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AINEs, glicocorticoides, antileucotrienos, anti-histamínicos, DM, contraceptivos, antiulcerosos, antieméticos

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Farmacologia da inflamação: 
AINEs 
→ Inflamação 
↘ Resposta protetiva deflagrada por infecções, 
doenças autoimunes e lesões (traumas, etc.) 
↘ 4 tipos de resposta 
 ↘ Calor 
 ↘ Rubor 
 ↘ Inchaço 
 ↘ Dor 
 ↘ Perda de função → Quando não ocorre resolução 
da inflamação, as outras 4 respostas podem gerar uma 
quinta: a perda de função 
 
→ Características 
↘ Aumento da permeabilidade vascular 
 ↘ Dilatação arteriolar, expansão dos capilares, 
migração de neutrófilos, extravasamento de plasma → 
Edema 
↘ Diapedese e migração trans-endotelial 
 ↘ Adesão e diapedese de leucócitos 
 ↘ Reconhecimento de PAMPs 
 
→ Imunidade inata e adaptativa 
↘ Quimiotaxia → “Recrutamento” dos tipos celulares 
associados às inflamações 
↘ Liberação de citocinas → IL-1β, TNF-α e IL-6 → Estas 
chegam ao hipotálamo induzindo a expressão da 
enzima COX-2 
 
→ Cascata da inflamação 
↘ Estímulos inflamatórios levam à ativação da 
fosfolipase A2 (PLA2) 
↘ A PLA2 é responsável por converter o ácido 
araquidônico esterificado das membranas em ácido 
araquidônico livre 
↘ Ácido araquidônico pode seguir duas vias 
 ↘ Lipoxigenases (LOX) → Conversão a HETEs, 
leucotrienos, lipoxinas → Permeabilidade vascular e 
broncoconstrição 
 ↘ Ciclooxigenases (COX) → Conversão a 
prostanoides (prostaglandinas, prostaciclinas e 
tromboxanos) → Dor, vasodilatação, edema, febre 
 
→ Mediadores inflamatórios 
↘ Histamina, serotonina, substância P, íons H+ e K+, 
CGRP, cininas, citocinas, neurotrofinas, glutamato, 
prostaglandinas, leucotrienos, óxido nítrico, radicais 
livres 
 
 
→ Eicosanoides 
↘ Ácidos graxos de 20 C, geralmente derivados do 
ácido araquidônico liberado da membrana por 
fosfolipases 
↘ Prostaglandinas e tromboxanos (COX), leucotrienos 
e lipoxinas (LOX) 
 
→ Plasticidade sináptica 
↘ Aumento de potenciais de ação aferentes promove 
facilitação prolongada da neurotransmissão no corno 
dorsal da medula 
↘ Bradicinina e PGE2 
↘ ↑ Excitabilidade e transmissão das vias nociceptivas 
centrais 
 
→ Prostanoides → Após produção, são secretadas 
para o meio extracelular (efeito autócrino ou parácrino 
via receptores metabotrópicos) 
↘ Tromboxano A2 (TxA2) → (+) Agregação plaquetária, 
broncoconstrição, vasoconstrição 
↘ Prostaciclina (PGI2) → (‒) Agregação plaquetária, 
broncodilatação, vasodilatação 
↘ PGE2 → Broncodilatação, vasodilatação; pode 
predominar na mucosa gástrica; neurônios 
termorregulatórios expressam receptores para PGE2 
↘ PGF2α → Broncoconstrição, vasoconstrição, 
contração uterina 
 
→ Ciclooxigenases 
↘ COX-1 → Constitutiva; produção basal de 
prostanoides expressa na maioria dos tecidos, inclusive 
nas plaquetas e na mucosa gástrica 
 ↘ Age muito na mucosa gástrica; efeito 
gastroprotetor (↓ [H+] e ↑ Produção de muco) → Uso 
de (‒) não seletivos de COX podem levar ao inverso (↑ 
[H+] e ↓ Produção de muco) → O resultado do uso 
crônico é o desenvolvimento de úlceras gástricas 
↘ COX-2 → Induzida (LPS, IL-1, IL-6: via do NF-KB); 
processo inflamatório, hipotálamo (febre) 
 ↘ Age nos rins, contração uterina, vasodilatação, 
sensibilidade de nociceptores, estímulo da febre 
 
→ AINEs 
↘ Propriedades farmacológicas → Antitérmico, 
analgésico, anti-inflamatório 
↘ Mecanismo em geral → Bloqueio da COX 
↘ Outros fármacos → Dipirona e paracetamol (efeitos 
analgésicos e antitérmicos apenas) 
 
