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Análise de Riscos Curso Completo - Gestão Ambiental (2)

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1
Ementa do Curso 
Análise de Riscos
Ementa do Curso de Análise de Riscos
Introdução ao Análise de Riscos
1 – Gerenciamento de Riscos
1.1 - De onde veio…para onde vai
1.2 - Gerenciamento de Riscos, Qualidade Total, Gerenciamento Ambiental. 
Estamos falando da mesma coisa mudando o enfoque dos resultados?
1.3 - Aprendendo com os erros (dos outros)
2 - Conceitos Básicos da Análise de Riscos
2.1 - Riscos Voluntários x Riscos Involuntários
2.2 - Dogmas principais: Freqüência de Ocorrência x Magnitude das 
Conseqüências
2.3 - Técnicas de Análise de Riscos: Qualitativas, Semi-Quantitativas e 
Quantitativas
• Matriz de Consolidação de Riscos
• Principais Técnicas Qualitativas
- What-if
- Análise Preliminar de Riscos
- AAF – Análise por Árvores de Falhas
- AAE – Análise por Árvores de Eventos
- FMEA – Análise dos Modos de Falhas e Efeitos
- FMEA de Processo
- Hazop – Análise de Riscos e Operabilidade
- Principais Técnicas Quantitativas
- Aplicando as Taxas de Falha as Técnicas Qualitativas
- Fundamentos da Engenharia de Confiabilidade
- Dificuldade na Determinação das Taxas de Falha/Probabilidade de Falha
- Técnicas Semi-Quantitativas – Alternativa para a Inexistência de Taxas 
de Falha 
2
Ementa do Curso
Gerência de Riscos
3 - Parâmetros para Determinação de Perdas
• Avaliação de Perdas e Prejuízos 
- Propriedade
- Riscos à Pessoas
- Responsabilidade Civil – Danos a Terceiros
- Paralisação de Produção e Lucros Cessantes
- Perdas Intangíveis – Riscos de Imagem
• Parâmetros de Perdas
- Perda Máxima Possível – PMP
- Dano Máximo Provável – DMP
- Perda Normal Esperada – PNE
3.1 - Utilização dos Parâmetros de Perdas: 
- Avaliação Patrimonial – Determinação dos Valores 
em Risco
- PMP x DMP na Determinação do Limite Máximo de 
Indenização 
- Utilizando o PNE 
- Os Riscos do Período Indenitário para Lucros 
Cessantes
• 4 – Prevenção de Perdas
- Métodos Europeus
- Métodos Americanos
- Comitês de Riscos
- Planos de Contingência
- Planos de Ação de Emergência
- Riscos Altamente Protegidos – HPR
• 5 - Centros de Referência em Gerenciamento de Riscos
 Resseguradoras Internacionais
 Seguradoras Internacionais
 Centros de Estudos
3
Ementa do Curso
Gerência de Riscos
6 – Palestras com Gerentes de Riscos de Grandes Empresas
 Como implantar o Gerenciamento de Riscos nas Empresas
 Como utilizar o Gerenciamento de Riscos em conjunto com os 
Programas de Qualidade
 Diferenciais de Mercado para Riscos Gerenciados
 Case Studies
Avaliações
AV1 = Prova Escrita
AV2 = Trabalho de Ger. de Riscos + Prova Escrita
AV3 = Prova Escrita
4
Introdução ao 
Gerenciamento de Riscos
O que é Gerenciamento de Riscos?
• “Um conjunto de técnicas administrativas,
financeiras, e de engenharia, praticadas por
todos os envolvidos na elaboração de um
plano, para estabelecer o correto
dimensionamento dos riscos, visando definir
o tipo de tratamento a serem a eles
dispensados, sempre com o objetivo
principal voltado à minimização dos efeitos
relativos às possíveis perdas humanas e
material deles decorrentes”.
5
Introdução ao 
Gerenciamento de Riscos
Primeiro Princípio:
• A empresa não deve assumir riscos que possam supor
perdas que conduzam a um desequilíbrio financeiro
irreversível.
Segundo Princípio:
• A empresa não deve aceitar riscos, cujo custo ( perda
prevista mais despesas com as medidas para sua
minimização ) seja superior à rentabilidade esperada da
atividade geradora de tal risco.
• Comumente, o corpo diretivo da empresa ocupa-se com os
riscos financeiros e de mercado, relegando a um segundo
plano a adequação dos riscos acidentais que ameaçam o
seu patrimônio. No entanto, os princípios que regem o
tratamento de ambos os riscos são os mesmos, como
acima destacados. Da mesma forma, a continuidade de
uma empresa pode estar condicionada tanto pelo
planejamento para evitar as perdas oriundas, por exemplo,
de um incêndio, vendaval ou alagamento de grandes
proporções, quanto pelo planejamento para se resguardar
de um resultado negativo na atividade comercial.
6
Introdução ao 
Gerenciamento de Riscos
• Imaginemos, apenas para auxiliar o nosso raciocínio, que em
nossa empresa exemplo tenhamos tido um sinistro de grandes
proporções. Começaram aí, com certeza, as preocupações que
vão tirar o sono de muita gente. Vamos tentar descrever
algumas delas:
Qual é o total dos prejuízos materiais ? A apólice de seguro
contratada espelha a realidade dos prejuízos ocorridos ?
A cobertura contratada é a primeiro risco ou a empresa vai ter que
ratear os prejuízos junto com a seguradora ?
Esta situação havia sido projetada quando o seguro foi contratado ?
Quais as alternativas ?
Como serão pagas as despesas diretas e indiretas ( folha de
pagamento, impostos, contas de energia elétrica, etc. ) no período
em que a empresa estiver reconstruindo as perdas ?
Os contratos de fornecimento poderão ser cancelados ?
Haverá perda de mercado ?
A empresa está ameaçada de desaparecer ?
• Segundo estimativas, por não terem feito a si mesmas,
perguntas como as acima relacionadas, ou seja, por não terem
projetado de forma responsável e consciente a possibilidade de
um grande risco, a que a empresa estava sujeita, vir a ocorrer,
mais de setenta e cinco porcento das empresas que
vivenciaram grandes sinistros, sucumbiram nos seis meses
posteriores ao mesmo.
7
Introdução ao 
Gerenciamento de Riscos
• As razões do porquê isto aconteceu são simples:
Não havia no seu planejamento estratégico, nada
com relação a perdas físicas significativas. Apenas
eram cogitados os riscos financeiros e de mercado;
Os riscos físicos ou ao patrimônio eram tratados em
um segundo plano, por gerentes médios, sem uma
política previamente definida pelo corpo diretivo da
empresa;
A contratação de seguros era tratada como um item
de custo e não de proteção a continuidade do
negócio.
• O Gerenciamento de Riscos é, portanto, a ciência que estuda
os riscos em sua plenitude, sendo um importante instrumento
de estratégia, responsável pela garantia da preservação da
capacidade produtiva da empresa tanto no que se refere a
integridade do patrimônio físico, quanto das vidas humanas
envolvidas - funcionários, clientes e terceiros.
• Muitas são as formas de se realizar um Gerenciamento de
Riscos dentro de uma empresa. O mais importante, no entanto,
é ter a consciência de sua importância.
• O que fazemos no dia-a-dia é gerenciar riscos. Ao se
administrar uma conta bancária para não entrar no cheque
especial, estamos gerenciando o risco do dinheiro acabar; a
dona de casa ao dosar a utilização dos alimentos na dispensa,
está gerenciando o risco de ficar sem ter o que comer, assim
como aquele “Dom Juan” que nunca chama suas conquistas
pelo nome próprio (utiliza sempre “meu amor”, “querida”,
“docinho” e outros apelidos carinhosos) está gerenciando o
risco da fama ser descoberta.
8
De onde veio…para 
onde vai
• O que é mais barato: corrigir ou prevenir?
• Qual o momento da decisão?
– Quando se começa a corrigir demais?
– Quando a correção (uma só que seja) é muito onerosa? 
– Quando se descobre que era possível eliminar ou atenuar 
as conseqüências gastando muito pouco?
• Foi assim mesmo que o Homem aprendeu que todo 
investimento em prevenção retorna em produtividade
• Em sendo Risco o produto de Probabilidade de
ocorrência de um determinado evento vezes a
extensão de suas Conseqüências, podemos dizer que
o Gerenciamento de Riscos teve início no momento em
que o Homem passou a perceber que riscos a sua volta
poderiam se traduzir em perigos imediatos ou futuros e
passou a quantificá-los.
