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FARMACO P2

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FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Frequentemente associada a alterações funcionais/estruturais de órgãos alvo: coração, SNC, rins, vasos sanguíneos.
Aumento do risco de eventos cardiovasculares.
COMPLICAÇOES ASSOCIADAS A HIPERTENSAO
	-Acidente vascular cerebral
	-Cardiopatia esquêmica
	-Insuficiência cardíaca
	-Insuficiência renal
	-Retinopatia.
A hipertensão é multifatorial porque so pode ser identificada a causa em 10-15% das pessoas.
	-Tumor feucromocitomo: ↑secreçao de adrenalina ↑PA
	-↑secreçao aldosterona= retenção de sódio ↑agua ↑volume sanguíneo ↑PA
Em 90% não é possível identificar uma causa para a hipertensão Hipertensão Primária ou Essencial (acredita que esta associada ao aumento da resistencia periférica).
FATORES DE RISCO (Hipertensao Primária)
	-idade
	-gênero e etnia (<50 anos do sexo masculino tem maior risco; >50 anos do sexo feminino tem maior risco)
	-excesso de peso e obesidade
	-ingestão excessiva de sódio
	-ingestão excessiva de etanol (↑entrada de Calcio no músculo liso ↑contraçao. O consumo moderado está associado a uma proteção do Sistema Cardiovascular)
	-tabagismo
	-sedentarismo
	-estresse intenso
	-genética
Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas
	Não ultrapassar:	 homem- 30mL de etanol/dia (~28g de etanol)
			mulher e homem de baixo peso- 15mL de etanol/dia (~14g de etanol)
quantidade de etanol = V x Teor Alcóolico
gramas de etanol = Vetanol x 0,8 (densidade do etanol)
14g de etanol 1 lata de cerveja (5% teor alcoólico) ou 40mL de destilado
CLASSIFICAÇAO DOS VALORES DE PA
	
