.................................................................................... 88
6.2. Descrição da técnica................................................................... 88
6.3. Regulagem do aparelho............................................................... 88
6.4. Técnica radiográfica...................................................................
88
6.4.1. Preparo dos equipamentos............................................. 89
6.4.2. Preparo do paciente......................................................... 89
6.4.2.1. Posição da cabeça.............................................. 89
6.5. Incidência do feixe...................................................................... 90
7. Posteroanterior para seio maxilar e PA de seio maxilar ou
projeção de Water’s .............................................................................. 91
7.1. Indicações.................................................................................... 91
7.2. Descrição da técnica................................................................... 91
xiv
Sumário
7.3. Regulagem do aparelho............................................................... 92
7.4. Técnica radiográfica..................................................................... 92
7.4.1. Preparo dos equipamentos.............................................. 92
7.4.2. Preparo do paciente......................................................... 92
7.4.2.1. Posição da cabeça.............................................. 92
7.5. Incidência do feixe....................................................................... 93
8. Projeção de Towne (Towne reversa).................................................... 94
8.1. Indicações.................................................................................... 94
8.2. Descrição da técnica.................................................................... 94
8.3. Regulagem do aparelho............................................................... 95
8.4. Técnica radiográfica.................................................................... 95
8.4.1. Preparo dos equipamentos............................................... 95
8.4.2. Preparo do paciente.......................................................... 95
8.4.2.1. Posição da cabeça.............................................. 95
8.5. Incidência do feixe....................................................................... 96
9. Projeções para avaliação da articulação
temporomandibular (ATM)................................................................. 97
9.1. Indicações.................................................................................... 97
9.2. Regulagem do aparelho............................................................... 97
9.3. Proj eção lateral da ATM.............................................................. 98
9.4. Técnica radiográfica supracraniana (transcraniana).................. 98
9.4.1. Descrição da técnica......................................................... 99
9.5. Técnica radiográfica infracraniana (transfacial ou
transfaringeana)..............................................................................100
9.5.1. Descrição da técnica...........................................................100
9.6. Técnica radiográfica panorâmica................................................. 101
9.7. Técnica radiográfica lateral para exame do corpo
damandíbula..................................................................................102
9.7.1. Indicações............................................................................102
9.7.2. Descrição da técnica...........................................................103
9.8. Técnica radiográfica lateral para exame do ramo da
mandíbula....................................................................................... 104
9.8.1. Indicações............................................................................104
9.8.2. Descrição da técnica...........................................................104
xv
Manual técnico de radiologia odontológica
9.9. Técnica radiográfica para projeção do contorno anterior
da face............................................................................................ 105
9.9.1. Indicações........................................................................... 105
9.9.2. Descrição da técnica.......................................................... 105
C a p ít u l o VI
MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO EM ODONTOLOGIA......................107
1. Método de localização de Clark........................................................... 107
1.1. Indicações......................................................................................107
1.2. Descrição da técnica.....................................................................108
2. Método de localização do ângulo reto (técnica de Miller-Winter)..... 109
2.1. Indicações......................................................................................109
2.2. Descrição da técnica..................................................................... 111
3. Método de localização de Donovan...................................................... 112
3.1. Indicações......................................................................................112
3.2. Descrição da técnica..................................................................... 112
4. Localização de cálculos salivares submandibulares............................114
4.1. Descrição da técnica..................................................................... 115
C a p ít u l o VII
PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO.................................................. 117
1. Noção geral............................................................................................. 117
2. Formação da imagem latente.................................................................117
3. Etapas do processamento radiográfico................................................. 119
3.1. Abertura do filme.......................................................................... 119
3.2. Revelação.......................................................................................119
3.3. Lavagem intermediária.................................................................120
3.4. Fixação...........................................................................................121
3.5. Lavagem final................................................................................ 121
3.6. Secagem.........................................................................................121
3.7. Processamento manual passo a passo..........................................121
3.8. Processamento automático........................................................... 122
3.9. Montagem e identificação das radiografias.................................. 123
C a p ít u l o VIII
ANATOMIA RADIOGRÁFICA................................................................127
xvi
Sumário
1. Anatomia radiográfica periapical.......................................................... 127
1.1. Maxila............................................................................................128
1.2. Mandíbula......................................................................................132
2. Anatomia radiográfica interproximal................................................... 136
3. Anatomia radiográfica oclusal..............................................................137
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 143
REFERÊNCIAS......................................................................................... 145
xvii
Capítulo I
HISTÓRICO, NATUREZA E PRODUÇÃO 
DOS RAIOS X
1. Histórico das radiações X
Os raios X foram descobertos em 1895 pelo professor de Física 
Willhelm Conrad Rõntgen, após vários experimentos feitos por ele em seu 
laboratório, no Instituto de Física da Universidade de Würzburg, na Alemanha. 
Na época do descobrimento, o professor tinha 50 anos e seus estudos eram 
direcionados ao comportamento dos gases e descargas elétricas em tubos 
a gás (figura 1).
Utilizando uma bobina de Rumkorff,
que fornecia a alta tensão 
ao tubo do tipo Hittorff-Crooks (figura 2), o professor Rõntgen percebeu 
uma grande luminescência, e como pretendia testar a fluorescência do 
platinocianeto de bário, que era menor do que a do tubo, resolveu cobri-lo 
com um papel preto, de tal maneira que a luminescência do tubo não 
impedisse a visualização de seus experimentos na placa. Quando escureceu 
a sala para verificar se o tubo estava bem coberto pelo papel, observou 
que havia uma fluorescência tênue a quase 1 metro de distância sobre a 
bancada do laboratório.
Assim, percebeu que a luz era proveniente da placa de platinocianeto 
de bário, que emitia luz por estar sendo atingida por algum tipo de radiação 
desconhecida até então, originada do tubo, que atravessava o invólucro preto 
e sensibilizava a placa.
Rõntgen já sabia que os raios catódicos sensibilizavam filmes foto­
gráficos, então, resolveu averiguar se esses raios, que passavam pelo papel 
preto, eram capazes de sensibilizar filmes e fez uma série de experimentos 
com diferentes materiais metálicos, como: peso de balança, espingarda, trava 
de portas, entre outros objetos.
Finalmente, notando que podia enxergar os ossos de sua mão quando 
segurava objetos entre o tubo e a placa de platinocianeto de bário, solicitou 
a sua esposa Bertha, que morava junto ao laboratório (procedimento
1
Manual técnico de radiologia odontológica
comum na época) que colocasse sua mão sobre um filme fotográfico 
em um chassi de papel preto e ligou o tubo, fazendo uma exposição de 
15 minutos.
O filme revelado mostrava a primeira radiografia de um ser humano 
e, com a mão de Bertha, uma nova era na ciência foi inaugurada (figura 3).
O professor descreveu então várias propriedades dos raios chamados 
por ele de X e, por seu trabalho, recebeu o primeiro Prêmio Nobel da Física, 
em 1901.
Apenas 14 dias após a descoberta dos raios X, o Dr. Otto Walkhoff fez 
a primeira radiografia dental, na Alemanha, com aproximadamente 25 minutos.
Em 1896, um cirurgião-dentista de Nova Orleans (EUA), Dr. Edmund 
Kells, fez a primeira radiografia de um paciente, usando seu próprio 
equipamento e técnica.
O professor Willhelm Conrad Rõntgen, descobridor dos raios 
X, faleceu em 1923 aos 78 anos, tendo vivido mais 28 anos após a sua 
descoberta.
O primeiro aparelho de raios X dental, com o tubo imerso em óleo, 
foi desenvolvido por Coolidge, pela General Eletric (G. E.) em 1918, 
chamado de Victor CDX. Melhorias nos aparelhos, incluindo a variação 
da quilovoltagem, marcadores de tempo eletrônicos, geradores de corrente 
contínua, filtros acompanhados por melhorias na sensibilidade do filme, 
foram feitos em 1957.
