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GLICOGENÓLISE Nosso corpo armazena glicogênio para ter uma reserva de energia (glicose). A glicogenólise é o processo de quebra do glicogênio, este fica armazenado no fígado, e quando há necessidade ele é quebrado e liberado na corrente sanguínea. O músculo também tem seu próprio glicogênio, que é usada quando entramos em atividade muscular e ele precisa de energia. Na glicogenólise não há gasto de energia pois esse processo parte de um nível grande de energia para um nível menor. O glicogênio é estimulado a sair do fígado devido aos baixo níveis de glicose no sangue (hipoglicemia). Essa quebra do glicogênio, mediante a entrada de um fosfato, damos o nome de fosforólise. A quebra por fosforólise é muito mais vantajosa para a célula do que a quebra por hidrólise. Vantagens da fosforólise: ● A glicose já sai grudada com o fosfato (evitando que ela saia da célula). ● Se ocorresse a hidrólise, após ela teria que se adicionar o fosfato, e gastaria energia posi o fosfato teria que vir de um ATP. Glicose-1-fosfato → glicose-6-fosfato Enzima: fosfoglicomutase Se a glicogenólise está ocorrendo no músculo, ela já pode parar nessa etapa, pois a glicose 6-fosfato já pode entrar na glicólise e gerar energia para o músculo. Já o fígado não, pois ele não quer energia para ele e sim distribuí-lo para o corpo por meio da corrente sanguínea. Glicose 6-fosfato → glicose + pi Enzima: glicose-6-fosfatase Esse processo transcrito acima ocorre apenas nas ligações 𝛼-1,4. Nas ligações 𝛼-1,6 (ramificações) ocorre da seguinte maneira: 1. As glicoses 𝛼-1,4 vão sendo retiradas a partir da extremidade livre. 2. Quando está próximo da ligação 𝛼-1,6, a enzima não consegue mais retirar as glicoses, então outra enzima (enzima transferase)) entra em ação e desloca um pequeno grupo de glicoses e coloca na ponta. 3. Aquela glicose que ficou sobrando, uma outra enzima (enzima alfa 1,6-glicosidase ou desramificadora) rompe a ligação 𝛼-1,6 e ela sai livre. 4. Após a quebra da ramificação volta-se a quebra das ligações 𝛼-1,4. OBS: A glicogenólise ocorre no citosol, porém a retirada do fosfato (que ocorre no fígado), vai ocorrer no retículo endoplasmático liso. O fígado controla a glicemia pois possui a glicose-6-fosfatase. O músculo não faz esse processo, pois não tem essa enzima. Enzima transferase: transfere a glicose da ramificação para a cadeia principal. Enzima 𝛼-1,6 glicosidase: quebra a ligações 𝛼-1,6, por hidrólise, gerando glicose. OBS IMPORTANTE: ● O glicogênio hepático produz glicose e exporta para manter a glicemia, no período entre as refeições e jejum noturno. ● O glicogênio muscular produz energia exclusivamente para a própria fibra muscular, e a sua demanda energética ultrapassa o aporte de oxigênio. GLICOGÊNESE O glicogênio é um polímero de glicose e constitui uma forma de reserva desse açúcar. Sua síntese ocorre no fígado principalmente e no músculo quando a oferta de glicose supera a necessidade energética imediata. O glicogênio é sintetizado a partir das moléculas de alfa-D-glicose no citosol e requer energia fornecida pelo ATP (Fosforilação da glicose) e pelo UTP (trifosfato de uridina). Requer 03 enzimas: 1. UDP-GLICOSE PIROFOSFORILASE: Ativa unidades glicosila; 2. GLICOGÊNIO-SINTASE: Estende as cadeias de glicogênio; 3. ENZIMA DE RAMIFICAÇÃO DO GLICOGÊNIO: Transfere segmentos de glicogênio com 7 resíduos. O processo de glicogênese consiste na síntese de glicogênio. O glicogênio é um polímero de glicose, e apresenta ligações 𝛼-1,4 unindo as glicoses, e ligações 𝛼-1,6 nas ramificações. Para adicionar a glicose ao glicogênio, precisa-se de energia, por isso é necessário aumentar o nível de energia da glicose. Isso é feito gastando um ATP e um UTP. Dessa forma, quando a glicose tem o UDP ela já tem energia suficiente para isso. D-Glicose + ATP → D-glicose-6-fosfato + ADP Porém, a ligação entre as glicoses é do tipo 𝛼-1,4, por esse motivo o fosfato tem que ir para o carbono 1. Glicose-6-fosfato ⇆ glicose-1-fosfato O fosfato agora está no carbono 1, porém ainda não tem energia suficiente para se ligar ao glicogênio. Glicose-1-fosfato + UTP → UDP-glicose + PPi Com a liberação do UDP a glicose se liga ao glicogênio. A enzima glicogênio sintase catalisa esse processo, da adição das glicoses. Porém, tem outro processo para se criar o primeiro glicogênio, onde as glicoses subsequentes vão se ligar. A proteína glicogenina tem o papel de iniciar a síntese do glicogênio. Algumas glicoses se unem a essa proteína, e a partir daí, a glicogênio sintase pode adicionar as glicoses. As ramificações do glicogênio são geradas da seguinte forma: a glicogênio sintase adiciona glicoses linearmente, após isso uma enzima ramificadora retira um conjunto de glicoses e desloca elas para uma região mais interna do glicogênio, criando uma ramificação. Vantagens de ser muito ramificado: ● Muito solúvel em água. ● Torna a síntese e a degradação mais rápida, pois elas ocorrem a partir de suas extremidades. ● As ramificações deixam mais extremidades. OBS: o glicogênio fica enovelado com a glicogenina. O glicogênio é armazenado no músculo e no fígado sob a forma de grandes partículas. Dentro das partículas estão as enzimas que metabolizam o glicogênio, bem como as enzimas reguladoras. OBS: gasta-se 2 ATP´s por glicose incorporada. REGULAÇÃO SÍNTESE ● Quando há aumento da glicemia, ocorre a gliconeogênese (quando o animal se alimenta). ● Alta de ATP. ● Liberação de insulina. DEGRADAÇÃO ● Quando há baixa de glicemia (jejum). ● Baixa de ATP. ● Regulado pelo glucagon e adrenalina. ● O fígado tem receptores para ambos, porém o músculo tem só para a adrenalina. ● A presença de APM em excesso intensifica a degradação do glicogênio. ● Glucagon estimula a degradação do glicogênio e a Gliconeogênese. ● Glucagon é secretado quando o nível de glicose sanguíneo é baixo. OBS: glicogênio fosforilase ativada (fosforilada) - degradação glicogênio. Glicogênio sintase inativada (fosforilada) - não há síntese de glicogênio.
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