	P. sistólica (mmHg)
	P. Diastólica (mmHg)
	Ótima
	< 120
	< 80
	Normal
	< 130
	< 85
	Limítrofe
	130-139
	85-89
	Hipertensão estágio 1
	140-159
	90-99
	Hipertensão estagio 2
	160-179
	100-109
	Hipertensão estagio 3
	> 180
	> 110
	Hipertensão sistólica isolada
	> 140
	< 90
Quando a P. Sistólica e Diastólica se classificar em categorias diferentes a maior deve ser utilizada para a classificação.
Uma medida não é suficiente. Deve fazer varias medidas e a pressão deve se manter para dar o diagnostico.
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO (evita efeitos adversos e reduz o custo)
-tratar a obesidade
-reduzir a ingestão de sal (< 2,4 g de Na ou 6g de NaCl)
-alimentaçao saudável (reduzir a ingestão de gorduras saturadas e colesterol)
-limitar a ingestão de bebidas alcoólicas
-praticar exercícios físicos regulares
-parar de fumar
-adotar medidas anti-estresse.
FARMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
Fármacos usados para o tratamento de Hipertensao Primária vão interferir os mecanismos fisiológicos de regulação da pressão.
Pressão Arterial (PA) PA = RVP (arteríola) x DC (vênula)
Coraçãoarteriaarteríolacapilaresórgaosvenulaveiascoraçao
-RVP: vasos arteríolas (↑Resistencia Periférica ↑PA)
	-DC: retorno venoso (vasos vênulas). Se ↓RV ↓DC ↓PA
Venulaconstriçaoo sangue fica menos tempo na vênula↓capacitância e volta mais rápido para o coração.
Venuladilataçao↑ a capacitância, mais tempo fica na periferiamenos sangue volta para o coração.
Critérios importantes para o DC: capacitância, volume de sangue, FC. A capacitância e o volume de sangue correspondem ao RV.
A vasoconstriçao ↑PA seja nas arteríolas e vênulas
	-↑RVP ↑PA (arteríola)
	-↑RV ↑DC ↑PA (vênula)
ÓRGAOS IMPORTANTES PARA REGULAR A PA (desenho)
coração: receptor β1
Vasos: receptor α1
Rins: receptor β1 células justaglomerulares (NOR se liga em β1, aumenta renina)
(desenho dos receptores)
	-SNA Simpático: predomina sobre o controle
	-Centro Vasomotor: modula a atividade do Simpático. Possui receptor adrenérgico α2 do tipo inibitório.
1) Bloqueador de receptor de Ang II. Ex: Losartan
2) Bloqueadores de Canais de Calcio (vasodilatação). Ex: Amlodipina
3) Doadores de NO (vasodilatadores muito potentes). Ex: Nitroprussiato
4) Bloqueador de ECA (↓Ang II ↓vasocontriçao ↓aldosterona). Ex: Captopril
5) Diurético (↓Volume). Ex: Tiazídicos
6) Simpatolíticos (↓atividade simpática): são β-bloqueadores. Ex: Propanolol
	a. Antagonista do Simpático: atua no β1 do coração (↓FC) e rins (↓renina – principal mecanismo de ↓PA). Ex: β-bloqueadores.
	b. Agonista Parcial da NOR: ↓atividade simpática. 
	c. Agonista de α2 (Centro Vaso Motor): inibe o centro vaso motor ↓At. Simpática. Ex: α-Metildopa.
	d. Antagonistas de α1. Ex: Prazosina.
	e. Bloqueadores de neurônio adrenérgico. Ex: Reserpina (inibe o transportador vesicular que recepta a NOR e o de dopamina ↓quantidade de NOR que reage com o receptor, no inicio a queda da receptação pode ↑PA, mas a longo prazo ↓PA) e Guanitidina (impede a recaptaçao de NOR depleção de NOR na vesícula).
-Anti-hipertensivo atua no sistema de regulação de PA
	-sistema renina-Angiotensina (antagonista β1)
	-atividade simpática (↓atividade ↓PA – agonista α2)
	-vaso (musculatura lisa): bloqueador de canal de cálcio; doador de NO; hidralazina e Minoxidil (vasodilatadores).
FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSICOS (PRÁTICA)
Simpatolíticos: ↓atividade simpática
Vasodilatadores: ↓PA
Angiotensina-Renina
SIMPATOLÍTICOS
SIMPATOLÍTICOS DE AÇÃO CENTRAL
Atuam no centro vasomotor, o qual regula a atividade simpática.
Alfa-metil-dopa pouco seletivo (diminui NOR em tudo), atua em todo o simpático (α e β). A alfa-metil-dopa é um pró-fármaco, ela será convertida em α-metil-noradrenalina no organismo (ativo).
MECANISMO DE AÇÃO: no centro vasomotor tem receptores α2, a α-metil-norepinefrina é um agonista de receptor α2.
Agonista de receptor α2 ação no tronco cerebral ↓atividade simpática (↓NOR) ↓tônus simpático ↓Resistencia Periférica e ↓Débito cardíaco (↓FC, vasodilatação, ↓renina) ↓PA
USOS:
	-anti-hipertensivo efetivo quando associado a diurético
	-tratamento de hipertensão em gestantes, porque é um fármaco antigo.
EFEITOS ADVERSOS:
	-SNC: sedação, depressão, parkinsonismo*, diminuição da libido, hiper-prolactinemia** (ginescomastia e galactorréia), boca seca.
		*a dopamina é essencial para regular o movimento fino, se administra α-metil-dopa ↓[dopamina] provocando o tremor.
		**Na hipófise a dopamina inibe a secreção de prolactina, se tiver a formação de α-metil-dopa tem ↓dopamina, então secreta mais prolactina
	-Disfunção sexual
	-Hepatotoxicidade
	-Anemia hemolítica
AGONISTAS DE α2: atuam igual a α-metil-dopa, a diferença é que eles não são pró-fármacos
	-Clonidina
	-Guanabenz
	-Guanficina
Não causam parksonismo e prolactinemia porque não interferem com a [dopamina].
MECANISMO DE AÇÃO
O mesmo da α-metil-dopa
EFEITOS ADVERSOS
	-xerostomia
	-sedaçao
	-sonhos vívidos e pesadelos
	-depressão
	-impotência sexual
	-bradicardia
INTERRUPÇAO ABRUPTA DO TRATAMENTO: Sindrome de Retirada (cefaleia, tremor, dor abdominal, sudorese e taquicardia; hipertensão).
SIMPATOLÍTICOS ANTAGONISTAS β-ADRENÉRGICOS
Podem ser não-seletivos (propanolol) ou seletivos para β1 (atenolol)
Propanolol: diminuição da frequência e contratilidade cardíaca; diminuição da liberação de renina.
Indicados, principalmente, no tratamento de hipertensão arterial, doenças cardíacas isquêmicas, insuficiência cardíaca e certas arritmias cardíacas.
MECANISMO DE AÇÃO
Os receptores β1 presentes nos rins quando estimulados liberam renina. Os receptores β1 do coração quando ativados promovem aumento da força de contração. Os receptores β2 da musculatura lisa brônquica e vascular promovem dilatação quanto ativados.
EFEITOS ADVERSOS e PRECAUÇÕES
	-Sistema respiratório
	-Sistema Nervosos Central: alterações do sono, depressão
	-Disfunçao sexual (?)
	-Pacientes diabéticos: mascara os sinais de hipoglicemia; diminui glicogenólise e causa gliconeogênese (retarda a recuperação da hipoglicemia)
CONTRA-INDICAÇÃO
	-problemas respiratórios, asmáticos
INTERRUPÇÃP ABRUPTA: síndrome de retirada
INTERAÇÕES: anti-inflamatórios não-esteroidais
SIMPATOLÍTICOS ANTAGONISTAS α
Antagonistas Adrenérgicos α1: Prazosina, Terazosina, Doxazosina
MECANISMODE AÇÃO
Antagonistas dos receptores adrenérgicos α1 redução da resistencia periférica.
USO TERAPÊUTICO
geralmente em associação com diuréticos ou outros anti-hipertensivos.
EFEITOS ADVERSOS
	-Hipotensao postural e taquicardia reflexa
Levanta: ↓PA da cabeça centro carotídeo ativa barorreflexo ativa o simpático ↑NOR nos vasos e no coração acerto da FC e ↑tônus vascular
Bloqueador de α1 levanta ativa o barorreflexo libera NOR não é tão efetiva nos vãos (α1 bloqueados) e no coração como é receptor β tem taquicardia.
	-Fenomeno de primeira dose (administra a maior dose a noite), ele é caracterizado por hipotensão postural sintomática, que pode ocorrer quanto o tratamento com prazosina é iniciado.
VASODILATADORES
BLOQUEADORES DE CANAIS DE Ca2+
Fenilaquilamina= Verapamil
Diidroperidinas: Nifedipina, amilodipina
Benzotiazepina: Diltiazem
Os principais bloqueadores dos canais de cálcio apresentam as seguintes potencias vasodilatadoras: nifedipina>verapamil>diltiazem.
MECANISMO DE AÇÃO 
EFEITOS ADVERSOS
	-cefaléia, tontura, “flushing”, edema
	-diminuiçao da contração do esfíncter esofageal
	-constipação (Verapamil)
	-parada cardíaca, bradicardia, bloqueio atrio-ventricular, insuficiência cardíaca (raros)
Na musculatura esquelética a entrada de Ca2+ é diferente, é por modulaçao do Ca2+ do retículo sarcoplasmático (o canal de cálcio é diferente).
DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO (NO)
Nitroprussiato de Sódio
MECANISMO DE AÇÃO
USO TERAPÊUTICO
Emergencia Hipertensiva
	Administração intra-venosa contínua
METABOLISMO
-Reduçao nu músculo lise: liberação de cianeto e óxido nítrico
	-Fígado o cianeto é metabolizado: a enzima rodanase converte o cianeto em tiocianato que é excretado pela urina (T ½ B do tiocianato é 3 dias).
TOXICIDADE E PRECAUÇÕES
	-vasodilataçao intensa: hipotensão
	-acumulo do cianeto: acidose láctica
	-acumulo de tiocianato: anorexia, náusea, fadiga, desorientação, psicose.
	-hipertensao rebote
MINOXIDIL e HIDRALAZINA
Usados em emergência hipertensiva.
O Minoxidil bloqueia o canal de K+ no músculo liso não despolariza não abre canal de Ca2+.
 ANGIOTENSINA-RENINA
 INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA): Captopril, Enalapril, Lisinopril, Quinapril, Fosinopril
MECANISMO DE AÇÃO
	
