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Tributário Completo - 1 Bimestre

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TRIBUTÁRIO – 1º BIMESTRE – RESUMO
Limitações ao poder tributar (art. 150 e s.s da CF). 193 a 232 da CF
Conceitue Direito Tributário?
É o conjunto de normas jurídicas que disciplinam a instituição, arrecadação e a fiscalização de tributos;
O que é tributo segundo o CTN? VCNP
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Tributo é compulsório, pois é uma relação jurídica pecuniária ex lege e não ex voluntae.
Não constitua sanção de ato ilícito, mas pode vir acompanhado de multa. 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
	§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Julgados:
“Não pode ser exigida multa administrativa, por falta de inscrição imobiliária, a título de tributo.”
“Não há base para que, como penalidade pela falta e muros e passeios no imóvel, sejam aumentadas as alíquotas do IPTU. Não pode tal majoração servir como substitutivo de multa administrativa.”
Por que o tributo tem como característica ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada?
A cobrança de tributos é ato administrativo vinculado da administração pública, ou seja, a administração tem o dever/obrigação de cobrar os tributos devidos. Exemplo: lançamento do carnê de IPTU ou IPVA. Entretanto, admite-se o autolançamento ou lançamento por homologação.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O que se entende por lançamento por homologação?
O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
O que se entende por um tributo cumulativo e não cumulativo?
Tributo cumulativo é aquele em que, em uma cadeia de produção, mesmo que já ocorrera uma tributação anterior, uma nova tributação ocorre sem descontar o que se havia tributado anteriormente. Já a tributação não cumulativa, antes de realizar a tributação, retira os valores já descontados anteriormente e incide apenas sobre o restante. Exemplo: uma cadeira que o fabricante faz e vende para o distribuidor por 100 reais. Ele paga 2% desse valor em ICMS. Depois, o distribuidor vende a mesma cadeira ao comerciante, pelo valor de 200 reais, e paga mais 2% sobre esse valor em ICMS. Depois, o comerciante vende a cadeira ao consumidor final por 500 reais, e também paga os 2% sobre esse valor. Esse tipo de tributação é cumulativo. Se fosse não cumulativa, o valor da primeira tributação seria descontado dos demais, ou seja, no nosso exemplo, o distribuidor pagaria os 2% sobre os 200 reais, mas teria um desconto dos 2% dos 100 reais que foram pagos anteriormente pelo fabricante, assim como o comerciante teria o desconto que o fabricante pagou em tributo, e assim sucessivamente.
A lei tributário não pode alterar o alcance dos tributos que já estão preestabelecidas no mundo jurídico.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
Como exemplo, verificamos essa proibição sendo aplicada pelo STF, que julgou inconstitucional a aplicação do § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil adotada.
CLASSIFICAÇÃO
Há duas correntes sobre classificação dos tributos. Quais são?
Tripartite (CTN): considera que há apenas três espécies de tributos: impostos, taxas e contribuições de melhorias. Utiliza o critério de vinculação ou não à atividade estatal
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Quinquipartite: 5 espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo compulsório e demais contribuições - em compasso com a CF. Critérios: vinculação ou não à atividade estatal; destinação do produto arrecadado; restituição do produto arrecadado;
IMPOSTO
O que é imposto?
Trata-se de um tributo em que não há destinação exata (tributo desvinculado) da sua arrecadação (a receita arrecada não está atrelada a uma despesa), cujo fato eleito é auferir renda, circulação de mercadorias, prestação de serviços, etc., sem que haja qualquer atividade estatal específica em contrapartida.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. (CTN)
Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (CF)
O imposto é pessoal e se sujeita a capacidade contributiva da pessoa.
Cf - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
Desdobramento do princípio da igualdade
IPTU, IPVA e ITR ->objetivo;
IR -> subjetivo;
STF Súmula nº 668
É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana
Cf - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
(...).
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
 Art. 32. O imposto,de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
Quais são os impostos previstos na legislação brasileira?
Sobre o comércio exterior II; IE (União)
Sobre a renda IR (PJs e PFs) (União)
Sobre patrimônio ITR; IGF (União) IPVA (Estados-membros e DF) IPTU (Municípios)
Sobre transmissão de bens e direitos ITCMD (Estados-membros e DF) ITBI (Municípios)
Sobre circulação e produção IPI; IOF (União) ICMS (Estados-membros e DF) ISS (Municípios)
Municípios (3): ISS, ITBI, IPTU;
Estados: ICMS, ITCMD, IPVA;
União: II, IE, IR, ITR, IGF, IPI, IOF
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Quais os critérios para a união instituir novos impostos?
Impostos residuais: realizado por LC, não pode ser cumulativo e ter fatos geradores e bases de cálculos próprios dos demais impostos previstos na CF
Art. 154. A União poderá instituir:
	I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde 	que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo 	próprios dos discriminados nesta Constituição
Impostos extraordinários: que podem ser criados em iminência ou efetiva guerra externa. Pode ter fato gerador idêntico a outros previstos na CF e serão temporários
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os 	quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Qual a diferença de imposto residual e imposto extraordinário?
O imposto residual é aquele criado através de LC pela União, não podendo ser cumulativo e ter base de cálculo e fato gerador que já exista. Já o imposto extraordinário é criado em situação emergencial em caso de iminência ou guerra externa, sendo cobrado de maneira provisória e de maneira gradativa até a cessação da causa de criação.
TAXA
O que é taxa?	
Trata-se de tributo vinculado a uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte, ou seja, o contribuinte é diretamente beneficiado pela atuação estatal.
Qual o caráter da taxa?	
Caráter retributivo ou contraprestacional do tributo.
Como se identifica de quem é a competência pela taxa?
Aquele que estiver atuando diretamente ao beneficiário.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
	(...).
