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O Condutor Dependente de Álcool no Trânsito

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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NOME DO CURSO
PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
O CONDUTOR DEPENDENTE DE ÁLCOOL PODE SE TORNAR UMA ARMA EM POTENCIAL NO TRÂNSITO. 
	
Balsas - Maranhão
2018�
NOME COMPLETO DO ALUNO
	
O CONDUTOR DEPENDENTE DE ÁLCOOL PODE SE TORNAR UMA ARMA EM POTENCIAL NO TRÂNSITO. 
Projeto de pesquisa apresentado à
Faculdade UnYLeYa como parte integrante
do conjunto de tarefas avaliativas da disciplina
Metodologia da Pesquisa e da Produção Científica.
Conceição Rejane Miranda Da Cruz
	
Balsas - Maranhão
2018�
AGRADECIMENTO
DEDICATÓRIA
“Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir”.
René Descartes
RESUMO
A maioria dos acidentes de transito são causados por motoristas alcoolizados e usuários de drogas entre outros, que não observam que está colocando a sua vida e as dos demais em riscos, entre outros. O acidente de transito causados por alcoolismo acabam levando muitas vítimas a óbito, aonde na maioria das vezes os que sobrevivem as sequelas são grandes. Para desenvolvimento da pesquisa, foi utilizado a metodologia bibliográfica, aonde buscamos por opiniões de diversos autores sobre o mesmo tema.
PALAVRAS-CHAVE: Transito. Alcoolismo. Motorista.
ABSTRACT
Most traffic accidents are caused by alcoholic drivers and drug users among others, who do not observe that they are putting their lives and those of others at risk, among others. The traffic accident caused by alcoholism end up leading many victims to death, where most of those who survive the sequels are large. For the development of the research, we used the bibliographic methodology, where we search for opinions of several authors on the same theme.
KEYWORDS: Transit. Alcoholism. Driver.
SUMÁRIO
81. INTRODUÇÃO	�
81.1.	TEMA	�
81.2.	PROBLEMA	�
91.3.	OBJETIVOS	�
91.3.1.	OBJETIVO GERAL	�
91.3.2.	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	�
91.4.	JUSTIFICATIVA	�
101.5.	METODOLOGIA	�
11CAPITULO 2	�
112. SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS	�
15CAPITULO 3	�
153.	DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS	�
163.1.	Dependência de Substâncias Psicoativas	�
20CAPÍTULO 3	�
203. O CONDUTOR DEPENDENTE DE ÁLCOOL PODE SE TORNAR UMA ARMA EM POTENCIAL NO TRÂNSITO.	�
274. CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
295. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
�
1. INTRODUÇÃO
Muitas são as consequências causadas pelo uso de substâncias psicoativas que se revelam nos vários âmbitos da vida do ser humano, refletindo, muitas vezes, na vida de seus familiares, tendo grande repercussão em vários aspectos como: psicológico, emocional e social. Os impactos causados pelo comércio e dependência de drogas atingem profundamente a estrutura da sociedade, pois o conceito de substâncias psicoativas ainda é de pouco ou quase nenhum conhecimento por grande parte das pessoas, que pela falta de informação acreditam na ideia de que se tratam apenas de drogas ilícitas, e nem se dão conta de que a realidade das drogas está presente em nosso dia-a-dia.
 A sociedade vem traçando um perfil estigmatizante para os usuários de drogas, vindo sempre acompanhado do preconceito de que estes indivíduos são criminosos ou vagabundos, as consequências sofridas por tais usuários dificultam a reinserção social, o que contribui para serem cada vez mais excluídos, causando uma série de outros problemas. 
Ao longo dos anos a Psicologia vem ganhando espaço e reconhecimento dentro da comunidade científica, valendo-se de pressupostos e teorias cada vez mais consistentes e eficazes nos tratamentos dos transtornos mentais. 
A Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) desenvolvida por Aaron Beck segue os mesmos passos, sendo reconhecida nos meios acadêmico e terapêutico, devido a sua eficácia, objetividade e os grandes avanços no desenvolvimento de tratamentos psicológicos eficazes para transtornos que estão especificados no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-5 (APA, 2013), abrangendo desde transtornos de ansiedade, humor e dependência química. O isso tem aumentado o interesse, tanto de profissionais da saúde quanto da população em geral.
TEMA
O condutor dependente de álcool pode se tornar uma arma em potencial no trânsito. 
PROBLEMA 
A associação direção X álcool pode levar condutor a envolvimentos criminais?
OBJETIVOS 
OBJETIVO GERAL
 Abordar implicações do uso do álcool, dependência, alterações comportamentais, e riscos que o condutor pode acarretar sobre si e sobre a sociedade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar substâncias psicoativas;
Definir possíveis sequelas comportamentais e de personalidade do usuário;
Pontuar os riscos do condutor alcoolizado;
JUSTIFICATIVA 
Muito embora nos dias atuais presenciassem volutuosos movimentos, campanhas, tratamentos e redes envolvidas com a dependência química, perceberam que dia após dia os nossos jovens e tantos outros das escalas etárias se escoam pelos ralos na dependência química. 
Observamos que, concomitantemente ao se apregoar o NÃO à dependência, existe uma leitura subliminar convidando a população a enveredar-se às viagens sem volta.
Apesar da efetividade das técnicas e pressupostos da terapia cognitivo-comportamental, em alguns casos os tratamentos tornaram-se malsucedidos e constatou-se que, inúmeras vezes, pacientes com transtorno de personalidade, tais como: Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Borderline, entre outros, e problemas caracterológicos não respondem satisfatoriamente a tratamentos cognitivos comportamentais tradicionais (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008). 