→ AINEs não seletivos 
→ Salicilatos 
↘ Ácido salicílico (AS), ácido acetilsalicílico (AAS ou 
aspirina), salicilato de sódio, diflunisal 
↘ Maior afinidade por COX-1, apesar de ainda serem 
considerados não seletivos 
↘ AAS 
 ↘ Antagonismo de COX 
 ↘ Acetilação da COX-1 → Inibição “irreversível” → 
↓ Produção de prostanoides 
 ↘ Acetilação da COX-2 → Produção de 15-epi-
lipoxina-A4 → Ação anti-inflamatória, facilitando 
resolução da inflamação 
↘ Em ↓ doses → Agregação plaquetária apenas 
(graças a não produção de TXA2 pelo bloqueio apenas 
de COX-1) 
↘ Em ↑ (maiores) doses → Efeito anti-inflamatório 
↘ Metabolização 
 ↘ ↓ t ½; sofre efeito de 1ª passagem 
 ↘ Processos de metabolização são saturáveis → 
Resultado é salicilato livre (metabólito dos salicilatos) 
→ Pode causar salicilismo (tratamento: alcalinização 
da urina) → Vômitos, confusão, zumbidos, hipertermia, 
alcalose respiratória, acidose metabólica e 
insuficiência de múltiplos órgãos 
 
→ Fenamatos 
↘ Derivados do ácido antranílico 
↘ Ácido mefenâmico e ácido meclofenâmico → Uso 
para dismenorreia (↓ formação de PGF2α); uso de curta 
duração na artrite reumatoide (AR) 
↘ Diclofenaco (de potássio e de sódio) → Seletividade 
COX-2 moderada; + potente que o AAS, indometacina 
e o naproxeno; indicado para o tratamento da AR 
 
→ Derivados heteroaril acéticos 
↘ Indometacina → Mais potente que o AAS na (‒) COX; 
mais gastro-irritante; efeito da classe mais 
pronunciado que os salicilatos na AR 
↘ Sulindaco e cetorolaco (ação analgésica 
principalmente; sublingual, gotas oftálmicas) 
 
→ Derivados do ácido propiônico 
↘ Cetoprofeno, ibuprofeno, flurbiprofeno e 
naproxeno 
↘ Perfil anti-inflamatório bastante parecido para 
todos os derivados dessa classe 
↘ (‒) de COX-1 geralmente menos potente que do AAS 
→ Exceção: naproxeno (20x + potente) 
↘ Indicações terapêuticas → As mesmas que os 
salicilatos 
 
→ Oxicans 
↘ Piroxicam → + anti-inflamatório que analgésico; AR 
↘ Meloxicam → Seletividade 10x para a COX-2; ↑ t ½; 
uso crônico de AR 
 
→ Pirazolonas 
↘ Fenilbutazona, oxifenilbutazona, aminopirina e 
dipirona 
↘ Dipirona → Anti-inflamatório e antitérmico → Não é 
AINE 
 
→ AINEs e gastrotoxicidade 
↘ Prostanoides produzidos pela COX-1 atuam 
principalmente no estômago → (‒) da produção de [H+] 
(efeito gastroprotetor) 
↘ Uso de AINEs não seletivos pode levar ao 
desenvolvimento de úlceras gástricas, gastrite, etc. 
↘ Pacientes com quadro de gastrite → Uso de AINEs 
ainda é possível, porém deve ser feito associado a um 
gastroprotetor 
 ↘ Omeprazol → Inibidor de bomba de prótons 
 ↘ Ranitidina → Inibidores H2 
 ↘ Misoprostol 
 
→ AINEs seletivos COX-2 
↘ Meloxicam e etodolaco → Citados anteriormente; 
são não seletivos, porém possuem maior afinidade 
pela COX-2 
↘ Grupamento SO2 é importante para a afinidade 
COX-2 → Sulfonas e sulfonamidas 
↘ Nimesulida → Mecanismo adicional antioxidante; ↓ 
incidência de úlcera péptica ou efeitos 
cardiovasculares; uso prolongado → Hepatotoxicidade 
 
→ Coxibes 
↘ Colecoxibe, etoricoxibe, parecoxibe → Principais 
(ou?) ainda comercializados 
↘ Rofecoxibe, valdecoxibe, lumiracoxibe 
 
→ Efeitos pró-trombóticos 
↘ PGI2 → Atua no endotélio vascular; propriedade 
antiagregante; proveniente da COX-2 
↘ TXA2 → Atua nas plaquetas; propriedade pró-
agregante; proveniente da COX-1 
↘ AINEs seletivos COX-2 vão inibir apenas COX-2 → 
Efeito antiagregante não acontece por inibição de COX-
2; efeito pró-agregante ocorre devido a não inibição de 
COX-1 → Efeitos pró-trombóticos → 
Comprometimento cardiovascular 
 
→ Farmacologia dos analgésicos e antitérmicos 
↘ Hipotálamo (área pré-óptica) 
↘ Indução de COX-2 e PGE-1 → Síntese de PGE2 → 
Febre 
↘ IL-1β, IL-6, TNF-α 
 
