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Determinação de Minerais nos Alimentos UNIRIO-EN-DCA Composição dos Alimentos - Teórica Curso: Nutrição Noturno 14/03/2019 Introdução � Os seres vivos são constituídos de 2 grupos: 2 orgânicos ác. nucleicos carboidratos lipídeos resultado da atividade metabólica das células proteínas inorgânicos H2O sais minerais encontrados livremente no mundo mineral não podem ser produzidos por seres vivos Conceito de Minerais � Sais inorgânicos ou elementos minerais com funções orgânicas específicas e essenciais; � Representam de 4 a 5% do peso corpóreo; �25 elementos são conhecidos por serem essenciais à vida � Química de alimentos: o termo faz referência aos outros elementos que não são C, H, N e O presente nos alimentos; � os minerais estão presentes em quantidades relativamente baixas nos alimentos !!! � C, H, N e O presentes em moléculas orgânicas e água, constituem cerca de 99% dos átomos dos sistemas vivos. 3 Conceito de Minerais � Em Análise: são considerados como o resíduo inorgânico remanescente da incineração (sob pressão atm) de tecidos animais ou vegetais � definição de cinza total ou resíduo mineral fixo (RMF); � esse valor pode ser superestimado devido à presença de oxigênio (óxidos metálicos, sulfatos, fosfatos, nitratos, cloretos); � Em Nutrição: “Elementos essenciais à vida se sua remoção da dieta ou de outra via de exposição, resultar em debilitação consistente e reprodutível de uma função biológica”. 4 Teor de cinzas (%) nos alimentos Açúcares e xaropes 0 – 1,2 Óleos vegetais e gorduras 0 – 2,5 Farinhas 0,5 – 2,5 Cereais 0,3 – 3,3 Frutas e vegetais frescos 0,3 – 2,1 Leite e derivados 0,5 – 5,1 Carnes e produtos cárneos 0,5 – 6,7 Nozes 0,8 – 3,4 Aves 1,0 – 1,2 Peixes e produtos marinhos 1,2 – 3,9 Pão 1,7 – 2,6 Leguminosas 2,2 – 4,0 Gérmen de trigo 4,3 5 Fonte de minerais Minerais Alimentos �P e Ca Lácteos, cereais, nozes, peixes � Fe Grãos, nozes, carne, peixes e frutos do mar, ovos � Fe Produtos lácteos, frutas e hortaliças Na Sal (fonte principal), produtos lácteos, cereais, nozes, carnes, peixes, ovos, frutas e hortaliças Mg Nozes, cereais e legumes Zn Frutos do mar e � maioria dos alimentos Cu Frutos do mar, cereais e frutas S Alimentos ricos em proteínas e alguns vegetais (crucíferas) 6 Importância tecnológica � Alterações da cor: (Cu e Fe) produtos em conservas e carnes, (Mg, Cu) alterações na clorofila; � Modifica a textura (Ca): forma géis com macromoléculas negativas (PBM, proteínas de soja, caseína); � Melhorador de farinha (KIO3 e KBrO3); � Retenção de umidade em carnes (Fosfatos); � Confere sabor (NaCl, KCl); � Conservante (sulfito, SO2) antimicrobiano, (NaCl) reduz a aw; � Catalisadores (Ni) hidrogenação, (Fe e Cu) peroxidação lipídica, (Cu) escurecimento enzimático. 7 Importância biológica � Função plástica (construtora) e regulam reações enzimáticas; � Essenciais ao bom funcionamento do metabolismo, função estrutural, composição dos órgãos internos, glóbulos vermelhos, medula óssea; � Integram reações vitais direta ou indiretamente ex: respiração celular; � Equilíbrio de fluidos, controlam a contração muscular, regulam o metabolismo energético; � Deficiência pode causar raquitismo (Ca) e anemia (Fe); � Alguns minerais presentes no corpo humano não apresentam função conhecida (ouro, prata, alumínio, mercúrio, chumbo). 9 Causas de variação/perdas de minerais � Essência indestrutível: T, pH, luz, agentes oxidantes. � Variação inerente ou intrínseca à matéria-prima: � Fatores genéticos e climáticos, práticas agrícolas, composição do solo, estágio de maturação e período da colheita. � Processamento (lixiviação) e separações (moagem). 10 Bioacessibilidade e biodisponibilidade dos minerais � Bioacessibilidade: fração do composto/nutriente liberado da matriz alimentar, no TGI, que se torna disponível para absorção intestinal. � Biodisponibilidade: proporção do nutriente no alimento ingerido disponível para processos metabólicos (eficiência de absorção intestinal). �Varia de 1% (ex: ferro) a 90% (Na e K). 