A primeira publicação dos resultados dos estudos feitos por Yrjo 
V. Paatero, na Finlândia, sobre o método pantomográfico, data de 1949 e 
o nome da técnica foi atribuído por ele para unir as palavras panorâmica 
e tomografia. Assim, outra técnica, hoje muito utilizada em odontologia, 
estava lançada.
O primeiro aparelho comercial, lançado no 7.° Congresso Internacional 
de Radiologia, em 1953, em Copenhague, fabricado por uma companhia 
suíça, recebeu o nome de Panoramix, e seguiu os princípios de outro 
pesquisador da época, Dr. Ott, o qual foi dentista em Berna (Suíça) e 
desenvolveu, em 1948, o protótipo de um pequeno tubo de raios X. Este era 
colocado dentro da boca, sensibilizava dois filmes, colocados por fora dela, 
na maxila, e na mandíbula.
2
Capítulo I Histórico, natureza e produção dos raios X
FIGURA 1 - PROFESSOR RÕNTGEN NA ÉPOCA DA DESCOBERTA 
(1895) E COM APROXIMADAMENTE 78 ANOS
FONTE: arquivo do Prof. Casati (FOB-USP)
FIGURA 2 - TUBOS HITTORFF-CROOKS (SIMILARES AOS UTILIZADOS 
PELO PROF. RÕNTGEN NOS EXPERIMENTOS)
FONTE: arquivo do Prof. Casati (FOB-USP)
3
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 3 - MÃO DE BERTHA RÕNTGEN
FONTE: arquivo do Prof. Casati (FOB-USP)
2. Natureza dos raios X
Para trabalharmos corretamente com os raios X, primeiro é preciso 
compreendê-los.
Os raios X são radiações eletromagnéticas, assim como a luz, ondas 
de rádio e televisão e a radiação utilizada nos fornos de micro-ondas. 
Entretanto, com comprimento de onda menor, que permite que os tecidos 
sejam atravessados por ele.
Trabalhos científicos, agências governamentais, mídia pública e sites na 
internet discutem frequentemente os efeitos danosos das radiações.
Essas informações, disponíveis à população em geral, associadas ao 
desconhecimento dos técnicos e profissionais que trabalham com esse tipo de 
energia, resultam muitas vezes em recusa de alguns pacientes em fazer um exame 
radiográfico que, quando prescrito corretamente, só traz benefícios ao paciente.
4
Capítulo I Histórico, natureza e produção dos raios X
Como profissional da área de saúde, o técnico em radiologia precisa 
compreender a formação dos raios com os quais trabalha, para se tranquilizar e 
tranquilizar os pacientes, pois a desinformação pode resultar na perpetuação 
de conceitos errôneos de que os raios X utilizados em odontologia fazem mal 
à saúde e, consequentemente, na recusa do paciente em fazer radiografias.
3. O que são os raios X
Os raios X são radiações eletromagnéticas com comprimento de onda 
menor que o da luz visível, que tem a capacidade de ionizar partículas ou átomos, 
o que os classificam como radiação ionizante. O que ocorre é uma transferência 
de energia de um ponto ao outro, sem nenhum meio que contenha massa.
As radiações eletromagnéticas podem ser encontradas na natureza, 
como, por exemplo, a radiação cósmica, ou produzida artificialmente pelo 
homem, como os raios X gerados em nossos aparelhos.
Para compreender melhor o espectro das radiações eletromagnéticas 
e onde se encontram os raios X, observe a figura a seguir.
FIGURA 4 - ESPECTRO DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS
5
Manual técnico de radiologia odontológica
As radiações eletromagnéticas apresentam várias características 
comuns, mas cada uma delas pode apresentar características peculiares à 
sua frequência, o que resulta no que vimos anteriormente, no espectro das 
radiações eletromagnéticas:
• propagam-se a 300 mil quilômetros por segundo;
• caminham em linha reta e podem ser defletidas de sua trajetória 
original, porém a nova trajetória será linear;
• são absorvidas ou espalhadas quando interagem com a matéria, 
mas podem ser refletidas, refratadas ou difundidas;
• produzem interferências e podem ser polarizadas;
• não são afetadas por campos elétricos e magnéticos.
4. Como funcionam os aparelhos de raios X
Os aparelhos de raios X, que utilizamos em odontologia, são 
equipados com um tubo ou ampola do tipo autorretificador, e podem 
operar com corrente alternada, permitindo a construção de aparelhos 
de pequeno porte, e também podem ser transportados ou fixados em 
parede.
Dentro da cabeça do aparelho, encontram-se transformadores que 
têm a função de elevar, reduzir e regular tensão e correntes alternadas.
Os aparelhos odontológicos possuem dois transformadores, um de alta 
tensão, para que se obtenha a diferença de potencial para a geração dos raios X 
(DDP), e um transformador de baixa tensão, para o aquecimento do filamento 
de tungstênio, onde se formam os elétrons que serão acelerados pela DDP, que 
é estabelecida pela quilovoltagem do aparelho.
Na corrente alternada, a polaridade se inverte a cada instante. Se consi­
derarmos um dos terminais, este é positivo (+) por um determinado espaço 
de tempo (1/120 do segundo, com 60 períodos por segundo), e no instante 
seguinte, após 1/120 do segundo, passa a ser negativo.
O espaço de tempo entre o início de uma polaridade positiva até o 
início da próxima polaridade positiva é denominado de ciclo. No Brasil, 
nossos aparelhos trabalham com 60 ciclos.
6
Capítulo I Histórico, natureza e produção dos raios X
5.
Componentes de um tubo de raios X
FIGURA 5 - TUBO DO APARELHO DE RAIOS X
Vácuo
Transformador 
de alta tensão
Transformador 
de baixa tensão
Tubo de raios X
Filamento de 
tungstênio
Cabeça 
do aparelho
Janela para Filtro
saída do feixe de alumínioj 
de raios X
Colimador Janela para saída 
dos raios X no tubo
Posicionador
FONTE: adaptado de Haring & Lind, 1996
• Fonte de elétrons
Os elétrons são provenientes do filamento de tungstênio (cátodo) e seu 
aquecimento é feito pelo transformador de baixa tensão. A miliamperagem 
(mA) determina a quantidade de elétrons que passará para o ânodo. Assim, 
quanto maior a corrente, maior será o número de elétrons, que nos aparelhos 
odontológicos varia de 7 a 10 mA.
• Aceleração dos elétrons
Depende da tensão aplicada ao tubo de raios X (60 kV, 70 kV, 90 kV) e 
é gerada com o uso de um transformador de alta tensão. A quilovoltagem (kV) 
determina a velocidade dos elétrons, de maneira que, quanto maior a kV, maior 
a potência dos elétrons e maior o poder de penetração dos raios X nas estruturas.
• Vácuo
O vácuo é necessário para que haja uma trajetória livre dos elétrons, 
entre o cátodo e o ânodo.
7
Manual técnico de radiologia odontológica
• Anteparo para os elétrons
Constituído nos aparelhos de ânodo fixo, por uma placa de 
tungstênio, encrustada em cobre. No ponto focal, os elétrons são 
desacelerados e sua alta energia de movimento é convertida em calor e 
raios X. Em função da complexa física envolvida na produção dos raios 
X, o ponto de impacto dos elétrons no ânodo deve ser de número atômico 
e ponto de fusão altíssimos. O tungstênio tem número atômico 70 e ponto 
de fusão 3.400°. Quanto menor o ponto focal, melhor a imagem. Nos 
aparelhos de raios X odontológicos, a área do ponto focal varia de 0,7 mm 
x 0,7 mm a 0,8 mm x 0,8 mm.
• Dissipação do calor produzido
A dissipação do calor produzido pelo impacto dos elétrons, no ponto 
focal de tungstênio, é feita por um radiador que, por meio de suas aletas, 
dissipa esse calor ao óleo que envolve o tubo de raios X, dentro da cabeça 
do aparelho.
6. Como os raios X são produzidos
Para que se produzam os raios X, são necessários:
• elétrons;
• aceleração dos elétrons;
• anteparo para deter os elétrons.
