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RELATÓRIO DE PRATICA PERFIL LIPÍDICO

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – CAMPUS I
CURSO DE NUTRIÇÃO
AMILLI LOPES BRAGA
RELATÓRIOS DE PERFIL LIPÍDICO
SALVADOR- BAHIA
2015
 
1. Fundamentos teóricos 
 
As dislipidemias são caracterizadas por distúrbios nos níveis de lipídios circulantes com ou sem repercussão sobre o território vascular, associadas a manifestações clínicas diversas. Podem ser influenciadas por distúrbios genéticos e/ou adquiridos. 
Entre as variáveis ambientais envolvidas na determinação do perfil lipídico incluem-se tabagismo, sedentarismo e dieta. Ingestão calórica excessiva, com elevado teor de gordura e colesterol, está associada a níveis séricos aumentados de colesterol total (CT) e fração de colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDLc). Em adultos, concentração aumentada de CT e diminuída da fração de colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDLc), hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e obesidade estão associados a lesões avançadas de aterosclerose e maior risco de manifestações clínicas da doença aterosclerótica.
 Existem também outros fatores envolvidos, porém não controláveis, são eles: idade, sexo, raça e hereditariedade. Com progressão lenta, a aterosclerose se inicia na infância e caracteriza-se por formação de ateromas (depósitos de lipídios na camada íntima das artérias) que causam a restrição ao fluxo sanguíneo. O estreitamento da luz do vaso pode levar à obstrução9 e surgimento de suas manifestações clínicas, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e doença vascular periférica.
 Níveis elevados de colesterol sérico são associados com aterosclerose prematura em adolescentes e adultos jovens. Estudos de necropsia demonstraram alta prevalência de lesões ateroscleróticas em indivíduos entre 2 e 39 anos e evidenciaram a influência dos fatores de risco na formação da placa ateromatosa. 
O perfil lipídico é um grupo de testes que são normalmente solicitados em conjunto para determinar o risco de doença cardíaca coronária. Os testes que formam um perfil lipídico têm-se mostrado bons indicadores da possibilidade de ter um ataque cardíaco ou AVC provocados pela obstrução dos vasos sanguíneos. 
O perfil lipídico inclui o colesterol total, o colesterol HDL (muitas vezes denominado como “bom” colesterol), o colesterol LDL (muitas vezes denominado como “mau” colesterol) e triglicerídeos. Por vezes a informação inclui valores adicionais calculados, tais como a relação colesterol/colesterol HDL, ou cálculos de risco baseados nos resultados do perfil lipídico, da idade, do sexo e de outros fatores de risco. 
O perfil lipídico é utilizado para auxiliar os clínicos a decidirem de que forma uma pessoa em risco deverá ser tratada. Os resultados do perfil lipídico são considerados em conjunto com outros fa tores de risco de doença cardíaca conhecidos, para estabelecer um plano de tratamento e seguimento. 