11 Representation of the bioaccessible and bioavailable fractions obtained after digestion (Guerra et al., 2012). 11 �Fatores que influenciam a biodisponibilidade: 1. Forma química do mineral � insolúveis são mal absorvidos. Ex: Fe heme é absorvido + eficientemente (15-35% contra 2- 20%); 2. Solubilidade é o principal fator: formas elementares são insolúveis em água (exceção O2, N2), formas iônicas são solúveis (Na+, K+, Cl-); 3. Presença de ligantes � interações com proteínas, fibras podem diminuir, já quelatos solúveis (EDTA) interferem positivamente na absorção intestinal; ácido fítico e ligantes insolúveis (oxalato) diminuem absorção. 12 �Fatores que influenciam a biodisponibilidade: 4. Interações mineral-mineral � ↑ [mineral] pode inibir a absorção de outros (ex: Ca inibe a absorção do Fe); 5. Potencial redox e pH determinam a valência, solubilidade � absorção. Ex: redutores aumentam absorção de Fe (ác. ascórbico) e oxidantes diminuem; 6. Estado fisiológico do consumidor: distúrbios de má absorção, idade, gravidez (necessidade de Fe aumenta). 13 Classificação dos minerais MACROMINERAIS: elementos principais � Na, K, Ca, Mg, Cl, P, S são essenciais para os humanos >50 mg/dia; Presentes no organismo em proporções > 0,05%. MICROMINERAIS: oligoelementos ou elementos-traço � Fe, I, F, Zn, Se, Cu, Mn, Cr, Mo, Co, Ni São essenciais em quantidades <50 mg/dia. Elementos ultra-traço � Al, As, Ba, Bi, Br, Cd, Cs, Ge, Hg, Pb, Rb… não foram identificados sintomas de deficiência. 14 15 Macronutrientes � Presentes em maiores concentrações no organismo: ELETRÓLITOS � importantes na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico; � Sódio: Corresponde a 2% do conteúdo mineral do organismo; � principal cátion do fluido extracelular, controle da pressão sanguínea, necessário para o transporte de nutrientes para dentro e fora da célula; � Deficiência rara � (exceto prática excessiva de esportes, câimbra), presente nos produtos industrializados. ��Excesso: hipertensão arterial; � Fonte: ↓ qtes naturais, NaCl, alimentos industriais alto teor; � dose máxima de sal recomendada OMS (2012) 5 g/dia (2.000 mg de Na) � ingestão mínima necessária estimada 200-500 mg/dia. 16 17 Macronutrientes IT 61/2014 - ANVISA Variação: 666 – 2.813 mg/100g - Teor médio = 1.804 mg/100g Meta dez/2012: 1.960 mg/100 g RDC 360/2003 - VDR: 2.400 mg 18 Teor de sódio no pão francês o Em 2011: MS e as Associações Brasileiras das Indústrias de Alimentação (ABIA), Massas Alimentícias (ABIMA), Trigo (ABITRIGO) e Panificação e Confeitaria (ABIP) firmaram acordo para redução do teor de sódio em alimentos; o Pão francês redução de 2% para 1,8% até o final de 2014 Pão francês (50 g) passaria de em média 320 mg de Na para 289 mg; o IT 69/2015: monitoramento do sódio em batatas fritas, biscoitos (doce, recheado, salgado), bolos prontos, maionese, pão francês e salgadinhos; o Método analítico Espectrometria de Emissão Óptica por Plasma e Espectrometria de Absorção Atômica com Chama; o Pão francês: teor médio de Na foi de 736 mg/100g (411 a 880 mg); o Os produtos não atingiram a meta de 616 mg/100g (1ª fase) e só 5 produtos apresentaram valores inferiores ao teor máximo. 19 Macronutrientes � Potássio: 5% dos minerais do organismo. Cátion intracelular essencial à síntese proteica e metabolismo de carboidratos. Tonicidadeintracelular, contração muscular (cardíaca); � Carência (rara): Diuréticos: Fraqueza, sede, fadiga muscular, problemas cardíacos; � Fonte: amplamente distribuído, amplamente distribuído, azeitona, ameixa seca, ervilha, figo, lentilha, espinafre, banana, laranja, tomate, carnes, arroz integral; � IDR – FAO/WHO (2012): Adultos 3.510 mg/dia. � Cloro: 3% dos minerais do organismo. Atua com o Na e K no equilíbrio hídrico e na pressão osmótica; � Carência (Rara): Fraqueza, fadiga muscular, perda de apetite, letargia; ��Excesso: acidose metabólica, cefaleia, confusão mental � Fonte: NaCl, Camarão, Peixe, Ovos, Ostra, Leite. 