• No século passado,nos Estados Unidos, era comum
que as seguradoras formassem equipes de combate a
incêndio para se prevenir quanto a eventos que
pudessem ocorrer com seus segurados. Em
determinado momento chegaram a conclusão que
estavam atuando, apenas, nas Conseqüências e que
era necessário atuar de forma mais efetiva na
Prevenção de Perdas, ou seja, analisar os riscos
expostos e atuar na sua mitigação de forma a reduzir a
probabilidade de sua materialização.
9
De onde veio…para 
onde vai
Risk Perception
Risk Conception
Risk Management
Analisar riscos significa:
Perceber o risco = Identificar
Conceber o risco = Assimilar a sua 
importância
Quantificar o risco
Gerenciar o Risco agindo sobre a 
Probabilidade de Ocorrência de eventos 
Indesejáveis e sobre a Extensão das 
Consequências
10
De onde veio…para 
onde vai
Gerenciar Riscos = Avaliar Riscos + Prevenir Perdas
ou seja:
• Gerência de Riscos = Análise de Riscos + 
Prevenção de Perdas (Loss Prevention)
• Risco = Probabilidade de Ocorrência x Extensão 
das Conseqüências……………R = P x C
Eu sabia
que ia
doer!
É uma panela
enorme
$$$
11
Gerenciamento de Riscos x 
Qualidade x
Gerenciamento Ambiental
Em Gerenciamento de Riscos, Controle de Qualidade e
Gerenciamento Ambiental, de uma forma ou de outra, estamos
falando em avaliar probabilidades e conseqüências, porém com
objetivos diferentes:
Disciplina Objetivo
Gerenciamento de Riscos Avaliação e mitigação de perdas 
pessoais e patrimoniais, 
responsabilidades diretas e 
indiretas, etc. 
Controle de Qualidade Avaliação de procedimentos 
produtivos e tratamento de não 
conformidades.
Gerenciamento Ambiental Avaliação de possíveis impactos 
ambientais causados por 
emissões tóxicas, corrosivas 
e/ou nocivas de alguma forma 
aos seres humanos, vida animal 
e vegetal.
De uma forma ou de outra, as técnicas utilizadas são exatamente
as mesmas, com adaptações para cada finalidade.
12
Aprendendo com os 
erros (dos outros)
• Acidentes
– Grupo 1
• Indústria em geral
• Indústria química e petroquímica
– Grupo 2
• Rodoviários
– Grupo 3
• Ferroviário
– Grupo 4
• Aéreo
– Grupo 5
• Marítimo
– Grupo 6
• Desmoronamentos 
• Outros
• Edifícios
– 7:00h - Leitura em grupo do texto da apostila 
de cada um dos temas acima
– 7:30h - Preparação de apresentação 
abordando: Os riscos eram previsíveis? 
Poderiam ser minimizados? O que poderia 
ter sido feito?
– 8:30h - Apresentações dos grupos / 
Conclusões 
13
Conceitos Básicos 
da Análise de Riscos
• Riscos Voluntários X Riscos Involuntários
Um primeiro conceito a analisar é descobrir a diferença
entre riscos voluntários e riscos involuntários. As
definições básicas são as seguintes:
• Risco Voluntário
São os riscos a que uma pessoa está exposta a partir da
consciência quanto a possibilidade de ocorrência de falhas
diretas ou indiretas que venham a se materializar em
acidentes com perdas de qualquer tipo, inclusive sob risco
da vida humana.
• Risco Involuntário
São os riscos a que uma pessoa está exposta sem que 
tenha plena consciência da possibilidade de ocorrência de 
falhas diretas ou indiretas que venham a se materializar 
em acidentes com perdas de qualquer tipo.
Fazendo uma comparação podemos dizer que:
Risco Voluntário
Entrar em uma subestação elétrica apesar dos avisos de
perigo
Trafegar em velocidade acima da permitida
Praticar esportes radicais
Desrespeitar as normas de segurança do trabalho
• Surfar sobre trens
Risco Involuntário
Riscos inerentes ao transporte coletivo
Trabalhar em grandes alturas ex. Limpeza externa de
janelas de edifícios
• Lesões por Esforços Repetitivos - LER
14
Conceitos Básicos 
da Análise de Riscos
• Conceitos de Risco e Perigo
• Risco (Hazard)
Uma ou mais condições de uma variável com o potencial 
necessário para causar danos. Esses danos podem ser 
entendidos como lesões a pessoas, danos a 
equipamentos ou estruturas, perda de material em 
processo ou redução de uma capacidade específica. Em 
havendo risco persistem as possibilidades de efeitos 
adversos.
• Risco (Risk)
Expressa a possibilidade de possíveis danos dentro de 
um período específico de tempo ou número de ciclos 
operacionais. Pode ser indicado pela probabilidade de 
um acidente multiplicada pelos: danos patrimoniais, 
vidas perdidas ou capacidade operacional. R = P x C
Pode significar ainda:
- A incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento 
(acidente);
- A chance de perda ou perdas que uma empresa pode sofrer 
por causa de um acidente ou série de acidentes. 
• Segurança
Já foi definida como a “isenção de riscos”, entretanto, é 
praticamente impossível a eliminação completa de todos 
os riscos. É, portanto, um compromisso a cerca de uma 
relativa proteção da exposição a riscos. É o antônimo de 
perigo.
• Perigo
Expressa uma exposição relativa a um risco. Que 
favorece a sua materialização em danos.
15
Conceitos Básicos 
da Análise de Riscos
Atenção:
Um risco pode estar presente, mas pode haver um baixo
nível de perigo, devido as precauções tomadas. Assim, por
exemplo, um banco de transformadores de alta voltagem
possui um risco inerente de eletrocussão uma vez que se
encontre energizado. Há um alto nível de perigo se o
transformador estiver desprotegido, no meio de uma área
onde circulem pessoas. O mesmo risco estará presente
quando os transformadores estiverem trancados em seus
cubículos sob o piso. Entretanto, o perigo para as pessoas,
nesta situação, é muito baixo.
• Dano
É a gravidade da perda humana, patrimonial ou financeira 
que pode resultar se o controle sobre um determinado 
risco for perdido.
Um operário desprotegido pode cair de uma viga a três
metros de altura, resultando um dano físico, por exemplo,
um fratura na perna. Se a viga estivesse colocada à 90 m.
de altura, ele com toda certeza estaria morto. O risco
(possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os
mesmos, entretanto, a diferença reside apenas na
gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.
• Causa
É a origem de caráter humano ou material relacionada com 
o evento catastrófico (acidente) pela materialização de 
risco, resultando em danos.
16
Conceitos Básicos 
da Análise de Riscos
• Perda
É o prejuízo sofrido, com ou sem garantia de 
ressarcimento.
• Sinistro
É o prejuízo sofrido, com possibilidade de ressarcimento 
por uma apólice de seguro contratada.
• Incidente
Qualquer evento ou fato negativo com potencial para 
provocar danos. É também chamado quase acidente. 
Inclui a situação em que não há danos macroscópicos
Sumarizando, temos:
Risco (R) = Probabilidade de Ocorrência (P) x Magnitude 
das Conseqüências (C)
17
Conceitos Básicos 
da Análise de Riscos
• Definições de Risco 
• Poderíamos definir risco, em termos gerais, como
possibilidade de ocorrência de um evento incerto,
fortuito e de conseqüências negativas ou danosas.
• O risco é uma possibilidade, significa que o seu
acontecimento tem que ser possível quanto sua
realização.
• O risco tem que ser incerto, ou seja, o acontecimento
tem que ser incerto; não pode haver a certeza de que
ele ocorrerá.
• O risco deve ser fortuito ou acidental, ou seja, o
acontecimento tem que ser fortuito ou acidental; quer
dizer, independente da vontade do homem.
• O risco deve provocar conseqüências danosas, ou seja,
o possível acontecimento tem que ter conseqüências
negativas, no sentido de que deve representar uma
perda humana e/ou material e que possam ser
seguradas.