Sendo assim, a Terapia focada nos Esquemas é criada para atender a tais insatisfações com o modelo convencional da TCC. Podemos, assim, dizer que existem as terapias de primeira e segunda geração, sendo a principal diferença entre estas a relação terapêutica, que se torna um importante instrumento para obtenção de sucesso nas intervenções psicoterápicas.
Segundo a 10ª edição de Classificação Internacional de Doença – CID 10, da Organização Mundial da Saúde-OMS, a dependência química é um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que desenvolvem após o uso repetitivo de determinada substância. Portanto a dependência pode se dizer a respeito de uma substância psicoativa específica (fumo, álcool ou a cocaína), a uma categoria de substancia psicoativa (substancias opacas) ou a conjunto mais vasto de substancias farmacologicamente diferentes. pode ter como causa multifatorial, deve ser analisada, tratada, pois pode levar o dependente à morte, a danos biológicos: deterioração do órgão, invalidez, paciente crônico; danos psicológicos: perda do controle das emoções, agressividade, passividade, afetividade comprometida, suicídio; social: perda da capacidade de relacionar, estudar, trabalhar, adesão a grupos escusos, isolamento; legal: infração à lei/penalidades.
METODOLOGIA
No percurso do caminho metodológico da pesquisa, compreende-se que construir os procedimentos metodológicos requer entender que o espaço de investigação seja enxergado o em suas entrelinhas, peculiaridade e detalhes. 
Segundo Cervo (2007), quando enfatiza que a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teórica publicadas em artigos, jornais, revista, livros entre outro referencias. 
Tem a finalidade é colocar o pesquisador em contado direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinadoassunto, inclusive conferencia seguidas de debates que tenham sido transcritos, bem como publicações e gravações sobre a temática estudada. 
CAPITULO 2
 2. SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 
	Ferraz et al (2004) evidenciaram em sua pesquisa que o consumo de substâncias psicoativas em nossa sociedade é frequente e tem se tornado comum entre os adolescentes e jovens, variando desde o uso ocasional de álcool e outras substâncias, até a dependência. Vários estudos epidemiológicos apontam os índices de uso cada vez maiores, não apenas no Brasil, como também em várias regiões do mundo. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1981) substâncias psicoativas “são aquelas que alteram comportamento, humor e cognição”, isso significa que elas afetam o Sistema Nervoso Central, agindo preferencialmente nos neurônios.
Uma droga psicoativa, substância psicotrópica, droga psicotrópica ou simplesmente psicotrópico é uma substância química que age principalmente no sistema nervoso central, alterando a função cerebral e temporariamente mudando a percepção, o humor, o comportamento e a consciência. 
Essa alteração pode ser proporcionada para fins: recreacionais (alteração proposital da consciência); religiosos (uso de enteógenos): científicos (visando à compreensão do funcionamento da mente); ou médico-farmacológicos (como medicação). 
Alternativamente, tal efeito na mente pode não ser o objetivo do consumo da substância psicotrópica, mas um efeito adverso do mesmo. 
Tais alterações subjetivas da consciência e do humor são fonte de prazer (por exemplo, a euforia) ou servem para criar uma melhora nos sentidos e estados já experimentados naturalmente (por exemplo, o aumento da concentração), ou uma mudança na perspectiva mental, podendo aumentar também a criatividade. Por isso, tantos artistas e intelectuais são defensores do consumo dessas drogas. Tais efeitos das drogas, contudo, podem levar ao uso recorrente das mesmas, o que pode levar à dependência física ou psicológica, promovendo um ciclo progressivamente mais difícil de ser interrompido. 
As drogas psicotrópicas são classificadas como: Depressoras, estimulantes e perturbadoras do Sistema Nervoso Central. De acordo com Carlini (2001), apesar de várias classificações existentes desenvolvidas por vários autores, a classificação mais simples e prática é a do pesquisador francês Chalout, que dividiu as drogas toxicomanógenas ( indutoras de Toxicomanias) nesses três grandes grupos. Entres as principais drogas depressoras estão: o álcool, os inalantes e benzodiazepínicos. Nessa pesquisa daremos ênfase ao álcool, já entre os estimulantes, substâncias que estimulam o SNC e aumentando o estado de vigília (portanto, diminuindo o sono) aumento da atividade motora, há também certo “nervosismo”, entre elas estão às derivadas da cocaína, como o cloridrato, crack, merla ou pasta base de cocaína. Trataremos melhor sobre estas substâncias a seguir, pois estão entre as mais utilizadas pela população estudada. As drogas psicoativas, quando usadas em doses elevadas, poderão tornar-se perturbadoras do Sistema Nervoso Central e apresentam sintomas como: delírios e alucinações (CARLINI, 1994).
 Já entre o grupo das drogas perturbadoras mais utilizadas que produzem mudanças qualitativas no funcionamento do SNC, está a maconha que causa alterações mentais que não fazem parte da normalidade, entres elas ilusões, delírios e alucinações (CARLINI, 1994).
Santos (1998) ressalta: “Usuários assíduos de maconha mostram-se muitos desmotivados, chegando a perder o interesse pela família, por amigos, escola, trabalho e lazer e demonstram falta de objetivos de vida mais elaborados”. Sentem-se desmotivados, pois a vida não tem sentido, não conseguem encontrar um objetivo para viver, um caminho a seguir, buscando nas drogas, como a maconha, por exemplo, uma forma de se anestesiar, viver em um mundo surreal, onde tudo que se deseja se torna realidade, sem observar os danos causados aos que estão ao seu redor.
A ética relativa ao uso dessas drogas é assunto de um contínuo debate, em parte por causa desse potencial para abuso e dependência. Muitos governos têm imposto restrições sobre a produção e a venda dessas substâncias, na tentativa de diminuir o abuso de drogas.
