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AULA 4 - Métodos diretos - severidade

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Métodos diretos: Severidade 
• Proporção (ou porcentagem) da área ou do 
volume do tecido coberto por sintomas em 
relação ao total; 
 
• Maior precisão; expressa com maior fidelidade 
a intensidade da doença no campo e os danos 
causados; 
• Trabalhoso e demorado; dependente da 
acuidade do avaliador e da escala; 
 
 Uso de chaves descritivas, escalas 
diagramáticas, análises de imagens 
computadorizadas e sensoriamento remoto. 
Como ilustra o gráfico acima, a incidência de 100% de folíolos com a mancha 
preta do amendoim não reflete a intensidade real no campo, pois apesar de 
todos os folíolos apresentarem manchas, a severidade (% da área infectada 
por folíolo), pode ser baixa causando pouco dano. 
Intensidade da doença: é um termo mais 
amplo que pode ser expresso como incidência ou 
severidade. Significa o quanto intensa é a doença 
ou quão doente está a planta. 
 
Numa epidemia de doenças foliares deve-se levar 
em consideração que, quando a incidência é elevada 
(maioria das plantas com sintomas), a evolução da 
doença dá-se quase que exclusivamente pelo 
aumento do número e tamanho das lesões 
(severidade). 
1. Chaves (ou escalas) descritivas 
Escalas arbitrárias com um número variável de 
graus ou classes para quantificar doenças. 
I. Escalas nominais: 
 Classifica as plantas doentes (ou órgãos 
vegetais) A PARTIR DA DESCRIÇÃO DOS 
SINTOMAS (baixa, média e alta severidade). 
 Muito subjetivas. 
 Escala nominal para avaliação de verrugose de hastes e 
pecíolos do amendoim (Adaptada de Ribeiro, 1970). 
 Onde: 
1 = ausência de sintomas 
2 = baixa severidade 
3 = severidade regular 
4 = severidade alta 
 Escala nominal para avaliação da ferrugem do amendoim. 
II. Escalas de notas: 
 
 Atribuição de notas de severidade, A PARTIR 
DE ESCALAS PRÉ-DEFINIDAS; 
 Considera FAIXAS DE PORCENTAGEM de 
área atingida pelo sintoma; 
 Progressões aritméticas ou logarítmicas. 
Escalas diagramáticas 
São representações ilustradas de plantas ou partes 
de plantas com sintomas em diferentes níveis de 
severidade. 
Exemplos: 
F
o
n
te
: S
o
a
re
s
 e
t a
l., 2
0
0
9
 
Escala diagramática para avaliação da severidade da mancha alvo da soja. 
• Aplicáveis em diferentes condições; 
• Uso bem sucedido, especialmente na seleção de 
materiais resistentes em programas de 
melhoramento; 
• Exige certa experiência do avaliador: seu uso 
constante melhora a acurácia e precisão dos 
avaliadores. 
• CONCEITOS: 
• Acurácia: proximidade entre o valor estimado da 
quantidade real de doença; 
• Precisão: variação associada com a estimativa da 
quantidade de doença; 
• Reprodutibilidade: variabilidade dos valores 
estimados entres dois avaliadores; 
• Repetibilidade: variabilidade dos valores 
estimados para cada avaliador em diferentes 
tempos de avaliação. 
ÍNDICE DE DOENÇA (ID) 
 O Índice de Doença (ID) ou Índice de Infecção (INF) pode 
variar de 0% a 100%; 
 Calculado para doenças da parte aérea (ferrugem, manchas 
preta e castanha, verrugose e ferrugem); 
 Baseado nas escalas de notas, utiliza-se o índice de McKinney 
(1923). 
 
