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MÓDULO 4 - circulação sistêmica e pulmonar

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MÓDULO 4 – FISIO CÁRDIO – BENEDITO 
1- Explique por que a pressão do sague é diferente ao longo da circulação 
sistêmica e da circulação pulmonar. 
A pressão do sangue é determinada pelo débito cardíaco e pela resistência dos 
vasos da rede arterial que conduz esse sangue. Assim, considerando o débito 
cardíaco o mesmo para a análise da circulação sistêmica (os ventrículos direito 
e esquerdo bombeiam sempre o mesmo volume), temos que as diferenças de 
pressão presentes vão ser devidas à alteração de resistência periférica, 
principalmente nas arteríolas. 
 
Na circulação sistêmica, temos uma resistência gerada por todas as arteríolas 
muito superior àquela gerada pelas arteríolas da circulação pulmonar. Isso 
explica a PAM de 100mmHg na circulação sistêmica e 14mmHg na circulação 
pulmonar. 
Além disso, é importante notar que o caráter pulsátil gerado nos primeiros 
segmentos de cada uma da circulações é devido ao caráter elástico das 
artérias ali presentes, o que se perde conforme caminhamos para as arteríolas, 
as quais só possuem músculos lisos (podem aumentar ou diminuir a 
resistência) e não propriedades elásticas. 
A diferença de pressão observada por todas as características já descritas é 
essencial para que haja fluxo sanguíneo (F = ΔP/R; fluxo = gradiente de 
pressão/resistência periférica). 
Quando consideramos a resistência periférica, um determinante fundamental é 
o diâmetro dos vasos. Pela lei de Poiseuille: o fluxo varia proporcionalmente à 
quarta potência do raio do vaso, ou seja, com o aumento do raio há diminuição 
de resistência periférica e aumento do fluxo. 
As artérias não podem gerar energia para criar o fluxo sanguíneo. O que elas 
fazem é a conservação temporária da energia gerada pelos batimentos 
cardíacos a fim de proporcionar a movimentação do sangue por gradiente de 
pressão. Assim, conforme a energia se dissipa (gradiente de pressão cai), é 
preciso que esse fluido seja novamente bombeado para recircular. 
 
 
 
2- Discuta os principais fatores envolvidos com a saída e entrada de água 
nos capilares. 
As forças de Starling são as que tendem a mover o líquido para fora ou dentro 
dos capilares. 
As que movem para fora são: pressão capilar média, pressão intersticial 
negativa (determinada pelo sistema linfático) e pressão coloidosmótica do 
interstício. 
A que move para dentro é a pressão coloidosmótica capilar (pressão oncótica 
do plasma, determinada pelas grandes moléculas, como proteínas, que não 
saem pela parede dos vasos). 
 
Em situações fisiológica as forças que impelem o líquido para fora se 
sobressaem às que puxam para dentro (0,3mmHg) e o que sai é drenado pelo 
sistema linfático, que possui alta permeabilidade à água, uma molécula 
pequena e de baixo peso molecular. 
 
 
 
 
 
 
 
3- Discuta os fatores que determinam o retorno venoso e quais são as 
suas implicações no volume sistólico e no débito cardíaco. 
Aproximadamente 65% do nosso volume sanguíneo 
encontra-se no sistema venoso. Esse território pode 
acumular grandes volumes de sangue por ser muito 
complacente, gerando distensões quando 
submetidos a cerca de 2 a 3mmHg. 
Devido a essa característica, a pressão no sistema 
venoso é muito baixa, o que seria problemático, por 
exemplo, para que esse sangue pudesse retornar 
ao AD vindo dos membros inferiores quando nos 
encontramos na posição ortostática. 
Como estratégia para vencer a gravidade, temos um 
sistema de válvulas no território venoso, 
especialmente desenvolvido nos membros 
inferiores, para garantir o fluxo unidirecional de 
sangue nesses vasos. 
Na prática, as válvulas criam uma fragmentação da 
coluna líquida, ajudando a neutralizar parte do efeito 
gravitacional. 
O retorno venoso é a quantidade de sangue que chega ao coração por 
minuto. Como nosso sistema circulatório é fechado, o retorno venoso deve 
ser igual ao débito cardíaco (quantidade de sangue que sai do coração por 
minuto). 
São fatores que alteram (aumentando) o retorno venoso: 
 Aumento de volume sanguíneo 
 Dilatação das arteríolas (aumenta o raio = aumenta o fluxo) 
 Aumento do tônus vascular nas grandes veias (torna as veias 
menos complacentes e aumenta o retorno) 
O aumento do retorno causa aumento da força do miocárdio e ejeção de maior 
volume sanguíneo (aumenta a distensão dos sarcômeros e a amplitude da 
contração vai ser maior para aumentar volume ejetado, aumentando o débito 
cardíaco). 
Pela lei de Frank-Starling, com o aumento do retorno venoso, há o aumento de 
contratilidade do miocárdio (quanto mais esticados estiverem os sarcômeros, 
maior será a amplitude da contração). Afinal, o retorno venoso deve se igualar 
ao débito cardíaco (aumenta retorno venoso = aumenta débito cardíaco). 
 
