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1 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas Profa. Daiane Dias Email: daianezd@gmail.com 1 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas 1) Solução É uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias, ou espécies químicas, cuja composição pode variar continuamente dentro de um certo intervalo. Se numa solução houver excesso de um dos componentes em relação aos demais, diz-se que a solução está diluída; o primeiro chama-se solvente e os demais solutos. 2 2 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas 2) Soluções Ideais – Lei de Raoult Aquela em que a fugacidade de cada componente é proporcional a sua própria fração molar, independentemente das frações molares dos demais componentes, em todo intervalo de composição, a temperatura e pressão constantes. ƒi = xi ƒi0 Onde: ƒi = fugacidade do componente i; xi = fração molar do componente; ƒi0 = fugacidade do componente puro (T e P constantes). 3 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas 2) Soluções Ideais – Lei de Raoult A Lei da Raoult serve de critério para todas as soluções ideais. No caso de soluções gasosas, ela reduz a Lei de Dalton, critério de idealidade nas misturas gasosas, então tem-se: Pi = xi P Onde: Pi = pressão parcial xi = fração molar do componente (composição); P = pressão total. 4 3 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas 2) Soluções Ideais – Lei de Raoult � Do ponto de vista cinético, pode-se definir uma solução ideal como aquela em que as forças intermoleculares são perfeitamente idênticas nas mesmas condições de temperatura e pressão. � Duas substâncias, A e B, formam uma solução ideal sempre que as forças intermoleculares forem idênticas. � Na solução assim formada, cada molécula se comporta como se estivesse circundada por moléculas da mesma espécie. 5 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas 2) Soluções Ideais – Lei de Raoult � Tal situação só se pode realizar quando os componentes possuem características físico-químicas muito semelhantes. � Como tal modelo cinético, pode-se compreender por que a fugacidade de um componente de uma solução ideal se reduz na mesma proporção em que se reduz a sua própria fração molar, sem influência da natureza e das frações dos demais componentes. 6 4 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas 3) Equilíbrio líquido-vapor numa solução binária ideal, de composição variável, a temperatura constante. Considere-se uma solução líquida ideal em equilíbrio com o próprio vapor numa dada temperatura. a) Pressão de vapor e composição Admitindo-se que o vapor é uma mistura de gases ideais, as fugacidades podem ser substituídas pelas pressões de vapor. Então, em todo o intervalo de composição, as pressões parciais de vapor dos componentes 1 e 2 serão dadas por: P1 = x1P1º P2 = x2P2º 7 P° = pressão de vapor do componente puro Termodinâmica de soluções não eletrolíticas Indicando que as pressões parciais de vapor dos componentes de uma solução ideal, a T constante, variam linearmente com as respectivas frações molares na solução. Mas a pressão total de vapor é igual a soma das pressões parciais: P = P1 + P2 P = x1P1 º + x2P2º Esta quantidade pode ser expressa exclusivamente como função de x1 ou x2. Escolhendo esta última variável, tem-se: P = (1 - x2) P1 º + x2P2 P = P1 º - x2 (P1 º - P2º) (pressão em função do líquido) 8 P° = pressão de vapor do componente puro 5 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas Há uma composição (m) em que as pressões parciais, P1 e P2, são iguais, assim: x1P1º = x2P2º x1 /x2 = P2º/P1º 9 P° = pressão de vapor do componente puro Termodinâmica de soluções não eletrolíticas b) Composição do líquido e do vapor em equilíbrio. Admitindo-se que o vapor é uma mistura de gases ideais, pode-se determinar a composição do vapor em equilíbrio com a solução líquida ideal, dependendo somente da composição desta. P1 /P2 = x1P1º / x2 P2º = x’1P/ x’2 P x’1 / x’2 = x1 /x2 = P1º/ P2º 10 6 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas Numa dada temperatura, as pressões de vapor P1º e P2º dos componentes puros nunca serão idênticas e diferentes serão, portanto as razões x’1/ x’2 e x1/ x2; a composição do vapor é sempre diversa da composição da solução ideal com a qual está em equilíbrio. Se o componente (1) for mais volátil que o (2) então P1º > P2º e : x’1 /x’2 > x1/ x2 P = P1º P2º / P2º + x’2 (P1º - P2º) (pressão em função do líquido) De acordo com esta relação, a pressão P pode ser calculada para qualquer valor da composição do vapor em fração molar. 11 Termodinâmica de soluções não eletrolíticas A pressão total de vapor P é dada simultaneamente em função da composição do líquido (x2) e do vapor (x’2), pois o mesmo eixo pode ser usado para dar a composição das duas fases em equilíbrio. Dado um valor P da pressão total, o ponto L e o ponto V, situados sobre a mesma isóbara, darão respectivamente a composição do líquido e do vapor em equilíbrio. O diagrama mostra ainda que P1º > P2º então x’1 > x1 e o vapor esta relativamente mais rico no componente mais volátil do que a solução líquida. 12 P° = pressão de vapor do componente puro 7 Exemplo: A mistura de benzeno (1) e tolueno (2) comporta-se aproximadamente como uma solução ideal. A 30 ºC, as pressões de vapor dos componentes puros são respectivamente P1º = 118,2 mm Hg e P2º = 36,7 mm Hg. As massas molares são M1 = 78 g mol-1 e M2 = 92 g mol-1. Determine as pressões parciais e a pressão total do vapor, assim como a composição do vapor em equilíbrio com uma mistura líquida, constituída de massas iguais de benzeno e tolueno. 13
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