Quando o operador do aparelho de raios X aperta o botão 
disparador do aparelho, os elétrons são acelerados por uma diferença 
de potencial de alta voltagem, a quilovoltagem (kV), onde um quilovolt 
é igual a 1000 V (os aparelhos brasileiros variam de 60 a 70 kV e os aparelhos 
importados podem chegar a 90 kV). Esses elétrons se chocam em um 
anteparo, ponto focal do aparelho, perdem sua energia cinética, que se 
transforma em energia térmica (calor, 99,8%) e em energia eletromagnética 
(raios X, 0,2%).
Agora que já foi esclarecido sobre a produção dos raios X odontológi­
cos e sobre as partes que compõem o aparelho de raios X, será demonstrada 
a produção dos raios X, que pode ser assim compreendida:
8
Capítulo 1 Histórico, natureza e produção dos raios X
• a energia elétrica que chega ao hospital ou à clínica permite a 
geração dos raios;
• quando ligamos o aparelho de raios X, a corrente elétrica chega 
ao aparelho e caminha do painel de controle até o tubo pelos fios 
que se encontram dentro do braço do aparelho;
• a corrente'chega até o circuito do filamento e um transformador 
de baixa tensão reduz a voltagem de 110 ou 220 volts para 3 a 
5 volts;
• o filamento do cátodo usa de 3 a 5 V para aquecer o tungstênio e 
uma nuvem de elétrons se forma ao seu redor;
• o circuito de alta voltagem é ativado quando o disparador é 
apertado pelo operador. Os elétrons produzidos no cátodo são 
então acelerados pela DDP de 60 ou 70 kV, através do vácuo para 
o ânodo;
• o focalizador de molibdênio, localizado no cátodo, direciona os 
elétrons para o ponto focal de tungstênio no ânodo;
• quando os elétrons se chocam com o ânodo, ocorre a produção de 
calor e de raios X;
• o calor produzido é então dissipado pela estrutura de cobre do 
ânodo, pelo radiador e pelo óleo que se encontra na cabeça do 
aparelho;
• os raios X saem pelo tubo e, posteriormente, passam pelo diafragma 
ou colimador (que determina o tamanho do feixe), pelo filtro de 
alumínio, que filtra a radiação de maior comprimento de onda, 
que chegaria ao paciente, mas não seria capaz de atravessar suas 
estruturas, e sai pela abertura do localizador do aparelho de raios X.
7. Componentes dos aparelhos de raios X odontológicos
Os aparelhos de raios X odontológicos podem ser divididos em dois 
tipos: aparelhos para fixação na parede e aparelhos de coluna móvel.
Os aparelhos que são fixados na parede são vantajosos, pois ocupam 
menos espaço e não sofrem o risco de queda por movimentação errônea do 
operador. Eles são compostos pelas seguintes partes: corpo, braço articulado 
e cabeçote (figura 6).
9
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 6 - APARELHO DE RAIOS X ODONTOLÓGICO PARA FIXAÇÃO 
NA PAREDE
FONTE: <http ://www. gendex. com/us/products/intraoral>
Os aparelhos de coluna permitem ao operador mover o aparelho, 
fazendo com que ele seja utilizado em locais diferentes (figura 7).
FIGURA 7 - APARELHO DE RAIOS X ODONTOLÓGICO, COLUNA 
MÓVEL
10
Capítulo I Histórico, natureza e produção dos raios X
• Braço do aparelho
Responsável pela sustentação da cabeça do aparelho onde está 
localizado o tubo de raios X. Também é responsável pela passagem dos 
fios elétricos que levam a energia ao tubo, pela movimentação e pelo 
posicionamento da cabeça do aparelho.
• Cabeçote do aparelho
Onde estão localizados o tubo de raios X, os transformadores e o 
localizador.
• Corpo do aparelho
Onde está o painel de controle do aparelho. O painel de controle pode 
ser fixado na parede, montado no aparelho móvel ou disponibilizado em um 
controle remoto, que pode ficar fora da sala de exposição (figura 8).
FIGURA 8 - CONTROLE ELETRÔNICO DO APARELHO SPECTRO 70x 
(DABIATLANTE)
FONTE: <http://www.dabi.com.br>
No painel de controle dos aparelhos de raios X encontram-se:
• a chave de liga e desliga, com um indicador luminoso;
• o botão para o disparo do aparelho, com indicador luminoso;
• os marcadores de tempo de exposição, que é o intervalo de tempo 
durante o qual os raios X são produzidos. Geralmente variam de 
0,1 a 3 segundos de exposição.
11
Manual técnico de radiologia odontológica
• Base do aparelho
Os aparelhos móveis possuem uma base que permite a sustentação e 
a movimentação do aparelho.
8. Cuidados com os aparelhos de raios X
Os operadores de aparelhos de raios X devem cuidar da manutenção 
e da limpeza dos equipamentos.
Seguem algumas sugestões para que a manutenção seja feita correta­
mente. Esses cuidados aumentarão o tempo de uso dos aparelhos e diminuirão 
as despesas com consertos e visitas técnicas.
• atenção durante o deslocamento dos aparelhos móveis. Ao 
transportar o aparelho, o operador deve sempre manter o braço 
do aparelho junto ao corpo dele, para que não haja desequilíbrio 
e queda, preferencialmente com o localizador voltado para cima;
• pancadas na cabeça do aparelho em portas ou paredes podem da­
nificar o tubo. Existe uma junção no cátodo do tubo, entre cobre 
e vidro, facilitando trincas nesse local;
• os transformadores de alta e baixa tensão e o tubo ficam imersos 
em óleo, para maior segurança contra choques elétricos e para 
auxiliar na dissipação de calor. Se, por qualquer motivo, houver 
vazamento de óleo na cabeça de seu aparelho, o lugar ocupado 
pelo óleo passa a ser ocupado por ar, que não é um bom isolante 
térmico e as tensões utilizadas no tubo são muito altas, variando 
entre 50 e 90 mil volts. Dessa forma, deve-se retirar o seu 
aparelho imediatamente da tomada e não o utilizar mais sem 
revisão técnica;
• o operador
deve sempre seguir as recomendações de uso do fabri­
cante, manter o equipamento em local protegido de sol e chuva, 
com temperatura próxima a 25°C (ambiente), que são recomen­
dações dadas pela maioria dos fabricantes;
• cuidar da limpeza externa do aparelho, não usar soluções que 
possam danificar a pintura do aparelho e não permitir o acúmulo 
de poeira.
12
C apítulo II
RADIOPROTEÇÃO ODONTOLOGIA
-
1. Noção geral
Para que o operador trabalhe com segurança, utilizando radiações 
ionizantes, são necessários alguns conhecimentos básicos sobre as radiações.
• O que são radiações ionizantes?
Por ionização entende-se o processo em que um átomo ou uma 
molécula eletricamente estável se toma instável.
Os átomos que constituem nosso corpo apresentam o mesmo número 
de prótons, localizados no núcleo do átomo, e de elétrons, localizados nas 
camadas orbitais.
Quando um fóton de raios X choca-se com um desses elétrons 
orbitais, ele tem a capacidade de removê-lo de sua órbita, o que toma o íon 
positivo e, portanto, instável, em que o número de prótons é maior que o 
número de elétrons (figura 1).
FIGURA 1 - FÓTON DE RAIOS X
^ -------•
♦
/
N
\
Radiação
secundária í í r 3 I
Elétron * 
de alta energia
FONTE: a autora
13
Manual técnico de radiologia odontológica
O fóton de raios X, ao chocar-se com um elétron, remove-o da órbita. 
Se a energia não for totalmente empregada na remoção do elétron, o restante 
é espalhado como radiação secundária.
Os efeitos acima descritos nos organismos vivos podem ser físicos e 
químicos e são capazes de modificar a forma e a função celular.
Se considerarmos que nosso corpo é composto basicamente por 
água, com certeza essa é a molécula que será mais afetada.
A figura 2 ilustra o que pode acontecer quando uma molécula de 
água for atingida por um fóton de raios X e quais as possíveis combinações 
resultantes dessa ionização.