18
Conceitos Básicos 
da Análise de Riscos
Classificação dos Riscos para o Mercado
Globalizado
Pela natureza da perda
• Risco comercial
Está ligado ao ganhofinanceiro de um negócio e ao
risco de perda que ele possa produzir, que seja oriundo
de ter sido mal calculado o preço do produto, a
concorrência de mercado ou por qualquer outra razão
não diretamente ligada a um acontecimento físico.
Pela sua origem e alcance
• Riscos Catastróficos
São aqueles que pela potencialidade dos danos podem
afetar toda uma comunidade e cuja origem não pode
ser individualizada. Temos como por exemplos os riscos
da natureza: inundações, furacões, terremotos, etc.
• Riscos Particulares
São aqueles que podem ser individualizados quanto as 
suas origens e conseqüências, pois se conhece quem os 
provoca e quem sofre as perdas. É o caso do assaltante 
que pratica o roubo contra um estabelecimento.
19
Dogmas: Probabilidade 
x Conseqüências
• Quando estamos analisando um determinado risco, a
primeira ação a fazer é descobrir se há alguma
estatística relacionada a ocorrência de eventos
anteriores, seja no local em que este risco ocorre ou em
outros locais. Quando dissemos no capítulo anterior
“aprendendo com os erros (dos outros)”, estávamos
falando em acidentes ocorridos em vários locais.
Entender o porquê de sua ocorrência foi fundamental
para analistas de risco de várias áreas de atuação como
forma de dimensionar probabilidades e conseqüências.
A experiência, mesmo que absorvida de outros, da
literatura especializada, etc. é o primeiro instrumento
da análise de riscos.
• Mas e quando não dispomos de dados ou da experiência
necessária? A solução é construir cenários acidentais e
discutir com as outras pessoas envolvidas o grau de
importância das possibilidades, vislumbrando se
realmente se constituem em probabilidades.
• Em relação às conseqüências ocorre exatamente a
mesma coisa. Podemos aprender com outros eventos
ou construir os cenários acidentais.
• Em análises simples a construção de um ou dois 
cenários acidentais é bastante simples e geralmente 
não se precisa de maiores auxílios. As formas de 
medição da probabilidade de ocorrência e da magnitude 
das conseqüências é que precisa ser melhor 
investigada. O quadro a seguir mostra a amplitude das 
medições:
20
Dogmas: Probabilidade 
x Conseqüências
Probabilidade
• de falha
• de ocorrer um evento indesejável
• de algo dar errado
• do risco se transformar em perigo
Conseqüências
• perda de vidas humanas
• perda financeira
• perda patrimonial
• perda de imagem
• perda de capacidade temporária
21
Técnicas de Análise 
de Riscos
2.5.1 - Sistemas, Sub-Sistemas e Elementos de Análise
• Já vimos que para analisar riscos é necessário
estabelecer a probabilidade de ocorrência de um
determinado evento e quantificar as suas
conseqüências. Quando estamos analisando um sistema
relativamente simples esta tarefa não parece
complicada, pois de antemão sabemos o que analisar.
• Assim como no ditado popular em que se diz que a
necessidade cria a demanda, à medida que os primeiros
estudiosos do assunto foram se deparando com
situações de risco mais complicadas, sentiram que era
necessário fazer um “brain-storming” para avaliar todos
os riscos envolvidos, registrando todos os possíveis
eventos acidentais.
• Muitas vezes, durante este trabalho, os estudiosos se
viam perdidos em suas análises pela ausência completa
de uma sistemática que permitisse organizar o estudo.
Faltava organização, metodologia de análise e de
registro dos resultados e, pior que isso, classificação
dos resultados.
• Os militares deram uma profunda contribuição para a
estruturação dos estudos, com destaque para equipe de
pesquisadores que no pós-guerra começaram a estudar
novos armamentos e acabaram por formar a Agência
Espacial Americana - NASA. A primeira contribuição foi
estabelecer normas para a divisão de grandes sistemas
em estudo em partes menores. De forma simplificada:
22
Técnicas de Análise 
de Riscos
Com isso, qualquer processo em análise poderia ser
subdividido em sistemas, estes em subsistemas e em
vários elementos (por menor que fossem) e avaliadas as
probabilidades de falha e possíveis conseqüências.
A experiência do analista de riscos permitirá que a escolha
dos sistemas, subsistemas e elementos a serem
analisados seja a mais conveniente possível. As escolhas
naturais são sempre as mais aconselháveis. De forma
geral podemos resumir os critérios de escolha em:
Geográfica
De acordo com a locação. Ex. Cada bloco de um 
condomínio é um sistema, cada pavimento um sub-
sistema e cada apartamento um elemento. 
Funcional
De acordo com a função específica. Ex. Cada uma das 
utilidades de uma fábrica é um sistema (sistema de 
distribuição de água, sistema de esgoto, sistema de ar 
comprimido, sistema de ar condicionado, etc.). Os sub-
sistemas serão os equipamentos, tubulações, válvulas, 
etc. Os rotores da bomba, gaxetas, etc. serão os 
elementos.
23
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Imaginando um processo com um sistema, este sistema 
com três sub-sistemas e cada sub-sistema com três 
elementos, é conveniente identificar através de TAG´s 
cada um deles de forma que se organize a análise. Isto 
é ainda mais indicado quando houver vários processos 
similares. O exemplo a seguir mostra esta situação:
Sistema Sub-sistema Elemento
Sistema 1 Sub-sistema 1.1 Elemento 1.1.1
Elemento 1.1.2
Elemento 1.1.3
Sub-sistema 1.2 Elemento 1.2.1
Elemento 1.2.2
Elemento 1.2.3
Sub-sistema 1.3 Elemento 1.3.1
Elemento 1.3.2
Elemento 1.3.3
Se quiséssemos representar de outra forma,
poderíamos dizer que:
Sistema 1 = A
Sub-sistema 1.1 = AA
Sub-sistema 1.2 = AB
Sub-sistema 1.3 = AC
Elemento 1.1.1 = AAA
Elemento 1.1.2 = AAB
Elemento 1.1.3 = AAC
24
Técnica de Análise 
de Riscos
• Determine os sistemas, subsistemas e elementos em um 
automóvel
Exercício de Fixação - Meninas
sistemas subsistemas elementos
 locomotor motor bloco
 alimentação de combustível
 escapamento
 transmissão suspensão
 rodas
 eixos
 diferencial
 cx. de marcha
 estrutura chassis longarinas
 carroceria célula de sobrevivência
(cabine)
 portas, caput, e porta malas
 sinalização (faróis e lanternas)
25
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Exercício de Fixação - Meninos
sistemas subsistemas Elementos
 Fogão Mesa
superior
 Queimadores
 Aparadores
 Acendedor
 Forno Porta
 Acendedor
 Guias
 Prateleiras
 Grill
 Estufa Porta
 Prateleira
 Botijão Reservatório Gás
 Válvula Castelo
 Mangueira Gás
26
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Como vimos é importante ter parâmetros de
comparação para poder elaborar um bom estudo de
análise de riscos. As formas de medir o grau de
importância dos riscos são as mais variadas e
dependem diretamente do objetivo das análises. Há
vários padrões internacionais que podem ser adotados
para se definir se um risco é aceitável ou não passando,
como sempre, pela avaliação da probabilidade de
ocorrência de um evento acidental e pela extensão das
suas conseqüências.
• O quadro a seguir fornece uma idéia genérica dos
limites de aceitabilidade dos riscos para diversas áreas:
Riscos Probabilidade de
Ocorrência
Extensão das
Conseqüências
Risco Social 1x10-4 (EUA) à
1x10-6 (Holanda)
Perda de Vida Humana
Risco
Aeronáutico
1 x 10-8 Perda da Aeronave e de
Vidas Humanas
Risco
Mecânico –
Industrial
1x10-4 Perda do Sistema ou
Acidente envolvendo
Vidas Humanas
Seguros Riscos de Alta
Freqüência
Riscos cuja perda
acumulada ou unitária
exceda o prêmio pago,
já descontados os
custos operacionais e
comerciais
Nota: A Holanda é um País de aterros. Os diques e
barragens são construídos com alta exigência de
confiabilidade.
27
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Sabemos que o que vai determinar a
importância de um risco é a
combinação dos fatores acima.Para
seguros, por exemplo, se um
determinado tipo de acidente é
bastante freqüente mas traz perdas
associadas muito pequenas ele poderá
ser melhor suportado pela seguradora
do que um risco pouco freqüente que
traz conseqüências mais importantes.
