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Preparações Especiais Crianças com Inapetência 1 • Infância - oportunidade dos pais de influenciar escolhas alimentares dos filhos. Introdução 2 • Falta de apetite. • Pré-escolar (1 a 6 anos)– mais comum • Dois tipos: ▫ Inapetência comportamental – criança deixa de comer para chamar a atenção e observa que a tática funciona. Mãe teme que o filho não coma e permite que ele consuma alimentos de fácil aceitação para criança. “Alimentada” dessa maneira ela recusa outros alimentos. Inapetência 3 ▫ Inapetência orgânica – mais comumente associado dieta pouco variável, levando à deficiência de micronutrientes, como o Fe. Criança apresenta alimentação homogênia e pobre em qualidade – apatia e desinteresse pela alimentação. Inapetência 4 • Freqüentemente recusam vegetais. • Único gosto inato – doce • Todos os outros – aprendido • Neofobia – recusa alimentos novos • Devem ter a oportunidade de provar o alimento repetidamente (até 12 vezes) - intensifica a aceitação • do ritmo de crescimento. curiosidade pelo ambiente. Crianças 5 • Avaliação médica • Avaliação do estado nutricional • Avaliação do conhecimento dos responsáveis sobre alimentação infantil • Suplementos vitamínicos Como proceder com a criança que recusa os alimentos? 6 7 • Volume pequeno dos alimentos nas refeições de preferência servida em mesinhas; • Vegetais “puros” – menor aceitação Estratégias dietéticas para combater a inapetência 8 • Crianças preferem - vegetais pouco temperados, ligeiramente menos cozidos e mais crocantes, cor viva e fáceis de comer com as mãos; ▫ Cortar em tiras tb é uma boa estratégia ▫ Servir com molhos Estratégias dietéticas para combater a inapetência 9 • Alimentos cozidos – servidos mornos e não quentes – boca da criança mais sensível que de um adulto; • Sopas com hortaliças cozidas: nunca devem ser liquidificadas – criança deve saber qual hortaliça está ingerindo, conhecer sua cor, sua textura e seu sabor característico. Estratégias dietéticas para combater a inapetência 10 • Diversificar o modo de preparo: Prepare frutas de diversas maneiras – frutas frescas, cozidas, em gelatina ou salada de frutas; • Acrescente legumes cortados bem fino no omelete ou no recheio de panquecas. Eles também podem entrar em croquetes, almôndegas e hambúrgueres feitos em casa. Estratégias dietéticas para combater a inapetência 11 • Sabores leves (cenoura, ervilha e milho) mais bem aceitos do que os mais acentuados (brócolis, jiló) – começar por eles. Estratégias dietéticas para combater a inapetência 12 • Incremente a massa da panqueca com espinafre (bata no liquidificador 4 ovos, 500 ml de leite, 1 colher (sopa) de manteiga derretida e 1/3 de maço de espinafre cozido, espremido e picado. Junte 200 g de farinha de trigo, bata até ficar homogêneo e frite em frigideira antiaderente). Estratégias dietéticas para combater a inapetência 13 • Yakissoba, macarrão japonês feito com legumes e carnes, é um ótimo exemplo de mistura saudável e completa que a maioria das crianças gosta de comer. Você pode comprar pronto ou fazer uma versão em casa (use os legumes que tiver à mão, massa longa). Estratégias dietéticas para combater a inapetência 14 • Inclua nas refeições comidas que a criança pode pegar com as mãos: cenoura, tomate-cereja, espiga de milho, hortaliças cortadas em palito. Estratégias dietéticas para combater a inapetência 15 • Torne os alimentos mais atraentes. ▫ Utilize nomes que fazem parte do dia a dia das crianças Bife das meninas super-poderosas, quarteto fantástico (arroz, feijão, bife e salada), etc... Estratégias dietéticas para combater a inapetência 16 Torne os alimentos mais atraentes. ▫ Formas e cores Coloque os alimentos que compõem a refeição separadamente no prato ou em cumbucas individuais. Eles devem ter cores e texturas diferentes. Deixe a criança se servir sozinha e provar cada uma das diferentes porções. Estratégias dietéticas para combater a inapetência 17 o Salada divertida - cortando os legumes em formato de estrelinhas, lua, florzinha e outras formas especiais; o Para deixar a salada mais atraente, espalhe sobre as folhas ovo cozido picado, kani desfiado ou pedaços de frutas amarelas e vermelhas (para contrastar com o verde), como manga ou morango; Estratégias dietéticas para combater a inapetência 18 Outra idéia é colocar flores de brócolis japonês cozidas al dente sobre o purê. Fica mais gostoso quando é a própria criança quem faz a decoração de seu prato; Cremes ou pastas de vegetais servidos sobre torradas, frutas são maneiras simples de valorizar o visual da comida; Estratégias dietéticas para combater a inapetência 20 Espante o tédio da mesa variando o preparo de cada alimento: um dia sirva cru, outro em forma de bolinhos, ou refogado, cortado