FIGURA 2 - DECOMPOSIÇÃO QUÍMICA DA ÁGUA, APÓS A 
IONIZAÇÃO
FONTE: a autora
Para compreendermos o efeito das radiações X sobre os tecidos, 
é necessário conhecermos as unidades de medida de radiação.
2. Unidades de radiação
• R (Rõntgen)
Quantidade de radiação capaz de provocar em um centímetro 
cúbico de ar, nas condições normais de tem peratura e de pressão, o 
aparecimento de íons carregados por uma unidade eletrostática de 
carga.
14
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
• Gray (Gy)
Mede a quantidade de radiação absorvida.
• Sievert (Sv)
Utilizada para comparar os efeitos biológicos dos diferentes tipos de 
exposição às radiações.
Os tecidos respondem de maneira diferente às mesmas doses e alguns 
tecidos são mais sensíveis às radiações do que outros.
É fácil compreender o comportamento dos tecidos, se compreen­
dermos a Lei de Bergonie e Tribondeau, postulada em 1906. Ao estudar 
o efeito das radiações ionizantes em ratos, os dois cientistas chegaram à 
conclusão de que as células apresentam diferente sensibilidade à radiação, 
em função de fatores intrínsecos.
Assim, concluíram então que a radiossensibilidade dos tecidos e das 
células é proporcional à sua capacidade de reprodução e inversamente 
proporcional ao seu grau de diferenciação.
São mais radiossensíveis, portanto:
• as células que apresentam maior atividade mitótica;
• as células menos diferenciadas ou indiferenciadas;
• as células que têm um ciclo vital com maior número de divisões.
A susceptibilidade às radiações ionizantes dependerá ainda dos 
seguintes fatores:
• dose: intensidade x tempo. Quanto maior a dose, maior o dano;
• área exposta: quanto maior a área exposta, maior o dano;
• tempo: os efeitos são maiores quando as doses são aplicadas 
com pequenos intervalos de tempo. O período latente para a 
radiação solar pode ser medido em horas, pelo eritema solar, mas 
o período de latência para as radiações X varia de acordo com a 
dose recebida. Existem casos relatados de período latente de até 
25 anos, razão pela qual o operador não deve expor suas mãos 
durante a exposição radiográfica e deve ser prudente no uso das 
radiações ionizantes.
15
Manual técnico de radiologia odontológica
3. Efeitos biológicos dos raios X
Os efeitos biológicos podem ser divididos em dois grandes grupos: 
efeitos somáticos e efeitos genéticos.
• Efeitos somáticos
Os efeitos somáticos são aqueles que ocorrem e tornam-se evidentes 
no indivíduo irradiado.
QUADRO 1- SUSCEPTIBILIDADE ÀS RADIAÇÕES IONIZANTES DE 
ACORDO COM A QUANTIDADE DE RADIAÇÃO E A 
ÁREA IRRADIADA
DOSE DE 
RADIAÇÃO ÁREA EXEMPLOS
Grande Corpo todo Explosões atômicas 
Acidentes nucleares 
Acidentes radioativos
Grande Limitada 
do corpo
Radioterapia
Pequena Corpo todo População em geral (radiação natural)
Indivíduos que trabalham com radiação ionizante 
(proveniente da radiação secundária, dos tecidos do paciente)
Pequena Limitada 
do corpo
Operadores que fazem a manutenção do filme na boca do 
paciente, durante a exposição
FONTE: a autora
• Efeitos genéticos
São os efeitos que não se manifestam no indivíduo irradiado, mas sim 
nos seus descendentes. Devemos nos lembrar de que os efeitos genéticos 
são decorrentes da ação deletéria da radiação ionizante sobre o núcleo dos 
gametas, onde se encontra o código genético. Muitos estudos foram realizados na 
população sobrevivente às explosões atômicas e, nos descendentes, esses resultados 
permitem estimar que a taxa duplicadora de mutação é de 4 Sv nas gônadas.
4. Radioproteção em odontologia
Após a descoberta dos raios X pelo professor Rõntgen, em 1895, 
foram identificadas algumas manifestações clínicas que indicavam que os raios X
16
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
apresentavam risco potencial à saúde. Muitos trabalhos foram então descritos 
na literatura e a partir dos resultados destes foi estabelecido o conceito de 
risco/benefício e os limites para o uso dessas radiações para a população, 
para o paciente e para o operador.
Na época da descoberta dos raios X e no início do século passado, os 
tempos de exposição eram muito maiores e muitas repetições eram feitas. 
Atualmente, o benefício com o uso de doses pequenas, como as utilizadas 
em odontologia, supera os riscos.
Várias normativas foram criadas em diferentes partes do mundo, 
estabelecendo as doses máximas permitidas e as doses limites para o 
operador, para o paciente e para os membros da equipe que trabalham com 
radiação ionizante. Essas normativas incluem também os critérios para a 
prescrição das imagens radiográficas intra e extraorais.
No Brasil, a Portaria n. 453, de l.° de junho de 1998, do Minis­
tério da Saúde e da Secretaria de Vigilância Sanitária, considerando os 
riscos inerentes ao uso das radiações ionizantes e a necessidade de se 
estabelecer uma política nacional de proteção na área de radiodiagnóstico, 
dispõe sobre o uso dos raios X para diagnóstico em todo o território 
nacional.
Os capítulos IV e V dessa Portaria tratam dos requisitos específicos 
para radiodiagnóstico médico e odontológico, respectivamente.
4.1. Ambiente de trabalho
O equipamento de radiografia intraoral deve ser instalado em ambiente 
com dimensões suficientes para permitir à equipe manter-se à distância de, 
pelo menos, 2 metros do cabeçote e do paciente.
O equipamento de radiografia extraoral deve ser instalado em 
sala específica, atendendo aos mesmos requisitos do radiodiagnóstico 
médico.
As salas equipadas com aparelhos de raios X devem dispor de: 
sinalização visível nas portas de acesso, contendo o símbolo internacional 
para identificar ambientes com produção de radiação ionizante (figura 3), 
acompanhado da inscrição: “raios X, entrada restrita” ou “raios X, entrada 
proibida a pessoas não autorizadas”.
17
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 3 - SÍMBOLO INTERNACIONAL DA RADIAÇÃO
IONIZANTE
FONTE: <http://www.anvisa.gov.br>
O acesso à sala onde há aparelho de raios X deve ser limitado durante 
os exames radiológicos e a sala não deve ser utilizada simultaneamente para 
mais de um exame radiológico.
É necessário um quadro com as seguintes orientações de proteção 
radiológica, em lugar visível: “Não é permitida a permanência de 
acompanhantes na sala durante o exame radiológico, salvo quando 
estritamente necessário”; “Paciente, exija e use corretamente vestimenta 
plumbífera para sua proteção durante exame radiográfico”; “Acompa­
nhante, quando houver necessidade de contenção de paciente, exija e 
use corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção durante exame 
radiológico” .
Para cada equipamento de raios X deve haver uma vestim enta 
plumbífera que garanta a proteção do tronco dos pacientes, incluindo 
tireoide e gônadas, com pelo menos o equivalente a 0,25 mm de 
chumbo.
Os protetores utilizados em odontologia estão disponíveis comercial­
mente, como: protetores para glândula tireoide e aventais de borracha 
plumbífera para proteção do tórax e das gônadas.
Os protetores para glândula tireoide, conhecidos também como “colar 
de chumbo”, têm como objetivo impedir que a radiação ionizante chegue 
à glândula tireoide, especialmente nas técnicas intraorais, em que o feixe 
pode estar direcionado à glândula e pode ser encontrado acoplado ou não 
ao avental de borracha plumbífera.
18
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
FIGURA 4 - PROTETORES UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA
Legenda: A e B - Protetores para glândula tireoide.
C - Avental de borracha plumbífera e protetor para glândula tireoide.
D - Avental de borracha plumbífera e protetor para glândula tireoide acoplados.