	A seguir serão apresentados maiores detalhes a respeito do álcool, cocaína, crack (merla ou pasta base de cocaína).
De acordo com Carlini (2001), apesar da maioria das pessoas não terem o devido conhecimento o álcool é considerado uma droga psicotrópica, pois provoca mudança no comportamento do usuário, além de ter potencial para desenvolver dependência. Sendo assim, o álcool é umas das poucas drogas psicoativas que as pessoas admitem o consumo, e muitas vezes são até incentivadas socialmente a beberem, através da ampla divulgação da ingestão de bebidas alcoólicas na mídia televisiva e escrita (revistas). Ainda que seu uso seja amplamente aceito pela sociedade em geral, o consumo em excesso possa a ser um problema, dependendo da dose, frequência e das circunstâncias, podendo levar a um quadro de dependência, sendo conhecido como alcoolismo. 
	A ingestão do álcool divide-se em duas fases distintas: uma estimulante, a outra depressora. Na primeira fase a pessoa tem sinais de euforia, desinibição e maior facilidade para falar (loquacidade), logo depois na segunda fase, aparecem os efeitos depressores como: falta de coordenação motora, descontrole e sono. Se for consumido em excesso o efeito depressor apresenta-se exacerbado, podendo levar o usuário até mesmo ao coma. 
Segundo as pesquisas de Carlini (2001), as pessoas que fazem uso de forma excessiva das bebidas alcoólicas podem vir a tornarem-se alcoolistas. Os fatores que podem levar a essa condição de alcoolismo são diversos: biológicos, psicológicos, sociocultural, ou até mesmo ter contribuição resultante de todos esses fatores. A dependência de álcool é uma condição frequente, atingindo cerca de 5 a 10 % da população adulta brasileira.
Ao tratarmos sobre as drogas ilícitas como a cocaína e o crack, autores como Nappo (1996), nos traz a definição do conceito de que a cocaína é uma substância natural, extraída das folhas de uma planta que ocorre exclusivamente na América do Sul, a Erythroxylon coca, conhecida como coca. A cocaína pode chegar ao consumidor em forma de sal, que é o cloridrato de cocaína, conhecida entre seus usuários com as mais diversas denominações: “farinha”, “branquinha”, “pó”, “neve” entre outras. A substância é solúvel em água, portanto serve para ser aspirada ou “cafungada” segundo a gíria dos usuários, ou dissolvido em água e seu uso feito pela via endovenosa, pelos “canos” (veias do sistema circulatório) ou sob a forma de base. 
A merla e o crack também são derivados da Erythroxylon coca, no entanto se apresentam na forma de base, portanto seu usuário pode sentir os mesmos efeitos da cocaína, contudo a via de uso dessas duas formas (via pulmonar, ambas fumadas) é que faz toda a diferença entre a merla e crack e o “pó”. O crack que é pouco solúvel em água, mas por ser altamente volátil quando aquecido, é fumado em “cachimbos”. Outra droga que pode ser fumada, por apresentar-se na forma de base é a merla, apesar de ser preparada de uma forma diferente do crack. O crack se popularizou em cidades como São Paulo, onde as pessoas consomem a droga a céu aberto na famosa “Cracolândia”, já em Brasília a cidade foi vítima da merla. 
Para Nappo (1996), A cocaína acentua sua ação principalmente em neurotransmissores como a dopamina e a noradrenalina, como estes são excitatórios o resultado é a estimulação SNC, produzindo então euforia, ansiedade e estado de alerta etc. Seus efeitos podem ser sentidos a partir de 10 a15 minutos após a inalação. 
Ao ser fumada a droga alcança rapidamente o pulmão, que é um órgão altamente vascularizado e com grande superfície e é absorvida rapidamente, logo caem no Sistema Nervoso Central, cerca de 10 a 15 segundo após a “tragada”, “pipada”. É considerada uma das drogas mais “poderosas”do mercado, pois a sensação de prazer é quase que instantânea, porém seu efeito é de curta duração, em média cerca de cinco minutos, levando o usuário a uma compulsão pelo uso da droga chamado “fissura”, que é o desejo incontrolável de sentir o “prazer” que a droga proporciona, levando-o a consumir todo o estoque ou dinheiro para consegui-la.
A “fissura”, no caso do crack e da merla, é avassaladora por serem os efeitos da droga tão rápidos quanto intensos. Para conseguirem satisfazer o desejo do uso dessas substâncias os homens usuários cometem crimes como: roubos, assaltos, já as mulheres conseguem dinheiro para manter o vício, vendendo o próprio corpo, fazendo programas, muitas vezes fazendo sexo em condições de risco (sem preservativo), podendo assim contrair doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.
Existe grande dificuldade e resistência por parte dos usuários de substâncias psicoativas em buscar ajuda especializada, isso ocorre por inúmeros fatores, entre eles não reconhecer o uso/abuso ou dependência como uma problemática que interfere nas relações pessoais e sociais do indivíduo, quando este procura ajuda já se encontra em estado grave do distúrbio.
 De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais - DSM 5 – ( APA, 2013), o diagnóstico de um transtorno por uso de substâncias baseia-se em um padrão patológico de comportamentos relacionados ao seu uso.
CAPITULO 3
DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 
Não há um perfil determinado para o usuário de substâncias psicoativas. Em diversas pesquisas de diferentes grupos estudados, seja pela faixa etária, gênero, nível social, econômico ou cultural, há indicação que a utilização de drogas não é restrita a um único padrão populacional.
Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o uso abusivo de drogas como uma doença crônica e recorrente. Para esta instituição, o uso de drogas constitui um problema de saúde pública, que vem ultrapassando todas as fronteiras sociais, emocionais, políticas e nacionais, preocupando toda a sociedade (ANDRETTA & OLIVEIRA, 2011).
Para Gonçalves (2008), o conceito atual de dependência química é descritivo, baseado em sinais e sintomas. Isso lhe conferiu objetividade. O novo conceito, além de trazer critérios diagnósticos claros, apontou para a existência de diferentes graus de dependência, rejeitando a ideia dicotômica anterior (dependente e não dependente). Desse modo, a dependência é vista como uma síndrome, determinada a partir da combinação de diversos fatores de risco, aparecendo de maneiras distintas em cada indivíduo. 
Para auxiliar na organização dos critérios de diagnóstico de dependência de substâncias psicoativas o DSM 5 ( APA, 2013), propõe que pode-se considerar que as condições sob “Critérios A” encaixam-se nos agrupamentos gerais de baixo controle, deterioração social, uso arriscado e critérios farmacológicos. O baixo controle sobre o uso da substância é o primeiro grupo de critérios (Critérios 1-4). O indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao longo de um período de tempo maior que o tempo pretendido originalmente (Critério 1). O indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o uso da substância e pode relatar vários esforços malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso (Critério 2). O indivíduo pode gastar muito tempo para obter a substância e usá-la e recuperar-se de seus efeitos (Critério 3). (DSM, 2013)
 Em alguns casos de transtornos mais graves por uso de substância, praticamente todas as atividades diárias do indivíduo giram em torno da mema. A fissura (Critério 4) se manifesta por meio de um desejo intenso de usar a droga, que pode ocorrer a qualquer momento, com maior probabilidade quando em ambiente onde a droga foi obtida ou usada anteriormente[...]. (DSM, 2013)
O prejuízo social é o segundo grupo de critérios (Critérios 5-7), [...]. O uso arriscado de substância é o terceiro grupo de critérios (Critérios 8-9). Os critérios farmacológicos são o grupo final (Critérios 10-11) onde estão descritas a tolerância e a abstinência. (DSM, 2013)
Segundo Gikovate (1992, p.7) “A droga não era símbolo de nada. Apenas ajudava as pessoas miseráveis a sobreviver e há sofrer um pouco menos. Talvez também ajudasse algumas pessoas no sentido de diminuir suas dores mentais”.
Com o uso das drogas, as pessoas que passavam por necessidades financeiras e psicológicas utilizavam-se das mesmas para se sentirem mais realizadas, pois por alguns instantes, seus problemas, dificuldades, entre outros, eram esquecidos de forma prazerosa, substituindo a dor pela alegria.
Para Gikovate, (1992, p. 11). “Não devemos subestimar a eficiência dessas formas mais suisl de propaganda. Elas funcionam do mesmo modo que funcionavam as propagandas de cigarro, hoje prejudicadas pela necessidade de se informar que a nicotina faz mal à saúde. Elas não aparecem na tevê, mas estão nas revistas, nos cinemas, chegam até nós por diversas fontes. Nossos heróis fumam maconha; logo, nós também queremos fumar. Especialmente quando temos 14, 15 ou 16 anos de idade e estamos vivendo os dramas próprios dessa época da vida. Achamos, então, que poderemos ser iguais a eles se fizermos as coisas que eles fazem, se vestirmos as roupas que eles vestem, se ouvirmos suas músicas, se usarmos as drogas que eles usam. Nos dias atuais a sociedade vive de acordo com a demanda da moda, tentamos seguir os passos dos nossos “ídolos”, mesmo sabendo que em alguns casos é prejudicial a nossa saúde e ao nosso bem estar”.
A mídia tenta divulgar drogas, cigarros, entre outros, com propagandas contraditórias, em que diz que o uso do produto é prejudicial à vida do ser humano, de todos ao seu redor, no entanto, continuam comercializando cada vez mais e a população consumindo de forma avassaladora, viciando-se dia após dia, até se tornar dependente.
Dependência de Substâncias Psicoativas 
Não há um perfil determinado para o usuário de substâncias psicoativas. Em diversas pesquisas de diferentes grupos estudados, seja pela faixa etária, gênero, nível social, econômico ou cultural, há indicação que a utilização de drogas não é restrita a um único padrão populacional.
Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o uso abusivo de drogas como uma doença crônica e recorrente. Para esta instituição, o uso de drogas constitui um problema de saúde pública, que vem ultrapassando todas as fronteiras sociais, emocionais, políticas e nacionais, preocupando toda a sociedade (ANDRETTA & OLIVEIRA, 2011).
Para Gonçalves (2008), o conceito atual de dependência química é descritivo, baseado em sinais e sintomas. Isso lhe conferiu objetividade. O novo conceito, além de trazer critérios diagnósticos claros, apontou para a existência de diferentes graus de dependência, rejeitando a ideia dicotômica anterior (dependente e não dependente). Desse modo, a dependência é vista como uma síndrome, determinada a partir da combinação de diversos fatores de risco, aparecendo de maneiras distintas em cada indivíduo. 