em rodelas, ralado etc. Criar carinhas nos pratos – cabelos de alface, olhos de azeitona, etc. Importante: Brincar com a apresentação do prato não significa esconder algum tipo de alimento. Chuchu é chuchu, tomate é tomate, mesmo que eles sejam, por exemplo, apresentados em forma de flor Estratégias dietéticas para combater a inapetência 21 • Palhaço gorducho ▫ Cortar a carne em um formato redondo e usá-la para fazer a barriga de um palhaço gorducho. Em cima da barriga, coloque um pouco de arroz e feijão. ▫ Para fazer a cabeça do palhaço, use tomate; um pedacinho de azeitona como nariz e mini-cenouras no lugar de pés. ▫ Uma folha de alface crespa compõe a cabeleira. ▫ Nessa criação, também é possível substituir o arroz por purê de batata e a carne pode ser trocada por um filé de frango . Estratégias dietéticas para combater a inapetência 22 • IMPORTANTE: • Respeitar o direito da criança ter preferências e aversões; • Oferecer os alimentos em quantidades pequenas para encorajar a criança a comer. • Respeitar as oscilações passageiras do apetite, as quais ocorrem normalmente em todos os indivíduos; • Não disfarçar os alimentos, para que a criança saiba o que está comendo (favorece o aprendizado e a identificação de texturas e sabores); Estratégias dietéticas para combater a inapetência 25 • Não utilizar subterfúgios tais como o famoso "aviãozinho ou trenzinho"; visto que tais atitudes desviam a atenção e comprometem a percepção dos alimentos; • Não demonstrar irritação ou ansiedade no momento da recusa. A criança deve sentir-se confortável no momento da refeição; • Não forçar, ameaçar punir ou obrigar a criança comer, assim como não oferecer recompensas e agrados, atitudes que reforçam a recusa alimentar e desgastam pais e filhos; Estratégias dietéticas para combater a inapetência 26 • Estabelecer o tempo de duração e os horários das refeições, evitando a oferta de alimentos a todo o momento; • Apresentar os pratos de maneira agradável, com textura própria para a idade, evitando a monotonia alimentar, fator este que interfere de modo significativo na formação do habito alimentar da criança; • Durante a refeição, o ambiente deve ser agradável, na ausência de ruídos, o que distrai a atenção da criança; Estratégias dietéticas para combater a inapetência 27 • Participação da criança durante preparo dos alimentos e na montagem do seu prato, uma atitude que incentiva a criança a comer e a estimula a participar das tarefas domesticas; • Para as crianças que ingerem grandes quantidades de leite, deve-se diminuir o volume e a freqüência,uma vez que líquidos suprem a sensação de fome. Estratégias dietéticas para combater a inapetência 28 30 31 32 33 34 36 38 Introdução • Idosos • Segundo a OMS: ▫ 45 – 59 anos meia-idade ▫ 60 – 74 anos idoso ativo ▫ 75 – 90 anos idoso dependente ▫ > 90 anos muito idoso 39 • População mundial com mais de 60 anos, entre 2000 e 2050 (OMS 2002): ▫ 600 milhões - 2 bilhões, ▫ países em desenvolvimento o grupo > 80 anos é o que mais cresce. • Para 2050 estima-se que a relação será de 1 pessoa com mais de 60 anos para 5 em todo o mundo, e de uma para três nos países desenvolvidos. Introdução 40 Fatores que afetam o consumo de nutrientes nos idosos • Fatores socioeconômicos • Alterações fisio-anatômicas • Alterações na percepção sensorial • Alterações na capacidade mastigatória • Alterações na composição e no fluxo salivar e na mucosa oral • Alterações no funcionamento gastrointestinal • Outros (fármacos, etc.) 41 Fatores psicossociais: perda do cônjuge, depressão, isolamento social, integração social, capacidade de deslocamento, capacidade cognitiva e outros associados à própria enfermidade. No Brasil baixo poder aquisitivo da população idosa aquisição de alimentos de custos mais acessíveis monotonia da alimentação 1. Fatores Socioeconômicos 42 2. Alterações Fisio-anatômicas Menor capacidade de controle da homeostase da água: Possíveis causas • Declínio na capacidade de concentração da urina • Redução na sensação de sede Desidratação 43 atenção no exame clínico da avaliação nutricional 2. Alterações Fisio-anatômicas Diminuição do metabolismo basal e redistribuição da massa corporal Após os 40-50 anos: massa muscular, massa óssea, água corporal Até 70 anos: progressivo do peso ( gord. corporal) Redução da Massa Muscular : redução do músculo esquelético. Redução da Massa Óssea: Principais consequências alimentares/nutricionais Osteoporose Necessidade energética menor (idosos que não possuem doenças) Após 70 anos: peso 44 Disfagia (dificuldade de deglutição): • Redução da motilidade muscular e do reflexo da deglutição (decorrente de distúrbios neuromusculares, demências e outros) • Prejuízos na mastigação e xerostomia Xerostomia (dificultando a mastigação e a