Portanto, avaliar estes parâmetros com
a máxima cautela e critério é o
segredo de um estudo de sucesso.
O que é pior?
• Alta Freqüência de Ocorrência
– Motores Elétricos
• Alta Conseqüência
– Explosão de um botijão de gás
• Sempre ficamos mais impressionados pelas 
conseqüências, mas não podemos esquecer 
dos riscos freqüentes
28
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Vimos no quadro acima que a ocorrência de uma queda
de aeronave é um evento de conseqüências
insuportáveis. O projeto de cada um dos componentes
de uma aeronave deve prever, portanto, que a sua
falha é absolutamente não permitida durante o período
de operação da aeronave. É evidente, no entanto, que
falhas são possíveis e quanto mais perto se chega do
término da vida útil de um determinado elemento é
mais provável que ocorram.
• Exercício
Vamos supor que estejamos analisando o mecanismo
de fechamento da porta de uma aeronave. Por
simplicidade, imaginemos que este mecanismo seja
bastante parecido com uma fechadura de porta que
temos em nossas casas. Teríamos, portanto, uma
maçaneta para o acionamento, uma lingueta e uma
mola. Para testar a vida útil de cada um destes
elementos seria necessário colocá-las em
funcionamento em um laboratório, acopladas a um robô
que simularia a operação em regime acelerado. Ainda
no campo das suposições, poderíamos ter os seguintes
resultados, após repetir os testes várias vezes:
Elemento Número de
Operações até
Falhar
Notação da
Taxa de
Falha
Quantidade de
Operações
Máxima no
Ciclo de
Trabalho
Normal
Quantidade de
Dias Até Falhar
Quantidade
de Anos Até
Falhar
Mola 100.000 1 x 10-5 100 vezes/dia 1.000 2,73 anos
Lingüeta 1.000.000 1 x 10-6 100 vezes/dia 10.000 27,39 anos
Maçaneta 100.000.000 1 x 10-8 100 vezes/dia 1.000.000 2739,72 anos
29
Técnicas de Análise 
de Riscos 
Do quadro acima há muitas conclusões a tirar:
• O único componente realmente fabricado para uma taxa de falha
de 1 x 10-8 é a maçaneta (como vimos, este é um parâmetro da
indústria). Os demais componentes quando submetidos a testes
falham bem mais cedo. A pergunta a fazer é: o risco envolvido é
aceitável?
A mola falha, em média, à cada 100.000 operações. Isto significa
que se ela é acionada 100 vezes por dia, ao final de dois anos e
meio, aproximadamente, ela tende a falhar. Há duas
alternativas: rever o projeto da mola conferindo-lhe maior vida
útil ou substituí-la em períodos de tempo seguros ( a cada um
ano e meio de operação, por exemplo ). Uma análise de custo x
benefício sem deixar de lado os impactos de segurança ( já que a
extensão das conseqüências pode não ser suportável ) se faz
necessária para determinar o que fazer.
Se a mola faz parte de um sistema e deve ser trocada à cada um
ano e meio, o que fazer com os demais elementos deste sistema
( maçaneta e lingüeta )? No quadro acima podemos identificar
que para cada substituição de uma lingüeta, dez molas já terão
sido trocadas. Vale a pena trocar somente a mola ou é melhor
trocar todos os demais elementos? Novamente, uma avaliação
do custo x benefício se faz necessária, levando em consideração
os custos envolvidos.
Se o parâmetro da indústria aeronáutica é ter componentes com
probabilidade de falha da ordem de 1 x 10-8, usar componentes
que comprovadamente falham bem mais cedo é aceitável ? A
resposta é: depende do componente, de seu programa de
manutenção e da tecnologia envolvida. Se a tecnologia disponível
limitar a vida de um determinado componente a sua manutenção
deverá ser rigidamente vigiada e a sua substituição em períodos
seguros deve ser observada. O que importa é que o sistema
(neste caso a própria aeronave como um todo ) não falhe.
Um aspecto que passa despercebido é que no exemplo acima
existia a condição de fazer testes em laboratório para determinar
as taxas de falha. Isto não é necessariamente possível no dia-a-
dia. Por isso, a avaliação de um determinado risco é muitas
vezes baseada na experiência dos analistas em determinar a
possibilidade de alguma coisa dar errado e de estimar
conseqüências, classificando cada um dos eventos. Mais que um
exercício de imaginação, avaliar riscos é uma tarefa de extrema
responsabilidade que requer método, experiência e determinados
cuidados técnicos. Quando não se tem coisas tangíveis em que
se basear é necessário contar com os melhores especialistas
disponíveis nos riscos que se quer estudar.
30
Técnicas de Análise 
de Riscos
Técnicas Qualitativas
• As Técnicas Qualitativas procuram
estabelecer o grau de importância da
probabilidade de ocorrência de um
determinado evento e a extensão de suas
conseqüências de acordo com parâmetros
de sensibilidade do analista.
• Se estivéssemos analisando, por exemplo,
o grau de sensibilidade à temperatura
poderíamos dizer que se classificaria,
simplesmente, em quente ou frio. Como a
comparação entre o que pode frio ou
excessivamente frio muitas vezes se faz
necessário, poderíamos ter graus de
classificação: Insuportavelmente Frio,
Muito Frio, Frio, Morno, Quente, Muito
Quente, Insuportavelmente Quente.
• Vamos imaginar, por exemplo, que
estivéssemos analisando a situação a
seguir:
31
Técnicas de Análise 
de Riscos
• É óbvio que a conseqüência de qualquer acidente que
possamos imaginar é o peso cair sobre o E.T., portanto,
nos resta criar os eventos acidentais que tornariam
possível a queda do peso sobre o E.T. e avaliar qual a
possibilidade destes virem a ocorrer.
• Os eventos acidentais seriam os seguintes:
A amarração entre a corda e o peso se solta
A corda se rompe
O suporte da roldana de solta do teto
O eixo da roldana se rompe
O Rodolfo não consegue suportar o peso e
solta a corda
O Rodolfo solta a corda intencionalmente
• Em um exemplo simples como este, onde a
conseqüência está previamente avaliada, é bastante
fácil determinar que eventos são mais prováveis, se
bem que não temos qualquer informação sobre a
resistência da corda, da roldana e de seu suporte e da
amarração. Supondo que tudo estivesse perfeitamente
dimensionado para o peso a levantar, poderíamos criar
uma Matriz de Consolidação de Riscos para facilitar a
nossa tarefa, como a que se segue:
32
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Esta Matriz vai permitir que possamos analisar os riscos
envolvidos de forma mais organizada. Vamos passar,
então à Análise de Riscos, que como vimos, é Qualitativa,
já que a Matriz de Consolidação dos Riscos se baseia em
sensibilidade e não há experimentação que nos dê as
taxas de falha dos elementos. Vamos fazer a análise em
uma planilha para permitir que os resultados estejam
dispostos de forma organizada.
 Muito Provável (3) 3 6
 Provável (2) 2 4
 Improvável (1) 1 2
 (1) (2)
 O peso não
 cai sobre o E.T.
 O peso cai
 sobre o E.T.
Vamos colocar isto em uma planilha para simplificar a
compreensão:
 Probabilidade de
Ocorrência
 P Conseqüência C Risco = P x C Classificação do
Risco
 Improvável 1 O peso não cai sobre o E.T. 1 1 x 1 = 1 IRRELEVANTE
 Improvável 1 O peso cai sobre o ET. 2 1 x 2 = 2 LEVE
 Provável 2 O peso não cai sobre o E.T. 1 2 x 1 = 2 LEVE
 Provável 2 O peso cai sobre o E.T. 2 2 x 2 = 4 IMPORTANTE
 Muito Provável 3 O peso não cai sobre o E.T. 1 3 x 1 = 3 MÉDIO
 Muito Provável 3 O peso cai sobre o E.T. 2 3 x 2 = 6 GRAVE
Voltando a nossa Matriz de Consolidação de Riscos original e
substituindo, temos:
 Muito Provável (3) MÉDIO GRAVE
 Provável (2) LEVE IMPORTANTE
 Improvável (1) IRRELEVANTE LEVE
 (1) (2)
 O peso não
 caisobre o E.T.
 O peso cai
 sobre o E.T.
