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Determinação do Colesterol

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TURMA DE FARMÁCIA
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA
DETERMINAÇÃO DA COLESTEROLEMIA
                                       
	
	
SÃO PAULO
2019
OBJETIVO
Determinar o colesterol total em amostra de sono.
INTRODUÇÃO
O colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para o funcionamento destas células. É importante para a formação de hormônios de vitamina D e até ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras da alimentação.  
O colesterol  no sangue circula ligado a lipoproteínas chamadas de   lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL).
O excesso de LDL é que está associado às doenças cardíacas, doenças vasculares porque se deposita, sem dar sintomas, na parede interna das artérias e gradualmente vai formando uma placa chamada ateroma. Estes ateromas vão obstruindo gradualmente as artérias e podem acabar causando Infarto agudo do miocárdio e AVC.
Por outro lado, o excesso de HDL até protege das doenças cardíacas. Por isso, quando medimos o colesterol total no sangue, precisamos sempre saber o resultado dos dois.
O excesso de colesterol ocorre por fatores genéticos e alimentares- Cerca de 80% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 20% vêm da alimentação. 
Depois de passar pela circulação sanguínea, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para formar bile. Os níveis de colesterol no sangue dependem, portanto, principalmente da capacidade do fígado em removê-lo.  
É importante saber que ter excesso de peso não significa ter colesterol alto.
Além dos níveis de LDL, é preciso controlar a glicose, a pressão, parar de fumar e reduzir o peso, quando excessivo.  
As estatinas são as medicações mais importantes no controle do colesterol. Consultoria do Dr. Marcello Bertullucci, membro do Departamento de Dislipidemia e Aterosclerose da SBEM.
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 
Procedimento manual
Fotômetro capaz de medir com exatidão a absorbância em 500 nm ou filtro verde (490 a 510 nm).
Banho-maria mantido à temperatura constante (37 ºC).
Pipetas para medir amostras e reagentes. 
Cronômetro.
PROCEDIMENTO
Procedimento manual
Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: 
	
	Branco
	Teste
	Padrão
	Amostra
	-----
	0,02 mL
	-----
	Padrão (nº 2)
	-----
	-----
	0,02 mL
	Reagente 1
	2,0 mL
	2,0 mL
	2,0 mL
Misturar e incubar em banho-maria a 37 ºC durante 10 minutos. O nível de água no banho deve ser superior ao nível de reagentes nos tubos de ensaio. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde (490 a 510 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. 
CÁLCULOS        
Colesterol (mg/dL) = Absorbância do teste ÷ Absorbância do padrão x 200
Exemplo
Absorbância do teste= 0,290
Absorbância do padrão= 0,345
Colesterol (mg/dL) =	0,290 ÷ 0,345 x 200 = 168
Devido a grande reprodutibilidade que pode ser obtida com a metodologia, pode-se utilizar o método do fator.
Fator de calibração =	200 ÷ Absorbância do padrão
Colesterol (mg/dL) = Absorbância do teste x Fator
Exemplo
Fator = 200 ÷ 0,345 = 580
Colesterol (mg/dL) =	0,290 x 580 = 168
Cálculos da Amostragem
Colesterol Total
Absorbância do teste= 0,457
Absorbância do padrão= 0,476
Colesterol (mg/dL) = Absorbância do teste ÷ Absorbância do padrão x 200
Colesterol (mg/dL) =	0,457 ÷ 0,476 x 200 = 192 mg/dL
Colesterol HDL: 50 mg/dL
TG: 200 mg/dL
Colesterol VLDL
VLDL = TG ÷ 5
VLDL = 200 ÷ 5
VLDL = 40 mg/dL
Colesterol LDL
LDL = Colesterol Total - (HDL + VLDL)
LDL = 192 - (50 + 40)
LDL = 102 mg/dL
Risco coronariano e risco de infarto (Índice de Castelli)
I) CT ÷ HDLC => 192 ÷ 50 = 3,8
II) LDLC ÷ HDLC => 102 ÷ 50 = 2,0
VALORES RECOMENDADOS OU DESEJÁVEIS
Os valores abaixo substituem os valores de referência e foram determinados a partir de dados epidemiológicos tratados estatisticamente, que relacionam os níveis do colesterol com a prevalência de doença coronariana isquêmica (DCI).
ADULTOS
Colesterol Total (mg/dL)
	Desejável
	< 200
	Risco moderado
	200 - 239
	Alto risco
	≥ 240
Colesterol HDL (mg/dL)
	Baixo
	< 40
	Elevado (Desejavel)
	≥ 60
Colesterol LDL (mg/dL)
	Ótimo
	< 100
	Limiar ótimo
	100 – 129
	Limiar elevado
	130 – 159
	Elevado
	160 – 189
	Muito Elevado
	≥ 190
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Colesterol Total (mg/dL)
	2 A 19 anos
	Desejável
	< 170
	