ID (%) = 
 
onde: 
• somatório dos graus da escala x frequência = (n1 x 1) + (n2 x 2) + (n3 x 3) 
+ (n4 x 4) + (...) 
• n1, n2, n3 e n4 = nº de folíolos da amostra com as notas 1, 2, 3, 4, (...) 
100 x (somatório dos graus da escala x frequência) 
(numero de plantas ou órgãos afetados x grau máximo 
da escala) 
1. Foram avaliadas 4 plantas para quantificação da ferrugem do 
amendoim. Em cada planta, foram avaliadas 2 folhas utilizando-se a 
escala abaixo. Nesta avaliação foram obtidos os seguintes resultados: 
Escala nominal para avaliação da 
ferrugem do amendoim. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO. 
Plantas 
Folhas / notas de severidade 
1 2 
1 1 3 
2 2 2 
3 3 4 
4 2 2 
100 x (somatório dos graus da escala x frequência) 
 (numero de plantas ou órgãos afetados x 
grau máximo da escala) 
ID = 
Planta 1: 100 x [(1x1) + (2x0) + (3x1) + (4x0)] = 50% 
 2x4 
Plantas 
Folhas / notas de severidade 
1 2 
1 1 3 
2 2 2 
3 3 4 
4 2 2 
Planta 2: 100 x [(1x0) + (2x2) + (3x0) + (4x0)] = 50% 
 2x4 
Planta 3: 100 x [(1x0) + (2x0) + (3x1) + (4x1)] = 87,5% 
 2x4 
Planta 4: 100 x [(1x0) + (2x2) + (3x0) + (4x0)] = 50% 
 2x4 
2. Foram avaliadas 10 plantas para quantificação de uma 
doença. Foi utilizada uma escala diagramática com graus 
variando entre 0 e 9. Nesta avaliação foram obtidos os 
seguintes resultados: 
Plantas avaliadas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Notas de severidade 5 3 2 0 0 0 0 0 0 0 
Calcule o Índice de Doença (ID) de McKinney da amostra. 
ID = 100 x [(0x7) + (1x0) + (2x1) + (3x1) + (4x0) + (5x1) + (6x0) + (7x0) + (8x0) + (9x0)] 
 10x9 
ID = 11,11% 
Foram avaliadas 50 plantas para quantificação da mancha 
angular do algodoeiro (Xanthomonas axonopodis pv. 
malvacearum). Foi utilizada uma escala descritiva com graus 
variando entre 1 e 5 (Tabela 4). 
Nesta avaliação foram obtidos os seguintes resultados: 
PLANTA NOTA PLANTA NOTA PLANTA NOTA PLANTA NOTA 
1 3 13 3 26 3 38 4 
2 2 14 3 27 5 39 4 
3 5 15 3 28 3 40 2 
4 2 16 5 29 4 41 3 
5 3 17 2 30 2 42 5 
6 4 18 4 31 2 43 3 
7 3 19 4 32 3 44 4 
8 2 20 3 33 2 45 3 
9 3 21 2 34 3 46 1 
10 1 22 3 35 3 47 3 
11 3 23 3 36 3 48 4 
12 4 24 4 37 1 49 4 
25 3 50 2 
ID = 100 x [(1x3) + (2x10) + (3x22) + (4x11) + (5x4)] 
 50x5 
100 x (somatório dos graus da escala x frequência) 
 (numero de plantas ou órgãos afetados x 
grau máximo da escala) 
ID = 
ID = 61,2% 
ID = 100 x [3 + 20 + 66 + 44 + 20) 
 250 
Precisão x Acurácia 
Fonte: http://www.baseaerofoto.com.br/faq/ 
(a) atirador acurado e preciso; 
(b) atirador acurado e impreciso; 
(c) atirador preciso e não-acurado; 
(d) atirador não-preciso e não-acurado. 
Elaboração de escalas diagramáticas 
Acurácia: refere-se à proximidade entre o valor 
amostrado (média) e o valor real da quantidade 
de doença. 
 