33
Técnicas de Análise 
de Riscos
 Tema: Análise de Risco – Peso Cair Sobre ET Data:
 Elementos:
 Rodolfo – Corda – Roldana – Amarração – Peso
– E.T.
 Equipe de Estudo:
 Estudantes do Politécnico
 Elemento Evento Acidental
Formulado
 Probabilidade
 De Ocorrência
 Conseqüências Risco
 Rodolfo O Rodolfo não
consegue suportar o
 PROVÁVEL O peso cai sobre o E.T. MÉDIO
 peso e solta a corda PROVÁVEL O peso não cai sobre o E.T. LEVE
 O Rodolfo solta a corda
intencionalmente
 MUITO PROVÁVEL O peso cai sobre o E.T. GRAVE
 MUITO PROVÁVEL O peso não cai sobre o E.T. MÉDIO
 Corda A corda se rompe PROVÁVEL O peso cai sobre o E.T. MÉDIO
 O peso não cai sobre o E.T. LEVE
 Roldana O suporte da roldana IMPROVÁVEL O peso cai sobre o E.T. LEVE
 de solta do teto O peso não cai sobre o E.T. IRRELEVANTE
 O eixo da roldana se IMPROVÁVEL O peso cai sobre o E.T. LEVE
 Rompe O peso não cai sobre o E.T. IRRELEVANTE
 Amarração A amarração entre a PROVÁVEL O peso cai sobre o E.T. MÉDIO
 corda e o peso se solta O peso não cai sobre o E.T. LEVE
Identificamos, após Análise de Riscos, que o principal risco
envolvido é o de o Rodolfo soltar a corda intencionalmente,
fazendo com que o peso caia sobre o E.T.. Classificamos este
risco como GRAVE a partir da Matriz de Consolidação de Riscos
que montamos para o estudo.
O grande problema de usar sentimentos para avaliar alguma
coisa é que isto pressupõe uma atitude pessoal e particular. O
que é improvável para uma pessoa nem sempre significa a
mesma coisa para uma outra pessoa. Se estas duas pessoas
passarem a discutir o assunto, sempre haverá a possibilidade
de consenso técnico, mas a discussão filosófica não está
afastada e quanto mais calorosa e polêmica for, menos
produtivo será o estudo. O ideal nestes casos, em que não
tivermos estatísticas e taxas de falhas, é ter um grupo
homogêneo e compromissado com os resultados, para que as
discussões sejam produtivas, sem prejuízo da boa técnica.
34
Técnicas Semi-Quantitativas
• Quando não se tem as taxas de falha dos diversos 
elementos e sistemas envolvidos no estudo podemos 
usar o artifício de trazer a experiência externa (de 
outros) agregando-a ao estudo.
• Alguns estudos existentes mostram sob forma de
estatística que uma dentre 10.000 caldeiras instaladas
tende a explodir no período de ano. Esta estatística foi
formada a partir do registro histórico de acidentes
envolvendo caldeiras. Se tivermos acesso a este estudo
poderemos identificar qual a média de idade das
caldeiras que explodiram, em que condições de
operação se encontravam, quais os cuidados de
manutenção dispensados, que elementos das caldeiras
falharam, etc. Em que pese não termos as taxas de
falha, esta freqüência acidental poderá ser admitida
desde de que se façam as correções necessárias de
forma a atenuar ou agravar a probabilidade de
ocorrência em face a caldeira que está sendo analisada.
Se as condições da caldeira em estudo forem
sensivelmente melhores que as relatadas na estatística
podemos atenuar seu grau de probabilidade.
• Podemos, por exemplo, fixar que:
 Evento Analisado Amostra
Estatística
 Qtde.de
 Eventos
 Período de
Análise
 Freqüência
Acidental
 Probabilidade
Estimada
 Explosão de Caldeira 10.000 de
caldeiras
 1 1 ano 1/10.000
por ano
 Pouco Provável
 Roubo de Automóvel
no Rio de Janeiro
 1.000.000 de
automóveis
 10.000 1 ano 1/100 por
ano
 Provável
 Assaltos ou Furtos
no Rio de Janeiro
 5.000.000 de
pessoas
 100.000 1 ano 1/50 por
ano
 Muito Provável
35
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Nota Importante:
• Sabemos que é sempre importante estimar as perdas
de forma que possamos medir que impacto elas podem
produzir. Nem sempre é possível determinar com
precisão a extensão das conseqüências de um evento
acidental, seja ele de ocorrência provável ou não.
• Para que se possa priorizar a importância das perdas é
fundamental que na montagem de uma Matriz de
Consolidação de Riscos de tenha a exata noção do valor
dos sistemas, subsistemas e elementos envolvidos de
forma que se possa medir, pelo menos com um
razoável bom senso o que pode estar sendo perdido em
um evento acidental.
• Montamos a Matriz de Consolidação de Riscos a seguir,
utilizando um exemplo de Técnica Qualitativa, para que
se possa vislumbrar os benefícios deste tipo de
abordagem.
36
Técnicas de Análise 
de Riscos
MD
L
L
M
C
L
MD
M
I
MD
C
L
I
C
I
C
MI
I
MI
I
G
MI
G
MI
GR
G
GR
G
R
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 0
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0
R
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 1
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R
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0
0
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0
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0
R
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 1
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R
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 5
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,0
0
 A
c
im
a
 d
e
 R
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 1
.0
0
0
.0
0
0
,0
0
Probabilidade
de Ocorrência
Extensão das
Conseqüências
Matriz de Consolidação
de Riscos
M - Marginal
L - Leve
MD - Médio
C - Considerável
I - Importante
MI - Muito Importante
G - Grave
GR - Gravíssimo
Remoto
Intermediário
Significativo
Muito
Significativo
37
Técnicas de Análise 
de Riscos
Principais Técnicas Qualitativas 
A base de elaboração de qualquer Técnica de
Análise de Riscos é a coleta de informações.
Para que esta tarefa possa ser bem feita é
necessário que alguns cuidados preliminares
sejam tomados, no sentido de proporcionar ao
analista um fluxo de informações confiáveis.
A disponibilidade de documentos relativos ao
empreendimento ou situação a avaliar também é
fundamental.
Em se tratando de um empreendimento
industrial, sugerimos solicitar a última revisão
dos seguintes documentos:
38
Técnicas de Análise 
de Riscos
Plantas de Lay-Out (Arruamento, Processamento 
Industrial, Edificações, Tubovias, etc); 
Plantas de Situação;
Plantas de Locação de Sistemas de Combate a Incêndio 
e Emergência;
Fluxogramas de Processo;
Fluxogramas de Engenharia;
Memoriais Descritivos de Processo;
Inventário de Estoques de Matérias-Primas e Produtos 
Acabados;
Características Físico-Químicas dos Produtos 
Manipulados e/ou Produzidos;
Rotinas Operacionais (Manuais de Operação);
Rotinas de Manutenção - Estrutura do Depto. de 
Manutenção;
Rotinas de Segurança (Manuais de Procedimentos de 
Segurança);
Planos de Ação de Emergência;
Planos de Auxílio Mútuo em Caso de Acidentes;
Planos de Contingência;
Mapas de Risco - Ministério do Trabalho;
Estudos de Impacto Ambiental - EIA/RIMA;
Manuais de Qualidade;
Manuais de Gestão Ambiental;
Organograma da Empresa;
Avaliação Patrimonial;
Distribuição dos Funcionários pelo Lay-Out do 
Empreendimento (Jornadas de Trabalho, etc.);
Estudos de Tempos e Movimentos (para identificar os 
gargalos de produção e setores críticos).
39
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Há vários outros documentos que podem auxiliar o estudo e a 
decisão pela sua utilização deve ser bem avaliada. É provável 
que em muitos locais os documentos acima citados não estejam 
disponíveis. O analista de riscos, após reunir toda a 
documentação fornecida deve decidir se são necessários 
levantamentos de campo para conseguir estas informações ou 
se, em face a complexidade da instalação industrial, podem ser 
dispensados.
• Conforme já citado anteriormente, sempre que for necessário 
levantar informações através de visita às instalações o analista 
de riscos deve utilizar um questionário de apoio na forma de um 
“check-list”. Neste “check-list” devem ser incorporadas 
perguntas relativas às suas necessidades de informação para 
realização do estudo. Se, por exemplo, conhecer a vizinhançado 
empreendimento em estudo é um item importante para avaliar a 
extensão de danos caso um acidente ocorrido venha a 
ultrapassar as fronteiras da empresa, perguntas que possam 
caracterizar esta situação devem ser incluídas de forma clara e 
objetiva.