 
 
4- Analise os diferentes fatores que podem influenciar o volume sistólico. 
O volume sistólico é dependente da contratilidade do músculo cardíaco. 
 Retorno venoso (com aumento do retorno venoso teremos 
bombeamento de maior volume durante a sístole – mecanismo de 
Frank-Starling). Outra maneira de ler esse aumento do retorno venoso é 
como aumento da pré-carga, ou seja, aumento do volume que enche o 
ventrículo durante a diástole. 
 Sistema nervoso autônomo simpático (contrai mais – aumenta força – e 
mais rápido – aumenta frequência) – aumenta mobilização de cálcio. 
 Obs.: a pós-carga também pode ser considerada um fator que influencia 
no volume sistólico (se houver uma estenose de aorta, por exemplo, o 
volume sistólico que será bombeado é menor). 
 
 
5- Discuta a inter-relação entre pressão, fluxo e resistência. 
Deve haver gradiente depressão para haver fluxo, sendo este fluxo diretamente 
proporcional ao gradiente de pressão e inversamente proporcional à 
resistência. 
 
O fluxo é determinado pela lei de Poiseuille, a qual determina que este é 
diretamente proporcional à quarta potência do diâmetro de um vaso 
(resistência tem relação inversa com a quarta potência do raio). Então, com 
pequenas alterações no diâmetro das arteríolas, haverá grande mudança de 
fluxo e resistência. 
É importante, também, ressaltar que a pressão varia de forma diretamente 
proporcional à resistência periférica. Assim, do mesmo modo como o aumento 
do raio (diminuição de resistência) é responsável por aumentar o fluxo, também 
haverá diminuição de pressão naquele segmento. Contudo, o determinante do 
fluxo é a diferença de pressão nas extremidades de um segmento de vaso e 
não o valor absoluto da pressão em seu interior. 
 
 
6- Analise a participação do débito cardíaco e da resistência periférica na 
determinação da pressão arterial. 
PA = DC x RP. Em que DC é o débito cardíaco, determinado pela frequência 
cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. 
O débito cardíaco é constante se estivermos analisando um determinado 
indivíduo em uma condição. O que será alterado ao longo do trajeto do sangue 
e que, portanto, alterará a PA, será a resistência periférica. 
Devemos lembrar que a disposição dos vasos (série e/ou paralelo) é 
determinante para as alterações da resistência periférica, ocorrendo soma das 
resistência para os vasos em série (o que pode ser considerado o início do 
vaso, antes das bifurcações) ou soma dos inversos para os vasos em paralelo 
(como nas bifurcações dos grandes vasos), em que a resistência equivalente 
será menor do que a menor resistência oferecida. 
Esse sistema em paralelo é o que vai permitir a cada órgão apresentar sua 
irrigação específica, podendo, inclusive, modificar a resistência dos vasos que 
ali chegam para a autorregulação do fluxo sanguíneo. 
 