	§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Exemplo: a taxa do lixo não pode usar como base o valor venal da casa;
SÚMULA VINCULANTE 29
É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
As taxas podem ser divididas em duas espécies. Quais?
1. Em razão do poder de polícia: o Estado oferece um serviço em benefício público que regula, fiscaliza ou controle atividades privadas, visando remunerar os gastos estatais com a produção do serviço. Nesse tipo de fiscalização, há a necessidade de atuação efetiva do Estado, ou seja, não basta o simples aparelhamento estatal ou fiscalização presumida. Exemplo: taxa para emissão de alvará de funcionamento.
2. Em razão de serviço público: é atividade estatal (elemento subjetivo) prestada sob o regime de direito administrativo (elemento formal) e de interesse público (elemento material). Pode ser um serviço efetivado ou colocado à disposição do contribuinte.
Qual a diferença entre um serviço efetivado e colocado à disposição?
Serviço efetivado é aquele em que o Estado efetivamente precisa “se movimentar” para que o serviço oferecido seja prestado de maneira efetiva e o contribuinte deve, necessariamente, receber uma contraprestação efetiva. Exemplo: a taxa de emissão de alvará de funcionamento, em que os agentes públicos vão ao local para atestar o local. Já o serviço colocado à disposição, mesmo que não usado pelo contribuinte, é alvo de tributação. Ou seja, o simples aparelhamento estatal já é suficiente para a cobrança. Exemplo: taxa para recolhimento de lixo nas cidades, em que, mesmo um cidadão ambientalista e que não tenha lixo a ser recolhido, é obrigado a pagá-la.
O que é serviço específico e divisível?
Específico é aquele prestado de forma individualizada, ou seja, em que cada contribuinte usufrui de maneira única. Divisível é o serviço estatal em que se pode “dividir”/mensurar entre os contribuintes quem usou mais e quem usou menos e, assim, pode-se cobrar uma taxa individualizada conforme a maior utilização. Exemplo: taxa para tratamento de água e esgoto. Taxa para energia elétrica.
Cite alguns exemplos de serviços prestados pelo Estado que não se enquadram em serviços específicos e divisíveis.
Os serviços de segurança, iluminação pública e pavimentação.
Inconstitucional a taxa que tenha por fato gerador a prestação de serviço de segurança pública, ainda que requisitada por particular. Serviço Público indivisível e não específico. Dado seu caráter uti universi, o serviço de segurança pública não é passível de ser remunerado mediante taxa, atividade que só pode ser sustentada pelos impostos.
As taxas cobradas em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que dissociadas da cobrança de outros serviços públicos de limpeza são constitucionais.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
O que é contribuição de melhoria?
Trata-se de tributo vinculado a uma atuação estatal (obra pública) indiretamente referida ao contribuinte em razão de uma valorização imobiliária por ele percebida. Exemplo: uma pavimentação pública que valoriza os imóveis próximos.
Qual a razão de ser da contribuição de melhoria?
Visa à igualdade, uma vez que as pessoas cercadas pela obra pública foram indiretamente beneficiadas com a valorização de seus patrimônios privados.
Como se define qual o ente responsável pela cobrança de uma contribuição de melhoria?
A atuação do ente é o que define quem será o responsável pela cobrança da contribuição de melhoria. Assim, se foi o município que realizou a obra, é ele quem poderá cobrar a contribuição de melhoria.
O que se entende por limites objetivos e subjetivos de uma contribuição de melhoria?
Objetivo: valor da obra;
Subjetivo: valor do benefício auferido pelo contribuinte;
O limite objetivo refere-se ao valor total que o Estado pode e deve recuperar em razão da obra. Ou seja, se a obra custou R$ 1.000.000,00 para ser realizada, esse é o valor máximo que o Estado pode arrecadar com essa contribuição. Já o limite subjetivo refere-se ao valor que cada contribuinte, individualmente, recebeu, indiretamente, pela obra pública. Assim, caso seu imóvel tenha uma valorização de 100.000,00 reais, esse é o valor máximo que o Estado pode exigir desse contribuinte.
 Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Quais são os requisitos da contribuição de melhoria? Art. 82 CTN
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
	I - publicação prévia dos seguintes elementos:
	a) memorial descritivo do projeto;b) orçamento do custo da obra;
	c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
	d) delimitação da zona beneficiada;	
	e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
	II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
	III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
O que é empréstimo compulsório?
Trata-se de um tributo desvinculado de uma atuação estatal cobrado de maneira excepcional pelo Estado em uma situação de emergência que deverá ser devolvido com os devidos acréscimos após a situação emergencial. É instituído mediante LC. 
O empréstimo compulsório pode ser cobrado de maneira imediata após a publicação da lei complementar que a implementa?
Depende.
Entra em vigor imediatamente, caso a razão seja atender a despesas extraordinários decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência. 
Entra em vigor no exercício seguinte, caso a razão seja um investimento público de caráter urgente e de relevante interesse social;
De quem é a competência para instituir o tributo de empréstimo compulsório e como ele deve ser realizado?
Somente da união por meio de LC;
Quais são as hipóteses em que a União poderá instituir um empréstimo compulsório? 148 CF
(i) guerra externa ou calamidade pública efetiva ou iminente;
(ii) necessidade de investimento público de caráter urgente e interesse nacional;
Em caso de guerra externa ou sua iminência, é importante notar que pode ocorrer a instituição de duas espécies de tributos, a depender do caso. Assim, a União poderá:
A – Instituir um empréstimo compulsório, conforme teor do artigo 148 da CF, para atender despesas extraordinárias causadas pela guerra ou sua iminência;
B – Instituir impostos extraordinários, conforme artigo 154;
Já em casos de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse social, o sustento deve ser realizado por empréstimo compulsório, observando o princípio da anterioridade.