• Quando se conhece as características genéricas de um 
determinado risco é possível criar questionários específicos 
enfatizando determinados eventos acidentais. Exemplificando, se 
previamente se tem notícia que os motores elétricos trabalham 
em regime de sobrecarga em uma determinada atividade 
industrial, na montagem do questionário podem ser incluídas 
perguntas específicas para avaliar os motivos que levam à esta 
situação e que medidas são tomadas para atenuar os danos 
conseqüentes.
• As seguradoras costumam elaborar questionários específicos 
para avaliar riscos residenciais, condomínios, pequenos 
comércios e até pequenas indústrias. Também é bastante 
comum que sejam elaborados questionários na forma de fichas 
de informação para determinadas coberturas de seguro que 
precisam ser avaliadas de forma que os subscritores possam 
calcular o prêmio a ser cobrado ao segurado (ex. Alagamento, 
Roubo de Valores, etc.).
• A determinação de valores também é um referencial importante. 
Podemos dizer que é praticamente impossível ter sucesso em um 
estudo de Análise de Riscos se não for possível dimensionar as 
perdas envolvidas. Para que isso seja possível é sempre 
interessante dispor dos Valores em Risco das várias áreas. De 
posse destes valores e das estimativas de perdas é bem mais 
fácil quantificar os eventos. 
40
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Um outro ponto as ser destacado em relação a 
utilização das técnicas de análise de riscos refere-se a 
formação dos grupo responsável pelo seu 
desenvolvimento. O grupo ideal deve ser formado pelos 
seguintes integrantes:
• Coordenador(a) Profissional experiente, extremamente 
organizado e metódico, com conhecimento pleno da 
técnica de análise de riscos que será utilizada. Será 
responsável pela coordenação dos trabalhos, pelo 
agendamento das reuniões, convocação dos 
participantes, definição dos objetivos, coordenação das 
reuniões e mediação das discussões. Será também 
responsável pelas revisões e formatação final do 
estudo, bem como pela sua apresentação. 
• Secretário(a)
– Responsável pelo registro das reuniões e tarefas acessórias 
da coordenação.
• Engenharia
– Profissionais da empresa e especialistas externos com 
domínio do processo produtivo e operacional
• Administradores
– Profissionais ligados a controladoria, segurança empresarial, 
patrimonial e seguros.
• Qualidade e Meio-Ambiente
– Profissionais atuantes nas áreas de qualidade e meio-
ambiente da empresa e especialistas convidados.
• Comunidade
– Eventualmente podem ser agregados membros da 
comunidade externa (vizinhos, etc.)
41
Técnicas de Análise 
de Riscos
• Grupo 1 - What-if
• Grupo 2 - Análise Preliminar de 
Risco
• Grupo 3 - Análise por Árvores de 
Falha
• Grupo 4 - Análise por Árvores de 
Eventos
• Grupo 5 - FMEA e FMEA de 
Processo
• Grupo 6 - HAZOP 
Preparar uma apresentação de 10 
minutos sobre a técnica.
42
Técnicas Semi-Quantitativas –
Alternativa para a Inexistência de 
Taxas de Falha
• Quando não se tem disponibilidade de taxas de falhas a 
utilização de técnicas quantitativas estará descartada. 
No entanto, a mera utilização de técnicas qualitativas 
pode não conferir ao estudo o rigor de que se necessita. 
Assim a alternativa é utilizar, mas uma vez a 
experiência de outros para tentar criar uma base 
científica adequada, tomando os devidos cuidados para 
que não se cometam enganos desastrosos e exageros.
• Durante muitos anos os analistas de riscos aqui no
Brasil utilizaram o OREDA como fonte de informação,
mas ao adotar as taxas de falha ali expressas em seus
estudos particulares procuraram agravá-las ou não em
face das características dos sistemas que estavam
sendo analisados. Condições operacionais, climáticas,
etc. eram objeto de avaliação prévia para que se
pudesse fazer as adaptações necessárias.
• Quando não se podia utilizar sequer a experiência
alheia e adaptar taxas de falhas existentes em bancos
de dados a opção, como já vimos, é admitir a
experiência de falha de sistemas como razoável,
fazendo também as adaptações cabíveis.
43
Parâmetros de 
Perdas
• As conseqüências de um evento acidental podem se traduzir
em impactos ou perdas para:
os seres humanos, seja for ferimentos ou morte;
o meio-ambiente;
a propriedade pública ou particular;
a operação de sistemas;
o lucro.
• Durante o estudo das técnicas de Análise de Riscos vimos
que é sempre necessário avaliar os riscos expostos e as
possíveis conseqüências de sua materialização,
classificando-os de acordo com uma Matriz de Consolidação
de Riscos, que pode ser a da própria técnica que se está
utilizando ou qualquer outra mais específica que o analista
proponha em seu estudo.
• Quando estamos realizando uma Análise de Riscos visando o
dimensionamento de coberturas de seguro, costuma-se
utilizar alguns parâmetros próprios para a avaliação da
importância das perdas, que chamamos de Parâmetros de
Perdas:
44
Parâmetros de 
Perdas
Perda Normal Esperada (PNE)
• A Perda Normal Esperada ou PNE, pode ser 
genericamente definida como aquele evento que 
usualmente envolve partes menores ou secundárias dos 
equipamentos e que são reparadas ou substituídas com 
relativa facilidade. Ou seja, são acidentes de proporções 
pouco significativas e que nunca exigem a presença de 
técnicos do(s) fabricante(s) nas instalações do segurado 
ou o retomo de componentes às instalações do mesmo.
• Este parâmetro deve balizar a expectativa de despesas 
normais de manutenção e influenciar a fixação das 
Franquias em valores monetários, pois prende-se aos 
danos materiais inerentes ao negócio, previsíveis ou 
não, porém sem maiores conseqüências.
Dano Máximo Provável (DMP)
• O Dano Máximo Provável ou DMP, pode ser 
genericamente definido como aquele evento que 
usualmente envolve partes maiores e mais críticas dos 
equipamentos e que requer reparos mais amplos ou 
substituição total do(s) mesmo(s). Ou seja, são 
acidentes de grandes proporções e que eventualmente 
exigem a presença de técnicos do(s) fabricantes nas 
instalações do segurado, o retomo de componentes ao 
local de fabricação ou a aquisição de itens novos.
• É a maior perda gerada por um determinado evento, 
seja ele natural, operacional ou induzido, admitindo que 
os mecanismos existentes para prevenção e combate a 
esta perda estejam em condições de atuarem a 
contento no momento da formação do sinistro.
45
Parâmetros de 
Perdas
• Este parâmetro deve balizar as prováveis despesas com 
recuperação ou reposição e influenciar a capacidade de 
transferência de perdas, bem como a fixação dos 
prêmios para garantir tal responsabilidade, pois se 
refere aos danos materiais importantes, com ou sem a 
interrupção de produção.
Perda Máxima Possível (PMP)
• A Perda Máxima Possível ou PMP, pode ser 
genericamente definida como um evento catastrófico 
que requer substituição total dos equipamentos e 
reparos amplos dos danos causados. Ou seja, são 
acidentes de proporções catastróficas e que sempre 
exigem a presença de técnicos do(s) fabricantes nas 
instalações do segurado, o retomo de componentes ao 
local de fabricação e a aquisição de itens novos.
• Este parâmetro deve balizar as graves perdas de 
substituição e reparos, além de influenciar a fixação das 
importâncias seguradas, limites máximos de 
indenização e as franquias (em tempo – período de 
paralisação).
• É a maior perda gerada por um determinado evento, 
seja ele natural, operacional ou induzido, admitindo que 
o todo ou parte dos mecanismos existentespara 
prevenção e combate a esta perda estejam desativados 
ou simplesmente não funcionem.
46
Parâmetros de 
Perdas
• O esquema a seguir apresenta de forma simplificada a
distribuição dos parâmetros de perdas em relação ao
Valor em Risco - VR
Parâmetros de Perdas no Dimensionamento das 
Coberturas de Seguro
• Muitas vezes, ao estabelecer as perdas possíveis, a
partir de eventos acidentais, se usa como parâmetro de
cálculo o mapeamento físico dos possíveis danos,
apresentando como resultado final um percentual em
relação a área total construída.