EFEITOS ADVERSOS
	-diminuiçao da sensibilidade gustativa
	-hipercalemia (acumulo de K no sangue): ↓reabsorçao de Ca2+ ↓secreçao de K
-insuficiência renal; suplemento de potássio; bloqueadores β-adrenérgicos
	-tosse (↑Bradicinina)
	-angioedema
	-“fetopatias” (contra indicados durante a gestação)
-Inibidor de Eca e β-bloqueador convertem na mesma via: ↓Na2+ ↑risco de hipercalemia.
INTERAÇÕES
-Anti-inflamatórios não esteroidais: ↓sintese de prostaglandina
	-diuréticos poupadores de potássio
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II: Losartan, Valsartan, Candesartan, Telmisartan
MECANISMO DE AÇÃO
Bloqueio dos receptores de Ang II: vasodilatação e diminuição da secreção de aldosterona
(desenho dos receptores)
EFEITOS ADVERSOS
	-hipercalemia, como atuam no receptor eles nao ↑bradicinina, ou seja, não causam tosse.
FÁRMACOS DIURÉTICOS
Farmacologicamente, diurético é uma substancia ativa que causa aumento na produção de urina, pela propriedade de aumentar a excreção urinária de sal e água, por atuação em vários locais do néfron e por mecanismos de ação diferentes. o emprego de diurético é indicado para dois tipos de alterações patológicas:
A mobilização de água e sal, causando edema ou hipertensão
Na diurese osmótica para aumentar a excreção renal de toxinas.
Atuam no néfron, interferem no mecanismo de reabsorção de Na (↓Na ↓H2O ↓Volume ↓DC)
Natriuréticos: ↓reabsorçao de Na2+ ↑excreçao
(desenho do néfron)
DIURÉTICOS DE ALÇA|INIBIDORES DO SIMPORTE Na+/K+/2Cl –
Exemplo: Furosemida e Ácido etacrínico
São frequentemente chamados de diuréticos de alta potencia, porque causam significante aumento na excreção urinária de água e cloreto de sódio, ao contratio de qualquer outro agente diurético.
Não há acumulo tecidual desses compostos mesmo em doses repetidas, pois a taxa de eliminação urinaria é de grande magnitude.
MECANISMO DE AÇÃO
Furosemida bloqueia o transportador Na/K/Cl, então não entra Na, por isso não é concentrado no insterstício não tem reabsorção de água.
Se não entra K para dentro da celula ele não é secretado pelo canal de K. então não tem um potencial + no lúmen, o que diminui a força que faz com que Ca e Mg sejam reabsorvidos ↑excreçao Ca/Mg.
Os túbulos distal e coletor tem limitada capacidade para aumentar a reabsorção de sódio, por isso quando a reabsorção de cloreto de sódio é inibida nas alças, mais da metade é excretada.
USOS TERAPÊUTICOS
-Edema (↑eliminaçao de água ↓edema)
	Pulmonar
	Insuficiência cardíaca congestiva
	Insuficiência renal crônica
	Cirrose
-Hipertensao
	Meia-vida de eliminação curta limita o uso, tem efeito muito intenso e rápido.
EFEITOS ADVERSOS
	-hipocalemia: se ↓Na na alça tem mais Na na urina no ducto excretor ele absorve mais e então secreta mais K
	-hipomagnesemia
	-hipocalcemia/hipercalciúria: ↓calcio no sangue/↑calcio na urina
	-ototoxicidade: diminuição da audição e surdez (altas doses= acima de 500mg/dia)
	-hiperglicemia
	-aumento de LDL, colesterol e triglicérides
	-diminuiçao de HDL
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
-Aminoglicosídeos: aumento do risco de ototoxicidade
-Anticoagulantes: aumento efeito anticoagulante
-Digitálicos: aumento do risco de arrítmicas induzidas pelos digitálicos
-Lítio: aumento das concentrações plasmáticas de lítio
-Propanolol: aumento das concentrações plasmáticas do prapanolol (↑excreçao de Ca= intensifica osteoporose e cálculo renal – precipitação de sais no néfron).
DIURÉTICOS DO TÚBULO DISTAL|INIBIDORES DO SIMPORTE Na+/K+|TIAZÍDICOS
Exemplo: Clorotiazida (muito usada como anti-hipertensivo) e Clortalidona.
MECANISMO DE AÇÃO
Diminui a entrada de Na para dentro da célula (A), então entra mais Na pelo B e consequentemente sai mais Ca do citoplasma. Assim, entra mais Ca da urina para o citoplasma pelo C.
Bloqueando A, diminui a saída de Na por D e aumenta a entra de Na do sangue (por B) e saída de Ca da celula. Então reabsorve mais Ca por C.
USOS TERAPÊUTICOS
-Edema
-Hipertensao
-Nefrolitíase: bom para cálculo renal porque ↓secreçao de cálcio)
-Osteoporose (aumenta a reabsorção de cálcio)
EFEITOS ADVERSOS
	-disfunçao sexual (impotência)
	-hiponatremia
	-depleçao do volume extra-celular
	-hipocalemia (as tiazidas podem aumentar a sensibilidade aos digitálicos, podendo haver sintomas de intoxicação mesmo com baixas doses do cardiotônico)
	-hipercalcemia
	-diminuiçao da tolerância a glicose: diminuição da secreção de insulina; alteração do metabolismo da glicose
	-aumento de LDL, colesterol e triglicérides
INTERAÇÕES
-Diminuição do efeito de anticoagulantes, agentes uricosuricos, sulfoniluréias, insulina
-Aumento do efeito de digitálicos, lítio, diuréticos de alça
-Tiazídicos + Quinidina: hipocalemia aumenta o risco de fibrilaçoes ventriculares causadas pela quinidina; interação potencial fatal.
ABSORÇAO E DESTINO
São bem absorvidas quando administradas por via oral, porem são de absorção lenta e de rápida eliminação renal. Apresentam um efeito diurético demonstrável em 1h após a administração.
DIURÉTICOS POUPADORES DE K+
Exemplo: Espironolactona; Amilorida e Triantereno
MECANISMO DE AÇÃO
Normal: a entra de Na por A aumenta a quantidade de cargas + no interstício fazendo com que saia K por B. A aldosterona se liga ao receptor aumentando a expressão gênica das proteínas dos canais de Na, aumentando o numero de canais de Na, aumentando a reabsorção de Na e com isso aumenta a secreção de K (por B).
A espironolactona bloqueia a aldosterona diminuindo a reabsorção de Na e assim menos K é excretado.
A espironolactona é um antagonista da aldosterona. Já a amilorida e o triantereno não são competitivos com a aldosterona e agem mais rapidamente.
USOS TERAPÊUTICOS
-Associaçao com diuréticos de alça e tiazídicos(evita a hipocalemia)
-Hiperaldosteronismo (espironolactona)
EFEITOS ADVERSOS
	-Amilorida e Triantereno:	-hipercalemia
					-nausea, vomito, diarréia e cefaléia (amilorida)
					-nause, vomito e tontura (triantereno)
	-Espironolactona:	-hipercalemia
				-ginecomastia, impotência, diminuição da libido, menstruaçao irregular
				-diarréia, gastrite, sangramento gástrico e ulcera
				-sonolencia, letargia, ataxia, confusão e cefaleia.
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
Exemplo: Manitol, ureia, glicose.
São filtrados e não são reabsorvidos: ↑osmolaridade dentro do tubo ↑retençao de água. Não interferem em nenhum mecanismo de reabsorção.
DIURÉTICOS INIBIDORES DE ANIDRASE CARBÔNICA (TÚBULO PROXIMAL)
Exemplo: Acetazolamida
MECANISMO DE AÇÃO
Inibe a anidrase carbônica (AC) de membrana e citoplasmáticanão ocorre reabsorçao de bicarbonato de sódio. É um diurético fraco, pois o Na que fica na urina pode ser reabsorvido em outras regiões do néfron.
EFEITOS RENAIS: aumento súbito do volume urinário; aumento da concentração do íon bicarbonato seguido de sódio; diminuição da excreção de cloreto.
São facilmente absorvidas pelo TGI, atingindo uma concentração plasmática satisfatória em 2 horas.
EFEITOS ADVERSOS
-parestesias (formigamento) das extremidades
-sonolencia
-raramente problemas digestivos
FÁRMACOS ANTIDIABÉTICOS
INSULINA
SINTESE DA INSULINA
Pré-proinsulina (110 aa) no reticulo endoplasmatico rugoso passa para pró-insulina (86 aa) a qual vai para o complexo de Golgi e sofre ação das endopeptidases Insulina (51 aa) que é armazenada em grânulos secretórios.
ARMAZENAMENTO DA INSULINA CÉLULAS β
TRANSPORTADORES DE GLICOSE
	
