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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP PSICOLOGIA AMAURI GONÇALVES DE CARVALHO MORAIS N2570J-9 / PS3Q42 Análise do Filme: TOCTOC TEO – Técnicas de Entrevista e Observação Goiânia 2019 Amauri Gonçalves de Carvalho Morais N2570J-9 / PS3Q42 Amauri Gonçalves de Carvalho Morais N2570J-9 / PS3Q42 Análise do Filme: TOCTOC TEO – Técnicas de Entrevista e Observação Trabalho acadêmico apresentado para o curso de Psicologia da Universidade Paulista UNIP na disciplina TEO – Técnicas de Entrevista e Observação, para exercício do conteúdo apresentado em sala de aula. Orientadora: Professora Andréia GOIÂNIA 2019 INTRODUÇÃO O presente trabalho pretende mostrar um olhar psicológico sobre a personagem Ana Maria do filme “TOCTOC” e uma breve panorâmica sobre os demais aspectos do filme demonstrando a percepção já presente na construção das técnicas de Entrevista e observação obtidas nesta disciplina, sem pretensão de pormenorizar todos os aspectos existentes nesta obra tão bem construída que é o filme “TOCTOC”; e por fim este trabalho apresentará uma série de perguntas feitas a personagem como se a mesma estivesse em uma entrevista de uma sessão psicológica mostrando o desenrolar da técnica apresentada; resaltando que não é objetivo deste presente trabalho responder as perguntas que serão apresentadas mais sim mostrar o processo da construção desta entrevista tendo em vista as observações já feitas em relação a personagem Ana Maria, personagem escolhida previamente para receber esse olhar psicológico e também compor esta entrevista. OLHAR PSICOLÓGICO O filme “TOCTOC” apresenta desde o nome escolhido para o título, a pretensão de demonstrar o cotidiano de pessoas que apresentam transtornos, uma vez que a sigla “TOC” arremete a patologia de Transtorno Obsessivo Compulsivo, no entanto os personagens do filme são bem mais completos e carregam ainda outros sintomas que poderiam ser estudados em outro momento. Com certeza os personagens do filme são bem característicos e cada um demonstra uma maneira diferente as demandas e dificuldades que acarretam o transtorno compulsivo, todos movidos pela angustia que trazem consigo procuram o recurso no profissional de saúde mental que por sua vez depois se mostrará como um paciente acometido de demandas semelhantes. Cada personagem sofre um grau mais severo de limitação gerada pelo transtorno, tem personagem que é obsessivo pela limpeza em grau severo, outro por sua vez tem fixação por acumulo e também se fascina com números e repetições de fatos que julga ter algum significado no seu dia a dia, como quantas vezes no transito um carro de certa cor atravessa seu caminho; existe um personagem que não consegue pisar linhas ainda um que se obriga a repetir tudo que diz, numa obsessão infinita por pares, a personagem que foi escolhida para esse presente trabalho, a Ana Maria tem em minha opinião um papel muito significativo no filme, tanto que o filme começa mostrando os transtornos e barreiras enfrentadas pela personagem e o sofrimento que a patologia causa na mesma. Ana Maria é um caso claro de transtorno obsessivo compulsivo, uma vez que, se sente obrigada pela compulsão a repetir diversos comportamentos que no delírio de sua obsessão pode promover-lhe alguma segurança. Ana Maria tem medo de tudo, da morte principalmente e se apega inclusive a fé cega e irrestrita aos seus rituais de segurança para ter a sensação de estar imune. Ela inclusive leva sua devoção muito a sério e se vê obrigada a fazer, por exemplo, o sinal da cruz sobre o rosto dezenas de vezes, porem a tentativa dela é sempre certificar-se que o ritual foi cumprido a contento. A principal fobia apresentada pela personagem Ana Maria é o medo de esquecer algo importante ou que seja definitivo para garantia de sua segurança e bem estar. A primeira cena do filme mostra a personagem indo e voltando diversas vezes ao apartamento pra ter certeza e checar que tudo realmente tinha sido executado, como fechar a janela, apagar a vela, desligar o gás, a luz, ou mesmo colocado o santo protetor de maneira satisfatória para a defesa do ambiente. O Medo de Ana Maria de esquecer as chaves do apartamento por exemplo é um medo comum e compartilhado por muitos, mais a insegurança que isso gera em Ana Maria a leva para um grau elevado de patologia, uma vez que isso a impede de ter uma vida dentro do que é aceitável como normal, prejudicando seus compromissos e o desenrolar de sua rotina, isso é bem mostrado nas primeiras cenas do filme onde Ana Maria perde um chá com as amigas por ter voltado inúmeras vezes ao seu apartamento para checar as coisas. Ana Maria, porém, é uma das que melhor responde ao suposto tratamento, mesmo que a maioria em algum momento tenha deixado de manifestar a patologia por alguns instantes, Ana Maria consegue sair com desfecho promissor. ENTREVISTA Essa entrevista pressupõe que Ana Maria já preencheu formulários com dados e informações pessoais e que veio com indicação deste psiquiatra do filme, com registro clinico na sua Anamnese, e este agora é o contato onde já estabelecemos previamente um vinculo de segurança com empatia, seguimos então daí: _Ana Maria, como você está depois desse contato com o Médico Psiquiatra? _Você se sente prejudicada por esse comportamento, acha que, fazer essas coisas te atrapalha de alguma forma? _Você já havia percebido isso antes desse contato com o médico Psiquiatra? _Como você acha que é o olhar das pessoas frente a essa posição médica? _Você sente com cada um destes comportamentos? _o que você acha que pode acontecer caso falhe em cumprir esse comportamento? _Qual é a lembrança mais antiga sua sobre este comportamento? _Como era a Ana Maria com os familiares? _Como era a Ana Maria na escola com os colegas? _você se lembra duma situação onde teve certeza que esse comportamento foi eficaz ou imprescindível? _você se sente confortável em falar desse assunto? _vou precisar conversar mais contigo, você pode voltar para conversarmos um pouco mais semana que vem?
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