• O erro cometido ao se adotar tal procedimento é abaixo
apresentado. Suponhamos que estejamos analisando
um determinado risco disposto fisicamente da seguinte
forma:
Valor em Risco = 100 VR = 100
PNE = 5
DMP = 65
PMP = 85
47
Parâmetros de 
Perdas
• Por simplicidade suponhamos que definimos que a mais 
importante conseqüência é a perda da parte escura. 
Com isso há uma tendência estabelecermos a Perda 
Máxima Possível – PMP, como sendo de 4/10, ou seja, 
de 40%, já que a área que pode ser pedida é igual a 
40% do todo. 
• Para ilustrar o erro que se esta cometendo, 
suponhamos que cada um dos quadrados claros tenha 
um valor de 20 e cada um dos quadrados escuros um 
valor de 10. Assim, temos:
• Somatório dos quadrados claros = 6 x 20 = 120
• Somatório dos quadrados escuros = 4 x 10 = 40
• Valor em Risco = Somatório de claros e escuros = 120 + 
40 = 160
• Assim, se viermos a perder os escuros, teremos 
40/160, ou seja, o PMP = 40 que representa 25% do 
VR.
• Portanto, estes percentuais só serão válidos se espelharem as 
perdas materiais em valores.
48
Parâmetros de 
Perdas
Avaliação Patrimonial – Determinação dos Valores em Risco
• Como vimos é necessário levantar o valor em risco dos
empreendimentos para que se possa determinar perdas
com um bom grau de certeza.
• Há algumas definições básicas que devem ser
introduzidas:
Valor em Risco
• Valor de um bem material para fim de seguro
Valor Atual
• Valor do bem, roubado ou destruído, reposto pelo valor 
de um novo, deduzida a depreciação pelo uso, idade e 
estado de conservação
Valor de Novo
• Valor do bem, roubado ou destruído, pelo valor de um 
novo no mercado, ou seja, o preço que o segurado 
pagará para repor o bem da mesma marca ou 
equivalente
Depreciação
• Perda progressiva de valor de bens, móveis ou imóveis, 
pelo seu uso, idade e estado de conservação
• A Avaliação Patrimonial consiste em levantar todo o
patrimônio da empresa conseguindo o valor de cada um
dos bens e alguns dados importantes:
49
Parâmetros de 
Perdas
Valor histórico
• Valor de aquisição, na data de aquisição
Valor referencial
• Valor de aquisição referencial, quando não se tem a 
informação do valor de aquisição
Idade real
• Data de aquisição
Idade aparente
• Idade baseada no estado de conservação de um bem
Vida útil de projeto
• Expectativa de vida de um bem novo segundo o seu 
fabricante
Vida útil remanescente
• Expectativa de vida de um bem em face ao seu estado 
de conservação
Valor residual
• Valor de um bem já completamente depreciado
50
Parâmetros de 
Perdas
PMP x DMP na Determinação do Limite Máximo de 
Indenização ou Importância Segurada
• O PMP é o valor que indica qual a máxima exposição a
perdas que um determinado empreendimento está
sujeito. De forma convencional, se tivéssemos que
escolher um valor para a importância a segurar, a
escolha do PMP para representar este número seria
uma escolha dentro da segurança. A medida que se
escolhe valores inferiores ao PMP para representar a
importância segurada estaremos confiando que os
sistemas de proteção existentes estarão disponíveis e
funcionando, o que pode não ser verdade.
• O DMP significa, na prática, que estamos no limite da
zona dos riscos prováveis. Se determinarmos que a
importância segurada é igual ao DMP, há dois fatores a
considerar: o segurador vai entender que o segurado
não está deixando qualquer margem para os riscos
possíveis de ocorrer e, portanto, o grau de incerteza
que rege o seguro estará muito baixo.
Conseqüentemente, se não sobrar nada para o
segurador este vai agravar o cálculo do prêmio. O
segundo fator é que em ocorrendo uma perda de
grandes proporções e não sendo possível limitá-las
através dos dispositivos de segurança, o segurado vai
assumir os prejuízos do que ultrapassar o limite
escolhido para a importância segurada.
Nos seguros modernos é comum fornecer ao segurador
os seguintes parâmetros:
Valor em Risco, LMI, PMP, DMP e Maior Riscos Isolado,
Experiência, Franquias
51
Parâmetros de 
Perdas
Utilizando o PNE para Fixação de Franquias
• Uma das mais difíceis tarefas é determinar o valor da
Perda Normal Esperada (PNE). Na prática, o PNE é
determinado de forma empírica, a partir da perda
financeira que a empresa suporta ou a partir da
percepção do segurador de que um determinado risco é
muito freqüente e a empresa não vem se empenhando
em mitigá-lo.
• Não há muito sentido em se falar de PNE de incêndio,
explosão, queda de raios, etc., já que ninguém espera
que ocorra um acidente desta natureza e que isso seja
uma coisa normal e previsível. Já em danos elétricos, é
possível prever que, por exemplo, de uma massa de
100 motores elétricos instalados em uma fábrica 5%
venha a sofrer danos durante um ano e que o seu
conserto já está orçado nos custos normais de
manutenção. Dimensionar, portanto, a PNE nestes
casos é absolutamente viável, determinando uma valor
de franquia para a cobertura de seguro.
52
Parâmetros de 
Perdas
O Que o Seguro Não Cobre
• Ter uma apólice de seguro não significa que se está
coberto para tudo o que puder acontecer. Há riscos que
não podem ser cobertos pelo seguro, tais como os
riscos de imagem, riscos ambientais, etc.. Mesmo tendo
cobertura de seguro é sempre possível que os limites
tenham sido subdimensionados e se tenha, por
exemplo, que indenizar somas incalculáveis em face a
responsabilidade civil por ação direta ou omissão.
• Estudar cada uma das possibilidades e adquirir
coberturas adequadas é obrigação de todo o
administrador.
53
Parâmetros de 
Perdas
Os Riscos do Período Idenitário para Lucros Cessantes
• Período Idenitário é o período de tempo necessário a
recomposição dos danos, reconstrução e instalação de
novos equipamentos, testes e ajustes, partida, etc..
Dimensionar com precisão este tempo é uma tarefa
bastante complicada e não pode ser feita por amadores.
• Nos estudos de análise de riscos a determinação dos
períodos idenitários faz parte da fase de construção do
Plano de Contingência e deve ser objeto de estudo
específico por engenheiros, pessoal de operação,
processo, além das gerências administrativas.
• É importante dizer que há dois tipos de cobertura de
seguro: para paralisação da produção e para perda de
lucro bruto (despesas fixas + lucro líquido) e os
períodos idenitários são diferentes para cada um dos
casos. Na paralisação de produção o período começa a
ser contado a partir do momento que a produção pára e
no segundo, a partir do momento que os estoques de
produtos acabados são desovados e se começa a sentir
impacto na receita de vendas. Escolher qual o tipo de
cobertura a contratar deve também ser objeto de
estudo específico.
54
Prevenção de Perdas
• As medidas de mitigação recomendadas em um
Gerenciamento de Riscos tem intuito de melhorar as
condições de segurança do empreendimento,
conferindo maior proteção contra eventos indesejáveis,
que se ocorrerem, podem trazer sérias implicações
quanto a continuidade da atividade, dificultando o
cumprimento dos compromissos públicos e,
conseqüentemente, podendo vir a comprometer, a
imagem da Empresa e até mesmo sua continuidade.
• Muitas vezes se pergunta se a adoção dasmedidas de
mitigação, dentro de um criterioso programa de ação, é
suficiente para que se tenha os riscos sobre controle e,
sobretudo, se possa dispensar a contratação de
coberturas de seguro.
• Invariavelmente, a resposta destas questões está
intimamente ligada a qualidade dos controles que a
empresa exerce sobre os riscos, a experiência particular
com ocorrências acidentais anteriores, a constante
supervisão do processos, manutenção, operação e
segurança.
• Muitas vezes, o nível de investimentos em mitigação
pode estar até mesmo super-dimensionado, fruto de
não se ter realizado uma priorização de medidas,
previamente.