Para auxiliar na organização dos critérios de diagnóstico de dependência de substâncias psicoativas o DSM 5 ( APA, 2013), propõe que pode-se considerar que as condições sob “Critérios A” encaixam-se nos agrupamentos gerais de baixo controle, deterioração social, uso arriscado e critérios farmacológicos. O baixo controle sobre o uso da substância é o primeiro grupo de critérios (Critérios 1-4). O indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao longo de um período de tempo maior que o tempo pretendido originalmente (Critério 1). O indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o uso da substância e pode relatar vários esforços malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso (Critério 2). O indivíduo pode gastar muito tempo para obter a substância e usá-la e recuperar-se de seus efeitos (Critério 3). (DSM, 2013)
 Em alguns casos de transtornos mais graves por uso de substância, praticamentetodas as atividades diárias do indivíduo giram em torno da mema. A fissura (Critério 4) se manifesta por meio de um desejo intenso de usar a droga, que pode ocorrer a qualquer momento, com maior probabilidade quando em ambiente onde a droga foi obtida ou usada anteriormente[...]. (DSM, 2013)
O prejuízo social é o segundo grupo de critérios (Critérios 5-7), [...]. O uso arriscado de substância é o terceiro grupo de critérios (Critérios 8-9). Os critérios farmacológicos são o grupo final (Critérios 10-11) onde estão descritas a tolerância e a abstinência. (DSM, 2013)
Segundo Gikovate (1992, p.7) “A droga não era símbolo de nada. Apenas ajudava as pessoas miseráveis a sobreviver e há sofrer um pouco menos. Talvez também ajudasse algumas pessoas no sentido de diminuir suas dores mentais”.
Com o uso das drogas, as pessoas que passavam por necessidades financeiras e psicológicas utilizavam-se das mesmas para se sentirem mais realizadas, pois por alguns instantes, seus problemas, dificuldades, entre outros, eram esquecidos de forma prazerosa, substituindo a dor pela alegria.
. Para Gikovate, (1992, p. 11). “Não devemos subestimar a eficiência dessas formas mais suisl de propaganda. Elas funcionam do mesmo modo que funcionavam as propagandas de cigarro, hoje prejudicadas pela necessidade de se informar que a nicotina faz mal à saúde. Elas não aparecem na tevê, mas estão nas revistas, nos cinemas, chegam até nós por diversas fontes. Nossos heróis fumam maconha; logo, nós também queremos fumar. Especialmente quando temos 14, 15 ou 16 anos de idade e estamos vivendo os dramas próprios dessa época da vida. Achamos, então, que poderemos ser iguais a eles se fizermos as coisas que eles fazem, se vestirmos as roupas que eles vestem, se ouvirmos suas músicas, se usarmos as drogas que eles usam. Nos dias atuais a sociedade vive de acordo com a demanda da moda, tentamos seguir os passos dos nossos “ídolos”, mesmo sabendo que em alguns casos é prejudicial a nossa saúde e ao nosso bem estar”.
A mídia tenta divulgar drogas, cigarros, entre outros, com propagandas contraditórias, em que diz que o uso do produto é prejudicial à vida do ser humano, de todos ao seu redor, no entanto, continuam comercializando cada vez mais e a população consumindo de forma avassaladora, viciando-se dia após dia, até se tornar dependente.
Existem vários tipos diferentes de álcool. O álcool etílico (etanol), que é o único tipo utilizado em bebidas, é produzido pela fermentação de grãos e frutas. A fermentação é um processo químico em que um tipo de fungo atua sobre certos ingredientes encontrados na comida, gerando, assim, o álcool.
Bebidas fermentadas, tais como a cerveja e o vinho, contêm de 2% a 20% de álcool. As bebidas destiladas contêm entre 40% e 50% ou mais de álcool. O teor alcoólico comum de álcool das seguintes bebidas é: Cerveja 2–6% de álcool, Cidra 4–8% de álcool, Vinho 8–20% de álcool, Tequila 40% de álcool, Rum 40% ou mais de álcool, Conhaque 40% ou mais de álcool ,Gim 40–47% de álcool, Uísque 40–50% de álcool, Vodca 40–50% de álcool, Licores 15–60% de álcool
Assim, podemos compreender que dirigir sob a influência do álcool é um sério problema de saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quarto país do mundo com o maior número de mortes em acidentes de trânsito por ano. O país tenta cumprir uma meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU): uma redução em 50%, no período 2011-2020, de casos fatais em acidentes viários -Douglas Corrêa-2016
Nos Estados Unidos, estima-se que o álcool desempenhe algum papel em 39% das mortes relacionadas ao trânsito, o que gera um custo anual de 51 bilhões de dólares. Mais recentemente, foi relatado que o álcool contribui para quase 30% de todas as mortes no trânsito brasileiro e 44% das mortes no trânsito.
Na maioria dos países, qualquer pessoa acusada de ferir ou matar alguém enquanto estiver sob a influência de álcool ou drogas pode ser multada pesadamente, como na França, além de ser condenado a uma pena de prisão. Muitos estados adotaram os E.U.A verdade nas leis de condenação que impõem diretrizes rígidas sobre a condenação. Por exemplo, se um réu é condenado a dez anos, ele ou ela será de prisão por esse tempo todo. Isso é diferente da prática do passado, onde o tempo de prisão foi reduzido ou suspenso após condenação havia sido emitida.
A infração penal específica, pode ser chamada, dependendo da jurisdição, de condução sob intensa influência de álcool (DUII), dirigir embriagado (DWI), operar em estado de embriaguez (OWI), conduzir um veículo embriagado (OMVI), dirigir sob a influência [de álcool ou outras drogas] (DUI), dirigir sob a influência combinada de álcool e / ou outras drogas, dirigir sob a influência, por si ou bêbado no comando de um veículo. Muitas dessas leis aplicam-se também a embarcações, pilotagem de aeronaves, a cavalo ou conduzir um veículo de tração animal ou bicicleta. ( Fey A, ;Furlani LF, ;Becker IV, ;Saucedo OHM, ;Bahter LCV. ; Alcoolemia em vítimas fatais de acidente de trânsito no Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina, Brasil. Revista On-line da Associação Catarinense de Medicina. 2011; V40 N2: 25-29).