FONTE: arquivo de imagens Profa. Ana Capelozza (FOB-USP)
Os serviços de radiologia das clínicas e hospitais devem possuir 
instalações adequadas para o processamento dos filmes.
A câmara escura deve ser construída de modo a prevenir a formação 
de véu nos filmes; deve ser equipada com lanterna de segurança apropriada 
ao tipo de filme e possuir um sistema de exaustão adequado.
O processamento das imagens radiográficas extra e intraorais podem 
ser realizados em dois tipos de câmara escura: labirinto e quarto.
FIGURA 5 - CÂMARA ESCURA LABIRINTO
19
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 6 - CÂMARA ESCURA DO TIPO QUARTO
1 - Lanterna de segurança
2 - Ventilador
3 - Varal para secagem das radiografias
4 - Porta-colgaduras
5 - Anteparo para escorrer a água do grampo
6 - Cronômetro
7 - Negatoscópio
8 - Bancada de trabalho
9 - Divisória
10 - Torneira
11 - Tanque de processamento 
1 2 -P ia
13 - Armário
14 - Tabela temperatura/tempo
FONTE: a autora
Para radiografias intraorais, a legislação brasileira (Portaria n. 453 do 
Ministério da Saúde) permite a utilização de câmaras portáteis de revelação 
manual, desde que confeccionadas com material opaco.
FIGURA 7 - ESQUEMA DA CAIXA DE PROCESSAMENTO MANUAL
A - Á gua 
F - Fixador 
R - R evelador
FONTE: a autora
As caixas de processamento manual opacas, com o visor transparente 
e com coloração vermelha, impedem a entrada da luz branca capaz de velar 
ou escurecer a imagem radiográfica.
20
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
FIGURA 8 - CAIXAS DE PROCESSAMENTO MANUAL
FONTE: A - <http://www.grx.com.br>
B - <http://www.shopdental.com.br>
Para revelação manual, deve estar disponível no local um cronômetro, um 
termômetro, um grampo para processamento individual e uma tabela de revelação 
para garantir o processamento nas condições especificadas pelo fabricante.
FIGURA 9 - ACESSÓRIOS UTILIZADOS EM CÂMARA ESCURA
I .egenda: A - Relógio marcador de tempo.
B - Termômetro (FOB-USP).
C - Grampo individual para processamento manual.
FONTE: <http://www.shopdental.com.br> e arquivo da autora
4.2. Feixe de radiação
Para as técnicas radiográficas intraorais, a tensão no tubo de raios X 
deve ser maior ou igual a 50 kVp, preferencialmente maior que 60 kVp e, nos 
aparelhos extraorais, a tensão do tubo não deve ser inferior a 70 kVp.
21
Manual técnico de radiologia odontológica
4.3. Filtração total
O feixe de raios X é composto por raios de diferentes comprimentos 
de onda. Os raios de maior comprimento de onda não são capazes de 
atravessar os tecidos do paciente e impressionar o receptor de imagem, 
entretanto contribuem para o aumento da dose recebida pelo paciente.
O filtro de alumínio responsável por essa filtração é colocado logo na 
saída do feixe útil da radiação, antes do diafragma ou colimador, impedindo, 
assim, que o paciente receba radiação desnecessária.
Os equipamentos com tensão de tubo inferior ou igual a 70 kVp 
devem possuir uma filtração total permanente não inferior ao equivalente 
a 1,5 mm de alumínio, enquanto os equipamentos com tensão de tubo 
superior a 70 kVp devem possuir uma filtração total permanente não inferior 
ao equivalente a 2,5 mm de alumínio.
FIGURA 10 - FILTRO DE ALUMÍNIO
Filtro de IWWWVVVV/XX y IWWV
1 alu/míni0 IWWWVWV/XX oo mm
L W W W W V Y /^ 5"3 mmy— r Í W W W V A / 1 mm
L Ondas de maior e menor Ondas de menorl yA comprimento 13 comprimento
Legenda: A - Localização do filtro de alumínio na cabeça do aparelho de raios X.
B - Filtro de alumínio impedindo a passagem das ondas de maior comprimento. 
FONTE: a autora
FIGURA 11 - FILTRO DE ALUMÍNIO DO APARELHO DE RAIOS X
FONTE: aparelho GE-CDX 9 0 II, disciplina de Radiologia (FOB-USP)
22
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
4.4. Colimação
Todo aparelho de raios X deve possuir um sistema de colimação para 
limitar a área do paciente ao mínimo necessário para cobrir a área em exame. 
Para isso, utiliza-se um dispositivo de 2 mm de chumbo chamado de 
diafragma ou colimador, que é colocado na abertura do cabeçote do aparelho, 
o qual possui uma abertura central que limita o tamanho do feixe.
O diâmetro da área exposta nas radiografias intraorais não deve ser 
superior a 6 cm na extremidade de saída do localizador. Valores entre 4 e 5 cm 
são permitidos apenas quando houver um sistema de alinhamento e 
posicionamento do filme, como na colimação retangular, em que ocorre uma 
redução na área exposta do paciente, que varia de 60 a 70%.
Nas radiografias extraorais, é obrigatório o uso de colimadores 
retangulares.
FIGURA 12 - COLIMADOR E LOCALIZADOR REDONDOS E TAMANHO 
DO DIÂMETRO DO FEIXE
FIGURA 13-COLIM ADOR DE UM APARELHO DE RAIOS X 
ODONTOLÓGICO
FONTE: a autora
FONTE: aparelho GE-CDX 9 0 II, disciplina de Radiologia (FOB-USP)
23
Manual técnico de radiologia odontológica
4.5. Localizadores
Os aparelhos de raios X intraorais devem possuir um localizador de 
extremidade de saída aberta para posicionar o feixe e limitar a distância foco-pele, 
que deve ser de, no mínimo, 18 cm para tensão de tubo menor ou igual a 60 kVp, 
e de, no mínimo, 20 cm para aparelhos com 60 e 70 kVp; para os aparelhos 
com kVp, maior que 70, a distância foco-pele deve ser de, no mínimo, 24 cm.
Os localizadores nos aparelhos odontológicos podem ser curtos ou 
longos, redondos ou retangulares.
Os localizadores curtos são utilizados mais frequentemente nas clínicas 
de radiologia e também nos consultórios odontológicos, nas técnicas periapical, 
interproximal e oclusal, e podem ter o formato redondo ou retangular.
Os localizadores longos são utilizados na técnica periapical do para­
lelismo, para aumentar a distância foco-filme, pois nessa técnica, para que haja 
o paralelismo entre o dente e o receptor de imagem, é necessário o aumento da 
distância entre o objeto e o filme, o que aumenta a distorção da imagem, que 
é então compensada pelo aumento da distância do ponto focal até o receptor 
e também diminui a área da face do paciente exposta às radiações ionizantes.
FIGURA 14-LOCALIZADORES DE APARELHOS
DE RAIOS X 
ODONTOLÓGICOS
1 -
2 - _______________
3 - Localizador curto
4 - Goniômetro
Legenda: A -A parelho com localizador curto e seus principais componentes. 
B - Aparelho de raios X com localizador longo.
FONTE: a autora
A
1
24
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
FIGURA 15- COMPARAÇÃO ENTRE OS FEIXES DE RAIOS X EM 
LOCALIZADORES CURTOS E LONGOS
Localizador curto
Feixe de raios X 
divergente
Local izador longo
Feixe de raios X 
mais paralelo
FONTE: a autora
Os localizadores retangulares são utilizados para a mesma função 
que os localizadores curtos, mas a grande vantagem de optarmos pelo uso 
de colimação retangular é a diminuição da área irradiada da face do paciente 
ao tamanho da área irradiada.
FIGURA 16 - LOCALIZADOR RETANGULAR DA RINN. ELGINI. L
FONTE: adaptado de Haring & Lind, 1996
25
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 17- COLIMAÇÃO DO APARELHO E ÁREA IRRADIADA
Legenda: A - Colimação retangular. 
B - Colimação redonda.
