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CTI CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA pronto

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CTI – CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO
Psicologia Hospitalar
Prof.: Rodrigo
Nomes: Andre , Juliane, Mayte, Nikole
 	
	O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura que visa conhecer e refletir sobre a atuação do psicólogo nas unidades hospitalares, especificamente, junto à Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Buscamos iniciar a pesquisa introduzindo o conceito de Centro de Tratamento Intensivo (CTI), e sua função, assim como, uma breve revisão do contexto histórico do surgimento das CTI(s). A seguir procuramos explicar a dinâmica de funcionamento desta unidade, partindo da presença do profissional da psicologia, sua prática e interação junto à equipe de profissionais, pacientes e família.
	CTI – CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO
A CTI é um setor do hospital destinado a receber pacientes clínicos, pós-cirúrgicos, terminais e em estado grave com possibilidade de recuperação. É um local que abrange diagnósticos de diversas especialidades, como: politraumas, traumatismos cranianos de níveis leves, moderado e grave; insuficiência respiratória aguda; infarto agudo do miocárdio; angina instável; insuficiência renal aguda; aneurisma cerebral; recuperação pós-cirúrgica; infecção localizada (chamada sepse); leucemia, parada cardiorrespiratória, entre outros (Pregnolatto & Agostinho, 2010). 
 CTI – CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO 	
Surge na década de 1940 nos EUA as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), com unidades de assistência ventilatória, no período da epidemia de poliomielite, onde foram desenvolvidos os primeiros respiradores artificiais. No Brasil este tipo de serviço surge na década de 1960 em hospitais de referência do Sul e Sudeste. Estas unidades viriam ao longo do tempo a se transformar nos Centros de Terapia Intensiva (CTI).
Definição de CTI e o contexto histórico
		
		A equipe multidisciplinar é composta por médicos intensivistas, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos e fonoaudiólogos, os quais, possuem treinamento específico e diferenciado voltado para o trabalho com pacientes críticos.
			A Equipe na CTI
Atuar junto a equipe multidisciplinar, acompanhado processos de acolhimento e reflexão acerca da tarefa assistencial.
Realizar observação, avaliação, intervenção e acompanhamento dos pacientes dentro de uma rotina de atendimento psicológico
Acolher, preparar e acompanhar para que participem do processo de cuidado do paciente junto da equipe.
			Psicólogo na CTI
Promover atividade de cunho preventivo para a comunidade institucional e local.
Escutar os sentimentos e necessidades da família, intervir na crise, certificar-se de que a família assimilou as informações, proporcionando confiança e auxiliando na adaptação da nova realidade, visando a reorganização da família.
			Psicólogo na CTI
		Por se caracterizar como um ambiente que exige cuidados especializados e em tempo integral por parte da equipe, pois lida com quadros agravados e concentra tecnologias sofisticadas para manter a vida dos pacientes, o CTI, consequentemente, carrega o estereótipo de lugar associado à dor, sofrimento e morte iminente (Sebastiani, 2003).
		Embora não em todos os casos a morte seja a realidade, perpassa o imaginário dos pacientes, familiares e da própria equipe intensivista, gerando medo e estresse constantes (Sebastiani, 2003). 
 Atuação do psicólogo e o contexto da CTI
				
		Conforme Sebastiani (2003) os profissionais que estão expostos diariamente às realidades dos CTI’s acabam por racionalizar ou mecanizar seu fazer como uma defesa contra emoções geradas por este ambiente. O papel do psicólogo se faz extremamente necessário para auxiliar a equipe a entrar em contato com seus  conflitos sobre os processos da manutenção da vida e da realidade da morte. 
		Neste contexto que, envolve pessoas, sentimentos, tecnologias, normas institucionais, relações éticas e diversas inter-relações no ambiente do CTI, o psicólogo precisa se atentar e trabalhar para a reflexão e a promoção de bem-estar. 
						
		
		É papel do psicólogo ouvir a família do paciente quanto a suas dificuldades ou necessidades de rearranjos de papéis frente a situação da doença e ser um facilitador na reorganização familiar (Torres, 2012). Como exemplo podemos pensar que, muitas vezes, o próprio paciente é aquele que sustenta e gerencia os problemas da família, estando ele frágil e impossibilitado de tais tarefas, papéis precisam ser reordenados.
		Assim, o psicólogo pode ser um representante do médico que comunica ao paciente o que será feito e que traz certo alívio, pois não é aquele que vai interferir sobre seu corpo físico, ao mesmo tempo que acolhe suas emoções (Sebastiani, 2003).
		 O psicólogo pode auxiliar na implicação da equipe, familiares e do próprio paciente a buscar recursos que mantenham sua integridade emocional e principalmente possa ser ouvido, considerado e valorizado na sua posição de sujeito único (Torres, 2012).
		 Pensando nessa realidade podemos imaginar que a atuação do psicólogo é fundamental e muito importante, no que tange a manutenção das relações entre os envolvidos neste ambiente, bem como a psicologia deve estar atenta a promoção e prevenção da qualidade do ambiente de trabalho.
		Considerações finais
ANGERAMI-CAMON, V. A.; et al. E a Psicologia entrou no hospital. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2003
ARAÚJO, J.A.; LEITÃO, E.M.P.. A psicologia médica no centro de tratamento intensivo do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2013;12(3):130-137. Acessado em: 26/09/2017. Disponível em: http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=428
ARAÚJO, J.A.; LEITÃO, E.M.P.. A psicologia médica no centro de tratamento intensivo do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2013;12(3):130-137. Acessado em: 26/09/2017. Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=428>
CAMON, A. A. (org.); KNIJNIK, R.B.; SEBASTIANI, R.W.; TRUCHARTE, F.A.R. Psicologia Hospitalar: teoria e prática. São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2003.
		 REFERÊNCIAS
Departamento de Psicologia Aplicada à Medicina Intensiva. REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA APLICADA À MEDICINA INTENSIVA DA AMIB – ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. 2008. Acessado em: 26/09/2017. Disponível em: http://www.amib.org.br/fileadmin/regulamentopsicologia2008.pdf
DOS SANTOS, Sidney José; ALMEIDA, Sônia Aparecida de. ROCHA JÚNIOR, José Rodrigues. A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI). Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde Fits, Maceió, v. 1, n.1, p. 11-16, nov. 2012. Acessado em: 26/09/2017. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsbiosaude/article/viewFile/461/195>
Ferreira, Priscila Dias, & Mendes, Tatiane Nicolau. (2013). Família em UTI:: importância do suporte Psicológico diante da iminência de morte. Revista da SBPH, 16(1), 88-112. Recuperado em 26 de setembro de 2017, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582013000100006&lng=pt&tlng=pt.
ROMANO, B.W. Manual de Psicologia Clínica para Hospitais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
pusch11@terra.com.br 
www.psicosaude.com.br

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