→ Dipirona (metamizol) 
↘ Excelente analgésico, antipirético (antitérmico) e 
espasmolítico → Apesar de mecanismo ainda em 
debate 
↘ Ação rápida 
↘ Oral, porém disponível também como injetável 
(pode causar hipotensão) 
↘ Não interfere na função plaquetária (PGI2 X TXA2) 
↘ Hidrólise espontânea → Pró-fármaco? 
↘ t ½ → 2,5-4 h 
↘ Duração do efeito → 4-6 h 
↘ Mecanismo (ainda em debate) 
 ↘ Inibição fraca da COX (observação in vitro) 
 ↘ Endocanabinoides, opioides, NO 
 ↘ TRPA1, CB1, TRPV1→ Detecção e regulação da 
temperatura corporal 
 
→ Paracetamol (acetaminofeno) 
↘ Derivado do para-aminofenol 
↘ Excelente analgésico, antipirético (antitérmico) 
↘ t ½ → 2-3 h 
↘ Duração do efeito → 4-6 h 
↘ Gera metabólito ativo (AM 404) 
↘ Não interfere na função plaquetária (PGI2 X TXA2) 
↘ Inibição fraca de COX-2 > COX-1; endocanabinoides; 
TRPV1→ Mecanismo ainda em debate 
↘ Possui efeito reduzido na presença de EROs → 
Tecido inflamado; ineficaz como anti-inflamatório 
↘ Toxicidade/Overdose 
 ↘ Metabolizações (conjugação com ácido 
glicurônico e sulfatação) são saturáveis 
 ↘ Ocorre metabolização pela CYP2E1 → N-
acetiliminoquinona (tóxico) → 2 caminhos 
↘ Conjugação com glutationa → Excreção 
↘ Toxicidade → Reação com proteínas e ácidos 
nucleicos 
 ↘ Manejo é feito pela administração de N-
acetilcisteína (eleva os depósitos de glutationa 
hepática, permitindo que se siga o primeiro caminho) 
 
→ Farmacocinética dos AINEs 
↘ Vias de administração → Oral, retal, sublingual, 
tópica, intramuscular, i.v. 
↘ Características → Boa absorção oral, ↑ ligação a 
proteínas plasmáticas, encontrados no fluido sinovial 
após repetidas doses, metabolização hepática (cuidado 
com inibidores CYP450!), excreção na urina, bile e 
fezes; t ½ variável 
 
→ Indicações clínicas 
↘ Antipirético e analgésico → Todos 
↘ Analgésico e anti-inflamatório → Todos, exceto 
paracetamol e dipirona (ambos são apenas 
analgésicos) 
↘ AR e osteoartrite 
↘ Associação com gastroprotetores 
↘ Antiplaquetário → AAS em baixas doses, inibição 
preferencialmente da COX-1 → ↓ Produção de TXA2 
(pró-agregante) 
 
→ RAMs 
↘ Distúrbios gastrointestinais 
↘ Hipersensibilidade 
↘ Sangramento → Bloqueio de COX → ↓ Agregação 
plaquetária → Comprometimento da coagulação 
↘ Tromboembolismo 
↘ Salicilismo → Depressão respiratória, ↑ CO2 
↘ Hepatotoxicidade → Paracetamol 
↘ Nefrotoxicidade 
 
→ Contraindicações 
↘ Insuficiência renal, úlcera gástrica, hipertensão 
arterial e outras doenças cardiovasculares, distúrbios 
da coagulação, febre viral (p. ex. dengue) 
↘ AAS em crianças → Síndrome de Reye 
↘ Gravidez → Contração uterina 
↘ Asma → Bloqueio de COX → Ácido araquidônico vai 
ser metabolizado preferencialmente pela LOX → 
Formação de leucotrienos → Quimiotaxia de 
broncoconstritores 
 
→ Interações medicamentosas 
↘ Anti-hipertensivos e diuréticos → Prostanoides 
aumentam perfusão renal e excreção de Na+ → Ocorre 
redução da eficácia anti-hipertensiva 
↘ Anticoagulantes → Varfarina; ↑ risco de 
sangramento 
↘ Álcool e paracetamol → Hepatotoxicidade 
↘ Inibidores da CYP450 → ↑ t ½ dos AINEs 
 
Glicocorticoides 
→ Cortisol 
↘ Produzido pela adrenal em seu córtex 
↘ Efeito anti-inflamatório e imunossupressor 
↘ Sistema endócrino + Sistema imune 
↘ Hormônio do estresse 
↘ Relacionado também ao ciclo circadiano (↑ produção com incidência de luz solar; início do dia; disposição) 
↘ Eixo HPA → Hipotálamo produz CRH, levando à produção de ACTH pela pituitária, o que resulta em produção de 
cortisol pela adrenal; cortisol, por sua vez, inibe hipotálamo e hipófise na produção de seus respectivos hormônios 
↘ Principais ações fisiológicas 
 ↘ ↑ Glicemia 
 ↘ Retenção de Na+ 
 ↘ Efeito anti-inflamatório e imunossupressor 
↘ Distúrbios da secreção 
 ↘ Síndrome de Addison (↓) → Tonturas, manchas escuras 
 ↘ Síndrome de Cushing (↑) → Face de lua, corcunda de búfalo, pele fina (risco de pancadas e sangramento), 
deposição de gordura abdominal 
 