• Portanto, qual o limite dos investimentos em mitigação
dos riscos ?
55
Prevenção de Perdas
• Se pudéssemos, ao longo do tempo, compilar os gastos
com a prevenção de perdas plotando-os em uma curva
e, no mesmo gráfico plotássemos a curva relativa aos
prejuízos com sinistros, teríamos a seguinte situação :
• Se a empresa estiver, por exemplo, no ponto 1, onde
os valores dos prejuízos com sinistros são bem mais
significativos do que os gastos com as mitigação dos
riscos que deram origem a estes sinistros, isto implica
em que esta empresa deve, ao longo do tempo,
promover maiores investimentos no combate as
probabilidades de ocorrência de sinistros e, também,
prover recursos materiais, humanos e financeiros para
minimizar as perdas oriundas da materialização dos
sinistros.
Valores
Tempo
Curva
dos Gastos
com a
Mitigação
dos Riscos
Curva
dos Prejuízos
com Sinistros
Grafico dos Custos de Mitigação x Prejuízos com Sinistros
1 2 3
56
Prevenção de Perdas
c u r v a d e g a s to s to ta i s
1 2 3
v a l o r e s
G R ÁF IC O D A C O N S O L ID AÇ ÃO D E G AS T O SPor outro lado, se a empresa estiver no ponto 3, nota-seclaramente que há um superdimensionamento dos
investimentos em mitigação.
O ponto de intercessão das curvas é o ponto 2, também
chamado de ponto de equilíbrio. A partir deste ponto
recomenda-se a transferência dos riscos, através de
coberturas de seguro, por exemplo. Este ponto só poderá
ser identificado na prática, se houver vontade e um plano
de ação estruturado para tal. A coordenação deste plano de
ação é função do Gerente de Riscos da empresa ou de sua
corretora cativa.
A superposição destas duas curvas dá uma visão dos
gastos totais.
57
Prevenção de Perdas
Plano de Ação de Emergência
Julgamos importante que qualquer empresa
consolide um Plano de Ação de Emergência. Para
isso estamos introduzindo, a seguir, algumas
diretivas para a sua elaboração e implantação.
O Plano de Ação de Emergência deverá ser
elaborado segundo o seguinte roteiro:
1 - Introdução;
2 - Objetivo;
3 - Descrição sumária do empreendimento;
4 - Conceitos e Metodologia;
5 - Metodologia;
6 - Pressupostos;
7 - Rotinas e ações de emergência;
8 - Entidades participantes do plano, formas de
articulação e operacionalização;
9 - Considerações para implantação do plano;
10 - Providências para manter o plano de ação
de emergência em permanente
estado operacional;
11 - Anexos.
58
Prevenção de Perdas
Plano de Ação - Controle de Perdas
• Para que se possa consolidar um plano de ação que
seja viável de ser colocado em prática é necessário que,
preliminarmente, a empresa entenda que é necessário
subdividir as ações quanto ao seu foco, ou seja, quanto
a seus objetivos.
• As medidas acima relacionadas são, basicamente, de
dois ramos:
– medidas relacionadas a minimização da probabilidade
de ocorrência de sinistros
– medidas relacionadas a minimização das
conseqüências de possíveis acidentes
• As medidas relacionadas com a minimização das
probabilidades acidentais, têm por dogma principal,
estarem calcadas na necessidade de rotinas de
manutenção, operação e segurança, enquanto as
relacionadas à minimização das extensões dos possíveis
acidentes estão ligadas, principalmente, aos sistemas
de proteção contra incêndio e combate à emergências.
• “Por onde começar?” é a pergunta seguinte.
• É comum verificar que a grande maioria das empresas
têm preocupação bastante abstrata sobre este tema.
Muitas vezes encontramos investimentos substanciais
em sistemas tecnologicamente avançados para o
combate a um início de incêndio, sem contudo ter
havido qualquer ação específica ou até mesmo, quando
isso é necessário, algum investimento, no sentido de
reduzir a probabilidade de ocorrência deste início de
acidente.
59
Prevenção de Perdas
• Assim, podemos recomendar que, para que se tenha 
uma atuação correta no sentido de controlar as perdas, 
deve-se sempre agir pensando que o equipamento de 
combate a incêndio, a brigada de incêndio e 
emergência, etc. são redundâncias necessárias a 
debelar os focos de sinistros, mas em momento 
nenhum podem impedir, havendo as pré condições para 
que isso ocorra, que este acidente tenha início.
• A instituição do Gerenciamento de Riscos como política 
institucional é, como sabemos, uma tarefa árdua, 
comparável ao estabelecimento de um programa de 
qualidade. O papel do Gerente de Riscos na empresa é 
de motivador e polarizador das ações, desde que tenha 
o necessário respaldo político de seu Corpo Diretivo.
• O Gerente de Risco deverá ter poderes para atuar de
forma incisiva sobre os focos de risco, minimizando-os,
a partir da discussão com todas as áreas envolvidas.
• A formação dos chamados "comitês de risco" é
fundamental ao sucesso deste programa, sendo estes,
facilitadores das ações.
• Ao final de um trabalho de Gerenciamento de Riscos 
sempre há ações de curto, médio e longo prazo a serem 
tomadas. Muitas delas não requerem investimento e 
sim vontade de fazer. Vemos como muito interessante 
a implantação de um Programa de Inspeções 
Periódicas, a ser realizado pela área de segurança 
corporativa da empresa, conforme se segue:
60
Prevenção de Perdas
Programa de Inspeções Periódicas
Definição dos 
Objetivos do
Programa
l
Definição do Check-
List a ser Empregado
e Critério de Medição
Designação das Pessoas
Responsáveis pela Execução
do Programa de Inspeções
Definição do Primeiro
Cronograma de Inspeções
Definição da Forma
de Relatoriar os 
Resultados
Elaboração de Plano de Ação
para Implantação das Medidas 
Preventivas e Corretivas Propostas
Execução das Inspeções Periódicas
Acompanhamento da Implantação
Divulgação dos Resultados
61
Prevenção de Perdas
• Para que torne possível implantar um Programa de
Inspeções Periódicas é necessário que as pessoas
tenham consciência de que é nas pequenas perdas que
se podem gerar os grandes acidentes. A história está
cheia de exemplos que podem e devem ser seguidos.
• Outro aspecto que julgamos de fundamental
importância é a motivação das pessoas. Se o corpo
diretivo da empresa estiver solidário ao Programa,
apoiando-o tanto no que se refere ao seu aspecto
político, quanto com a dotação de recursos financeiros,
cinqüenta porcento do sucesso da empreitada estará
garantido. Os outros cinqüenta porcento serão
conseguidos nos aspectos operacionais.
• No fluxograma acima descrevemos como necessária a
elaboração de um “check-list” para a coleta de
informações de cada um dos empreendimentos a
visitar. Este “check-list” nada mais é do que um guia
para orientar o vistoriador quanto aos ítens a observar
(e comentar), de forma a tornar o mais produtiva
possível o levantamento.
• Não está explicitamente mostrado no fluxograma a fase
inerente as inspeções para manutenção do programa. O
cronograma destas visitas deverá ser definido a partir
da divulgação do Plano de Ação, para que se possa ter
um acompanhamento perfeito de como as medidas
preventivas e corretivas destacadas nas inspeções
estão sendo postas em prática.
• Os técnicos de segurança são fundamentais neste
processo. É fundamentalque os relatórios da segurança
sejam incorporados ao “check-list” que deve ser
montado e que estes profissionais participem das
inspeções de forma a poder fornecer sua contribuição
ao programa.
62
Prevenção de Perdas
• Plano de Contingência
• Para estruturar um Plano de Contingência é necessário
conhecer todas as rotinas operacionais da empresa e
todas as possíveis disponibilidades: desde os
fornecedores aos clientes. Quanto melhor o
relacionamento externo melhor.
• Devem ser dimensionados os tempos de resposta dos 
fornecedores e talvez a possibilidade de terceiros virem 
a fazer parte das atividades da empresa, tais como: 
CPD, produção, distribuição, estocagem, etc. Assim 
como na análise de riscos deve ser avaliada a 
possibilidade da empresa não poder contar com os 
terceiros e ter que conseguir soluções de emergência, 
por isso recomenda-se que para cada atividade 
mapeada se tenha sempre mais de uma alternativa 
contingencial.

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