CF - Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
CTN - Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
(...).
  Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
CF - Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Fale sobre o empréstimo compulsório e o princípio da anterioridade.
Não está sujeito ao princípio da anterioridade, pois, por óbvio, não há sentido em submeter um tributo urgente e extraordinário ao ano fiscal seguinte. Entretanto, esse afastamento do princípio da anterioridade se aplica apenas ao caso da guerra ou eminente guerra, pois no caso de investimento urgente, deve-se respeitar o princípio da anterioridade.
150 cf. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	(...).
	III - cobrar tributos:
	(...).
	b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
	c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
A devolução do dinheiro emprestado pode ser realizada de que forma?
Apenas em dinheiro e com correção monetária. O prazo e a forma de devolução devem estar previstos em lei.
CONTRIBUIÇÕES
As contribuições são vinculadas a uma atuação estatal.
Por que se diz que a contribuição é um tributo de fato gerador híbrido?
Porque, na verdade, não é o Estado que presta, de forma direta, um serviço ao contribuinte. O que acontece é que o cidadão provoca o fato gerador através de sua atividade econômica e, como consequência, o Estado lhe presta um serviço essencial para a atividade. Exemplo: seguridade social, pois o fato de o contribuinte ter um negócio e uma folha de pagamento, faz com que ele tenha que contribuir para o INSS e, em contrapartida, o Estado lhe oferece os benefícios da seguridade.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
De quem é a competência pela tributação das contribuições?
A União. Entretanto, há uma exceção expressa na CF, a qual se refere à previdência estadual e municipal.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 
Quais são as espécies de contribuições?
1. Sociais;
2. De intervenção no domínio público;
3. Corporativas;
Cite alguns exemplos de contribuições sociais.
Seguridade social, educação, cultura, desporto, ciência e tecnologia, comunicação social, meio ambiente, família, criança e adolescente, idoso, índios.
As contribuições possuem caráter extrafiscal.
Quais as contribuições sociais mais relevantes?
PIS, COFINS, CSLL
As contribuições preveem as bases de cálculo (e fato gerador) possíveis
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
	I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
	a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
	b) a receita ou o faturamento;
	c) o lucro; 
	II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
	III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
	IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar
Como poderão ser instituídas novas fontes de custeio para a seguridade social e quem as institui?
A União é quem é competente. Deve ser através de LC, desde que o novo imposto não seja cumulativo e não tenha fato gerador ou base de cálculo igual aos existentes na CF.
 Art. 195 (...).
	§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
	Art. 154. A União poderá instituir:
	I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
Resumindo: BC + FG + não cumulativo = nova fonte de custeio possível.
As contribuições sociais estão sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal. O que isso quer dizer?
Quer dizer que uma contribuição social somente poderá ser cobrada pelo Estado após 90 dias de sua instituição, ou seja, da publicaçãoda lei que criou a contribuição social. Entretanto, importante é notar que a contribuição social também não está sujeita ao princípio da anterioridade, visto que a legislação é expressa nesse sentido, conforme teor do art. 195, 
Art. 195 (...)
	§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO (CIDES)
O que são contribuições de intervenção do domínio público (CIDES)? CF 149
São atividades voltadas para um determinado setor econômico, de caráter extrafiscal, com algumas imunidades.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
 
CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS.
O que são Contribuições de interesse de categorias profissionais?
São contribuições voltadas ao custeio de categorias profissionais, tais como: OAB, CREA, CRM. É um tributo e, como tal, sujeito ao princípio da legalidade para fins de majoração. O grande destaque dessa contribuição dá-se pelo fato de que quem faz a cobrança é a própria categoria e não o Estado. É a chamada contribuição parafiscal - delegação da capacidade tributária ativa. Não confundir com delegação de competência, que não pode ocorrer, visto que é sempre exclusiva do ente tributante.
CONTRIBUIÇÕES PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
De quem é a competência das contribuições cobrados pelo serviço de iluminação pública?
Municípios e DF.
Como pode ser feita a cobrança pelo serviço de iluminação pública?
A cobrança pode ser feita na fatura da energia elétrica
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica
Crítica: a contribuição de serviço de iluminação pública é uma afronta ao princípio da propriedade. Após várias decisões desfavoráveis do STF, essa foi a resposta do legislativo para legitimar a contribuição.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Quais são as espécies de fontes do direito tributário?
Lei;
Atos Administrativos;
Jurisprudência;
Doutrina;
Por que se diz que o direito tributário se aproxima, em alguns aspectos, do common low?
Porque a força de precedentes no direito tributário é usada como fonte;
A CF trata das questões tributários a partir do art. 145 e s.s.
Qual a consequência de a CF legislar intensamente sobre direito tributário?
Uma rigidez do sistema tributário nacional, culminada em uma pequena liberdade para o legislador infraconstitucional.
O ato de tributar é uma mitigação constitucionalmente autorizada ao direito de propriedade (art. 60, §4°, IV da CF);
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
IV - os direitos e garantias individuais.
Fale sobre a lei complementar e suas características no mundo tributário.
A LC é sempre de sentido nacional. Com isso, evita a sobreposição de sistemas, pois trabalha como norma unificadora. É necessário um quórum qualificado para aprovação (art. 69 da CF).
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
O CTN é uma lei ordinária ou complementar?
Originalmente, o CTN é uma lei ordinária, mas, por se tratar de uma norma específica e por ter sido aplaudida no meio tributário, a CF concedeu status de LC ao CTN.
Quando uma lei deve ser necessariamente complementar em se tratando de matéria tributária?
Quando assim a CF exigir. Exemplo: competência residual da União.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
A LC, em regra, não institui tributo, 
Há hierarquia entre a Lei Ordinária e a Lei Complementar?