Com a alteração da Lei 9.503/97 (Lei 11.705/08, de 16 de junho de 2008) trouxe inovações no que tange ao delito de embriaguez ao volante, repercutindo sobre o crime de homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, além da infração administrativa.
CAPÍTULO 3
3. O CONDUTOR DEPENDENTE DE ÁLCOOL PODE SE TORNAR UMA ARMA EM POTENCIAL NO TRÂNSITO. 
Para Junior (1983 p.11) “Durante centenas e centenas de anos o uso das drogas foi passado através do conhecimento, através das gerações, de uma forma natural e prática, sem técnicas de propaganda que estimulem o consumo”.
Antigamente, as drogas eram passadas de pais para filhos, de geração em geração, não havia o uso abusivo como vemos nos dias atuais, em que os vários tipos de drogas se tornaram constantes na vida da sociedade, mesmo sendo contra a lei, o uso das mesmas é cada vez maior.
Perris (2000) afirma que, atualmente, todas as formas de psicoterapias disponíveis estão em contínuo desenvolvimento de suas técnicas de aplicação, com o principal objetivo de lidar com novos tipos de pacientes e enfrentar novos problemas. Para o autor, o processo de evolução das terapias é imprescindível para não produzir uma postura dogmática e, em última instância, o possível desaparecimento.
A Terapia do Esquema foi formulada por Young e colegas para ampliar e integrar os conceitos cognitivos comportamentais tradicionais, mesclando elementos das escolas Cognitivo-comportamental, Psicanalítica, Construtivista, da Gestalt, de apego e de relações objeta em um modelo conceitual rico e unificador. Foi usada primeiramente para tratar das necessidades de pacientes com transtornos caracterológicos de longa duração e atualmente é, em especial, adequada a “pacientes com transtornos psicológicos crônicos arraigados, até então considerados difíceis de tratar” (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 17). 
Alguns pacientes têm um comportamento inadequado por longa data, prejudicando de forma direta o tratamento, por não conseguirem se adaptar ao mesmo. Em alguns casos, algumas pessoas se negam a acreditar que precisam de ajuda psicológica.
Quando o paciente se conscientiza de que necessita de ajuda o tratamento se torna mais fácil, pois o paciente sabe que há algo errado com ele, e que o profissional da área está tentando ajudá-lo a solucionar os seus problemas da melhor forma possível, ajudando a superar os seus traumas, entre outros.
Para melhor definir a evolução das TCC’s (Terapias Cognitivo- comportamentais) Vallis (1998 apud PERRIS, 2000) sugere uma divisão chamada de primeira e segunda geração. Perris (2000) diz que a principal diferença entre elas seria a abordagem da aliança terapêutica na geração mais recente. Segundo ele, a primeira geração é orientada basicamente para metas e tarefas, enquanto a segunda colocamais ênfase no vínculo terapeuta-paciente.
O mesmo autor afirma, ainda, que as primeiras abordagens cognitivo-comportamentais trabalhavam basicamente com estruturas mais superficiais da cognição, por isso diante de pacientes com problemas mais complexos, a primeira geração das TCC’s não é eficaz. No entanto, as abordagens da primeira geração não são desconsideradas, pois essas demonstram resultados satisfatórios no tratamento de transtorno clínicos como: Transtorno Afetivo Bipolar, TOC (Transtorno Obsessivo-compulsivo), Depressão, entre outros. O que é indicado pelo autor é apenas a evolução das abordagens com a finalidade de tornar a prática mais eficaz diante da complexidade dos transtornos da personalidade: Transtorno de personalidade Histriônica, Narcisista, Transtorno de personalidade Borderline, entre outros transtornos. 
De acordo com Young (2008), a terapia focada em esquemas para o tratamento de transtornos da personalidade representa uma evolução do modelo cognitivo de Aaron Beck, por enfatizar um nível mais aprofundado de cognição denominado Esquema Desaptativo Remoto. Os Esquemas Desaptativos Remotos são: “padrões emocionais e cognitivos autoderrotistas iniciados em nosso desenvolvimento desde cedo e repetidos ao longo da vida” os quais se encontram associados a diversas psicopatologias (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 22).
A importância do trauma na formação de esquemas iniciais desadaptativos tem sido bastante ressaltada na literatura. A preocupação em relação às explicações e intervenções sobre o crime é recorrente desde os primeiros filósofos: considerava-se que tal prática tinha sua explicação na patologia, na falta de conhecimento, na busca por prazeres exagerados, bem como, tinha sua origem na condição da miséria humana, sendo deste modo, um “inimigo” da sociedade, devendo ser castigado (Shikida, P. Araújo Júnior, Shikida, C. & Borilli, 2006).
Quando o ser humano está passando por problemas psicológicos, todo o ambiente ao seu redor contribui de maneira direta, para melhorar ou prejudicar ainda mais o quadro da pessoa. É necessário que o ambiente de forma geral, contribua para o avanço do quadro clínico de cada pessoa, pois, cada indivíduo reage de maneira diferente ao tratamento psiquiátrico, precisando de toda a ajuda possível para se reerguer.
De acordo com Young (2008) os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) são formados nas etapas iniciais da vida do indivíduo, tornando-se cada vez mais complexos e posteriormente superpostos nas experiências futuras desse indivíduo, mesmo quando não são mais aplicáveis. 
	“Experiências de vida nocivas configuram a origem básica dos esquemas desadaptativos remotos. Os esquemas desenvolvidos mais cedo e mais fortes geralmente se originam na família nuclear” (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 24).