 
 
 
7- Analise a importânciadas arteríolas no controle do fluxo sanguíneo 
para os diferentes territórios vasculares. 
A importância é devida à capacidade de direcionamento do sangue para as 
regiões de maior necessidade. 
Essas arteríolas, como fazem irrigação específica de determinadas vísceras, 
podem sofrer influências diversas resultando no controle (aumentou ou 
diminuição) do fluxo sanguíneo e, portanto, perfusão de determinados tecidos, 
muitas vezes em detrimento de outros. 
No exercício físico, por exemplo, o sistema simpático estará ativo, fazendo com 
que os músculos esqueléticos, em atividade intensa, estejam bem supridos 
com sangue (consequentemente oxigênio e nutrientes), enquanto a circulação 
esplâncnica estará reduzida por estar menos requisitada e para gerar 
capacidade de desviar sangue para onde está sendo requisitado. 
 
 
 
 
8- Destaque os principais mecanismos de regulação local (intrínseco) do 
fluxo sanguíneo. 
Mecanismos metabólicos: produtos do metabolismo e a própria baixa de 
oxigênio local vão causar relaxamento da musculatura das arteríolas, 
aumentando o fluxo e, por consequência, o suprimento sanguíneo. Assim, 
quanto maior for a atividade metabólica de um dado território, maior será a 
ação dos fatores metabólicos no sentido de promover a vasodilatação e, 
consequentemente, a manutenção da perfusão desse território. 
Mecanismo miogênico: renal, cerebral e coronariano. Aumento da tensão de 
estiramento causa maior influxo de cálcio para o interior da célula muscular lisa 
vascular, a qual então contrai, aumentando resistência e, consequentemente, 
diminuindo o fluxo sanguíneo. O contrário é verdadeiro. 
FATORES EXTRÍNSECOS: 
Neurais: simpático (adrenalina e noradrenalina). 
Hormonais: hormônios vasoconstritores (angiotensina II...) e vasodilatadores 
(bradicinina...). 
 
 
 
9- Comente as principais características da circulação nos seguintes 
territórios vasculares: 
a) Cerebral: autorregulação e fatores metabólicos. Mantêm o fluxo constante. 
Além disso, o fator metabólico é muito devido às células das arteríolas desse 
sistema serem muito dependentes de O2 e muito sensíveis ao CO2, o que gera 
dilatação (falta O2 e elas não contraem ou respondem a altas concentrações de 
CO2, também relaxando). 
b) Renal: Autorregulação, neural e hormonal. 
Autorregulação (mecanismos locais das arteríolas e reflexos) mantém FSR 
para não danificar a membrana de filtração (mantém IFG). 
Neural: simpático sobre arteríolas renais (vasoconstrição), diminuindo FSR e 
IFG. 
Hormonal: angiotensina II, que age principalmente na arteríola eferente, 
aumento a reabsorção de sódio e água nos capilares peritubulares, tudo isso 
por meio de aumento da resistência e diminuição do fluxo. 
c) Esquelético: simpático, metabólico e mecânicos locais. 
Simpático: dependendo do receptor pode causar vasodilatação ou 
vasoconstrição. 
Metabólicos: diminuição de O2, acúmulo de CO2, quebra de ATP, produção de 
ácido lático, tudo para promover a vasodilatação. 
Mecânicos: a dinâmica de contração e estiramento muscular contribui para 
melhor perfusão do tecido, principalmente quando interpretamos essa ação em 
conjunto com os outros fatores que agem para melhor perfusão deste tecido. 
d) Esplâncnico: metabólicos (aumente movimentação do tubo = aumentam 
fatores metabólicos), mecânicos (aplica-se a todo local com presença de 
musculatura; aqui nota-se nos movimentos peristálticos), hormonais (ingestão 
de alimentos leva a hormônios) e neurais (simpático contrai e parassimpático 
dilata). 
e) Cutâneo: neural e intimamente relacionada à manutenção da temperatura 
corporal (troca calor com o meio externo). 
Baixa temperatura: simpático adrenérgico leva a vasoconstrição e menor perda 
de calor. 
Alta temperatura: simpático colinérgico atua em glândulas sudoríparas, 
produzindo calicreína e, no final, produzindo bradicinina. Essa ação, por fim, 
causará vasodilatação e perda de água por transpiração (perde água – função 
de radiador). Tudo isso contribui para maior perda de calor.

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