	FUNÇÃO
	DISTRIBUIÇÃO
	Transporte ativo SGLT1 (co-transporte Na/Glicose)
	Transporte ativo de glicose
	Intestino delgado, túbulos renais
	Difusão Facilitada
	
	
	GLUT 1
	Captação basal de glicose
	Placenta, sistema nervoso central, rins, cólon, hemácias
	GLUT 2
	“sensor” de glicose das células beta do pâncreas
	Células beta do pâncreas
	GLUT 3
	Captação basal de glicose
	Sistema nervoso central, rins placenta
	GLUT 4
	Captação de glicose regulada pela insulina
	Músculo esquelético, tecido adiposo, músculo cardíaco
	GLUT 5
	Absorção da dieta
	Jejuno
SECREÇÃO DE INSULINA GLUT 2
↑Glicose no sangue ↑secreçao de insulina
Entra glicose via GLUT 2 que passa pela glicólise (hexoquinase) e produz ATP. O ATP bloqueia a abertura dos canais de K+, o que gera uma despolarização, que abre o canal de cálcio voltagem dependente.
O cálcio ativa as proteínas que permitem a fusão dos grânulos com insulina com a membrana da celula.
↑[Glc] glicóliseATPnão abre canal de Kdespolarizaçãoabre canal de Ca voltagem dependenteentra Calibera insulina.
CARACTERISTICAS
Em solução: hexamero; monômero; dímero.
Secreção no jejum= ~40 μg/h
T ½ B no plasma= 5 a 6 minutos
Degradação= fígado, rins e músculo.
MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA
	-receptor de insulina: tirosina quinase (forma monomérica)
	-IRS-1: substrato do receptor de insulina (proteína citoplasmática)
Quando a insulina se liga tem uma mudança na conformação forma o dímero capacidade de autofosforilaçao forma fosforilada, o receptor fosforila o IRS-1. O substro na sua forma fosforilada tem a capacidade de fosforilar outros substratos.
	FOSFORILAÇÃO
	Atividade enzimática
	Transcrição gênica
	Translocaçao e proteínas
	Crescimento celular e síntese de DNA
(esquema do receptor)
TRANSPORTE DE GLICOSE GLUT 4
O GLUT 4 é o transportador que capta a glicose regulada pela insulina.
Insulina se ligaforma dímeroIRS-1 fosforiladafosforila a GLUT 4 (citosol)vai para a membranatransporta glicose para o interior.
(esquema do receptor)
PRINCIPAIS AÇÕES DA INSULINA
Rápidas:	-captaçao de glicose no tecido adiposo e músculo esquelético e cardíaco.
Intermediárias:	-aumento da síntese de proteínas
		-inibiçao da degradação de proteínas
		-ativaçao da glicogênio sintase e de enzimas da via glicolítica
		-inibiçao da gliconeogenese
Lentas:		-sintese de ácidos nucleicos, crescimento e diferenciação celular
		-aumento de enzimas lipogênicas e outras enzimas
DIABETES MELLITUS
Mellitus doce	Insípitus problema na liberação de ADH
-Síndrome caracterizada por hiperglicemia e alterações do metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos.
-Sintomas clássicos do diabetes mellito: polidipsia (↑sede porque elimina muita água); poliúria (↑excreçao de água); polifagia (↑fome porque não digere carboidratos); perda de peso; fraqueza.
TIPOS DE DIABETES
DIABETES TIPO I
-Pré-disposiçao genética
-desencadeada por fatores ambientais
-doença autoimune das células β do pâncreas: anticorpos contra componentes das células β perda das células β e deficiência absoluta de insulina.
-Cetoacidose é mais comum em Tipo I porque não possui insulina.
-o uso de insulina é obrigatório.
DIABETES TIPO II
-resistencia a insulina: redução do numero de receptores; comprometimento da sinalização pós-receptor; redução da síntese e translocaçao de GLUT 4 nos músculos e tecido adiposo.
-secreçao de insulina inadequada após as refeições
-deficiencia leve a moderada de insulina com a progressão da doença.
↑idade ↑risco de ter Diabetes do Tipo II
O componente genético tem peso maior no Tipo II do que no Tipo I.
COMPLICAÇÕES DO DIABETES
Patologias relacionadas a Diabetes
	-cardiopatia isquêmica
	-hipertensao
	-acidente vascular cerebral (AVC)
	-amputações dos membros inferiores
	-retinopatia diabética (cegueira adquirida)
	-insuficiencia renal
	-impotência sexual
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Diabetes Tipo 1: Insulina
Diabetes Tipo 2: antidiabéticos orais e insulina (na progressão da doença o paciente pode diminuir a produçao de insulina)
Diabetes Gestacional: insulina (é endógeno e é uma molécula grande, ou seja, não atravessa a placenta e não é secretada no leite).
TIPOS DE INSULINA
Extraídas de pâncreas: bovino, suíno, humano, análogos da insulina humana (modificação da sequencia de AA).
CLASSIFICAÇÃO DAS INSULINAS
AÇÃO ULTRA-RÁPIDA
Análogos da insulina humana que se dissociam rapidamente em monômeros (absorvido mais rapidamente). ação mais rápida e T ½ B mais curto.
Insulina lispro: troca uma prolina por lisina das posições B28B29 (B significa que é da cadeia B)
Insulina aspart: substituição de prolina por ácido aspártico em B28
Insulina glulisina: ácido aspártico B3 substituido por lisina e lisina B29 substituido por ácido glutâmico.
PERFIL DE AÇÃO
Inicio: 5-15 minutos
			 Pico: 1-2 horas
			 Duração: 2-5 horas
AÇÃO RÁPIDA
Insulina Regular ou Solúvel: soluções de insulina – zinco em pH neutro
É administrada na forma de hexamero (devido a presença de Zn), é absorvida e então forma dímeros e depois monômeros.
PERFIL DE AÇÃO
	Inicio: 30-40 minutos
	Pico: 1,5-4 horas
	Duração: 5-8 horas
AÇÃO INTERMEDIÁRIA
Insulina Protamina neutra (NPH): protamina – insulina (1:6 moléculas); após a absorção proteases degradam a protamina permitindo a liberação da molécula de insulina.
PERFIL DE AÇÃO
	Inicio: 1-2 horas
	Pico: 6-12 horas
	Duração: 18-24 horas
Insulina Lenta – Suspensão de Insulina-Zinco: insulina cristalizada (ultralenta) + insulina amorfa (semilenta) em tampão acetato. A suspensão insulina-Zn dá uma característica de dissociação diferente para que a insulina possa ser absorvida.
PERFIL DE AÇÃO
	Inicio: 1-2 horas
	Pico: 6-12 horas
 	Duração: 18-24 horas
ADMINISTRAÇÃO: uma vez ou duas vezes ao dia
AÇÃO PROLONGADA
Insulina Ultra-lenta – Suspensao insulina cristalizada e zinco em tampão acetato
PERFIL DE AÇÃO
	Inicio: 4-6 horas
	Pico: 16-18 horas
	Duração: 20-36 horas
ADMINISTRAÇÃO: uma ou duas vezes ao dia.
Insulina Glargina: análogo de insulina humana; possui dois resíduos de arginina adicionados ao C terminal da cadeia B e uma molécula de asparagina na posição A21 é substituída por glicina. Está em solução em pH 4,0 (não pode ser misturada as insulinas de ação curta e ultra-curta).
Ela forma grumos que irão demorar mais para se dissociarematé cair na forma de monômeros na corrente circulatória.
PERFIL DE AÇÃO
	Inicio: 2-5 horas
	Pico: 5-24 horas
	Duração: 18-24 horas
PERFIL DE AÇÃO
-Por que tantos tipos de insulina?
Em caso de emergência usa insulina endovenosa 
(GRÁFICO CADERNO)
	Insulina Ultra-curta= antes do almoço, pois mimetiza a insulina liberada após a refeição. Se não alimentar provoca hipoglicemia.
	Insulina Prolongada e Intermediária= mimetiza a insulina liberada ao longo do dia, sem depender da alimentação.
	Insulina Glargina= ela não tem pico, esse é um fator bom, pois quando tem pico de insulina no sangue pode ser que haja hipoglicemia.
REGIME DE ADMINISTRAÇÃO
Ultra-curta e Curta: mimetizar secreção de insulina induzida; regularizar a glicemia pós-prandial
Intermediária e Prolongada: manter a concentração basal de insulina; prevenir hiperglicemia matinal
ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA
-Subcutânea: tratamento de rotina
-Intravenosa: emergência (cetoacidose)
LOCAIS DE INJEÇÃO
-Velocidade de absorção: abdômen > braço > nádegas > coxa
-injeçao subcutânea
-rotaçao dos locais de injeção previne lipohipertrofia ou lipoatrofia
-rotaçao na mesma área é mais indicado
-exercicio aumenta a velocidade de absorção
EFEITOS ADVERSOS
-Hipoglicemia: sudorese, fome, dormência, taquicardia, palpitação, tremor, ansiedade. Dificuldade de concnetraçoa, confusão mental, fraqueza, tontura, perda da consciência.