→ Mecanismo 
↘ Lipofilicidade → Capacidade de atravessar MP 
↘ GR → Receptor de glicocorticoides 
↘ HSP70 e HSP90 → Chaperonas que estabilizam a forma inativa de GR 
↘ Deslocamento para o núcleo → Indução de transcrição gênica → Por 
isso corticoides são anti-inflamatórios de ↑ potência; ação indireta 
↘ Síntese de proteínas → Alterações nas funções celulares 
 
↘ Consequências 
 ↘ ↑ Expressão de proteínas anti-inflamatórias (IK-B, anexina-1) 
 ↘ ↓ Expressão de mediadores pró-inflamatórios (citocinas, 
COX-2, moléculas de adesão endotelial) 
 ↘ Alteração na expressão de proteínas constitutivas (CRH, ACTH) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Inibição da cascata do ácido araquidônico 
↘ ↑ Anexina-1 ‒Inibição→ Fosfolipase A2 
 
↘ Inibição que é relevante para ser citada → PGE2 → 
Ativa os 5 sinais da inflamação (calor, rubor, dor, 
edema e perda funcional) 
↘ Neurônios termorregulatórios expressam receptor 
da PGE2 → Ligação de PGE2 → Recrutamento de mais 
mediadores → ↑ Resposta de dor e calor 
↘ (‒) Imunidade inata e adaptativa 
 
 
→ Efeitos cardiovasculares 
↘ Endotélio → ↓ Expressão de moléculas de adesão 
→ ↓ Rolamento, adesão e da diapedese de leucócitos 
→ Sem quimiotaxia da inflamação 
 
→ Função celular 
↘ ↓ Monócitos e produção de citocinas (TNF-α, IL-1, 
IL-2, IL-6), leucotrienos 
↘ ↓ Moléculas de adesão do endotélio 
↘ ↓ Liberação de histamina 
↘ ↓ Processamento/apresentação de antígenos; 
linfopenia, eosinopenia, neutrofilia 
 ↘ ↓ Expansão clonal 
 ↘ ↓ Produção de citocinas 
 ↘ ↓ Anticorpos 
 
→ Propriedades farmacológicas 
↘ Efeito diabetogênico → ↑ Glicogênio hepático, 
resistência à insulina, gliconeogênese → 
Contraindicado para diabéticos 
↘ Obesidade visceral 
↘ Osteopenia e osteoporose → (‒) osteoblastos 
(deposita fosfato de cálcio no tecido ósseo) e (+) 
osteoclastos (mobiliza fosfato de cálcio do tecido 
ósseo) 
↘ Atrofia muscular → Catabolismo proteico, 
adelgaçamento da pele 
↘ Sistema endócrino → ↓ LH/FSH, TSH, GH, ACTH 
↘ Hipertensão → Retenção de sódio e água 
↘ Crescimento → ↓ GH (fator do crescimento) → 
Contraindicado para crianças 
 
→ Glicocorticoides 
↘ Cortisol (Hidrocortisona) → OH vira carbonila 
formando a cortisona por ação da 11-β-
hidroxiesteroide desidrogenase 
↘ Fludrocortisona, triancinolona, betametasona 
↘ Prednisolona → Potência intermediária 
↘ Dexametasona → Glicocorticoide mais potente 
disponível 
↘ Forma tópica → Pomadas; mais seguras pois não 
apresentam efeito sistêmico 
 
↘ Cortisol tem ↑ afinidade pelo receptor 
mineralocorticoide (MR) → ↑ Retenção de sódio e 
água com consequente excreção de potássio → 
Hipocalemia possível 
↘ Seletividade entre MR e GR 
 
 
→ Esteroides sintéticos 
↘ Ação rápida → Cortisol (hidrocortisona), 
beclometasona diproprionato, budesonida, 
fluticasona 
↘ Ação intermediária → Metilprednisolona, 
prednisolona, prednisona, triancinolona 
↘ Ação prolongada → Dexametasona, betametasona 
diproprionato ou fosfato dissódico 
 
→ Farmacocinética 
↘ Vias de administração 
↘ Oral 
↘ Parenteral 
↘ Tópica → Evita efeito sistêmico; não deve ser 
passado em feridas abertas → Risco de infecção 
oportunista 
↘ Intra-articular → Útil em casos de artrite 
↘ Inalatória → Uso de espaçadores para crianças 
para evitar deposição 
 