Não. O que existe é uma reserva de competência estipulada pela CF, que requer que determinado assunto deva ser regulado apenas por lei complementar.
A LO é a lei matriz, uma vez que ela cria os tributos de maneira abstrata.
O que se entende por regra matriz? VCNP
Toda lei tributária precisa de 5 critérios. São eles: material, temporal, espacial, pessoal e quantitativo. Os elementos material, temporal e espacial são anteriores. Já o pessoal e quantitativos são consequentes. 
Critério material: sempre formado por um verbo + complemento. Exemplo: ser proprietário.
Critério temporal: momento em que ocorreu o fato gerador. Exemplo: dia em que comprou o carro (IPVA); dia em que circulou mercadoria.
Critério espacial: para quem vai a verba do tributo. Qual o ente tributante;
Critério pessoal: sujeito ativo (quem cobra) e passivo (quem paga);
Critério quantitativo: qual a base de cálculo (grandeza) e alíquota. 
No caso das contribuições e empréstimos compulsórios, aplica-se os 5 critérios da regra matriz?
Sim, mas, além desses, mais um critério para a contribuição é necessário, enquanto para o empréstimo compulsório são mais dois. Assim:
Contribuição: material, temporal, espacial, pessoal, quantitativo e destinação da contribuição;
Empréstimo compulsório: material, temporal, espacial, pessoal, quantitativo, destinação da contribuição e data da devolução;
Norma competente + norma geral e abstrata + norma individualizada concreta (lançamento). Nessa última (lançamento) é que se paga o tributo.
Os requisitos das imunidades devem ser realizados apenas através de LC
Súmula Vinculante n. 8 do STF
	São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
Há duas correntes que se formam sobre as funções das leis complementares em matéria tributária. Quais são e o que defendem?
Corrente tricotômica, que diz que a LC tem três missões: 
1. Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária;
2. Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
3. Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária;
Corrente dicotômica, que diz que a LC tem duas missões, ou seja, estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária para:
(i) dispor sobre conflitos de competência
(ii) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
 II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatosgeradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: 
I - será opcional para o contribuinte;
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
Quais as principais funções das leis ordinárias?
Instituir tributos;
Prever infrações tributárias;
Regular atividades administrativas de fiscalização e arrecadação;
MEDIDAS PROVISÓRIAS
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
O que é uma MP?
Ato normativo extraordinário de competência do chefe do Poder Executivo.
Qual o prazo de eficácia de uma MP?
Tem eficácia de lei pelo prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias
Para não perder a validade, o que é necessário que aconteça com a MP?
Ela deve ser convertida em lei dentro do prazo de validade;
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
Uma MP pode instituir tributos?
Sim, conforme RE n. 197.790 do STF. Somente para impostos, mas deve ser convertida em lei até o último do exercício anterior.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada
DECRETOS LEGISLATIVOS
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Qual órgão tem poder de decreto legislativo?
Ato normativo exclusivo do Congresso Nacional;
Cite três funções dos decretos legislativos.
1. Responsável por ratificar tratados internacionais;
2; Relevância em matéria tributária para desonerações tributárias e cooperação internacional;
3. Responsável por dispor sobre os efeitos de MP não convertida em lei no período em que esteve em vigor;
RESOLUÇÕES
Quais resoluções possuem relevância para o direito tributário?
Em matéria tributária, tem relevâncias aquelas veiculadas pelo Senado;
Qual a grande responsabilidade que recai sobre as resoluções?
Responsável pela fixação de alíquotas mínimas e máximas para determinados tributos com o fito de evitar guerra fiscal;
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: cf 155
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
FONTE ADMINISTRATIVA
O que se entende por fonte de direito tributário administrativa?
Refere-se a atos administrativos que servem como orientadores para a própria administração pública aplicar a lei tributária.
DECRETOS
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
O que são decretos?
Atos emanados dos Chefes do Poder Executivo.
Quando autorizados pela CF, veiculam alíquotas de alguns impostos (II, IE e IOF – parafiscalidade****
Veiculam “Regulamentos” em matéria tributária. Ex.: RIR; RIPI; RICMS;
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. - CTN
O que são instruções normativas?
São atos administrativos normativos de competência dos auxiliares diretos do Chefe do Poder Executivo. Ex.: Ministro de Estado; Secretários Estaduais e Municipais.
O que as instruções normativas visam?
Visam orientar a Administração na execução de leis, decretos e regulamentos.
As instruções normativas não podem extrapolar a lei » ilegalidade e não inconstitucionalidade;
Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas fiscais têm por finalidade interpretar a lei ou o regulamento no âmbito das repartições fiscais. CTN, art. 100, I. Destarte, se essa interpretação discrepa da lei ou do regulamento, a questão é de ilegalidade e não de inconstitucionalidade. Esse ato normativo não está sujeito ao controle de constitucionalidade em abstrato.
Qual a fonte judicial?
A jurisprudência, que é o conjunto de reiteradas decisões judiciais para casos análogos;
O que é precedente?
Decisão judicial que serve de fundamento para a veiculação de outra decisão em caso análogo àquele em que veiculado o precedente
Realidade no Brasil?
Sim. Súmula vinculante, repercussão geral, recursos repetitivos, IRDR, efeito vinculante e erga omnes em controle concentrado de constitucionalidade
Doutrina: não tem força prescritiva, mas apenas persuasiva;
COMPETÊNCIA:
O que é competência tributária?
Aptidão constitucionalmente atribuída aos diferentes entes da federação para, em abstrato, criar tributos;
Alguns artigos da CF que estabelecem competências tributárias:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
VCNP - Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço deiluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
Alguns artigos da CTN que estabelecem competências tributárias:
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Aptidão para veicular RMIT: aptidão para veicular regras fiscalizatória (??????)
A competência não cria tributos, que, em regra, é criada através de LO, mas delimita seus contornos.