 Podem ser ativados ou desativados através de mudanças de estímulos internos (memórias, pensamentos, sensações fisiológicas) ou externos (situações) associados ao conteúdo dos esquemas nucleares, que o indivíduo apresenta (Young, 2008) são aqueles formados durante a infância, que estão arraigados, são disfuncionais e os mais difíceis de serem modificados. Além disso, parece ser o resultado das interações entre o temperamento inato da criança e experiências disfuncionais com pessoas significativas, durante a infância e a adolescência (geralmente seus pais/cuidadores). Quanto a isto, faz-se relevante ressaltar que os esquemas encontrados em adultos com problemas psicológicos não são resultantes de experiências traumáticas isoladas, mas de experiências cotidianas e repetitivas com familiares e outras crianças, adolescentes que reforçaram historicamente os EIDs (Young, 2008). 
Young (2008) pressupõe que existam apenas duas operações de funcionamento dos esquemas: a perpetuação e a cura. A perpetuação se refere ao que a pessoa faz para alimentar os EIDs através de pensamentos, afetos, memórias e ações. Enquanto a cura do esquema requer uma luta intensa contra padrões remotos que dão o tom identitário da pessoa, ou seja, os EIDs formatam o self, e mudar estes padrões exige muito esforço e dedicação por parte do indivíduo.
Entendem-se como modos, estados emocionais que dominam rapidamente os pensamentos, sentimentos e comportamentos do indivíduo, e respostas de enfrentamento adaptativas ou desadaptivas que se vivenciam a cada momento. Os modos são ativados por situações às quais se é supersensível, e em qualquer momento, alguns esquemas ou operações de funcionamento de esquemas estão inativos, enquanto outros são ativados por alguns eventos, predominando no humor e no comportamento neste dado momento. Também se considera que o indivíduo pode mudar (ou cambiar) de um modo para outro (Young 2008). 
Cada tipo de modo se identifica com algum estilo de enfrentamento ou se associa com determinado esquema, com exceção dos modos: adulto saudável e criança feliz. Foram identificados por Young quatro tipos de modos principais: modos criança, de enfrentamento disfuncional, pais disfuncionais e modo adulto saudável (Young 2008).
O esquema é o que o indivíduo conhece. Embora cause sofrimento, é confortável e familiar, e ele se sente bem. As pessoas se sentem atraídas por eventos que ativam seus esquemas. Trata-se de uma das razões pelas quais os esquemas são tão difíceis de mudar (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 23).
Conforme Young, Klosko e Weichaar (2008), os cinco Domínios de Esquemas são:
Domínio I – Desconexão Rejeição: pacientes com esquemas neste domínio não são capazes de formar vínculos seguros e satisfatórios. Esses indivíduos não acreditam que suas necessidades de estabilidade, amor e pertencimento serão atendidas. As famílias de origem costumam apresentar instabilidade (abandono/instabilidade), abuso (desconfiança/abuso), frieza (privação emocional), rejeição (defectividade/vergonha) ou isolamento (isolamento social/alienação). Pacientes com esquemas no domínio de desconexão e rejeição são os que costumam sofrer maiores danos. Muitos tiveram infâncias traumáticas e, como adultos, há uma tendência maior de passarem diretamente de um relacionamento destrutivo a outro, ou evitar por completo relacionamentos íntimos.
 Domínio II – Autonomia e Desempenho Prejudicados: Autonomia é a capacidade de funcionar de forma independente, separando-se da família, no nível de pessoas da mesma idade. Os pacientes com esquemas nesse domínio criam expectativas sobre si próprios e sobre o mundo que interfere de forma significativa, na sua capacidade de se diferenciar das figuras paternas ou maternas e funcionar de forma independente. Quando crianças, na maioria dos casos, os pais lhes satisfaziam todas as vontades e os superprotegiam, ou, no extremo oposto (muito mais raro), quase nunca os cuidavam nem se responsabilizavam por eles. (Ambos os extremos levam a problemas na esfera da autonomia). Com frequência, os pais minaram sua autoconfiança e não reforçaram os filhos para que tivessem um desempenho competente fora de casa. Como resultado, tais crianças, quando adultas, não são capazes de moldarem suas próprias identidades e criarem suas próprias vidas, nem tampouco estabelecer objetivos pessoais e dominar as habilidades necessárias. Os esquemas pertencentes a esse domínio são: (dependência/incompetência), (vulnerabilidade ao dano ou à doença), (emaranhamento/self subdesenvolvido) e (fracasso).
 Domínio III – Limites Prejudicados: pacientes com esquemas neste domínio têm deficiência com os limites internos adequados em relação à reciprocidade ou autodisciplina, podendo vir a ter dificuldade de respeitar os direitos de terceiros, cooperar, manter compromissos ou cumprir objetivos em longo prazo. Tais pacientes muitas vezes têm características egoístas, e são mimados, irresponsáveis ou narcisistas. Na maioria dos casos crescem em famílias exageradamente permissivas ou indulgentes. Os esquemas presentes nesse domínio são: (Arrogo/grandiosidade) e (Autocontrole/autodisciplina).
 Domínio IV – Direcionamento para o Outro: Ospacientes nesse domínio estão sempre enfatizando em excesso o atendimento às necessidades de terceiros em detrimento de suas próprias, existe um foco excessivo nos desejos, sentimentos e solicitações do outro e o fazem na intenção de obterem aprovação, mantendo assim uma conexão emocional a fim de evitar retaliação. A origem familiar típica caracteriza-se pela aceitação incondicional: as crianças devem esconder importantes aspectos de si mesmas para receber atenção, amor e aprovação. Nesse domínio estão inclusos os esquemas: (subjugação, auto sacrifício) e busca de (aprovação/busca de reconhecimento).