→ Indicações clínicas 
↘ Uso pela manhã 
↘ Endócrino → Reposição 
↘ Reações alérgicas → Dermatite de contato, rinite, 
urticária, conjuntivite alérgica 
↘ Distúrbios otológicos → Otite (associação com 
antibióticos) 
↘ Distúrbios hematológicos ou autoimunes → Anemia 
hemolítica, trombocitopenia purpúrea, lúpus 
↘ Distúrbios reumáticos → Artrite reumatoide e 
bursite 
↘ Transplante de órgãos → Associado a 
imunossupressores; evitar rejeição do órgão 
↘ Recém-nascido prematuro → Surfactante pulmonar; 
administração à mãe da criança para desenvolvimento 
dos pulmões 
↘ Neoplasias → Antiemético 
↘ Casos graves de COVID-19 → Tempestade de 
citocinas 
 
→ RAMs 
↘ Distúrbios eletrolíticos → Retenção de sódio e 
excreção de potássio 
↘ Hiperglicemia e glicosúria → Efeito diabetogênico 
↘ Risco de infecções oportunistas → Sistema imune 
suprimido pelo uso de corticoides 
↘ Osteoporose → Necrose da cabeça do fêmur; (‒) de 
osteoblastos e (+) de osteoclastos 
↘ Miopatia esteroidal 
↘ Catarata 
↘ Crianças em fase de crescimento → Redução 
↘ Inibição do eixo HPA → Esquema de retirada gradual 
se faz necessário 
 
 
↘ Síndrome de Cushing iatrogênica 
 
→ Contraindicações 
↘ Hipertensão, diabetes mellitus, osteoporose, 
hipocalemia, infecções (associação com antibiótico), 
catarata, glaucoma, cirurgia eletiva 
 
Antileucotrienos 
→ Leucotrienos 
↘ Provenientes da cascata da via do ácido 
araquidônico → Conversão pelas lipoxigenases (LOX) 
↘ Primeiro leucotrieno formado → LTA4 
↘ LTA4 → Pode sofrer ação de duas enzimas 
 ↘ LTA4hidrolase → LTB4 (diretamente 
relacionados às respostas de quimiotaxia) 
 ↘ LTC4 sintase → LTC4 → LTD4 → LTE4 
 
→ Famílias de leucotrienos 
 ↘ Leucotrienos da família LTB4 
 ↘ Leucotrienos cisteínicos (LC) → LTC4, LTD4 e LTE4; 
atuam em diversos sistemas, mas são importantes 
principalmente no contexto do sistema respiratório; 
induzem broncoconstrição; ação direta sobre o 
músculo liso das vias aéreas; glândula mucosa; agentes 
quimiotáticos de eosinófilos (↑); ↑ permeabilidade 
vascular (edema) 
↘ Os leucotrienos são mais potentes como 
broncoconstritores que a histamina (até 1000x (ou 40x) 
maior) 
↘ Os LC são a única família com alvos clínicos validados 
na farmacologia, por enquanto 
 
↘ Hiperresponsividade e ↑ influxo de eosinófilos → 
Características típicas da asma brônquica 
↘ Os leucotrienos mantém similaridade estrutural 
com o ácido araquidônico 
 
→ Receptores 
↘ BLT (1 e 2) → Família LTB4 
↘ CysLT (1 e 2) → Leucotrienos cisteínicos 
 ↘ CysLT1 → Encontrado em leucócitos 
majoritariamente, mas presente também em 
monócitos, eosinófilos e macrófagos; células CD34+ 
 ↘ CysLT2 → Também encontrado em leucócitos, 
porém com distribuição muito mais ambígua (presente 
em diversos tecidos, principalmente cérebro e coração, 
podendo ser encontrado também na adrenal) 
 
↘ Essa diferença de distribuição dos receptores CysLT1-
2 é importante, uma vez que o receptor 2 está muito 
mais distribuído, podendo causar efeitos adversos 
↘ Ambos os tipos estão acoplados à proteína Gq → (+) 
PLC → ↑ [IP3] e [DAG] 
 ↘ ↑ [DAG] → (+) PKC → (+) Diversas proteínas, 
incluindo o fator de transcrição NF-KB → ↑ Expressão 
de mediadores envolvidos com a resposta inflamatória 
 ↘ ↑ [IP3] → ↑ [Ca2+] → Contribui também para (+) 
PKC 
↘ Dessa forma, os LC têm ação broncoconstritora e 
inflamatória → Ação farmacológica principal no 
mercado é associado a alergias respiratórias 
↘ Ação contra uma resposta alérgena exacerbada não 
é eficaz → Amenização apenas 
 
→ Ação dos CysLT na asma → Necessidade de agir na 
broncoconstrição e na inflamação crônica 
↘ ↑ Secreção de muco e ↓ transporte de muco → 
Acúmulo 
↘ Dano causado pela liberação de proteínas catiônicas 
↘ Quimiotaxia de células inflamatórias 
↘ Ação sobre a musculatura lisa das vias aéreas → 
Contração e proliferação 
↘ Edema 
 
