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T e o r i a d o s o r b i t a i s m o l e c u l a r e s Prof. Layanny Souza 2019 L i g a ç õ e s Q u í m i c a s Q u í m i c a I n o r g â n i c a I Ligações Químicas Ligação iônica Formação da ligação Ciclo de Born-Haber Ligação Covalente Notação de Lewis Teoria de ligação de valência Teoria do orbital molecular Ligação Metálica: Mar de elétrons Bandas de valência e condução Aulas anteriores Próxima aula Conteúdo da aula anterior LIGAÇÃO COVALENTE: Compartilhamento de elétrons Notação de Lewis Regra do octeto Ligações simples, ligações duplas e ligações triplas Conteúdo da aula anterior TEORIA DE LIGAÇÃO DE VALÊNCIA Dois orbitais de valência dos átomos sobrepostos Sobreposição frontal: Ligação σ Sobreposição lateral: Ligação Conteúdo da aula atual TEORIA DO ORBITAL MOLECULAR (TOM) 1. Limitações da teoria de ligação de valência (TLV) superadas pela TOM 2. Conceitos fundamentais da Teoria dos Orbitais Moleculares (TOM): 2.1. Orbitais ligantes e antiligantes 2.2. Distribuição eletrônica e diagramas de energia 2.3. Ordem de ligação 2.4. Ligação em moléculas diatômicas homonucleares Objetivos 1. Reconhecer as limitações da Teoria da Ligação de Valência (TLV) 2. Conhecer os conceitos fundamentais da Teoria dos Orbitais Moleculares (TOM) 3. Construir diagrama de energia (diagrama de OM) e calcular a ordem de ligação (OL) de moléculas diatômicas homonucleares. 4. Utilizar a TOM para prever a existência de moléculas e íons diatômicos. 5. Prever as propriedades magnéticas de moléculas usando a TOM. Limitações da TLV Elétrons localizados entre os átomos – parcialmente superada pela introdução do conceito de ressonância eletrônica. As moléculas absorvem radiação eletromagnética: TLV fracassa em explicar os estados excitados das moléculas. Falha ao explicar o paramagnetismo do O2 Propriedades magnéticas Substâncias Paramagnéticas Atraídas por um campo magnético Possuem elétrons desemparelhados Substâncias Diamagnéticas Repelidas por um campo magnético Todos os elétrons são emparelhados O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ 2py 2pz 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2px ↑ ↑ ↑ ↑ 2py 2pz 2pz ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 Aproximação dos dois átomos 2s2 ↑ ↑ 2s2 ↑ ↑ O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2px ↑ ↑ ↑ ↑ 2py 2pz 2pz ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 Orbitais 2s completamente preenchidos Não participam da ligação Elétrons não ligantes 2s2 ↑ ↑ 2s2 ↑ ↑ O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ 2py 2pz Elétrons não ligantes 2pz 2py 2px 2s 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 Orbitais 2px completamente preenchidos Não participam da ligação Elétrons não ligantes O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ 2py 2pz 2pz 2py 2px 2s ↑ 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 ↑ Superposição frontal de orbitais 2pz Ligação sigma O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ Superposição lateral do outro orbital py 2py 2pz 2pz 2py 2px 2s ↑ ↑ 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 ↑↑ Ligação pi O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ Superposição frontal de um orbital p Superposição lateral do outro orbital p 2py 2pz Elétrons não ligantes ↑ ↑ 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 ↑↑ Todos os elétrons Emparelhados O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ Superposição frontal de um orbital p Superposição lateral do outro orbital p 2py 2pz Elétrons não ligantes ↑ ↑ 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 ↑↑ Todos os elétrons Emparelhados Diamagnético O2 segundo a TLV 8O – 1s 2 2s2 2p4 2s2 2px ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ Superposição frontal de um orbital p Superposição lateral do outro orbital p 2py 2pz Elétrons não ligantes ↑ ↑ 2s2 2pz ↑ ↑ ↑↑ ↑ ↑ 2py 2px 8O – 1s 2 2s2 2p4 ↑↑ Todos os elétrons Emparelhados Diamagnético Paramagnético Conceitos Fundamentais de TOM Dois orbitais atômicos sofrem interferência • construtiva - gerando um orbital ligante • destrutiva - gerando um orbital antiligante Para cada N orbitais atômicos são gerados N orbitais moleculares Elétrons nesses orbitais moleculares pertencem à molécula como um todo. Interferência Em fase Fora de fase Interferência construtiva Interferência completamente destrutiva Orbitais atômicos 1s 1s σs ligante En er gi a Em fase Interferência construtiva 1s Orbitais atômicos 1s 1s Nó σs* antiligante En er gi a Fora de fase Interferência destrutiva 1s