O tratamento baseia-se no risco global de desenvolver doença cardíaca coronária. Define-se um objetivo para o valor do colesterol LDL e se o valor do colesterol LDL estiver acima do objetivo definido, é necessário o tratamento. Os objetivos são: 
 Colesterol LDL inferior a 100 mg/dL (2.59 mmol/L) se tem doença cardíaca ou diabetes 
Colesterol LDL inferior a 130 mg/dL (3.37 mmol/L) se tem 2 ou mais factores de risco 
Colesterol LDL inferior a 160 mg/dL (4.14 mmol/L) se tem 0 ou 1 factor de risco. 
 O primeiro passo para tratar níveis elevados de colesterol LDL centra-se na mudança do estilo de vida –especificamente pela escolha de dietas pobres em gorduras saturadas e pela realização de exercício físico. Pode ser necessário o aconselhamento de um nutricionista acerca das mudanças dietéticas. 
Se uma dieta pobre em gordura e o exercício físico não forem eficazes na redução dos níveis de colesterol LDL para o valor definido como objectivo, o passo seguinte será o tratamento farmacológico. Há várias classes de medicamentos que são eficazes na diminuição da concentração de colesterol LDL. O colesterol LDL será analisado regularmente para assegurar a eficácia do medicamento. Se com este tratamento não atingir o valor do colesterol LDL desejado, o médico pode aumentar a dose do medicamento ou, prescrever um segundo medicamento.
DOSAGEM DE COLESTEROL TOTAL NO SORO
1. Fundamentos da Reação
Os estéres de colesterol são hidrolisados pela colesterol-esterase formando colesterol livre mais ácido graxo. O colesterol livre após oxidação pela colesterol oxidase forma peróxido de hidrogênio mais 4 colesterona.
2. Procedimento
O colesterol, considerado geralmente um lipídio é na verdade um álcool monoídrico não saturado da classe dos esteroides, em nosso corpo eles podem ser provenientes da dieta (produtos de origem animal) ou endogenamente a partir da Acetil CoA, sendo este utilizado na síntese de hormônios esteroides, ou em sua forma esterificada sendo convertido em ácidos biliares ou na forma de sais biliares. 
Para a realização desta prática colocou-se 50 μl do soro no tubo teste, 50 μl da solução padrão no tubo padrão e 5 ml do reagente de cor em todos os tubos. Após serem homogeneizadas, incubaram-se as misturas à 37ºC por 10 minutos. Após a passagem desse tempo foram levadas até o espectrofotômetro para medir a absorbância do teste e do padrão, zerando o aparelho com o tubo branco contendo água destilada e utilizando o comprimento de onda de 500nm. Na tabela 1, podemos observar os valores obtidos para as absorbâncias dos tubos Teste e Padrão em 500nm, zerando o aparelho com o tubo branco.
3. Material utilizado
* Tubos de ensaio
* Reagente de cor de uso
* Solução padrão
* Colesterol 10 mg/dl
* Soro (amostra)
* Galeria (suporte para os tubos de ensaio)
* Pipetador
* Pipeta graduada
* Pipetador automático e ponteira
* Cubetas (onde se coloca a amostra para levar ao espectrofotômetro)
* Espectrofotômetro (em 660 nm)
Tabela 1. Valores de absorbância dos dois tubos de ensaio para comprimento de onda de 500nm para o teste e o padrão
	TUBOS
	