→ Fármacos 
↘ Antagonistas de receptores de CysLT 
↘ Zafirlucaste, pranlucaste, montelucaste 
↘ Farmacocinética variável 
↘ Todos se ligam fortemente a proteínas plasmáticas 
(↓ volume de distribuição) 
↘ Pranlucaste → Possui uma série de ações sobre o 
sistema neurológico → Atribui-se esse fato a uma 
menor seletividade entre receptores CysLT1 e CysLT2 
(CysLT2 está presente no cérebro) 
↘ Montelucaste → Mais efetivo que os outros dois; 
maiores ações sobre o sistema respiratório 
↘ Zafirlucaste → Não mais prescrito no tratamento da 
asma respiratória, porém ainda utilizado para DPOCs 
 
→ Tratamento da asma brônquica 
↘ Broncodilatador (agonista β) em associação a um 
anti-inflamatório de amplo espectro (glicocorticoides) 
e de uso inalatório (evitar administração sistêmica) 
↘ Efeito dos antileucotrienos é mais modesto, sendo 
preferível a associação agonista β2-glicocorticoides 
↘ A ação antileucotrieno pode ocorrer em diversas 
etapas da síntese 
Anti-histamínicos 
→ Biossíntese da histamina 
↘ Descarboxilação de uma histidina (aminoácido 
essencial) → Histidina descarboxilase 
↘ Histamina formada é armazenada em grânulos no 
interior das células que a produzem 
 ↘ Ligação química entre a amina da histamina e um 
grupo ácido carboxílico da heparina presente nos 
grânulos 
 
→ Metabolismo da histamina 
 ↘ Histamina ‒histamina-metiltransferase→ Metil-
histamina ‒MAOB→ Ácido N-metilimidazol acético 
↘ Histidina descarboxilase é uma enzima induzível → 
Processos fisiológicos e/ou fisiopatológicos podem 
modular a produção de histamina no organismo 
↘ Sínteses alternativas → A partir de bactérias em 
alimentos contaminados (metabolizada no nosso 
corpo); intestino de pacientes com asma; certas outras 
doenças 
 
→ Células em que há síntese de histamina 
↘ Produção menor → Células dendríticas, células T, 
macrófagos, neutrófilos, células epiteliais 
↘ Produção maior → Mastócitos e basófilos; células 
ECL e neurônios histamínicos 
 ↘ Mastócitos e basófilos se destacam por produzir 
e secretar histamina graças a uma resposta a um 
estímulo 
 ↘ Fenômeno de degranulação → Ocorre pela 
ligação antígeno-anticorpo 
 ↘ Células ECL → Liberação por ligação dos 
hormônios somatostatina e gastrina 
 ↘ Neurônios histamínicos → Liberação por ativação 
por DA, 5-HT, D-aspartato 
↘ Produção de histamina no SNC → Núcleo 
tuberomamilar 
↘ Dessa forma, a histamina age como: 
 ↘ Hormônio local no SNP 
 ↘ Neurotransmissor no SNC 
 
→ Ações da histamina 
↘ ↑ Secreção gástrica 
↘ Contração do músculo liso intestinal 
↘ Broncoconstrição 
↘ ↑ Permeabilidade vascular (edema) e vasodilatação 
(pode levar a uma hipotensão) 
↘ SNC → Controles de termorregulação, sono e vigília, 
etc. 
 
→ Receptores 
↘ H1 → Gq → (+) PLC) → ↑ [DAG] e [IP3] → (+) PKC e ↑ 
[NO] (NO é um agente vasodilatador nos endotélios 
vasculares) 
 
→ Resposta alérgica (anafilática) 
↘ Reações de hipersensibilidade 
↘ Exposição → Produção de IgE pelos linfócitos B → 
Reexposição 
↘ Receptores de alta afinidade para IgE (FcεRI) → 
Presentes em mastócitos e basófilos 
↘ Liberação de histamina após reexposição ao 
alérgeno e ligação ao IgE presente nas membranas de 
mastócitos e basófilos 
 ↘ ↑ Secreção de muco 
 ↘ Vasodilatação local e extravasamento de plasma 
(edema) 
 ↘ Quimiotaxia para neutrófilos, eosinófilos, 
basófilos, monócitos e linfócitos 
 ↘ Broncoconstrição 
 ↘ Coceira e erupção na pele 
↘ Anti-histamínicos = Antialérgicos → Bloqueio dos 
receptores H1 (tanto efeitos diretos quanto o bloqueio 
da produção de NF-KB [expressão de mediadores 
inflamatórios evitada]) 
↘ Farmacologicamente → Os anti-histamínicos não 
atuam por antagonismo, mas por agonismo inverso 
 
→ Receptor H1 
↘ Existe em equilíbrio em duas conformações 
 ↘ Ativa → Conformação preferida à histamina; 
desloca o equilíbrio a essa forma quando ocorre ligação 
 ↘ Inativa → Conformação preferida pelos anti-
histamínicos; desloca o equilíbrio a essa forma quando 
ocorre ligação 
 