Orbitais atômicos 1s 1s Nó σs* antiligante σs ligante En er gi a Fora de fase Em fase Interferência destrutiva Interferência construtiva 1s Para cada N orbitais atômicos são gerados N orbitais moleculares. Metade desses orbitais será ligantes e metade será antiligante. Elétrons nesses orbitais moleculares pertencem à molécula como um todo. Orbitais atômicos combinam-se mais efetivamente se tiverem energias similares. A eficiência com a qual dois orbitais atômicos se combinam é proporcional à superposição entre eles. Orbitais atômicos do cerne (caroço – camadas mais internas) não contribuem significativamente para a ligação na formação da molécula. Superposição dos orbitais Energia do OM ligante Energia do OM antiligante Diagrama de níveis de energia s En er gi a s Átomo 1 Átomo 2 Diagrama de níveis de energia s En er gi a s σs* antiligante σs ligante Átomo 1 Átomo 2 Molécula Diagrama de níveis de energia s En er gi a s σs* antiligante σs ligante Princípio da Exclusão (Pauli) Regra de Hund Átomo 1 Átomo 2 Molécula Diagrama de níveis de energia s En er gi a s σs* antiligante σs ligante Princípio da Exclusão (Pauli) Regra de Hund Átomo 1 Átomo 2 Molécula Princípio da construção OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) Ordem de Ligação nL - elétrons em orbitais ligantes nA - elétrons em orbitais antiligantes Quanto maior a OL, menor a distância entre os átomos, mais forte a ligação! Moléculas diatômicas homonucleares Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1 1s 1s 1H – 1s 1 Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1 1s ↑ 1s ↑↑ 1H – 1s 1 2 elétrons para distribuir em 2 orbitais moleculares Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1 1s ↑ 1s ↑↑ 1H – 1s 1 Princípio da construção Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1 1s ↑ 1s ↑ ↑ ↑ 1H – 1s 1 Princípio da construção Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1 1s ↑ 1s ↑ ↑ ↑ 1H – 1s 1 ↑ Princípio da construção Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1H2 1σ2 1σ*0 1s ↑ 1s ↑ ↑ ↑ 1H – 1s 1 ↑Diagrama OM H2 En er gi a σs* antiligante σs ligante H 1s1 H 1s1H2 1σ2 1σ*0 1s ↑ 1s ↑↑ ↑ ↑ 1H – 1s 1 Diamagnético ↑ Orbital s do átomo 1 Orbital s do átomo 2 OM σs ligante Orbital s do átomo 1 Orbital s do átomo 2 OM σs* antiligante OM σs ligante Orbital s do átomo 1 Orbital s do átomo 2 Ordem de ligação H2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) ↑ Ordem de ligação H2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) 𝑛𝐿 = 2 𝑛𝐴 = 0 ↑ Ordem de ligação H2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) OL = 1 2 (2 − 0) 𝑛𝐿 = 2 𝑛𝐴 = 0 ↑ Ordem de ligação H2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) OL = 1 2 (2 − 0) 𝑛𝐿 = 2 𝑛𝐴 = 0 OL = 1 2 (2) ↑ Ordem de ligação H2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) OL = 1 2 (2 − 0) 𝑛𝐿 = 2 𝑛𝐴 = 0 OL = 1 2 (2) OL = 1 ↑ Ordem de ligação H2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) OL = 1 2 (2 − 0) 𝑛𝐿 = 2 𝑛𝐴 = 0 OL = 1 2 (2) OL = 1 Ligação Simples: H – H ↑ Existe Diagrama OM He2 En er gi a σs* σs He 1s2 He 1s2He2 1σ2 1σ*2 1s ↑ 1s ↑↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ 2He – 1s 2 Ordem de ligação He2 OL = 1 2 (𝑛𝐿−𝑛𝐴) OL = 1 2 (2 − 2) 𝑛𝐿 = 2 𝑛𝐴 = 2 OL = 1 2 (0) OL = 0 Não existe! Exercício: Diagrama OM e OL Li2 OL = 1 2 (2 − 0) OL = 1 3Li – 1s 2 2s1 Existe! Diamagnético Excitação de elétrons em OM é possível! LUMO HOMO OM não ocupado de menor energia OM ocupado de maior energia Absorção de radiação Excitação de elétrons em OM é possível! LUMO HOMO OM não ocupado de menor energia OM ocupado de maior energia ↑ ↑ O que ocorre quando orbitais p estão envolvidos? OM σs ligante OM σp ligante OM σ*p antiligante OM p ligante OM p * antiligante OM σs ligante OM p * antiligante OM p ligante s + s = σs s - s = σs* px + px = σp px - px = σp* py + py = p py - py = p* pz + pz = p pz - pz =p* Degenerados Orbitais atômicos de menor energia = Orbitais moleculares de menor energia Ligante tem menor energia que antiligante 7N – 1s 2 2s2 2p3 En er gi a N 2s2 N2 N 2s2 σs σs* p *p ↑ ↓ ↑ N 2p3 N 2p3 ↓ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ σp σ*p Existe? Diamagnético 8O – 1s 2 2s2 2p4 En er gi a N 2s2 O2 N 2s2 σs σs* p ↑ ↓ ↑ N 2p3 N 2p3 ↓ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ σp σ*p ↑ ↑ ↑ ↑ Existe! Paramagnético *p 9F – 1s 2 2s2 2p5 En er gi a F 2s2 F2 F 2s2 σs σs* p *p ↑ ↓ ↑ F 2p5 F 2p5 ↓ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ σp σ*p ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ Existe! Diamagnético
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