	 Teste
	 Padrão 
	Absorbância
	
	 0,276
	 0,341
3. Cálculo 
 Colesterol Total (mg/dl) = Absorbância do Teste x CP 
 Absorbância do Padrão 
	
 Colesterol Total (mg/dl) = 0,276 x 200 = 162 mg/dl 
 0,341 
 
4. Valores de referência
Desejável ........ < 200mg/dL
Limítrofe......... 200 – 239 mg/dL
Elevado...........≥ 240 mg/dL
5. Conclusão
Ao final da prática foi observado que a concentração de colesterol total estava normal nos exames. 
O colesterol total é a soma do colesterol HLD, LDL, VLDL e Triglicerídeos. O colesterol total alto não apresenta nenhum sintoma específico, mas pode-se suspeitar dele estar alto se o indivíduo estiver acima do peso ideal e não tiver uma boa alimentação, outros fatores como sedentarismo idade e tendência familiar devem ser levados em conta. 
Por outro lado, o colesterol total em níveis abaixo de 160mg/dL também é preocupante, uma vez que o colesterol é precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares, da vitamina D, como também é um importante constituinte das membranas celulares, o colesterol atua na fluidez destas e na ativação de enzimas, funcionamento das células cerebrais. Assim, valores de colesterol diminuídos podem estar relacionados com: alterações no fígado, hipertireoidismo, desnutrição, doenças mieloproliferativas, anemias crônicas, hipobetalipoproteinemia, abetalipoproteinemia, doença de Tangier, processos inflamatórios crônicos e depressão.
DOSAGEM DE TRIGLICERÍDEOS NO SORO
1. Fundamentos da Reação
Os triglicerídeos são hidrolisados pela lipase lipoproteica e o glicerol liberado ´fosforilado pela glicerolquinase formando glicerol-3-fosfato, que é oxidado a dihidroxicetona e peróxido de hidrogênio pela ação da glicerol-3-fosfato.
2. Procedimento
Os triglicérides são gorduras transportadas na circulaçãosanguínea em partículas denominadas lipoproteínas, com outros tipos de gorduras e determinadas proteínas. As lipoproteínas mais ricas em triglicérides são os quilomícrons e as VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa). Os quilomícrons são as lipoproteínas que contêm gorduras provenientes da alimentação (são formadas nos intestinos); as VLDL são lipoproteínas fabricadas pelo fígado. Os triglicerídeos fornecem energia para o organismo, portanto, são essenciais à vida. Entretanto, quando estão em níveis altos no sangue, aumentam as chances de aparecimento de outros problemas, como as doenças coronárias.
Para a realização desta prática colocou-2,5 ml de reagente de cor em todos os tubos, 25 μl da solução padrão no tubo padrão e 25 μl do soro no tubo teste. Após serem homogeneizadas, as misturas foram encubadas em banho-maria à 37ºC por 10 minutos. Após a passagem desse tempo foram levadas até o espectrofotômetro para medir a absorbância do teste e do padrão, zerando o aparelho com o tubo branco contendo água destilada e utilizando o comprimento de onda de 500nm.
3. Material utilizado
* Tubos de ensaio
* Reagente de cor de uso
* Solução padrão
* Soro (amostra)
* Galeria (suporte para os tubos de ensaio)
* Pipetador
* Pipeta graduada
* Pipetador automático e ponteira
* Cubetas (onde se coloca a amostra para levar ao espectrofotômetro)
* Espectrofotômetro (em 660 nm)
Tabela 1. Valores de absorbância dos dois tubos de ensaio para comprimento de onda de 500nm para o teste e o padrão.
	TUBOS
	Teste
	Padrão
	Absorbância
	0,215
	0,301
3. Cálculo 
Triglicérides (mg/dl) = Absorbância do Teste x CP 
 Absorbância do Padrão 
Triglicérides (mg/dl) = 0,215 x 200 = 143mg/dl
 0,301
4. Valores de Referência
Desejável – Criança até 10 anos < 100 mg/dl
 De 10 a 19 anos < 130 mg/dl
 Maiores de 19 anos < 150 mg/dl
5. Conclusão
Ao final desta prática é visto que o valor obtido na dosagem de triglicerídeos no soro é desejável em indivíduos adultos. 
A determinação dos triglicérides possui um vasto significado clinico, especialmente em se tratando de doenças coronarianas e ateroscleróticas. Considerado o tipo de gordura mais comum no nosso corpo, é uma grande fonte de energia. Pessoas com mais idade, com excesso de peso, ou ambos, tendem a ter os níveis de triglicerídeos e colesterol total elevados. Muitas pessoas com doença cardíaca ou diabetes têm níveis elevados de triglicerídeos em jejum. Estudos têm demonstrado que pessoas com níveis de triglicerídeos acima do normal em jejum tem maior risco para ataque cardíaco e AVC.
Níveis elevados de triglicérides podem desencadear o aparecimento de doenças do coração e pancreatite, além do aumento do fígado e do baço. Por essa razão, é importantíssimo que as taxas de triglicérides devem sempre permanecer dentro do limite recomendado. Esse aumento é causado principalmente pela má alimentação. O excesso de ingestão de gordura, doces e álcool é um fator de risco, bem como o sedentarismo e o peso elevado.