FONTE: a autora
5. Posicionadores
A recomendação para o uso de posicionadores dos receptores de 
imagem, nas tomadas radiográficas intraorais, é descrita na Portaria n. 453, a 
qual não obriga o uso de localizadores retangulares, apenas localizadores 
abertos; entretanto, é grande a dificuldade na realização da técnica com 
localizadores retangulares sem o uso de posicionadores, dispositivos utilizados 
para manter o receptor de imagem intraoral e alinhá-lo com o feixe de raios X.
FIGURA 18 - POSICIONADORES PARA TÉCNICA PERIAPICAL
Legenda: A - Posicionadores para radiografias intraorais, periapicais. Cone indicador, Hanshin 
Techinical Laboratory, Ltda. Japão.
B - Posicionador de filmes radiográficos (adulto), Indusbello, Ind. de Instrumentos 
Odontológicos Ltda.
FONTE: a autora
26
Capítulo II Radioproteção em odontologia
FIGURA 19- POSICIONADORES PARA TÉCNICA DO PARALELISMO 
E TÉCNICA INTERPROX1MAL
Legenda: A - Posicionadores para técnica radiográficaperiapical do paralelismo (localizador longo) 
e interproximal Fabinject dental.
B - Posicionador para radiografias interproximais, autoclavável (Indusbello, Ind. de 
Instrumentos Odontológicos Ltda.).
FONTE: a autora
Devemos aqui considerar que, mesmo nas técnicas mais utilizadas 
com os localizadores redondos, são descritos erros de posicionamento entre o 
localizador e o filme que resultam em uma imagem conhecida pelos técnicos 
e pelos profissionais como “Meia Lua”.
FIGURA 20- “MEIA LUA”, IMAGEM RESULTANTE DA FALTA DE 
ALINHAMENTO DO FEIXE DE RAIOS X COM O FILME
Legenda: A - Esquema.
B - Imagem radiográfica interproximal.
FONTE: a autora
27
Manual técnico de radiologia odontológica
6. Mantenedores de filme
São dispositivos que mantêm o filme na boca, mas não estão 
acoplados a nenhuma haste que permita também o alinhamento do receptor 
(filme ou sensor) com o feixe de raios X, e também evitam radiação 
desnecessária no dedo do paciente.
FIGURA 21 - MANTENEDORES DE FILME
Legenda: A - Snap-A-Ray Film H older (Dentsply-Rinn) . 
B - Posicionador em bloco de espuma.
FONTE: a autora
7. Duração da exposição
O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante do filme e deve 
ser adequado, portanto, à sensibilidade do filme, à quilovoltagem e à 
miliamperagem do aparelho, bem como à área a ser radiografada e à técni­
ca utilizada. A duração da exposição pode ser indicada em tempo ou em 
número de pulsos; e o medidor de tempo (timer) deve ser eletrônico e não 
deve permitir exposição com duração superior a 5 segundos.
O tempo de exposição deve ser o menor possível, para que se obtenha 
uma imagem de boa qualidade. Isso inclui o uso de receptor de imagem mais 
sensível, o qual possa fornecer o nível de contraste e detalhe necessário.
A maioria dos aparelhos disponíveis no mercado, atualmente, não 
permite o ajuste de miliamperagem e quilovoltagem. Assim, o operador 
deverá estar atento apenas à sensibilidade do filme e à área radiografada do 
paciente, bem como à técnica que será utilizada.
28
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
Na técnica radiográfica periapical, as áreas que necessitam de maior 
tempo de exposição são a região posterior da maxila, seguida de sua região 
anterior e às regiões posterior e anterior da mandíbula.
Cabe salientar ainda que, no caso de áreas desdentadas, deverá ser 
feita uma redução de 25% no tempo de exposição; para pacientes adultos 
com cabeça grande, o tempo de exposição recomendado pelo fabricante 
deverá sofrer um aumento de 25% e, para crianças, a redução do tempo de 
exposição recomendado pelo fabricante do filme deverá ser de aproxima­
damente 30% do tempo de exposição recomendado para o paciente adulto.
Para a técnica radiográfica do paralelismo, no qual o tamanho do 
localizador passa de 20 para 40 cm, o tempo de exposição deverá ser 
quadruplicado.
Atualmente, o filme mais sensível disponível no mercado é o filme 
Insight da Kodak, do grupo F de sensibilidade, se o processamento 
radiográfico for automático e em processadoras de rolo. No quadro 2 
encontram-se os tempos de exposição sugeridos pelo fabricante.
QUADRO 2- EXPOSIÇÃO PARA PACIENTES ADULTOS E LOCALI-
ZADORES CURTOS (20 CM)
FATORES DE 
EXPOSIÇÃO
60 kV 
7m A
65k V 
7,5 mA
65k V 
8 mA
70 kV 
7 mA
70 kV 
8 mA
Região Exposição em segundos
Exposição 
em segundos
Exposição 
em segundos
Exposição 
em segundos
Exposição 
em segundos
Anterior (maxila) 0,25 0,14 0,14 0,12 0,11
Pré-molar (maxila) 0,33 0,19 0,18 0,16 0,14
Posterior (maxila) 0,37 0,22 0,20 0,19 0,16
Anterior (mandíbula) 0,21 0,12 0,11 0,10 0,09
Pré-molar (mandíbula) 0,23 0,13 0,12 0,11 0,10
Posterior (mandíbula) 0,25 0,14 0,14 0,12 0,11
Interproximal 0,25 0,14 0,14 0,12 0,11
FONTE: <http://www.kodakdental.com>
O operador deve observar e ouvir o paciente durante as exposições, 
pois uma comunicação efetiva diminui a ansiedade. O esclarecimento ao 
paciente sobre os procedimentos que serão realizados faz com que o paciente 
colabore, permanecendo imóvel durante a exposição e diminuindo, assim, 
o número de repetições.
29
Manual técnico de radiologia odontológica
8. Botão disparador
Deve ser instalado em uma cabine de proteção ou disposto de tal 
forma que o operador que o maneje possa ficar a uma distância de, pelo 
menos, 2 m da cabeça do aparelho e do paciente durante a exposição.
É proibido o uso de sistema de acionamento de disparo com retardo, a 
fim de evitar que, após o acionamento desse botão, o paciente se movimente 
e o procedimento não possa ser interrompido, para correção.
O disparador deve ser colocado fora do ambiente onde haverá exposição 
aos raios X, com divisória de madeira com lâmina de chumbo no interior e visor 
para acompanhamento do paciente durante a exposição de vidro plumbífero.
FIGURA 22 - LOCAL PARA EXPOSIÇÃO RADIOGRÁFICA
FONTE: imagens obtidas na Clínica de Radiologia da FOB-USP
9.Considerações sobre as técnicas radiográficas e a 
proteção ao paciente
No Brasil, as imagens radiográficas devem ser obtidas seguindo as 
normas da Portaria n. 453, 1998, do Ministério da Saúde.
9.1. Indicações
Os exames radiográficos devem ser realizados sempre após o exame 
clínico, considerando as necessidades de saúde geral e dentária do paciente. 
Exames radiográficos anteriores podem ser úteis e tornam, assim, desneces­
sário um novo exame.
30
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
Para radiografias intraorais, devem-se utilizar preferencialmente as 
técnicas radiográficas periapical do paralelismo, com localizadores longos, 
técnica periapical da bissetriz com localizador curto e com posicionador e 
técnica interproximal com posicionador.
Os posicionadores de filme permitem o alinhamento do filme com 
o dente e o feixe de raios X. Diminui também o número de
repetições e a 
exposição desnecessária do dedo do paciente aos raios X durante as tomadas 
radiográficas intraorais.
A extremidade do localizador nas técnicas descritas acima deve ser 
colocada o mais próximo possível da pele do paciente, para garantir menor 
tamanho da área irradiada.
9.2. Protetores
Os protetores são vestimentas de proteção individual que protegem a 
glândula tireoide, o tronco e as gônadas dos pacientes durante as exposições. 
Eles devem ser acondicionados de forma a preservar sua integridade, sobre 
superfície horizontal ou em suporte apropriado.