 Domínio V – Supervigilância e Inibição: pessoas com esquemas nesse domínio tendem a ter excessiva supressão dos seus sentimentos e impulsos espontâneos, buscando sempre se esforçar com a finalidade de cumprir regras rígidas internalizadas, sobre desempenho e comportamentos éticos. Prejudicando assim sua própria felicidade, auto expressão, relaxamento, relacionamentos íntimos e boa saúde. Normalmente, a família de origem é severa, exigente e, às vezes punitiva: dever, desempenho, perfeccionismo, cumprimento de normas, não demonstração de emoções e a evitação dos erros predominam sobre a alegria, sobre o prazer e sobre o relaxamento. Os sentimentos não podem ser expressos de maneira livre e o autocontrole e a negação de si próprios predominam sobre outros aspectos.
Nesse domínio podemos citar os seguintes esquemas: (negativismo/pessimismo), (inibição emocional), (padrões inflexíveis/postura crítica exagerada) e (postura punitiva).
De acordo com Young (2008), no decorrer de sua vida, desde muito cedo os pacientes desenvolvem estilos e respostas de enfrentamento desadaptativos, buscando dessa forma evitar ou não vivenciar as emoções intensas e desagradáveis que os esquemas geralmente trazem consigo. É importante ressaltar que, embora estes estilos de enfrentamento auxiliem os pacientes a evitar um esquema, não o curam. Desse modo, todos os estilos de enfrentamento servem como elementos perpetuadores do esquema. 
Todos os organismos possuem três respostas básicas à ameaça: lutar, fugir ou paralisar-se. “Elas correspondem aos três estilos de enfrentamento: hipercompensação, evitação e resignação. Em termos muito amplos, a luta é a hipercompensação, a fuga, evitação, e a paralisia, resignação” (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 44). Os três estilos de enfrentamento costumam operar forma inconscientemente. Ao se resignar a um esquema, os pacientes consentem com o mesmo, não tentam evitá-lo nem lutam contra ele, aceitando-o como verdadeiro.
	“Quando utilizam a evitação como estilo de enfrentamento, os pacientes tentam organizar suas vidas de maneira que o esquema nunca seja ativado. Tentam viver sem consciência dele, como se não existisse, evitam pensar a respeito dele; bloqueiam pensamentos e imagens que provavelmente o ativem [...]. Podem beber em excesso, ingerir drogas, fazer sexo promíscuo, comer demais, limpar compulsivamente, buscar estimulações ou se tornar viciado em trabalho” (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 45).
Os mesmos autores afirmam poder levantar a hipótese de que os usuários de drogas a fim de evitar a dor gerada pela ativação de um esquema em si, tentam manter-se distraídos fazendo uso de substâncias que distorcem a percepção da realidade, trazendo a sensação de prazer e bem estar físico e psicológico. Sendo assim, o indivíduo passará a fazer o uso e/ou abuso ou até mesmo se tornar dependente de substância psicoativa, sempre com intenção de evitar as sensações desagradáveis provocadas pela ativação do esquema. 
“Quando hipercompensam, os pacientes lutam contra o esquema pensando, sentindo, comportando-se e relacionando-se como se o oposto do esquema fosse verdadeiro. Dedicam-se a ser o mais diferente possível das crianças que quando o esquema foi adquirido [...]. Um paciente que hipercompense a subjugação não consegue permitir que terceiros assumam a frente, mesmo em casos que é saudável fazê-lo” (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2008, p. 46).
Esses são alguns dos vários motivos que ocorrem os acidentes no transito referente aos usuários de droga e pessoas alcoolizadas no transito, aonde os mesmos por sua vez não conseguem compreender os riscos e necessidades que o transito possui.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dependência química ou psicológica é uma condição orgânica que nasce da utilização constante de certas drogas psicoativas, as quais consequentemente provocam o aparecimento de sintomas que envolvem especialmente o Sistema Nervoso Central, o qual se torna dependente de uma dada substância, podendo sofrer os efeitos de uma abstinência repentina e prolongada. 
O uso abusivo do álcool, de drogas consideradas ilícitas e o tabagismo podem gerar esta reação corporal. 
A dependência é distinta do vício, ela leva o usuário ao consumo excessivo e compulsivo da droga, gerando uma conexão psíquica mais profunda, uma ligação patológica com as substâncias utilizadas. 
Compreendendo as variáveis que influenciam e qual a relação dos Esquemas Desadaptativos Remotos no abuso e dependência das Substâncias psicoativas, evidenciando como essas relações se estabelecem possivelmente, o estudo contribuirá para futuras intervenções com os toxicodependentes em tratamento, auxiliando no processo de desintoxicação, identificando os gatilhos desencadeantes de maneira eficaz, prevenindo futuras recaídas. 
A maioria dos acidentes de transito ocorrem por causa de motoristas alcoolizados, usuários de drogas aonde, independentemente da idade muitas pessoas acabam cometendo negligencias no trânsito.
Por exemplo, algumas pessoas saem de festas alcoolizados e resolvem dirigir até determinado local, sem mesmo poder, buscando satisfazer seu próprio ego, batendo de frente com os perigos da estrada, sem pensar nos riscos que está correndo e fazendo os outros motoristas correrem de modo geral.
Os médicos ressaltam que quanto menor a idade de início da ingestão de bebida alcoólica, maiores as possibilidades de se tornar um usuário dependente ao longo da vida. 
O consumo antes dos 16 anos aumenta significativamente o risco de beber em excesso na idade adulta. “O indivíduo adolescente está numa idade em que parte do cérebro ainda está se formando e que o comportamento impulsivo é muito grande. 
Para especialistas, o consumo precoce pode levar a uma série de consequências nocivas. Os adolescentes que se expõem ao uso excessivo de álcool podem ter sequelas neuroquímicas, emocionais, déficit de memória, perda de rendimento escolar, retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas.
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