Os níveis de triglicérides baixo também oferece alguns riscos para nosso organismo. As causas para o baixo nível de triglicérides podem ser: dieta com níveis muito baixos de gordura, desnutrição, problemas na absorção de nutrientes pelo organismo, hipertireoidismo. 
DOSAGEM DO HDL NO SORO – COLESTEROL NO SORO
1. Fundamentos da Reação
Os estéres de colesterol são hidrolisados pela colesterol-esterase formando colesterol livre mais ácido graxo. O colesterol livre após oxidação pela colesterol oxidase forma peróxido de hidrogênio mais 4 colesterona.
2. Procedimento
O colesterol é uma substância gordurosa encontrada em todas as células no nosso corpo. Ele é essencial para a formação das membranas celulares, para a síntese dos hormônios esteroidais como a testosterona, estrogênio, cortisol e outros, para a produção da bile, para digestão de alimentos gordurosos, para formação da mielina (uma bainha que cobre os nervos), para metabolização de algumas vitaminas (A, D, E e K) etc. O colesterol tem 2 origens: a endógena, ou seja, produzido pelo nosso próprio corpo, principalmente pelo fígado, e a exógena, adquirida através dos alimentos. Como se trata de uma substância gordurosa, ela não se dissolve no sangue. É igual a gotas de óleo na água. Portanto, para viajar através da corrente sanguínea e alcançar os tecidos periféricos, o colesterol precisa de um transportador. Essa função cabe as lipoproteínas que são produzidas no fígado. Sendo as principais delas HDL, LDL e VLDL. O HDL (lipoproteínas de alta densidade) são partículas discoides que exercem importante papel no transporte de colesterol dos tecidos periféricos para o fígado (transporte reverso do colesterol). A concentração de HDL – colesterol no plasma é avaliada determinando-se a concentração do colesterol associado ao HDL. Sendo esse inversamente proporcional a prevalência de doenças vasculares.
Para a realização desta prática colocou-se 2,5ml do soro e 0,25 ml do precipitante em ambos os tubos, em seguida agitou-se os tubos e foram levados para centrifugar a 3.500 r.p.m no período de 10 minutos. Já retirados, cada um foi identificado com o nome teste e padrão, colocou 4,0 ml do reagente de cor de colesterol em cada tubo adicionando 100 μl da solução padrão de HDL no tubo padrão e 100 μl do sobrenadante no tubo teste. Homogeneizados logo em seguida, as misturas foram incubadas à 37°C por 10 minutos. Passado o tempo, foram levados ao espectrofotômetro para medir a absorbância do teste e do padrão. O aparelho foi zerado com um tubo de água destilada e o comprimento de onda utilizado para medir a absorbância foi de 500nm.
3. Material utilizado
* Tubos de ensaio
* Reagente de cor de uso
* Solução padrão
* Soro (amostra)
* Galeria (suporte para os tubos de ensaio)
* Pipetador
* Pipeta graduada
* Pipetador automático e ponteira
* Cubetas (onde se coloca a amostra para levar ao espectrofotômetro)
* Espectrofotômetro (em 660 nm)
Tabela 1. Valores de absorbância dos dois tubos de ensaio para comprimento de onda de 500nm para o teste e o padrão.
	TUBOS
	Teste
	Padrão
	Absorbância
	0,271
	0,229
3. Cálculo 
HDL-c (mg/dl) = Absorbância do Teste x CP x 2 
 Absorbância do Padrão 
HDL-c (mg/dl) = 0,271 x 20 x 2 = 47,3mg/dl
 0,229
LDL-c (mg/dl) = (Colesterol Total - HDL) - (Triglicérides)
 5
LDL-c (mg/dl) = (162- 47,3) - (143) 
 5
LDL-c (mg/dl) = 86,1mg/dl
4. Valores de Referência
Desejável: HDL > 40 mg/dL (para diabéticos > 45mg/dL)
5. Conclusão
Ao final desta prática verificamos que o valor de HDL obtido é desejável. 
Níveis altos de colesterol HDL (40 mg/dL ou mais) são considerados um fator de risco negativo, e sua presença permite a subtração de um fator de risco do total. O HDL promove esta “limpeza” atuando como um barco, removendo o tipo de colesterol indesejado das células, os macrófagos, e transportando os mesmos para o fígado, onde podem ser eliminados do nosso organismo. Este processo ajuda a prevenir o acúmulo de colesterol nas paredes das artérias, que levam à formação de placas que são um indicativo de doenças cardíacas.
O colesterol HDL baixo, ou seja, menor do que 40mg/dl, aumenta o risco do indivíduo sofrer de doenças cardiovasculares porque leva ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. O colesterol HDL baixo na criança surge em crianças com história familiar de doenças cardiovasculares e em crianças obesas que consomem muito açúcar e que não praticam nenhuma atividade física.

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