	Limitrofe
	170 – 199
	
	Elevado
	200
Colesterol HDL (mg/dL)
	< 10 anos
	Desejável
	40
	10 a 19 anos
	Desejável
	35
Colesterol LDL (mg/dL)
	2 a 19 anos
	Desejável
	< 110
	
	Limitrofe
	110 – 129
	
	Elevado
	130
Risco coronariano e risco de infarto (Índice de Castelli)
	I
	5
	II
	3,3
RESULTADOS
Os resultados obtidos da amostragem foram: 
Colesterol Total: 192 mg/dL.
Colesterol HDL: 50 mg/dL.
TG: 200 mg/dL.
VLDL = 40 mg/dL.
Colesterol LDL: 102 mg/dL.
Risco coronariano e risco de infarto (Índice de Castelli): I = 3,8; II) 2,0
CONCLUSÃO
Comparamos os parâmetros do colesterol total 192 mg/dL com os valores de referência (< 200, 200 - 239 e ≥ 240), o resultado está dentro dos parâmetros desejados, o colesterol LDL deu 102 mg/dL comparado com os valores de referência (<100 e ≥ 190) está no limiar ótimo. No risco coronariano e risco de infarto, verificado pelo Índice de Castelli o (I) resultou em 3,8 comparado com o valor de referência (5) está dentro do parâmetro e o (II) resultou 2,0 comparado com o valor de referência (3,3) também se encontra dentro dos parâmetros.
Com todas essas informações, concluímos que esse paciente não corre risco de doença cardiovascular e nem de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
REFERÊNCIAS 
https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-colesterol/
Alain CA, Poon LS, Cahn CSG, Richmond W, Fu PC. Clin Chem 1974;20:470.
Bergmeyer HU. Methods of Enzymatic Analysis, Verlag Chemie, 2 ed 1974; 4: 1890-93.
Bull Org Mond Santé. 1970;43:891.
Fredriickson DS, Levy RJ, Lee RS. New Engl J Med 1967; 276:24, 94, 148, 215, 276.
Good NE, Winger GD, Winter W, Connoly TN, Izawa S, Singh RMM. Biochemistry 1966;5:467.
Rifai N, Warnick GR, Dominiczak MH. Handbook of lipoprotein testing. AACC Press, Washington, 1997: 75-97.
Tonks DB. Quality Control in Clinical Laboratories, Warner-Chilcott Laboratories, Diagnostics Reagents Division, Scarborough, Canada, 1972.
Westgard JO, Barry PL, Hunt MR. Clin Chem 1981; 27: 493-501.
Leite PF, Martinez TLR, Halpern A, Cendoroglo MS, Novazzi JP, Fonseca FAH, Dias JCA Risco cardiovascular: fatores metabólicos e nutricionais: diagnostico e tratamento. São Paulo: Loyola, 1994. P.56.
Executive Summary of the Third reporto f the Nacional Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatmed of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). JAMA 2001;285:2486-97.
Labtest: Dados de arquivos.

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