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AVALIAÇÃO DE DUAS CULTIVARES DE FEIJÃO: IPR UIRAPURU E IPR TUIUIÚ ACADÊMICOS: Emiliane Espindola Laura Madella Luan Giacomini Maiara Panho Renan Marafon INTRODUÇÃO No experimento, foram submetidas duas diferentes cultivares de feijão-preto, a testes probabilísticos, avaliando em pré- plantio o peso, a largura, a espessura e o comprimento das sementes e em pós-plantio o diâmetro de caule e a altura de plântula, em 9, 14 e 23 dias. FEIJÃO-PRETO No Brasil, o feijão é cultivado por pequenos e grandes produtores em diferentes sistemas produtivos, visando desde o autoconsumo até a grande produção. Por ter um bom valor comercial e propriedades nutritivas, o feijão é um dos grãos mais produzidos no país (EMBRAPA, 2002). O rendimento da produção varia entre os cultivares em determinadas condições, por isso escolher um cultivar adaptado à determinada região diminui os custos da produção e faz com que esta seja maior. CULTIVAR IPR TUIUIÚ Seu ciclo médio de emergência até colheita é de 88 dias e seu potencial de rendimento médio é de 3.942 kg/ha. Apresenta tolerância média à altas temperaturas e à seca que ocorre durante seu estágio reprodutivo. Não exige altas demandas de fósforo e tolera acidez no solo. CULTIVAR IPR UIRAPURU Seu ciclo médio de emergência até colheita é de 86 dias e seu potencial de rendimento médio é de 3.759 kg/ha. Em relação à doenças, tem grande resistência à ferrugem, ao mosaico-comum e ao oídio. ESTATÍSTICAS E TESTE Um estudo estatístico completo compreende várias áreas que devem ser desenvolvidas, tais como: a definição do problema, o planejamento, a coleta de dados, a apuração dos dados, a apresentação dos dados, a análise e a interpretação dos resultados. MATERIAIS E MÉTODOS A Atividade Prática Supervisionada foi realizada na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco. Inicialmente foram selecionadas 35 sementes de cada cultivar, que tiveram sua altura, sua espessura e seu comprimento medidos com o auxílio de um paquímetro, e seu peso obtido por meio uma balança de precisão, depois, foram guardadas em envelopes numerados de 1 a 35. Após isso, na estufa, foi preparada uma bandeja com substrato para realizar a semeadura, que era regada duas vezes por semana. MATERIAIS E MÉTODOS Após a germinação, iniciou-se o monitoramento do crescimento das plântulas, realizando-se medidas de altura, com auxílio de uma régua, e do diâmetro de caule, com auxílio de um paquímetro, aos 9, 14 e 23 dias. Todas os dados obtidos foram anotados em fichas de campo e depois colocados em uma planilha do MS-Excel, organizados em rol, para se iniciar a realização dos cálculos estatísticos. RESULTADOS E DISCUSSÃO A cultivar IPR Tuiuiú teve as médias de todas as variáveis maiores que as médias da cultivar IPR Uirapuru. É possível analisar para as duas cultivares, que os valores de média, moda e mediana são muito próximos, assim, indicando que a distribuição dos dados é normal, não havendo presença de muitos valores extremos. O erro padrão da média, na variável peso, para as duas cultivares, foi inferior ao erro padrão das outras variáveis. TESTE Z PARA VARIÁVEIS PESO, COMPRIMENTO, LARGURA E ESPESSURA Em nível de 5% de probabilidade de erro, obteve-se diferença significativa nas variáveis largura, espessura e peso de semente, e não obteve-se diferença significativa na variável comprimento de semente. As médias de altura da cultivar IPR Tuiuiú foram superiores às médias de altura da cultivar IPR Uirapuru nas três medições. O erro padrão para as duas cultivares foi maior aos 23 dias e menor aos 9 dias. O erro padrão também foi maior na cultivar IPR Tuiuiú nas três medições. O desvio padrão para a cultivar IPR Tuiuiú foi maior aos 14 dias, e para a cultivar IPR Uirapuru foi maior aos 9 dias. Também observa-se que o desvio padrão foi maior na cultivar IPR Uirapuru nas três medições. O coeficiente de variação foi maior nas três medidas para a cultivar IPR Uirapuru. Medidas de Diâmetro de Caule É possível observar que a cultivar IPR Uirapuru possui maior assimetria nas três medições. As duas cultivares apresentaram maior simetria aos 23 dias e menor simetria aos 14 dias. TESTE Z PARA DIÂMETRO DE CAULE AOS 9, 14 E 23 DIAS Para a variável diâmetro de caule, observou-se diferença significativa entre a média no 9º dia e não observou-se diferença os 14 e 23 dias, em nível de 5% de probabilidade de erro. As médias de altura da cultivar IPR Tuiuiú foram superiores às médias de altura da cultivar IPR Uirapuru nas três medições. O erro padrão para os dois cultivares foi maior aos 23 dias e menor aos 9 dias. O erro padrão foi maior na cultivar IPR Tuiuiú nas três medições. O desvio padrão para a cultivar IPR Tuiuiú foi maior aos 14 dias e para a cultivar IPR Uirapuru, foi maior aos 9 dias. Também observa-se que o desvio padrão foi maior na cultivar IPR Uirapuru nas três medições. O coeficiente de variação foi maior nas três medidas para a cultivar IPR Uirapuru. A cultivar IPR Uirapuru apresentou maior simetria nas três medições. Para as duas cultivares, as curvas apresentaram maior assimetria na medição realizada nos 14 dias. TESTE Z PARA ALTURA DE PLÂNTULA AOS 9, 14 E 23 DIAS Para a variável altura de plântula, percebeu-se diferença muito significativa entre as médias, em nível de 5% de probabilidade de erro, nas três medições. CONSIDERAÇÕES FINAIS A cultivar IPR Tuiuiú foi melhor que a cultivar IPR Uirapuru nas avaliações pré e pós plantio, nas variáveis peso, largura, espessura e comprimento de semente, o diâmetro de caule e a altura de plântula também foram maiores na cultivar IPR Tuiuiú, nas medidas aos 9, 14 e 23 dias após plantio. Em tese, sementes mais pesadas e maiores, resultam em maior vigor de plântula, devido ao maior acúmulo de nutrientes na semente, que resulta em um arranque inicial superior à sementes mais leves e menores. Observou-se no experimento, que esta tese se confirmou, a cultivar IPR Tuiuiú que possuía um peso e tamanho de sementes maior, se destacou em diâmetro de caule e altura de plântula, em comparação à cultivar IPR Uirapuru. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como as avaliações foram feitas no ciclo inicial da cultura, não se pode afirmar que estas diferenças de emergência, diâmetro de caule e altura de plântula, interfiram na produção final. A quantidade de flores fecundadas, a taxa de abortamento, a quantidade de vagens e o peso de grãos são indicativos mais seguros para afirmar produção. Os cálculos aprendidos em sala de aula, o conhecimento adquirido para a utilização das planilhas do MS-Excel, o interesse e a participação do grupo, foram fundamentais para a realização do experimento para a Atividade Prática Supervisionada. OBRIGADO PELA ATENÇÃO !
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