A CF delimita de forma rígida e exaustivamente as competências tributárias.
A norma de competência é norma que delimita poderes do Estado
Quais são as características da competência? (6)
1. Privatividade ou exclusividade: os diferentes entes tributantes possuem diferentes e exclusivas competências tributárias. Exceção: tributo extraordinário previsto na CF em favor da União.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
2. Indelegabilidade: é possível a delegação apenas da capacidade tributária ativa (parafiscalidade), como, por exemplo, as contribuições para a OAB, CREA, etc.
CTN - Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
3. Facultatividade: a administração pública possui a faculdade de instituir ou não os tributos previstos, de acordo com a conveniência e oportunidade. Exemplo: IGF. Entretanto, devido ao artigo 11 da lei de responsabilidade fiscal, essa facultatividade vem sendo um tanto quando mitigada, visto que é dever do administrador balancear as receitas e dívidas de tal maneira que esta última não se sobreponha à primeira.
Exceção: ICMS (caráter nacional) (art. 155, §2°, XII, “g” da CF), pois a CF diz que a lei complementar deverá: g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Lei complementar n. 101/00
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.
4. incaducabilidade
CTN - Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Ex: IGF;
5. Inalterabilidade
Não pode ser alterada, em especial para ser ampliada
Não é o que ocorre na prática
6. Irrenunciabilidade
Indisponibilidade do interesse público
A CF outorga competência para criar tributos. Mas, em regra, a Cf não cria tributos.
A CF estabelece as B.C. possíveis;
A CF estabelece fatos geradores e bases de cálculo possíveis para determinados tributos, como renda, serviço, lucro, faturamento. Entretanto, a CF não traz uma definição sobre o que é renda, lucro, etc. Mas isso não quer dizer que não haja um valor semântico próprio. O direito tributário é um direito de sobreposição. Isso significa dizer que ela “empresta” conceitos de variadas matérias do direito, como o Código Civil, por exemplo. 
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
Quando não há conceito jurídico expresso, tem o intérprete de se socorrer, para a reconstrução semântica, dos instrumentos disponíveis no próprio sistema do direito positivo, ou nos diferentes corpos de linguagem.
Como já exposto, não há, na Constituição Federal, prescrição de significado do termo "faturamento". Se se escusou a Constituição de o definir, tem o intérprete de verificar, primeiro, no próprio ordenamento, não havia então algum valor semântico a que pudesse filiar-se o uso constitucional do vocábulo, sem explicitação de sentido particular, nem necessidade de futura regulamentação por lei inferior. É que, se há correspondente semântico na ordem jurídica, a presunção é de que a ele se refere o uso constitucional. Quando uma mesma palavra, usada pela Constituição sem definição expressa nem contextual, guarde dois ou mais sentidos, um dos quais já incorporado ao ordenamento jurídico, será esse, não outro, seu conteúdo semântico, porque seria despropositado supor que o texto normativo esteja aludindo a objeto extrajurídico.
STJ – Recurso Especial n.º 885.530/RJ:
“...a Constituição utiliza conceitos de direito no seu sentido próprio, com que implícita a norma do artigo 110, do CTN, que interdita a alteração da categorização dos institutos.”
Classificação da competência:
Pode ser:
A - Privativa: apenas de um ente;
Ex.: IR (União), ICMS (Estados-membros e DF); ISS (Municípios)
Definida nos arts. 153, 155 e 156, todos da CF
Exceção » art. 154, II da CF » competência extraordinária
B - Residual: apenas da União. Atendidas certas exigências » art. 154, I da CF
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
C - Comum: qualquer dos entes pode cobrar. Exemplo: taxas, mas não a mesma.
Quanto à disposição de competência, temos:
Na distribuição de competência da CF, há uma preponderância em favor da União, que recolhe a maior fatia dos impostos.
Nas taxas, não há competência concorrente, pois o ente responsável será aquele que presta o serviço.
Os empréstimos compulsórios são exclusivos da União;
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
As contribuições também são de competência exclusiva da União, com apenas uma exceção, que é a da previdência, instituída pelos estados e municípios.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumentode sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
As contribuições para iluminação pública são de competência dos municípios e DF, conforme expresso no texto constitucional:
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
Qual o principal objetivo do tributo?
A arrecadação – Fiscalidade;
Qual a diferença entre a fiscalidade e a extrafiscalidade?
A fiscalidade é a arrecadação do tributo, ou seja, a principal finalidade (imediata) da instituição dos tributos sendo efetivada. Já a extrafiscalidade, ocorre quando, em um primeiro momento, o ente não visa como objetivo principal a arrecadação, ou seja, a fiscalidade aqui possui função mediata de tributo, e a função imediata está em induzir ou inibir comportamentos. Exemplo:
Progressividade do IPI em razão da seletividade do produto; II – imposto de importação, em regra, tem tributo, pois o Estado quer impedir. IE p imposto de exportação, o Estado não cobra, pois a função imediata, neste caso, é a exportação, mais benéfica do que arrecadar imposto sobre isso.
Quais os mecanismos empregados para ocorrer a extrafiscalidade?
Progressividade e regressividade de alíquotas; isenções; seletividade, etc.
O que é parafiscalidade?
É a delegação da capacidade tributária ativa, ou seja, capacidade para figurar como sujeito ativo de uma relação jurídico-tributária e exigir o tributo, bem como fiscalizá-lo. Exemplo: OAB, CREA.
Como deve ocorrer a delegação da capacidade tributária ativa?
Somente através de lei;
Importante: quando se fala em parafiscalidade, não podemos confundir com desvio de competência. A competência continua e sempre será do ente tributante, assim instituído pela CF. Ocorre apenas a delegação de cobrar e fiscalizar o tributo.
O que se entende por bitributação?