→ Fármacos 
↘ Importância do grupo etilamina presente na 
histamina → Grupo farmacofórico 
↘ Classificação quanto à classe química → 
Alquilaminas, piperazinas, piperidinas, etanolaminas, 
etilenodiaminas, fenotiazinas e outras 
↘ Classificação também é feita como 1ª e 2ª gerações 
 ↘ 1ª geração → Clorfeniramina, ciclizina, 
difenidramina, dimenidranato, doxepina, doxilamina, 
hidroxizina, meclizina, prometazina → Reparar 
presença de grupo etilamina 
 ↘ Outros usos → Cinetose e sedação 
 ↘ ↓ t ½ 
 ↘ 2ª geração → Acrivastatina, cetirizina, 
desloratadina, fexofenadina, loratadina → Também 
tem grupo etilamina (nesse caso para ser protonado); 
no geral, trazem em sua estrutura um ácido 
carboxílico; ultrapassam menos a BHE que os de 1ª 
geração 
 ↘ Não sedativos ou pouco sedativos 
(relacionado a não passagem pela BHE) 
 ↘ Substratos de glicoproteína P (proteína de 
efluxo) → Jogados pra fora, não se acumulam, não tem 
efeito sedativo relevante 
 ↘ ↑ t ½ 
↘ Os de 1ª geração causam mais RAMs e são 
considerados tóxicos (doses letais em crianças e 
adolescentes é possível) 
 
 
 
 
→ Farmacocinética (no geral) 
↘ Boa absorção no TGI 
↘ Rapidamente distribuídos por todo corpo → ↓ 
Ligação a proteínas plasmáticas 
↘ Pouca influência da idade e disfunção hepática → O 
que contribui é o uso não crônico → Quadro alérgico 
apenas 
↘ Indução de enzimas metabolizadoras → 
Problemático em administrações crônicas (irrelevante 
em uso agudo) 
↘ Sem interações medicamentosas relevantes 
↘ Loratodina é um pró-fármaco → Desloratodina 
↘ Fexofenadina → Único excretado nas fezes e na 
forma inalterada 
 
→ RAMs 
↘ Baixa similaridadeentre receptores → Bom para 
evitar RAMs 
↘ Única RAM relacionada aos próprios receptores é a 
sedação (apesar de também haver problemas 
cognitivos, de memória, psicomotores [1ª geração]) 
↘ Efeitos que ocorrem estão relacionados a ligações 
off-target 
 ↘ Serotoninérgicos → ↑ apetite (ganho de peso) 
→ Não significativo fora do uso crônico 
 ↘ Muscarínicos → Xerostomia, retenção urinária, 
taquicardia 
 ↘ Adrenérgicos → Tonteira, hipotensão postural 
 ↘ Canais de potássio → Alteração no intervalo QT 
→ Arritmias (fexofenadina) 
 
→ Indicações terapêuticas 
↘ Antialérgicos 
↘ Rinite alérgica, conjuntivite alérgica e urticária 
↘ Eficácia modesta numa reação anafilática → 
Degranulação não só de histamina, mas de diversos 
outros mediadores inflamatórios 
 
Farmacologia do Diabetes 
Mellitus 
→ Diabetes 
↘ Grupo de distúrbios metabólicos resultantes de 
defeitos na ação e/ou na secreção da insulina, 
caracterizado por hiperglicemia, alteração do 
metabolismo de lipídeos, carboidratos e proteínas – 
alto risco de doença cardiovascular → Outras doenças 
surgem por consequência 
↘ Doença crônico-degenerativa 
↘ Tipos 
 ↘ DM 1 
 ↘ DM 2 
 ↘ DM Gestacional 
 ↘ Tipos específicos de diabetes 
 
→ Fatores para diagnóstico → Intolerante ainda pode 
voltar ao estado sadio, enquanto que o diabético não 
 Sadio Intolerante Diabético 
GJ < 100 
mg/dL 
100-125 
mg/dL 
> 126 mg/dL 
TOTG < 140 
mg/dL 
140-199 
mg/dL 
> 200 mg/dL 
HbA1C < 6,5% - > 6,5 % 
 
↘ Glicemia de jejum (GJ); Teste oral de tolerância à 
glicose (TOTG); Hemoglobina glicada (HbA1C) 
 
→ Bases bioquímicas do controle glicêmico 
↘ Conversão de lipídeos a triglicerídeos e vice-versa 
↘ Conversão de carboidratos a glicogênio e vice-versa 
(glicogenólise e gliconeogênese) 
↘ Conversão de aminoácidos a proteínas e vice-versa 
↘ Ilhotas de Langerhans → Controlam a glicemia pela 
liberação de hormônios peptídicos 
 ↘ Células β → Insulina → ↑ [glicose] 
 ↘ Células α → Glucagon → ↓ [glicose] 
 ↘ Outras 
 
→ Secreção da insulina 
↘ Diversos fatores influenciam a secreção e a 
produção de insulina 
 