20 � Cálcio: mineral + abundante (98% ossos; 1% dentes, 1% fluidos); � Mineralização de ossos e dentes, coagulação do sangue, contração muscular. Absorção é dependente de fósforo (P), torna-se mais eficaz quando a quantidade de fósforo é cerca de metade da do cálcio; � Carência: risco de osteoporose, hipertensão, tetania, raquitismo, cáries dentárias, nervosismo, câimbras e insônia; ��Excesso: Excesso: Cálculo renal e síndrome do leite alcalino (lactentes) � Fonte: leite, iogurte, queijo, brocolis, couve, espinafre, peixes (enlatados com espinha); � IDR – RDC 269/2005: Adultos 1000 mg/dia. Macronutrientes 21 �Fósforo: 2º + abundante no corpo humano, fosfatos (85% ossos; 15% fluidos corporais); �Mineralização dos ossos, Componente estrutural das células, Geração e transferência de energia – ATP; �Carência (rara). ��Excesso: menor absorção de Ca, Fe e Zn (presença de fitatos), manifestações renais, ossos enfraquecidos; �Fonte: praticamente todos os alimentos (principal/e com ↑ teor proteico: carnes vermelhas, miúdos, pescado, ovo, leguminosas) Refrigerantes de cola (H3PO4); � IDR – RDC 269/2005 : Adultos 700 mg/dia. Macronutrientes 22 � Magnésio: cofator de enzimas que controlam o metabolismo de carboidratos, gorduras, proteínas e eletrólitos; � Carência (rara): fraqueza muscular, letargia, depressão; ��Excesso: Excesso: Uso de suplementos: Diarreia, náuseas e câimbras. � Fonte: vegetais verde e folhosos, grãos integrais; � IDR – RDC 269/2005 : Adultos 260mg/dia. � Enxofre: constituinte essencial da estrutura das proteínas, atividade enzimática e metabolismo energético (-SH); � Carência: Cálculo renal de cistina (cistinúria); � Fonte: Nozes, alho, cebola, rabanete, repolho, agrião, laranja, abacaxi. Macronutrientes 23 Micronutrientes � Minerais em menores quantidades, funções específicas essenciais � Ferro: Composição de hemoglobina e mioglobina (transporte de O2); sítio ativo de diversas enzimas, metabolismo energético; � Carência: anemia ferropriva - fadiga e danos ao sistema imunológico; ��Excesso: Excesso: Aumento do risco de doenças cardíacas. � Fonte: carne, cereais, feijão, vegetais verdes e folhosos; � IDR – RDC 269/2005 : Adultos 14 mg/dia. � Zinco: cofator de metaloenzimas, regulação da expressão genética; � Carência: ↓ crescimento, ↓ cabelo, retardo da maturação sexual, ↓ imunidade. ��Excesso: Excesso: Inibição da absorção de Fe e Cu; � Fonte: carne vermelha, mariscos, germe de trigo; � IDR – RDC 269/2005 : Adultos 7mg/dia. 24 25 � Iodo: necessário à síntese de hormônios da tireoide; � Carência: bócio, diminuição da taxa metabólica, retardo mental, ↓ da fertilidade. ��Excesso: Excesso: Hipertireoidismo; � Fonte: sal iodado (RDC 23/2014, diminuição de 20-60 mg/Kg para 15-45 mg/Kg), alga, frutos do mar; � IDR – RDC 269/2005 : Adultos 130 µg/dia. � Manganês: componente enzimático no metabolismo geral; � Carência: anomalias ósseas; � Fonte: cereais integrais, nozes, feijão, arroz integral, banana, alface, beterraba. IDR – RDC 269/2005 : Adultos 2,3mg/dia. � Cromo: metabolismo da glicose, potencializa ação da insulina; � Carência: Má tolerância à glicose com o aumento da taxa de colesterol; � Fonte: Água potável, Levedo de cerveja, Grãos integrais.; � IDR – RDC 269/2005 : Adultos 35µg/dia. 26 Minerais Tóxicos �Chumbo: �Problemas comportamentais e de aprendizado em crianças, anemia; danos renais; �Antigamente alimentos em latas soldadas com chumbo, contaminação ambiental. �Mercúrio: � Doença de Minamata; perda de visão e audição; danos renais; �Alimentos contaminados – peixes e frutos do mar. �Cádmio: � danos renais, danos ósseos; �Alimentos contaminados – cereais e leguminosas. 