Precisão: refere-se à repetibilidade (variação 
associada com a estimativa da quantidade de 
doença na amostra. 
ACURADO E PRECISO 
ACURADO MAS 
IMPRECISO 
PRECISO MAS 
INACURADO 
IMPRECISO E 
INACURADO 
• Análise por imagens de vídeo por computador 
Métodos de avaliação de doenças 
Fonte: Navarro 
(2017) 
• Sensoriamento remoto 
Métodos de avaliação de doenças 
Estudo de caso 
• Mancha preta dos citros (Citrus spp.) (MPC); 
• Agente causal: fungo Guignardia citricarpa Kiely; 
• Relatada pela primeira vez em 1992, na região de 
Limeira; 
• Depreciação dos frutos; queda prematura dos frutos 
podendo levar a reduções de até 80% na produção; 
• Seis tipos de sintomas diferentes (mancha dura e falsa 
melanose são os mais comuns); 
• MPC - Sintomas: lesões circulares, deprimidas, com 
bordos salientes de coloração marrom e na maioria das 
vezes apresentam pontuações negras no seu interior, que 
correspondem aos picnídios (ocorre no período de mudança 
da coloração dos frutos). 
• O uso da escala permite ao avaliador situar sua estimativa 
num intervalo menor, compreendido entre dois dos níveis 
representados por seus diagramas (Amorim, 1995).Dessa 
forma, as escalas diagramáticas contribuem na redução do 
erro na estimativa visual da severidade de doenças. 
• A precisão e a acurácia das estimativas de severidade variam 
de acordo com o avaliador. Após a elaboração, as escalas 
devem ser testadas por diferentes indivíduos a fim de 
comprovar sua eficiência na estimativa da severidade. 
• OBJETIVO: elaborar e validar uma nova escala diagramática 
para avaliação da mancha preta dos citros na qual estivessem 
representados tanto sintomas do tipo mancha dura quanto 
sintomas do tipo falsa melanose. 
• 50 frutos das variedades ‘Hamlin’, ‘Pera’, ‘Valência’ e ‘Natal’; 
• com ampla variação de severidade da doença (0,5% a 68%); 
• talhões com 100% de incidência da doença; 
• Imagens digitalizadas processadas com o programa SIARCS 3.0 
(elaborado e comercializado pelo Centro Nacional de Pesquisa e 
Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária da Embrapa); 
• Foram estabelecidas porcentagens de doença e reproduziu-se um 
desenho padrão com área conhecida, representando um fruto cítrico, 
ao qual acrescentaram-se desenhos de lesões de formatos variados; 
• Para a validação da escala, seis avaliadores quantificaram a severidade 
da doença a partir das imagens dos 50 frutos; 
• primeira fase: os avaliadores estimaram a severidade sem auxílio da 
escala diagramática; 
• segunda fase: estimaram a severidade com o auxílio da escala 
diagramática. 
Sem escala 
Sem escala 
Com escala 
Com escala 
• sem o auxílio da escala diagramática: os avaliadores 
relativamente precisos, para as retas de regressão entre a 
severidade real e a estimada; 
 
Estudo de caso 
• Mancha preta dos citros (Citrus spp.) (MPC); 
• agente causal: fungo Guignardia citricarpa Kiely; 
• relatada pela primeira vez em pomares comerciais no Estado 
de São Paulo em 1992, na região de Limeira; 
• Sintomas: depreciam os frutos para a comercialização in 
natura, causa a queda prematura dos frutos podendo levar a 
reduções de até 80% na produção; 
• expressão dos sintomas está relacionada com a época de 
maturação das variedades; 
• HIPÓTESE: maior intensidade da doença em variedades 
tardias devido ao maior período de exposição de seus frutos 
a condições favoráveis para a expressão dos sintomas ou 
maior suscetibilidade (?????????) 
• OBJETIVO: comparar a suscetibilidade dos frutos de 
três variedades de laranjeiras doces [Citrus sinensis (L.) 
Osbeck] com diferentes períodos de maturação, ‘Hamlin’ 
(precoce), ‘Pera’ (meia estação) e ‘Valência’ (tardia) à 
mancha preta dos citros, em condições naturais de 
infecção. 
• um talhão da variedade precoce ‘Hamlin’, com nove anos de idade e 
espaçamento entre plantas de 8 x 4 m; 
• um talhão da variedade de meia estação ‘Pera’, com nove anos de 
idade e espaçamento entre plantas de 7 x 3,5 m; 
• e um talhão da variedade tardia ‘Valência’, com oito anos de idade e 
espaçamento entre plantas de 7,5 x 3,5 m. 
• Em cada talhão foi marcado um bloco de 100 plantas 
(cinco ruas de 20 plantas); 
• Foram avaliadas, a partir da primeira constatação dos 
sintomas da doença (13 de março de 2001), a incidência 
(porcentagem de frutos sintomáticos) e a severidade 
(porcentagem de casca dos frutos afetada pela doença) 
em 100 frutos por planta, a cada 15 dias, até a sua 
colheita (18 de julho de 2001 para a variedade ‘Hamlin’ e 
31 agosto de 2001 para as variedades ‘Pera’ e ‘Valência’); 
• Para avaliar a severidade da doença, utilizou-se escala 
diagramática contendo os principais sintomas observados 
no campo: a “mancha dura” e a “falsa melanose”. 
(precoce) 
(meia estação) 
(tardia) 
CONCLUSÕES: 
• as variedades ‘Hamlin’, ‘Pera’ e ‘Valência’ apresentam o 
mesmo grau de suscetibilidade à mancha preta dos 
citros, obtidos pela comparação das taxas de 
progresso da doença; 
• existe uma relação entre o processo de maturação 
dos frutos cítricos (dependente das condições 
ambientais) com a intensidade de expressão dos 
sintomas da doença.

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