-Alergia
-Resistência imunológica
RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS – HIPOGLICEMIA
Glicose é o tratamento de escolha para a hipoglicemia. Alimentos contendo qualquer forma de carboidrato podem ser utilizados. O paciente deve ser orientado para ter sempre disponível alguma fonte de glicose.
FÁRMACOS ANTIDIABÉTICOS ORAIS – HIPOGLICEMIANTES ORAIS – ANTI-HIPERGLICEMIANTES ORAIS
SULFONILURÉIAS
1a geração: tolbutamida, tolazolina, clorpropamida
2a geração: glipizida, glimepirida, glibenclamida (gliburida)
Interagem com o canal de Kbloqueia o canal de K como o ATPacúmulo de carga positivadespolarizaçaoentra cálciolibera insulina (↑secreçao de insulina).
Esses fármacos necessitam que tenha insulina nas células β do pâncreas (SÓ TIPO II).
-São bem absorvidos pelo trato GI.
-Hiperglicemia diminui a absorção
-A liberação de insulina pelas sulfoniluréias ocorre principalmente através de sua ligaçao a receptores específicos na celula que determina o fechamento dos canais de K dependentes de ATP.
-Ligação as proteínas plasmáticas (90-99%)
	-Clorpropamida (96%)
	-Gliblencamida (99,8%)
-T ½ B: 	-tolbutamida e tolazamida= 4-7 horas
	-clorpropamida= 24 horas
	-2a geração= 3-5 horas efeito hipoglicemiante= 12-24 horas. 
Os de 2a geraçao tem T ½ B menores e o efeito hipoglicemiante não esta relacionado com o T ½ B.
CLORPROPAMIDA: 20% excretada pela via renal na forma inalterada. Cuidado em pacientes com insuficiência renal.
EFEITOS ADVERSOS
-Hipoglicemia: principalmente pacientes idosos com insuficiência hepática e renal que utilizam fármacos de longa duração; fármacos de meia-vida curta (menor risco). Principalmente os de 1a geração.
-Náusea, vomito, agranulocitose, anemia aplástica e hemolítica
-Reações de hipersensibilidade e dermatológicas
-ganho de peso.
INTERAÇÕES
-Etanol: reação semelhante ao dissulfiram (inibe a aldeído desidrogenase)
 (↑[aldeído acético] que é tóxico)
-Clofribato, dicumarol, salicilatos, fenilbutazona: deslocamento das sulfoniluréias do sítio de ligaçao das proteínas plasmáticas.
-REPAGLINIDA E NATEGLINIDA
Possuem a mesma ação da sulfoniluréia só que o T ½ B é muito curto. Então se utiliza antes da refeição causa um pico de insulina que cai rapidamente Regula Glicemia Pós-Glandial.
BIGUANIDAS
Metformina e Fenformina (Não é usada porque o risco de acidose láctica é maior do que o da metformina)
É indicada nos DM tipo 2.
MECANISMO DE AÇÃO
-Diminuição da produção hepática de glicose (diminuição da gliconeogênese)
-Aumento da ação da insulina nos musculos e tecido adiposo
-Diminuição da absorçao intestinal de glicose.
-Não interfere na secreção de insulina, então não causa hipoglicemia.
EFEITOS ADVERSOS
-Diarréia, desconforto abdominal, náusea, gosto metálico (20% dos pacientes): minimizados administrando-se com as refeições.
-Acidose láctica (0,1 caso : 1000 pacientes/ano): não administrar metformina em condições que aumentam a incidência de acidose láctica; insuficiência renal, doença hepática, hipóxia cronica, insuficiência cardíaca.
-Anorexia
TIAZOLIDINEDIONAS
Rosiglitazona (retirado do mercado: aumenta doenças isquêmicas) e Pioglitazona
É indicada nos DM tipo 2 com resistencia a insulina que não respondem satisfatoriamente à dieta.
MECANISMO DE AÇÃO
-Ativação de PPAR-gama
	Os tiazolidinedionas se ligam ao PPAR-γPPAR-γ ativados interagem com o DNAativação de genes responsivos a insulina que regulam o metabolismo de glicose e lipídeos; aumenta a síntese e translocaçao do transportador de glicose.
(desenho caderno)
EFEITOS ADVERSOS
-anemia, ganho de peso, edema
-aumenta o risco de infarto do miocárdio
-contra-indicado em pacientes com doenças hepáticas
INIBIDORES DE α-GLICOSIDASE (enzima do intestino que quebra as ligaçoes entre açucares – α16)
Acarbose (Glucobay)
É indicado no DM tipo 2 que não responde satisfatoriamente à dieta.
-diminuição da absorção de carboidratos
-Administraçao com as refeições
USOS: idosos; hiperglicemia pós-prandial; associaçao com hipoglicemiantes orais.
EFEITOS ADVERSOS
-alteraçoes gastrintestinais
INCRETINOMIMÉTICOS Tipo 2
Exenatida; Inibidores da DPP-4
Mimetiza a ação das incretinas.
As incretinas são peptídeos liberados pelo TGI com o estimulo da alimentação. O alimento estimula o intestino a secretar GLP-1 e GIP.
	GLP-1: atuam nas células β (↑insulina ↑captação de glicose)
A GLP-1 se liga a um receptor especifico na membrana das células βativa a Proteina GAtiva a Adenilato Ciclase↑AMPcativa proteína quinase A (PKA) e o fator de troca do nucleotídeo guanina regulado por AMPc IIatividade de canais iônicos, fecha canais de K e abre canais de cálcioaumento da concentração de cálcio exocitose de grânulos contendo insulina.
	GIP: atuam nas células α (↓glucagon ↓fluxo de glicose)
A enzima DPP-4 é responsável pela degradação desses peptídeos em outros que são inativos.
EXENATIDA: peptídeo agonista do receptor de GLP-1
	-injetável (via parenteral)
	-aumenta a secreção de insulina
	-diminui a secreção de glucagon
INIBIDORES DA DDP-4
	Sitagliptina e Vildagliptina
São fármacos que inibem a enzima acentuando a ação do GLP-1.
*vômitos, diarreia, tontura, cefaleia e acidez estomacal
**náusea, vomito, dor abdominal
FÁRMACOS HIPOLIPEMIANTES
Dislipidemia: alteração do perfil lipídico caracterizado por hipercolesterolemia e/ou hipertrigliceridemia. Pode ainda ser caracterizada por elevação na concentração sérica de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C) e/ou redução de lipoproteínas de alta densidade (HDL-C).
LIPOPROTEÍNAS= complexos macromoleculares formados por proteínas e lipídios (lipídeos se associam a apoproteínas).
CARACTERÍSTICAS DAS LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS
	CLASSE
	DENSIDADE (g/mL)
	LIPÍDIO
	APOPROTEÍNA
	LOCAL DE SÍNTESE
	Quilomicrons
	<<1,006
	Triglicérides e colesterol da dieta
	B-48,E, A-I, A-IV, C-I, C-II, C-III
	Mucosa intestinal
	VLDL
	<1,006
	Triglicérides endógenos
	B-100, E, C-I, C-II, C-III
	Fígado
	IDL
	1,006-1,019
	Colesteril éster; triglicérides endógenos
	B-100, E, C-II, C-III
	Produto do catabolismo de VLDL
	LDL
	1,019-1,063
	Colesteril éster
	B-100
	Produto do catabolismo de VLDL
	HDL
	1,063-1,21
	Colesteril éster; fosfolipídes
	A-I, A-II, E, C-I, C-II, C-III
	Intestino, fígado
ESTRUTURA DA LDL
AÇÃO ATEROGÊNICA DO LDL
Responsável pela formação das placas (ateromas) nos vasos. Uma forma oxidada do LDL desencadeia uma reação inflamatória nos vasos que forma o ateroma.
LDL é captado por macrófagosmacrófagos espimantesreação inflamatóriacitocinasproliferação de célulaslesao do endotélioagregação plaquetáriaabstruçao dos vasosFÍGADO: REMOÇÃO DO LDL CIRCULANTE
-No hepatócito:
Receptores que reconhece LDLLDL se ligaendocitose (endossoma)transferencia para o lisossomahidrólisecolesterol livremembrana; hormônios, ácidos biliares.
-No Fígado:
	Receptor de LDL remove 75% do LDL plasmático
	Transcrição gênica fator de transcrição: SREBPs transcreve o receptor de LDL
No RE tem SREBP que tem que ser ativada para ir para o núcleo e transcrever o receptor.
↑[colesterol livre]	↓receptor de LDL
↓[colesterol] 	↑passagem para o Golgi ↑transcrição de genes ↑receptores de LDL
HDL – COLESTEROL
ESTRUTURA DO HDL
MECANISMO DE AÇÃO
Diminui o risco de doença coronariana
-Transporte Reverso de Colesterol= leva o colesterol que está nas células para o fígado.
HDL nascente + colesterol HDL maduro fígado colesterol livre
-Ação anti-inflamatória, antioxidante, antiagregante plaquetário e fibrinolítica.
Precursor-apoA-I (lipoproteínas nascente) + fosfolípides
	Precursor-apoA-I circula pelo organismoIncorpora colesterol livre das célulasvolta para o fígado (HDL)
CLASSIFICAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE COLESTEROL (mg/dL)
	LDL colesterol
	