É a possibilidade de um mesmo fato jurídico (fato gerador) sofrer tributação de dois entes federados distintos. Essa prática é considerada ilegal, para não se esgotar a riqueza passível de tributação. Como vimos, as competências tributárias são exclusivas, com exceção daquela regra da União cobrar em casos extraordinários. Exemplo: serviços gráficos sob encomenda: ICMS ou ISS?
O que se entende por Bis in idem?
É a possibilidade de um mesmo ente tributante cobrar sobre um mesmo fato gerador. É plenamente aceito na legislação nacional. Exemplos:
Lucro » passível de incidência de IR e CSLL
Receita e faturamento » passível de incidência de PIS e COFINS
art. 154, II da CF » em relação aos tributos da própria União
A bitributação e o Bis in idem são aceitos pelo ordenamento jurídico brasileiro?
A bitributação não, mas o bis in idem sim;
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
O que é um princípio?
É o alicerce sobre o qual se constrói um sistema, compondo-lhe o espírito e o sentido, com preceitos carregadores de valores que influenciam todo o sistema;
Enquanto espécie normativa, um princípio prevê um valor a ser tutelado, mas não o meio necessário para alcançá-lo, com enorme importância no direito tributário, inclusive com possibilidade de convivência entre princípios conflitantes;
No direito tributário, um dos exemplos de princípio constitucional é a limitação ao poder de tributário, estabelecido pelo artigo 150 da CF;
Quais são os princípios gerais que possuem relevância no direito tributário?
1. Segurança jurídica: traz certeza, estabilidade, confiança. Exemplos:
CTN:
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
 Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.
2. Igualdade: não é absoluto, pois permite algumas discriminações. Exemplo: limitações ao tráfego de pessoas ou coisas;
3. Moralidade: ética, probidade, honestidade, boa-fé, tanto no plano legislativo quanto no plano administrativo. Exemplo:
CF
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
4. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado: desdobramento da ideia de indisponibilidade do interesse público. Pode haver o interesse primário (da coletividade) ou secundário (da Administração Pública enquanto parte);
5. Legalidade: art. 5, II, CF:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
1. Legalidade tributária: possui origem na Carta Magna inglesa de 1.215. Esse princípio impede que se crie ou majore um tributo sem ser através de lei (em regra, editada pelo poder legislativo. Mas há exceções, como a MP);
CF:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Em seu aspecto formal, há exigência de lei enquanto veículo introdutor de normas tributárias (Regra Matriz, isenções anistias, remissões, benefícios fiscais, obrigações acessórias, correção monetária do crédito tributário);
CF: 
art. 150, § 6º: Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Em seu aspecto material, temos a chamada estrita legalidade tributária ou tipicidade cerrada, ou seja, a lei matriz instituidora do tributo deve ser minuciosa, detalhista, exaustiva, pormenorizada, pois não pode deixar margens à interpretação. 
Entretanto, sofre mitigação, pois, em certos casos previstos na lei matriz, decretos legislativos* podem regular alíquotas. É a chamada extrafiscalidade. Esse tipo de mitigação somente pode ocorrer em casos de previsão da norma matriz, que estabelecerá os limites mínimo e máximo das alíquotas. Exemplos: II, IE, IPI, IGF;
CF
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
IV - produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.
Súmula 160 do STJ
É DEFESO, AO MUNICÍPIO, ATUALIZAR O IPTU, MEDIANTE DECRETO, EM PERCENTUAL SUPERIOR AO ÍNDICE OFICIAL DE CORREÇÃO MONETÁRIA.
2. Irretroatividade: a lei vigente na data do fato gerador é que deve ser aplicada.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Esse princípio visa a segurança jurídica, moralidade, previsibilidade. Inclusive nos casos de obrigações acessórias esse princípio tem atuação. Exemplo:
A administração pública institui uma obrigação acessória no mês de junho obrigando ao vendedor emitir notas fiscais de todos os produtos. Essa medida não pode retroagir 
Súmula 584
Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.
“Não é legítima a aplicação retroativa do art. 1º, I, da Lei 7.988/89 que majorou a alíquota incidente sobre o lucro proveniente de operações incentivadas ocorridas no passado, ainda que no mesmo exercício. Relativamente a elas, a legislação havia conferido tratamento fiscal destacado e mais favorável, justamente para incrementar a sua exportação. A evidente função extrafiscal da tributação das referidas operações afasta a aplicação, em relação a elas, da Súmula 584/STF”
CF
Art. 106. Fica instituído o Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, que vigorará por vinte exercícios financeiros, nos termos dos arts. 107 a 114 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Existem algumas hipóteses em que a irretroatividade é excepcionada. Quais?
Em caso de retroatividade benigna. Ou seja:
Lei meramente interpretativa, desde que não aumente o tributo no período anterior;
No caso de multa mais benéfica ao contribuinte. Atenção: a lei que diminui uma alíquota não vale para o caso de retroatividade benigna, mas apenas para as multas;
3. O art. 3º da LC 118/2005, a pretexto de interpretar esses mesmos enunciados, conferiu-lhes, na verdade, um sentido e um alcance diferente daquele dado pelo Judiciário. Ainda que defensável a 'interpretação' dada, não há como negar que a Lei inovou no plano normativo, pois retirou das disposições interpretadas um dos seus sentidos possíveis, justamente aquele tido como correto pelo STJ, intérprete e guardião da legislação federal.
4. Assim, tratando-se de preceito normativo modificativo, e não simplesmente interpretativo, o art. 3º da LC 118/2005 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham a ocorrer a partir da sua vigência
1. Tratando-se de ato não definitivamente julgado, aplica-se a lei mais benéfica ao contribuinte, para redução de multa, conforme dispõe o art. 106, inciso II, alínea "c", do CTN.
