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temática direito civil - seção 4

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EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ(a) DE DIREITO DA (...) VARA DA COMARCA DE FORTALEZA/CE
PROCESSO Nº: _______________________________
JÚNIA SANTOS, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado, legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, que a esta subscreve, nos autos da ação que move em face de Ápice Engenharia Ltda., pessoa jurídica de direito privado, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, tendo em vista a respeitável sentença em fls. XX/XX, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
Com fundamentos nos artigos 1.009 e seguintes do NCPC.
Outrossim, requer que o presente recurso seja recebido no efeito devolutivo e no efeito suspensivo, intimando a parte contrária para, querendo, apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Por fim, requer a remessa dos autos para o Egrégio Tribunal de Justiça, para seu processamento e julgamento. 
Nestes termos,
Pede deferimento. 
RAZÕES DA APELAÇÃO
Processo: xxxx
Apelante: Júnia Santos
Apelado: Ápice Engenharia
Vara de Origem: Fortaleza/CE
Juiz de Direito: xxxx
Egrégio Tribunal de Justiça do estado do Ceará,
Colenda Turma Julgadora,
 Nobres Julgadores
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
A apelante é parte legítima, com interesse sucumbencial, devidamente representada, conforme se verifica, portanto preenchido os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade. 
DA TEMPESTIVIDADE
Verifica-se que houve publicação no dia 01/11/2018, verifica-se então a tempestividade para apresentação da contestação em tela, nos moldes a seguir declinados. 
BREVE SINTESE DOS FATOS
 Júnia Santos, adquiriu o apartamento 201 e uma vaga de garagem no Edifício Belo Lar, situado em Fortaleza/CE.  A vendedora foi a Ápice Engenharia Ltda., com sede na mesma cidade, que também foi a construtora e incorporadora do empreendimento. As partes assinaram uma escritura pública de compra e venda em 20 de dezembro de 2013, mas as obras do edifício só seriam concluídas em maio de 2014. Deste modo, o apartamento foi entregue a Júnia Santos em 10 de julho de 2014, mesma data ajustada na escritura pública assinada pelas partes.  Ao receber o apartamento, Júnia alegou notar que o acabamento interno estava diferente do que constou no panfleto de propaganda (como demonstra em anexo) divulgado pela empresa Ápice Engenharia Ltda., à época em que adquiriu o imóvel. 
Além disso, alegou que a vaga de garagem ao lado da adquirida  foi vendida pela empresa de engenharia a uma pessoa que não tinha nenhuma outra unidade no prédio, embora a Convenção de Condomínio entregue à Júnia não contenha nenhuma previsão expressa autorizando a prática deste ato.
Em segundo momento, o juiz, indeferiu todos os pedidos formulados pela autora e determinando que se promovesse todos os pagamentos da parcelas de aluguel em atraso devidas a Ápice Engenharia. 
DAS RAZÕES DA REFORMA
A respeitável sentença proferida pelo juiz a quo em ação anterior proposta pela apelante em face do apelado, julgado improcedente, deve ser modificada in totumm, uma vez que a importância reivindicada na inicial fls. xx/xx, traduz em obrigação inteiramente do apelado. Pois conforme já dito nos autos deste processo, a venda da garagem para terceiros não condôminos foi feito fora dos parâmetros legais, uma vez que é necessário 2/3 (dois terços) dos condôminos para poder se realizar as alterações na convenção de condômino. Podemos verificar como regra legal no artigo 1.352 do Código Civil, ao qual nos traz o seguinte:
Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 (dois terços) dos votos dos condôminos a alteração da convenção; a mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende da aprovação pela unanimidade dos condôminos.
Sendo assim, fica claro que a sentença proferida não fez jus ao verdadeiro direito que a apelante possui neste caso. Pois é claro notar que a venda da garagem foi feita de forma ilegal, ou seja, fora dos parâmetros legais estabelecido em lei e em contrato condominial.
Ademias, requer também a reforma na respeitável sentença proferida pelo juiz, para que sejam pagas todos os aluguéis atrasados, pois insta saliente que a pretensão relativa a dívidas decorrentes da locação prescreve em 3 (três) anos, conforme dispõe o artigo 206, § 3º, inciso I, do Código Civil. Não exercido o direito dentro do referido prazo, opera-se o instituto da prescrição, fulminando, dessa forma, a pretensão da requerente. Percebe-se que a pretensão de cobrança deve ser deduzida em Juízo antes dos 3 (três) anos para não ser afetada pela prescrição. 
DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer:
 o conhecimento e provimento do presente Recurso de Apelação, a fim de reformar a sentença.
 o cancelamento da venda da vaga a um terceiro que não possui unidade no prédio , sob pena de perdas e danos.
Requer também, que seja retirada a dívida das parcelas prescritas, tendo a apelante que pagar somente as que ainda não prescreveram. 
DAS PROVAS
A Requerente comprova o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova documental.
a.	Em anexo, cópia da matricula do apartamento 201 e da vaga da garagem por ela adquirida comprovando ser proprietária dos referidos bens;
b.	uma cópia da Convenção Condomínio Edifício Belo Lar que ela recebeu na data de entrega da unidade;
d.	umas cópia de contrato de promessa de compra e vendado apartamento 201 e vaga de garagem.
e. uma cópia do contrato de aluguel da loja, feito entre as partes.
Nestes,
Pede deferimento.
FORTALEZA /CEÁRA , data
ADVOGADO/ OAB

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