	TRIGLICÉRIDES
	< 100
	Otimo
	
	< 150
	Normal
	100-129
	Moderadamente alto
	
	150-199
	Limítrofe alto
	130-159
	Alto limítrofe
	
	200-499
	Alto
	160-189
	Alto
	
	> 500
	Muito alto
	> 190
	Muito alto
	
	
	
	HDL colesterol
	
	
	
	< 40 (<50 mulheres)
	Baixo
	
	
	
	> 60
	Alto
	
	
	
	Colesterol Total
	
	
	
	< 200
	Desejável
	
	
	
	200-239
	Alto limítrofe
	
	
	
	> 240
	Alto 
	
	
	
DISLIPIDEMIAS
Alteração do perfil lipídico
	-Hipercolesterolemia
	-Hipertrigliceridemia
FÁRMACOS HIPOLIPEMIANTES
CLASSES DE FÁRMACOS
ESTATINAS
-Primeiro: Mevastatina muito hepatotóxica
-Simvastatina derivado semi-sintético 
-Rosuvastatina sintético
MECANISMO DE AÇÃO
Inibição da 3-hidroxi-metilglutaril coenzima A redutase (HMG-CoA)= etapa limitante da síntese de colesterol.
Estatina= ↓colesterol hepático↑passagem de SREBP para o golgiação de endopeptidases↑clivagem de SREBP (ativo)um fragmento vai para o núcleo↑ativaçao de fator de transcrição↑receptor de LDL no hepatócito↓LDL-C.
-Simvastatina é administrado a noite porque o pico de síntese do colesterol é a noite (inicio da madrugada), então precisa garantir que o fármaco esteja presente nesse horário e como o T ½ B é de aproximadamente 3 horas devem ser administradas a noite.
RELAÇÃO DOSE / % DE DIMINUIÇAO DO LDL-C
	
	20-25%
	26-30%
	31-35%
	36-40%
	41-50%
	51-55%
	Atorvastatina
	-
	-
	10
	20
	40
	80
	Fluvastatina
	20
	40
	80
	
	
	
	Lovastatina
	10
	20
	40
	80
	
	
	Pravastatina
	10
	20
	40
	
	
	