27 Importância da determinação das cinzas � Composição centesimal (composição nutricional); � Primeira etapa para análise de um elemento específico; � Rotulagem: sódio, minerais devem ser declarados quando a quantidade igual ou maior a 5% da IDR, por porção; � Índice de refinação de farinhas e açúcares (teores elevados de cinzas dificultam cristalização e descoloração de açúcares). � Verificação de adulterações: � cinza solúvel em água - estima o conteúdo de frutas em geleias e doces; �alcalinidade das cinzas - cinzas de vegetais e frutas são alcalinas e cinzas de carnes e certos cereais são ácidas; � cinza insolúvel em ácido - alto teor indica presença de matéria mineral como areia em temperos, talco em confeitos. 28 Importância da análise elementar � Determinação de elementos minerais individuais da cinza: �indispensáveis para o metabolismo normal, elementos essenciais da dieta; �quantificação, os minerais tem zona manejável estreita, ou seja, faixa terapêutica e faixa tóxica próximas; �aqueles que não têm nenhuma função conhecida ou podem ser prejudiciais à saúde como Pb e Hg (decorrentes do uso de agrotóxicos ou resíduos de processos industriais); �aspectos tecnológicos do processamento de alimentos. 29 31 Cinzas totais x compostos minerais � Cinza = resíduo inorgânico após a queima da matéria orgânica, transformada em CO2, H2O e NO2 – Resíduo Mineral Fixo (RMF). � As cinzas não têm a mesma composição que a matéria mineral originalmente presente no alimento, devido a: �perdas por volatilização (Hg 100-550 °C, Cd 450°C, Zn, Pb 300-1000°C); � interações entre constituintes da amostra. � Constituição das cinzas: � grandes quantidades de Na, K, Ca e Mg; � pequenas quantidades de Al, Fe, Cu, Mn e Zn; � quantidades traços de As, I, F e outros. � Presença de óxidos, sulfatos, fosfatos, silicatos e cloretos, dependendo das condições de incineração e do alimento (superestimação, presença de oxigênio). 32 � Normalizado pela AOAC para certos produtos (frutas, grãos); � Baseia-se na carbonização da amostra em chama de gás; posterior incineração em mufla a 525-600 o C até completa queima da matéria orgânica; � Carbonização prévia em bico de gás evita a formação de fuligem no interior da mufla. Etapa simples que reduz o tempo de incineração; � Alternativa: uso de mufla com sistema de exaustão. Queima seca 33 � Preparo de amostras: � líquidas – secar em estufa, banho-maria e chapa aquecedora; � com elevado teor de substâncias voláteis – aquecer lentamente para fumegar sem pegar fogo, para evitar perdas por volatilização; � ricas em açúcares – adicionar azeite de oliva ou vaselina, para evitar perdas por borbulhamento; � ricas em amido e proteína - calcinação demorada; � ricas em gorduras - aquecer vagarosamente para evitar excesso de chama. Queima seca 34 �Escolha do cadinho: �custo; estabilidade térmica (trinca e peso constante); interação com a amostra (alimento); resistência (ácidos e bases). �Tipos de cadinho: � Quartzo: pouco resistente a álcalis, resistência T a 1100 °C, limpeza com HCl; � Porcelana: sensível a álcalis, racha com mudanças bruscas de T, resistência T a 1200 °C, limpeza com HCl, custo baixo; � Aço: amostras grandes, resistente a ácidos e álcalis, limpeza mecânica, baixo custo, possibilidade de contaminação (Cr e Ni); Queima seca 35 Queima seca� Quantidade de amostra de 5 a 10 g, depende do teor de cinzas; � Tempo de incineração muitas horas (3-5h), até obtenção de resíduo completamente branco ou cinza; �Adição de água deionizada, água oxigenada ou ácido nítrico, se preciso. � Temperatura de secagem de 525-600 ° C, dependendo do produto. � Interferências nos resultados: �perdas - cinzas são muito leves e podem ser facilmente projetadas para fora do cadinho ou elementos que volatilizam como Hg e Pb; �ganhos - cinzas higroscópicas como as de frutas; �reações entre os metais e os componentes da amostra ou entre amostra e material do cadinho. 