2. O art. 35 da Lei n. 8.212/91 foi alterado pela Lei n. 11.941/09, devendo o novo percentual aplicável à multa seguir o patamar de 20% que, sendo mais propícia ao contribuinte, deve ser a ele aplicado, por se tratar de lei mais benéfica, cuja retroação é autorizada com base no art. 106, II, do CTN
3. Anterioridade:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
A administração pública não pode cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que o tributo foi criado ou majorado. 
Traz segurança jurídica, previsibilidade, moralidade (em especial porque a irretroatividade em matéria tributária não estava surtindo efeitos materiais em concreto)
Quais são as espécies do princípio da anterioridade?
1. Genérica: É a regra genérica (CF 150, parágrafo 1º). a instituição ou majoração de tributo só terá efeito no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. Exceção: O IR (Imposto de Renda) e a Base de cálculo do IPTU e IPVA podem ocorrer no mesmo exercício;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
2. Especial: a instituição ou majoração de tributo só terá efeito no exercício financeiro seguinte e depois de decorridos 90 dias da publicação da lei. Exceção: IPI, ICMS/CIPE (combustível). Essas exceções respeitam apenas o prazo de 90 dias;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
3. Nonagesimal: somente se deve respeitar o prazo mínimo de 90 dias a contar da publicação da norma, ou seja, NÃO respeita a regra genérica nem a regra especial. Ocorre apenas na instituição ou majoração de contribuições. Exemplo: contribuições sociais;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
§ 1º A vedação do inciso III, b , não se aplica aos impostos previstos nos arts. 153, I, II, IV e V, e 154, II.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - Importação de produtos estrangeiros; 
II - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - Produtos industrializados; 
V - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - Propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
195 da CF:
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b" (pode ser no mesmo exercício financeiro).
Súmula 669 do STF
Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Tabela explicativa:
	REGRA
	QUANDO SERÁ COBRADO?
	EXCEÇÃO:
	Anterioridade
	O fato gerador somente poderá ocorrer no ano seguinte ao da publicação;
	IR e base de cálculo do IPTU e IPVA;
	Especial
	O fato gerador somente poderá ocorrer no ano seguinte ao da publicação, respeitando, no mínimo, 90 dias de prazo.
	IPI, ICMS (combustível), CIPE (combustível). Assim, esses tributos excepcionais respeitam, apenas, o prazo de 90 dias
	Nonagesimal
	Somente respeita os 90 dias, ou seja, pode ser cobrado no mesmo exercício.
	
Quais são os impostos que não obedecem a regra de se aplicar, no mesmo exercício financeiro, tributos? Por que o legislador optou por excluir esses tributos da anterioridade?
II - Importação de produtos estrangeiros;
IE - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
IPI - Produtos industrializados; 
IOF - Operaçõesde crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
Empréstimo compulsório para casos despesas decorrentes de calamidade pública. guerra ou sua eminência (art. 148, I, CF);
Impostos extraordinários no caso de guerra externa, que deverão ser suprimidos gradativamente (art. 154, II, CF) 
IR e base de cálculo do IPTU e IPVA;
IPI, ICMS (combustível), CIPE (combustível). Respeitam, apenas, o prazo de 90 dias;
O legislador optou pela não aplicação do princípio da anterioridade nesses tributos em razão do caráter extrafiscal que eles possuem, ou seja, às vezes, por situações mais importantes que a fiscalidade, o ente abaixa ou aumenta tributos para incentivar ou desestimular certas atitudes dos contribuintes. Exemplo: aumentar a alíquota de Imposto de Exportação do trigo, pois há falta de pão no Brasil. Desse modo, a União desestimula a exportação de uma matéria-prima que está em falta na pátria brasileira.
OBS: a data do recolhimento não tem anterioridade, pois o fato gerador já ocorreu;
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
 I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
 II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b .
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
 II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
OBS: É importante notar que pode ocorrer tanto o empréstimo compulsório como o imposto extraordinário em caso de guerra externa ou sua eminência. Já a calamidade pública poderá ser apenas sustentada mediante empréstimo compulsório, conforme preconiza o artigo 148, I, CF. (em verde, já tem)
ISONOMIA
Pelo princípio da isonomia, todo aquele que pratica o fato gerador previsto em lei está sujeito à incidência tributária. 
Não pode ocorrer distinção entre duas pessoas, seja ela física ou jurídica, que estejam na mesma condição. Entretanto, enquanto uma empresa pequena pode optar pelo simples nacional, o que lhe garante menos tributos, uma empresa maior não pode se beneficiar de tal regramento. E isso não fere o princípio da isonomia, pois o legislador visa tratar os desiguais na proporção de suas desigualdades a fim de levá-los a igualdade.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Por que o princípio da isonomia é tão importante?
Porque dá efetividade ao valor justiça e evita uma concorrência desleal;
Qual a exceção ao princípio da isonomia?
Imunidades e isenções;
Imunidade: igreja que tem um estacionamento e não paga tributo pelo seu uso, enquanto um empresário que trabalha com estacionamento tem que pagar;
É proibido o tratamento desigual em razão de ocupação profissional ou função exercida pelos contribuintes.
NÃO DISCRIMINAÇÃO
O que é e qual a finalidade desse princípio?
É um desdobramento do princípio da isonomia. Os tributos não podem ser graduados de acordo com a região de origem e destino. Tem por finalidade evitar guerra fiscal, pois evita que os entes da federação disputem entre si;
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
O Decreto 35.528/2004, do estado do Rio de Janeiro, ao estabelecer um regime diferenciado de tributação para as operações das quais resultem a saída interna de café torrado ou moído, em função da procedência ou do destino de tal operação, viola o art. 152 da Constituição. Ação Direta de Inconstitucionalidade conhecida e julgada procedente.