	Rosuvastatina
	-
	-
	-
	5
	10
	20,40
	Simvastatina
	-
	10
	20
	40
	80
	
EFEITOS ADVERSOS
-Miopatias (~0,01%) – alterações da musculatura esquelética
	-Mialgias= fraqueza ou dor muscular sem elevação de creatina quinase (fator indicador de lesão)
	-Miosite= fraqueza ou dor muscular com elevação significativa de creatina quinase
	-Rabdomiólise= síndrome causada por danos na musculatura esquelética resultando em extravazamento do conteúdo de células musculares para o plasma.
O risco de miopatias aumenta nas associações estatinas com:
	-fibratos (genfibrozil)			-digoxina				-ciclosporina
	-varfarina				-antibioticos macrolídicos
O risco de miopatias aumenta:
	-idade > 80 anos			-disfunção renal ou hepática		-Diabetes mellitus
-Hepatotoxicidade
	-Aumento de transaminase hepática em 1-3% dos pacientes
EZETIMIBA
MECANISMO DE AÇÃO
Inibição seletiva da absorção intestinal de colesterol
	-diminui conteúdo de colesterol nos quilomicrons
	-diminui colesterol hepático
	-aumenta a expressão de receptores de LDL hepáticos
Ezetimiba= ↓colesterol hepático↑passagem para o golgi↑clivagem de SREBPvai para o núcleo↑fator de transcrição↑receptor de LDL no hepatócitoremoção do LDL do plasma↓LDL-C
-Eficácia máxima na monoterapia= ↓15-20% do LDL-C
-Geralmente utilizada em associação com estatinas= redução adicional de 18-20% no LDL-C
EFEITOS ADVERSOS
-Reações alérgicas; cefaleia; dor abdominal e diarreia.
SEQUESTRANTES DE ÁCIDOS BILIARES
-Colestiramina		-Colestipol		-Colesevelam
ÁCIDOS BILIARES= o colesterol é o precursor da produção de sais biliares. Praticamente 95% dos sais biliares que são excretados são reabsorvidos no intestino e armazenados na vesícula biliar, por isso tem baixa síntese e alta secreção.
MECANISMO DE AÇÃO
Sequestram sais biliares no intestino↓reabsorçao↑sinteseconsome mais colesterol (↓colesterol)↑receptor de LDL no fígado.
Ligação aos ácidos biliaresinterrupçao do ciclo entero-hepáticodepleçao dos estoques de colesterol hepático↑receptor de LDL↓LDL-C.
-Redução do LDL-C= 15-30% (dose máxima)
EFEITOS ADVERSOS
	-desconforto abdominal
	-constipação
	-diminuição da absorção de outros fármacos
ÁCIDO NICOTÍNICO (NIACINA) - vitamina
MECANISMO DE AÇÃO
Inibe diacilglicerol acetiltransferase 2= enzima que atua na etapa limitante da sintese de triglicérides
-Redução do LDL-C= 5-25% (30-40% - em associação)
EFEITOS ADVERSOS
	-desconforto gastrintestinal
	-rubor desconfortável = face, tronco, urticária, Acanthosis nigracans
FIBRATOS
-Benzafribato		-Fenofibrato		-Ciprofibrato		-Genfibrozil
MECANISMO DE AÇÃO
Ativação de “α-peroxisome proliferator actived receptor” (PPAR-α receptor intracelular que é ativado pelos fibratos↑transcrição gênica)
	-aumento da oxidação de ácidos graxos
	-aumento da lipoproteína lípase= aumento da remoção de triglicérides das lipoproteínas (↓[LDL])
	-aumento da apoA-I e apoA-II= aumento de HDL
-Redução do LDL-C= 5-20%
EFEITOS ADVERSOS
	-distúrbios gastrintestinais
	-cálculo biliar
	-miopatia
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
HORMÔNIOS ESTERÓIDES
SINTESE DE ESTRÓGNEOS E PROGESTERONA
No ovário predomina a síntese de progesterona e estradiol e no fígado estrona e estriol.
MECANISMO E AÇÃO: RECEPTORES INTRACELULARES
Esses hormônios interagem com receptores intracelularesformação de dímeromigra para o núcleotranscriçao gênica dos genes que reconhecem esses receptores.
(desenho caderno)
AÇÕES FISIOLÓGICAS
-Metabolismo de lipídeos, carboidratos, proteína e minerais
-Comportamento
-Controle da ovulação ciclo menstrual
-Preparação do aparelho reproduto para a fertilização e implantação
CICLO MENSTRUAL
GnRH aumenta a secreção de LH/FSHque aumenta a secreção de estrógeno/progesterona
Fase Folicular
-FSH e LH: maturação do folículo (↑estradiol e progesterona se mantem baixa)
-retroalimentação negativa: estrógeno/progesterona tem efeito inibitório sobre a pituitária diminuição de LH e FSH
No meio do ciclo
-retroalimentaçao positiva: ↑GnRHpico de LH e FSHrompimento do folículoovulaçao.
Corpo lúteo
Ovulação↑progesterona e estrógeno corpo lúteo
Na ausência de fertilização
-Corpo lúteo perde a atividade
-Diminuição de estrógeno e progesterona mestruaçao
ÚTERO
Endométrio
	-Fase Folicular: proliferação e diferenciação celular
	-Fase Lútea: diferenciação, secreção, crescimento dos vasos
Muco cervival
	-Estrógeno: maior conteúdo de água
	-Progesterona: menor conteúdo de água (muco mais viscoso)
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
	Muito eficientes
Indice de falha 0,1-1%
	Eficientes
Índice de falha 5-20%
	Pouco eficientes
Índice de falha 10-20%
	Contraceptivos hormonais (orais, injetáveis, implantes)
DIU
Vasectomia
Ligação tubária
	Preservativo masculino e feminino
Diafragma
	Espermicidas
Método do muco cervical
Tabelinha
Método da temperatura basal
Coito interrompido
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
PROGESTAGÊNIOS
Progesterona
-alta lipossolubilidade
-Efeito de 1a passagem muito intenso: quando passa pelo fígado praticamente tudo é transformado em metabólitos.
	-Via Oral: usa derivados sintéticos. 
Mudança na estrutura ↓atividade androgênica ↓efeito de 1 passagem
-Metabólitos: derivados hidroxilados conjugados com sulfato e ácido glicurônico (Ciclo entero-hepático).
DerivadosSintéticos
Modifica a estrutura para diminuir os efeitos androgênicos e de 1 passagem.