36 Ex: Determinação do resíduo mineral fixo – Cinzas totais 37 Ex: Determinação do resíduo mineral fixo – Cinzas totais 38 � Normalizado pela AOAC para metais em alguns produtos. Consiste na digestão da matéria orgânica, com um ou mais ácidos, em altas temperaturas; � Indicada na preparação da amostra para análise de um elemento específico, principalmente elementos traços e de metais tóxicos. Os minerais são solubilizados sem volatilização. � Preparo de amostras: � ricas em gorduras e açúcares – usar ácido sulfúrico até embeber a amostra e uma pequena quantidade de ácido nítrico, com aquecimento entre os dois, para evitar perdas por borbulhamento. Queima úmida 39 � Ácidos utilizados: � ácido sulfúrico – não é um oxidante muito forte. O tempo necessário pode ser muito longo; � ácido nítrico – é um bom oxidante. Entretanto, pode evaporar antes do final da oxidação. Pode levar a formação de óxidos insolúveis; � ácido sulfúrico + ácido nítrico – mais utilizada. Aproveita as vantagens de cada um dos componentes da mistura; � ácido perclórico – é um ótimo oxidante. Entretanto, em temperaturas elevadas torna-se explosivo. Seu uso requer experiência. 40 Queima seca x queima úmida Queima seca Queima úmida Cinza total, elementos químicos em maiores quantidades Determinação de elementos específicos - traços Simples na rotina Menos prática para rotina Demorada, agentes que podem acelerar o processo Rápida Sem “brancos “ reagentes “Brancos” para reagentes Altas temperaturas, reações entre metais e componentes da amostra, entre componentes da amostra e cadinhos, volatilização de elementos Temperaturas mais baixas, evitam perdas por volatilização e outras reações Não envolve reagentes corrosivos Envolve reagentes corrosivos Menor supervisão Exigem maior supervisão Muitas amostras ao mesmo tempo, amostras grandes Menos amostras ao mesmo tempo, não serve para amostras grandes 42 Queima seca e úmida por Microondas 44 Análise elementar � Espectrofotometria (colorimetria): �a variação da cor de uma solução, com a concentração do componente que se pretende analisar (analito), constitui a base da análise colorimétrica; �a cor se deve a um composto colorido formado mediante a adição de um reativo apropriado ou do próprio analito; �a intensidade da cor da solução sob análise é comparada com aquela obtida para quantidades conhecidas do analito (padrão), tratadas de forma igual à amostra. Exemplo: Fe++ (ion ferroso) reage com fenantrolina (ortofenantrolinas). O complexo pode ser lido a 510 nm. 47 � Complexometria (titulação): Exemplo: Determinação de Cálcio por titulação com EDTA - dissolução da cinza seca � adição do indicador eriocromo preto T: complexa o Ca da amostra formando cor violeta - Adição tampão pH 10 = garante a forma correta de dissociação do EDTA (bivalente) que reage com o Cálcio; - Titulação com EDTA = compete com o indicador pelo Ca � quando todo Ca foi complexado pelo EDTA o indicador fica azul; � Padronizar o EDTA com CaCO3; �simples, barato, confiável; � complexa todos os íons divalentes. Análise elementar 48 � Emissão de Chamas (Fotometria de chama): �Este método é utilizado para determinar a concentração dos metais alcalinos ou alcalinos terrosos como o sódio, potássio e cálcio; �O espectro emitido por cada metal é diferente, e sua intensidade depende da concentração dos átomos em uma chama; �A chama (1700-1900 °C) é uma forma de excitação dos átomos; �Os átomos emitem luz após passar do estado excitado ao fundamental, que é quantificada. Análise elementar 49 BIBLIOGRAFIA ●CASTELLO-BRANCO E. Química dos alimentos: a base da nutrição. São Paulo: Editora Varela, 2010. ●CECCHI, Heloisa Máscia. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2. ed. rev. Campinas, SP: UNICAMP,c2003. 207 p. ISBN 85-268-0641-6. ●DAMODARAN, Srinivasan; PARKIN, Kirk L.; FENNEMA, Owen R. Quimica de alimentos de Fennema. 4. ed. Porto Alegre, RS:Artmed, 2010. 900 p. (Biblioteca Artmed. Nutrição e técnologia de alimentos). ISBN 9788536322483. ●RIBEIRO, Eliana Paula; SERAVALLI, Elisena A. G. Química de alimentos. 2. ed. rev. São Paulo, SP: Instituto Mauá de Tecnologia, Blucher, c2007. xi, 184 p. ISBN 9788521203667. 50
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