FIGURA 23 - SUPORTE PARA AVENTAL DE BORRACHA PLUMBÍFERA
FONTE: imagens obtidas na Clínica de Radiologia da FOB-USP
31
Manual técnico de radiologia odontológica
9.2.1. Proteção do operador e da equipe
Aparelhos intra e extraorais panorâmicos ou cefalométricos devem 
ser operados dentro de uma cabine ou em área com biombo fixo de 
proteção com visor apropriado. Este deve ter, pelo menos, a mesma 
atenuação calculada para a cabine, posicionada de modo que, durante as 
exposições, nenhum indivíduo possa entrar na sala sem o conhecimento 
do operador.
FIGURA 24- VISOR PARA ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE
DURANTE A OBTENÇÃO DA IMAGEM
FONTE: imagens obtidas na Clínica de Radiologia da FOB-USP
Durante as exposições intraorais, o operador deve manter-se a 
uma distância de, pelo menos, 2 metros da cabeça do aparelho e do 
paciente.
Se a carga de trabalho for superior a 30 mA/min por semana, o operador 
deve manter-se atrás de uma barreira protetora com uma espessura de, pelo 
menos, 0,5 mm equivalentes ao chumbo.
O operador ou qualquer membro da equipe não deve se colocar na 
direção do feixe primário, nem segurar o cabeçote ou o localizador durante 
as exposições. Nenhum elemento da equipe deve segurar o filme durante 
a exposição.
32
Capítulo II Radioproteção em odontologia
FIGURA 25- POSIÇÃO DO OPERADOR NA TÉCNICA PERIAPICAL
Legenda: A - Região posterior.
B - Região anterior. 
FONTE: a autora
Somente o operador e o paciente podem permanecer na sala de 
exames durante as exposições. Caso seja necessária a presença de indivíduos 
para assistirem uma criança ou um paciente debilitado, devem fazer uso de 
avental plumbífero com, pelo menos, o equivalente a 0,25 mm Pb e evitar 
localizar-se na direção do feixe primário, considerando sempre que nenhum 
indivíduo deve realizar regularmente essa atividade.
10. Monitoração
A monitoração do operador e da equipe deve ser feita por firmas 
especializadas, utilizando-se dosímetros. Não é recomendado que o 
operador substitua os dosímetros por clipes ou grampos fixados sobre 
filmes radiográficos, pois o filme radiográfico periapical foi feito para 
exposições diretas e, portanto, sua sensibilidade não é suficiente para 
registrar doses pequenas de exposição ocupacional em consultórios 
odontológicos, não sendo considerado, portanto, um método eficaz de 
radioproteção.
33
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 26 - DOSÍMETRO
FONTE: a autora
10.1. Filmes mais sensíveis
A sensibilidade do filme é um fator determinante na escolha do tempo 
de exposição, e está diretamente relacionada à quantidade de exposição 
(quanto maior a sensibilidade do filme, menor o tempo de exposição e, 
portanto, menor a dose de radiação ao paciente).
Atualmente, estão disponíveis no mercado filmes de três grupos de 
sensibilidade:
• grupo D, também conhecido como filmes Ultra-speed;
• grupo E, também conhecido como Ekatspeed e Agfa Dentus M2 
Comfort;
• grupo F, também conhecido como Insight, que pode ser utilizado 
como filme de sensibilidade E, para processamento manual, e 
como filme de sensibilidade F, para processamento automático 
em processadoras de rolo.
10.2. Processamento do filme
O processamento padronizado do filme é considerado um fator 
importante na redução da dose ao paciente, pois segue as recomendações do 
fabricante quanto à concentração, temperatura das soluções e o tempo 
de permanência nelas, evitando, assim, exposições excessivas ao filme, que 
podem ser compensadas com um menor tempo de permanência dos filmes 
na solução reveladora.
34
Capítulo 11 Radioproteção em odontologia
O método de processamento padronizado é conhecido também como 
método temperatura-tempo e em toda câmara escura deve ser afixada uma 
tabela que estabeleça o tempo de permanência do filme no revelador, de 
acordo com sua temperatura. A temperatura do revelador deve ser medida 
diariamente antes do início do processamento, preferencialmente com uma 
medida pela manhã e outra no início da tarde.
Essas orientações valem para as câmaras escuras portáteis, muito 
comuns nos consultórios odontológicos, e para o processamento em tanques 
nas câmaras escuras.
11. Comunicação efetiva com o paciente
Considerado o mais simples de todos os métodos de proteção ao 
paciente, não necessita de nenhum investimento, consiste apenas em explicar 
ao paciente todas as etapas às quais ele será submetido durante a radiografia, 
enfatizando a necessidade de sua colaboração.
A atenção do operador para com o paciente resulta em maior 
tranquilidade e colaboração e menor índice de repetição.
O desconhecimento sobre os efeitos dos raios X nos tecidos, 
associado muitas vezes a informações incorretas, resulta em uma relação 
de desconfiança entre paciente e profissional. O operador deve estar sempre 
atento e ouvir seu paciente antes e durante as exposições.
Veja na figura 27 o resultado de uma comunicação não efetiva com o 
paciente, que acreditou, pela resposta do cirurgião-dentista, que os raios X 
fazem mal à saúde.
FIGURA 27 - ERRO NA COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE
FONTE: Rubens Kazuo Kato (FOB-USP)
35
Capítulo III
A IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA E A 
RESPONSABILIDADE DO OPERADOR
1. Noção geral
Para que se tenha sucesso na obtenção de uma radiografia são 
necessários conhecimentos técnicos, consciência da importância da realização 
da radiografia para o tratamento do paciente e principalmente conhecimento 
sobre os benefícios para o paciente na realização desses serviços.
O insucesso na realização das radiografias está muitas vezes relacio­
nado à falta de habilidade do operador na relação paciente-profissional.
Neste capítulo, serão discutidas as perguntas mais frequentes feitas 
pelos pacientes e que devem ser esclarecidas pelos profissionais antes de sua 
realização, revisando a importância e os benefícios da obtenção das imagens.
2. Importância da radiografia
O operador deve estar familiarizado com os termos utilizados na área 
radiológica e deve adequar esses termos ao grau de compreensão de cada 
paciente, sempre com informações corretas e claras.
A radiografia é uma imagem fotográfica produzida em um filme, pela 
passagem dos raios X através dos dentes e das estruturas da face.
Em odontologia, a radiografia é essencial no diagnóstico de várias 
doenças e permite que o cirurgião-dentista identifique muitas condições que 
até então não poderíam ser visualizadas.
3. Benefícios das radiografias
As radiografias só devem ser realizadas quando existe uma indicação, 
desse modo elas sempre trarão benefícios ao paciente. O primeiro benefício 
é a detecção ou comprovação de uma doença, minimizando ou prevenindo 
problemas, contribuindo, assim, para a melhoria e para a manutenção da saúde 
bucal do paciente.
37
Manual técnico de radiologia odontológica
4. Condições que podem ser identificadas na imagem 
radiográfica
O exame radiográfico é um método auxiliar de diagnóstico muito 
importante, sendo utilizado, com frequência, para avaliação de:
• cárie dental;
• anomalias dentárias: dentes supranumerários, anodontias (ausências 
dentárias), dentes fusionados, dilacerações das raízes dos dentes, 
dentes invaginados, dentes retidos, dentes unidos pelas raízes;
• doença
periodontal;
• raízes residuais;
• lesões no periápice;
• cistos e tumores odontogênicos.
Os profissionais podem utilizar imagens radiográficas, com exemplos 
de doenças que auxiliam a compreensão do paciente.
As figuras de 1 a 3 mostram algumas das lesões mais comuns dos 
maxilares em radiografias interproximais (IP), periapicais (P) e panorâ­
micas (PN).
A figura 1 mostra cáries interproximais no 2.° pré-molar superior, cárie 
na superfície mesial do l.° molar superior, cárie oclusal no segundo molar 
inferior e cárie na superfície distai do 1.° molar inferior.