Pregnanas
Ex: acetato de megestrol e acetato de medroxiprogesterona
Possuem 2 substituiçoes que diminuem o efeito de 1 passagem, porem aumenta o efeito androgênico (presença de uma metila no C19)
Estranas
Ex: noretindrona e diacetato de etinodiol
Não possuem a metila no C19 entao ↓efeito androgênico e tem uma modificação que ↓efeito de 1 passagem
Gonanas
Ex: desogestrel e norgestimato
Não possui a metila no C19 e possui outra substituição. É a que possui menor efeito androgênico
Açao fisiologica
	-pequeno aumento do LDL, e pouco efeito sobre o HDL
	-aumento da insulina basal e estimulada: uso prolongado de compostos mais potentes leva a intolerância a glicose.
	-açao antagonista da aldosterona: diminui a reabsorção de Na.
	-aumento da temperatura basal
ESTROGÊNIOS
Estrógenos
Estradiol principal hormônio ovariano:
	-alta lipossolubilidade
	-metabolismo de 1 passagem. Via Oral= derivados sintéticos (etinilestradiol, mestranol)
	-metabolismo hepático
	-ciclo entero-hepatico
Esteroide conjugado com acido glicurônico bile intestino (hidrólise)liberaçao de esteroide
Ação fisiológica
	-diminuiçao da reabsorção ósseaosteoporose
	-↑HDL, ↓LDL, ↓colesterol, ↑triglicérides
	-aumento da síntese de angiotensinogenio
	-aumento dos fatores da coagulação aumento da tendência de coagulação do sangue
	-diminuiçao de fatores anti-coagulantes (anti-trombina III, proteinca C, proteína S)↑tendencia de coagulação
TIPOS DE CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
Contraceptivos Orais
-Combinado: possui uma variação de estrógeno e progesterona no comprimido
-Progestagênio “mini-pílula”
Adesivos
São altamente lipossolúveis
Etinilestradiol + Norelgestromina
Uso: 3 semanas no mês
Indice de falha: 0,7-0,8/100mulheres/ano
-Atuam no eixo hipotálamo-hipófise: estrogeno+progesteronaefeito de retroalimentação negativainibe a hipófise na secreção de GnRH inibe a secreção das gonadotrofinas (LH e FSH)inibi e ovulação.
-Altera a viscosidade do muco cervical: dificulta a mobilidade dos espermatozoides.
Anel vaginal
Etinilestradiol (0,015mg/dia) e Etonogestrel (0,12 mg/dia)
Inserir no 1o dia do ciclo e remover após 3 semanas
Injetáveis
-Injetável mensal: enantato de norestiterona 50mg + valerato de estradiol 5mg
-Injetável trimestral: acetato de medroxiprogesterona 150 mg
Intramuscular (liberaçao lenta dos hormonios)
Implantes
Sistema de seis bastões de silicone que tem o hormônio e vão ser liberados lentamente na circulação.
Norplant 36 mg levonorgestrel. Os bastões são implantados no braço e duram 5 anos.
Obs: tem outras opções porque o contraceptivo oral tem o problema hepático e isso é reduzido se não for administrado por via oral, porque assim o hormônio primeiro é absorvido, passa pela corrente sistêmica e só depois vai para o fígado (↓efeito de primeira passagem).
MECANISMO DE AÇÃO
O estrógeno e a progesterona exercem um feedback negativo no hipotálamo e na pituitária anterior, então não ocorre o pico de LH/FSH não ocorrendo a ovulação.
Contraceptivos hormonais combinados
Efeito inibitório sobre o hipotálamo e pituitária
	-reduçao significativa e ausência de pico de Lh e FSH
	-reduçao dos esteroides endógenos
	-ausencia de ovulação
Somente Progestina Mini-pílula
Inibi a ovulação de 60-80% dos ciclos; alterações do endométrio; espessamento do muco cervical (diminui a penentraçao dos espermatozoides).
EFEITOS ADVERSOS
Leves
Náusea, mastalgia (dor na mama), cefaleia, ausência de sangramento menstrual (é efeito adverso porque a mulher pode pensar que está grávida).
Moderados
Sangramento irregular (ocorre mais com injetáveis e implantes); ganho de peso (retenção de água ou efeito anabólico); pigmentação da pele; acne (diretamente relacionada a atividade androgênica, estrogeno melhora acne); hirsustismo (crescimento de pelo – atividade androgênica); amenorreia (ausencia do ciclo menstrual depois que suspender o uso).
Graves 
Depressao; sistema gastrintestinal (icterícia colastática, calculo biliar adenoma hepático, carcinoma hepatocelular); cardiovasculares (AVC, doenças tromboembólicas (formação de coágulo no vaso), infarto do miocárdio, hipertensão).
Maior risco de efeito adversos cardiovasculares em fumantes acima de 35 anos. Mulheres que usam contraceptivos direto tem maior risco de ter câncer, isso porque elas vão mais ao medico então descobrem o câncer precoce.
CONTRA-INDICAÇÕES
-Historia de doença tromboembólica
	-infarto do miocárdio
	-doença coronariana
	-dislipidemia
	-diabetes
	-enxaqueca
	-predisposiçao ou presença de câncer de mama
	-sangramento vaginal de causa desconhecida
	-tumor ou comprometimento da funçao hepática
	-asma
BENEFÍCIOS DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
-Reduçao do risco de câncer de ovário
-reduçao do risco de câncer de endométrio
-diminuiçao do fluxo menstrual
-diminuiçao de cólicas menstruais
-diminuiçao do risco de câncer colo-retal
INTERAÇÕES
-Indutores enzimáticos
	-rifampicina		-fenitoína		-fenobarbital
-Farmacos que reduzem o ciclo entero-hepático
	-antibioticos de amplo espectro
CONTRACEPÇÃO DE EMERGENCIA
Reduz o risco de gravidez em 75%.
Aumenta muito a concentraçao dos hormônios, diminui a motilidade das trompas (↓implantaçao) e também favorece a escamação (menstruaçao).

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