 (STF; ADI 3389, Relator(a):  Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 06/09/2007, DJe-018 DIVULG 31-01-2008 PUBLIC 01-02-2008 EMENT VOL-02305-01 PP-00168).
I - O Secretário de Estado de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal possui legitimidade ad causam para figurar no pólo passivo de ação mandamental que vise afastar a cobrança de IPVA de veículos importados, com alíquota diferenciada da cobrada dos veículos nacionais, uma vez que é a Secretaria de Fazenda e Planejamento quem expede o documento de arrecadação do tributo.
II - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido da impossibilidade dos Estados-membros e do Distrito Federal estabelecerem alíquotas de IPVA diferenciadas entre veículos nacionais e importados.
LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO
Qual a finalidade desse princípio?
Não pode ocorrer a tributação que impeça a locomoção entre município ou estados. Evita guerra fiscal. Também é um desdobramento do princípio da igualdade;
Qual a exceção?
O pedágio;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Objetivo: fato econômico denotador de riqueza e eleito pelo legislador. O valor varia de acordo com o valor do fato gerador, da propriedade que o contribuinte possui. Exemplo: progressão do IPTU quando maior seu valor;
Súmula 668 do STF
É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Subjetivo: ligado à pessoa do contribuinte. Exemplo: IR – Imposto de Renda;
A qual princípio a capacidade contributiva se relaciona?
Com a vedação ao confisco, pois o valor a ser cobrado não pode ser tão alto a ponto de se confundir como confisco, ou seja, o valor a ser pago pelo contribuinte não pode ser pesado a ponto dele não conseguir pagar. Exemplo: Cobrar 20% de alíquota sobre o valor venal do imóvel, pois, em apenas cinco anos, o valor pago será o mesmo valor do imóvel. Entretanto, a multa, devido seu caráter punitivo, pode ser de valor alto, visto que visa coibir ao contribuinte tentar fraudar ou simplesmente não pagar o que deve.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
SELETIVIDADE
Do que se trata o princípio da seletividade?
A alíquota do imposto varia de acordo com a essencialidade do produto, ou seja, quanto mais essencial à vida for o fato gerador, menos tributo será cobrado e quando menos essencial for, mais tributo será cobrado.Exemplos: ICMS e IPI. É um princípio explícito;
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II – IPI;
§ 2º O imposto previstono inciso II atenderá ao seguinte:
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Também é um desdobramento do princípio da igualdade. Por esse princípio, a alíquota de um tributo deve ser a mesma em todo o território do ente que o instituiu. Assim, se a União editou uma lei com tal alíquota, esse índice deve ser aplicado em todo o território nacional. Se foi um dos estados-membros, essa alíquota deve valer para todo o território daquele estado. Se foi cidade ou DF, a mesma coisa. 
É vedada a instituição de tributo que não seja uniforme em todo território nacional;
Proíbe a concessão de isenção heterônoma, isto é, o ente tributante não pode interferir na arrecadação de outro ente tributante. Exemplo: isentar o Simples, pois isso acabaria por suprimir a esfera de atuação de outros entes.
Exceção: incentivos fiscais para promover o equilíbrio socioeconômico das diferentes regiões do Brasil. Ex.: Zona Franca de Manaus;
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
III – renda e proventos de qualquer natureza;
DA VEDAÇÃO AO CONFISCO
O que é confisco?
É a absorção total ou substancial da propriedade privada pelo Poder Público sem a correspondente indenização;
É vedada a exigência tributária com finalidade confiscatória E no caso de multa por descumprimento de obrigações tributárias, a multa deve respeitar esse princípio?
Sim. Devido seu caráter punitivo, pode ser de alto valor, visto que visa coibir o contribuinte a tentar fraudar ou simplesmente não pagar os tributos devidos, entretanto, não se pode exagerar, haja vista que deve se atentar ao princípio da vedação ao confisco. O STF vem entendendo que o valor de 20% sobre a obrigação principal é uma porcentagem razoável em aplicação de multas;
Surge inconstitucional multa cujo valor é superior ao do tributo devido. Precedentes: Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 551/RJ – Pleno, relator ministro Ilmar Galvão – e Recurso Extraordinário nº 582.461/SP – Pleno, relator ministro Gilmar Mendes, Repercussão Geral.
1. É possível realizar uma dosimetria do conteúdo da vedação ao confisco à luz da espécie de multa aplicada no caso concreto.
2. Considerando que as multas moratórias constituem um mero desestímulo ao adimplemento tardio da obrigação tributária, nos termos da jurisprudência da Corte, é razoável a fixação do patamar de 20% do valor da obrigação principal. 
3. Agravo regimental parcialmente provido para reduzir a multa ao patamar de 20%.
Proposta pelo reconhecimento da repercussão geral da discussão sobre o caráter confiscatório, desproporcional e irracional de multa em valor variável entre 40% e 50%, aplicada à operação que não gerou débito tributário.
art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
b) perda de bens;
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
DA TERRITORIALIDADE DA TRIBUTAÇÃO
Do que se trata o princípio da territorialidade da tributação?
Estabelece que o poder vinculante de uma lei produz seus efeitos jurídicos dentro dos limites geográficos da pessoa política que a editou. Assim, esse princípio é uma restrição ao próprio ente tributante;
A qual princípio o da territorialidade se relaciona?
Em compasso com a ideia de soberania e com o princípio federativo;
É um princípio implícito;
DA NÃO-CUMULATIVIDADE
O que é o princípio da não-cumulatividade?
O valor do tributo devido em cada operação é compensado com a quantia incidente desse mesmo tributo nas operações anteriores
Qual o sentido desse princípio?
Evita a incidência em cascata do tributo;
Quais são os impostos em que esse princípio é aplicado?
PIS/COFINS, IPI, ICMS;
Diferentes modalidades de materialização deste princípio.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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