deglutição): • Utilização de medicamentos (provocam inibição do fluxo salivar) • Presença de enfermidades que reduzem a secreção salivar Aumento da sensibilidade da mucosa oral a alimentos quentes ou frios: • Redução na espessura do epitélio bucal e lingual • Superfície da mucosa oral torna-se mais lisa 45 2 – Alterações físio-anatômicas 3. Alterações na Percepção Sensorial, Capacidade Mastigatória, Composição do Fluxo Salivar e Mucosa Oral Menor Capacidade Mastigatória: Menor Percepção Sensorial: • Limitações na visão • Redução na percepção dos gostos primários • Redução do olfato 46 4. Alterações no Funcionamento Gastrointestinal Prejuízos na capacidade digestiva e absortiva e alterações no metabolismo dos nutrientes: • Atrofia da mucosa gástrica (hipocloridria, fator intrínseco); • Atrofia da mucosa intestinal e redução da produção de lactase; • Função pancreática reduzida em situações de estresse; • Sensibilidade reduzida da vesícula biliar; • Pequeno decréscimo funcional do fígado 47 Possíveis causas Constipação intestinal 4. Alterações no Funcionamento Gastrointestinal Redução na atividade física; Imobilidade; Redução nos movimentos peristálticos; Redução do tônus da musculatura abdominal; Baixo consumo de alimentos ricos em fibras e água; Processos patológicos e uso de medicamentos 48 49 • Principais consequências alimentares/nutricionais: • Redução no consumo de alimentos; • Desconfortos gastrintestinais ; • Desnutrição e deficiências nutricionais (Fe,Ca e B12) 4. Alterações no Funcionamento Gastrointestinal Presença de doenças: 5. Outros Fatores que Podem Afetar o Consumo de Nutrientes em Idosos Como infecções, Diabetes Mellitus, H.A.S., demências e outras Uso de múltiplos medicamentos: 50 Objetivos das preparações para idosos • Proporcionar alimentos e preparações de consistência adequada ao estado da dentição, de cores atrativas, do TGI e sócio-econômico dos indivíduos. • Proporcionar nutrição adequada para controle de peso, prevenção de perda de massa magra, apetite saudável e prevenção de enfermidades /complicações. 51 • Incentivar consumo de frutas e hortaliças ▫ Inteiras (aquelas de tamanho pequeno) ▫ Diferentes cortes – facilitar mastigação ▫ Sucos – frutas combinadas com hortaliças ▫ Recheios, ingredientes de bolos, sanduiches, tortas, etc. 53 Estratégias práticas Estratégias práticas • Nos produtos de origem animal ▫ Retirar a gordura visível ▫ Retirar a pele do frango e de outras aves ▫ Evitar os miúdos ▫ Ovos – em preparações sem gordura como cozidos, omeletes com legumes, etc. ▫ Leite – preferência para o desnatado ou semi-desnatado ▫ Queijo - < quantidade de gordura (queijos brancos) ▫ Peixes – pelo menos 2 vezes por semana Atento para presença de espinhos 54 Estratégias práticas • Usar com moderação alimentos ricos em cafeína ▫ Cafeína em moderação – serve como antidepressivo suave para idosos – causa uma certa euforia e melhora a atenção e a concentração. ▫ 300mg de cafeína – quantidade moderada – consumir antes das 14hs para não interferir no sono. 4 xícaras pequenas (70mL) de café não muito forte 3 xícaras grandes pela metade (100mL) de café não muito forte 55 • Dar preferência a água e aos sucos naturais ▫ Pode ser feito com frutas ou hortaliças ou com uma combinação desses produtos. ▫ Além de vitaminas e minerais sucos ajudam a repor a quantidade de líquido que os idosos precisam. 56 Estratégias práticas Estratégias práticas • Alimentação deve ser colorida ▫ Baixa acuidade visual • Usar e abusar de ervas e especiarias ▫ Como idosos apresentam problemas de paladar, uso de ervas auxiliam a estimular o apetite. • Sempre que possível adicionar fibras a dieta ▫ Melhora trânsito intestinal 57 Estratégias práticas • Incluir diariamente um produto probiótico ▫ Recomposição da microbióta intestinal, auxiliando o funcionamento do intestino e no controle de infecções intestinais; ▫ Aumento da biodisponibilidade de cálcio e ferro; ▫ Estímulo à resposta imune do organismo; ▫ Redução do colesterol ▫ Melhora a tolerância à lactose ▫ Inibe H pylori – bactéria associada a gastrites e úlceras 58 Probiótico • Significa “a favor da vida” . • Microorganismos vivos que, consumidos em quantidades suficientes, produzem efeitos benéficos para a saúde e para o bem estar além dos efeitos nutricionais habituais. • Mais estudados – gênero Lactobacillus e Bifidobacterium . 59 Referências Bibliográficas • Frank AA, Soares EA. Nutrição no Envelhecer. São Paulo: Atheneu. 300p, 2004. • Campos MTFS, Coelho AIM. Alimentação Saudável na Terceira Idade – Estratégias Utéis. Viçosa:Editora UFV. 2ed. 90p, 2005. • Escott-Stump, S. Nutrição relacionada ao Diagnóstico e Tratamento. Manole. 5ed. p.436-445, 2007. • Leão, L. S. C. S.; Gomes, M. C. R. – Manual de nutrição clínica. 6ª ed. Ed. Vozes: 2007. 61