FIGURA 1 - RADIOGRAFIA IP, LADO ESQUERDO
FONTE: a autora
38
Capítulo III
A importância da radiografia e a
responsabilidade do operador
FIGURA2 -RADIOGRAFIA PP INFERIOR, REGIÃO DE MOLARES, 
LADO ESQUERDO
FONTE: a autora
A figura 2 mostra cárie extensa na superfície ocluso-distal no 1.° molar, com 
comprometimento da polpa e lesão na região periapical: osteíte condensante.
FIGURA 3 - RADIOGRAFIA PP DE INCISIVOS SUPERIORES
FONTE: a autora
A figura 3 mostra restaurações estéticas e lesão apical no incisivo 
central superior esquerdo.
39
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA4 -RADIOGRAFIA PP DA REGIÃO DE CANINO 
INFERIOR LADO ESQUERDO
FONTE: a autora
A figura 4 mostra o l.° pré-molar retido entre os dentes canino e 
2.° pré-molar.
FIGURA5 -RADIOGRAFIA PP DA REGIÃO DE CANINO
SUPERIOR LADO ESQUERDO
FONTE: a autora
A figura 5 ilustra um caso de dilaceração da raiz do incisivo lateral.
40
Capítulo III
A importância da radiografia e a
responsabilidade do operador
FIGURA 6 - RADIOGRAFIA PP DE INCISIVOS SUPERIORES
FONTE: a autora
A figura 6 ilustra lesões de cárie nas superfícies mesiais dos incisivos 
centrais, dente supranumerário (mesiodens) entre os incisivos centrais.
FIGURA 7 - RADIOGRAFIA PP DA REGIÃO DE INCISIVOS INFERIORES
FONTE: a autora
A figura 7 mostra a geminação do incisivo central com um dente 
supranumerário.
41
Manual técnico de radiologia odontológica
FIGURA 8 - RADIOGRAFIA PP DE INCISIVOS SUPERIORES
FONTE: a autora
Na figura 8, podemos observar as imagens do dente invaginado no 
incisivo lateral esquerdo, com lesão apical.
FIGURA 9 - RADIOGRAFIA PP DA REGIÃO DE PRÉ-MOLARES 
SUPERIORES LADO DIREITO
FONTE: a autora
Na figura 9, observamos a reabsorção óssea vertical envolvendo o 2.° 
pré-molar e o l . ° molar.
42
Capítulo III
A importância da radiografia e a
responsabilidade do operador
FIGURA 10-RADIOGRAFIA PP DA REGIÃO DE PRÉ-MOLARES 
INFERIORES LADO DIREITO
FONTE: a autora
A figura 10 ilustra a anodontia do 2.° pré-molar inferior direito.
Veja abaixo algumas radiografias panorâmicas de diferentes pacientes 
com diferentes alterações, na figura 11.
FIGURA 11 - RADIOGRAFIA PN
C
FONTE: a autora
As imagens radiográficas da figura 11 nos permitem avaliar várias e 
diferentes lesões e anomalias dentárias, como é o caso da radiografia A, de 
um paciente jovem, 16 anos, canino superior do lado esquerdo retido, área de 
esclerose óssea na região periapical entre os pré-molares inferiores, lado direito.
43
Manual técnico de radiologia odontológica
A radiografia B ilustra a imagem de um paciente adulto, de 55 anos, 
na qual podemos observar várias restaurações metálicas e vários dentes com 
tratamento endodôntico (obturação dos canais).
Podemos observar ainda: l.° e 2.° pré-molares superiores direitos e 
l.° molar inferior direito com lesão apical. Dentes ausentes: 3.0S molares 
superiores e 3.° molar inferior esquerdo, l.° pré-molar superior esquerdo, 
l.° molar inferior esquerdo, l.° pré-molar inferior esquerdo, l.° pré-molar 
inferior direito,l.° molar inferior direito.
Na radiografia C, um paciente adulto, de 43 anos, sofreu um trauma 
por arma de fogo. Nela, podemos observai* parte de um projétil e fragmentos, 
remanescentes na região da maxila, lado direito.
Observamos, ainda, a ausência dos dentes da região afetada e do 
l.° pré-molar e 3.° molar superior esquerdo.
5. O operador de raios X
Em odontologia, podemos considerar como operadores dos aparelhos 
de raios X odontológicos os cirurgiões-dentistas e os técnicos em radiologia 
odontológica.
O operador deve ter conhecimento técnico suficiente e habilidade para 
realizar radiografias intra e extraorais e deve saber de suas responsabilidades 
na execução.
O operador deverá ser capaz de posicionar, expor e processar 
corretamente o filme, montar e identificar as radiografias, orientar seus 
pacientes antes e durante a radiografia, fazer a manutenção da limpeza 
das condições técnicas do aparelho e da câmara escura.
Os operadores de aparelhos de raios X são responsáveis, ainda, pela 
implantação de sistemas de monitoração do uso dessas radiações, pela 
proteção de sua equipe e do paciente.
Cabe ao operador o estabelecimento de protocolos que permitam a 
realização de radiografias com qualidade, bem como o controle da qualidade 
dessa imagem.
Os cirurgiões-dentistas são responsáveis pela prescrição e interpretação 
das imagens e são responsáveis também pelos danos que podem ser causados 
aos pacientes no caso de não prescreverem um exame radiográfico importante.
44
Capítulo IV
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 
INTRAORAIS EM ODONTOLOGIA
1. Noção geral
As técnicas radiográficas em odontologia podem ser divididas em dois 
grandes grupos: técnicas intraorais e técnicas extraorais.
Nas técnicas intraorais, o filme é colocado na cavidade bucal e têm 
indicações diferentes, já as técnicas extraorais são realizadas com o filme 
fora da boca, em toda região da cabeça e obtidas com uso de aparelhos de 
maior potência.
2. Técnicas radiográficas intraorais
Utilizadas com muita frequência em odontologia, podem ser divididas 
em técnica periapical, oclusal e interproximal.
2.1. Técnica periapical
As técnicas radiográficas periapicais têm como objetivo mostrar o 
dente em toda sua extensão, o tecido ósseo ao redor e a região periapical em 
cada radiografia, podendo-se avaliar de dois a quatro dentes.
Essa técnica pode ser obtida de diferentes maneiras: com o paciente 
fazendo a manutenção do filme, com posicionadores ou, ainda, usando 
posicionadores específicos para técnica do paralelismo.
Filme: periapical, tamanho aproximadamente 3x4 cm.
Embalagem com: 150 filmes, com um ou dois filmes por embalagem.
Processamento: manual ou automático.
2.2. Técnica da bissetriz
A técnica da bissetriz é uma das mais utilizadas e pode ser realizada 
com ou sem o uso de posicionadores.
45
Manual técnico de radiologia odontológica
2.2.1. Indicações
O principal propósito dessa técnica é o de visualizar o dente, o osso 
e a região periapical. Essa técnica é indicada, portanto, para:
• avaliação de dentes que sofreram infecção e que apresentam 
inflamação na região do periápice;
• avaliação das lesões do periápice como cistos e granulomas periapicais;
• avaliação de dentes supranumerários, retidos e de outras anomalias 
dentárias;
• avaliação da morfologia e do comprimento das raízes antes do 
tratamento do canal radicular ou de extrações;
• avaliação pré e pós-operatória na colocação de implantes dentários.
2.2.2. Descrição da técnica
Para obtenção de uma boa imagem radiográfica, alguns princípios 
técnicos devem ser rigorosamente seguidos, como regulagem do aparelho, 
posicionamento do paciente e do filme e a técnica radiográfica utilizada.
2.2.3. Regulagem do aparelho
Cada região da boca é composta por estruturas anatômicas específicas. 
Assim, devemos ajustar o tempo de exposição dos aparelhos de raios X 
periapicais para cada uma dessas regiões.
A maxila, por exemplo, possui reparos anatômicos que se sobrepõem 
aos dentes em maior número do que na mandíbula, como, por exemplo, o 
processo zigomático da maxila na região dos molares superiores.

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