↘ ↑ Glicose → Secreção de insulina 
↘ ↓ Glicose → Secreção de glucagon → (‒) Secreção 
de insulina 
 
→ Mecanismo de secreção de insulina 
 
↘ Influxo de glicose através do GLUT-2 → 
Rapidamente fosforilado para não sair 
↘ Glicólise → ↑ ATP → (‒) Canal de K+ sensível ao ATP 
→ Despolarização → (+) Canal de Ca2+ dependente de 
voltagem → Liberação de insulina 
↘ A taxa de insulina está intimamente ligada à 
concentração de glicose no sangue (glicemia) 
↘ Secreção da insulina ocorre em duas fases → 
Insulinoterapia vai tentar mimetizar 
 ↘ Liberação rápida 
 ↘ Liberação basal (+ lenta) 
 
 
→ Ações da insulina 
↘ Receptor → Tirosina-quinase 
↘ Autofosforilação do receptor → Cascata de 
sinalização → Expressão de GLUT-4 nas membranas 
das células periféricas 
↘ Ação sobre as células do fígado, tecido adiposo e 
músculo esquelético 
 
 
 
→ Epidemiologia 
↘ DM1 → 5-10% dos casos; geralmente apresenta-se 
na infância; manifestação clínica com perda de 90% das 
células β (deficiência na produção de insulina); 
dependem de insulina exógena 
↘ DM2 → 90-95% dos casos; pode ocorrer em 
qualquer idade, mas geralmente diagnosticado após os 
40; necessidade de tratamento para controle 
metabólico adequado (deficiência pode ser na 
absorção da insulina) 
 
→ Diabetes Mellitus Tipo 1 
↘ Destruição das células β do pâncreas → Deficiência 
na produção de insulina 
↘ Destruição pode ser mediada pelo sistema 
imunológico → Genética e ambiente 
↘ Defeito no mecanismo de secreção/produção da 
insulina pelas células β pode também ser a razão 
↘ Complicações agudas 
 ↘ Hiperglicemia 
 ↘ Glicosúria e cetonúria 
 ↘ Perda de eletrólitos → Depleção intracelular de 
K+ 
 ↘ Perda de água → Desidratação → 
Hiperosmolaridade do sangue 
 ↘ Cetoacidose metabólica → Hálito de acetona 
 ↘ Poliúria 
 
→ Diabetes Mellitus Tipo 2 
↘ ↓ Responsividade dos tecidos às ações da insulina 
(tal como ↓ nº de receptores) 
↘ Inicialmente → Hiperinsulinemia 
↘ Posterior → Apoptose das células β pancreáticas → 
Evolução para DM1 possível 
↘ Principais fatores relacionados → Obesidade e 
sedentarismo (fatores genéticos → propensão) 
↘ Complicações agudas 
 ↘ Polifagia 
 ↘ Polidipsia 
 ↘ Glicosúria 
 ↘ Poliúria 
 ↘ Dislipidemias, acúmulo de ácidos graxos, sem 
degradação de proteínas, pode progredir para DM1 
↘ Resistência à insulina 
↘ Fatores genéticos, idade e sedentarismo 
↘ Indivíduos mais suscetíveis → Obesidade, 
intolerância à glicose e DM2 
↘ Resistência à insulina + Hiperinsulinemia 
compensatória + Síndrome metabólica 
↘ Complicações crônicas → Decorrentes da 
hiperglicemia e das alterações metabólicas 
 ↘ Retinopatia, catarata 
 ↘ Neuropatia 
 ↘ Nefropatia 
 ↘ Doença vascular periférica 
 ↘ Acidentes encefálicos 
 ↘ Doenças coronarianas, aterosclerose 
 ↘ Dislipidemias 
 ↘ Disfunção sexual 
 ↘ Alterações no processo de cicatrização 
 
→ Diagnóstico e acompanhamento 
↘ Exame físico → Polidipsia, poliúria, polifagia, 
cansaço, alteração do peso, feridas, alterações visuais 
 
→ Tratamento da DM2 
↘ Dieta + exercícios → ADO Monoterapia → ADO 
Combinações → ADO + Insulina → Insulinoterapia 
plena 
↘ A alteração/evolução do tratamento se dá de acordo 
com a falta de resposta do paciente ao método que 
está sendo utilizado 
↘ Tratamento não farmacológico (dieta + exercícios) é 
para sempre 
 
→ Insulina no DM 
 
 
↘ i – Após refeição, a produção hepática de glicose não diminui tal como no indivíduo saudável 
↘ ii – Após refeição, a insulina plasmática do DM2 não sobe o suficiente (fase rápida) 
↘ iii – Após refeição, o glucagon não diminui tal como ocorre no indivíduo saudável 
↘ iv – A utilização de glicose não aumenta conforme aumento da insulina plasmática na DM2 
↘ v – A lipólise não diminui conforme aumento da insulina plasmática na DM2 
 
→ Objetivos do tratamento 
↘ Controle glicêmico 
↘ Tratamento das condições associadas → Dislipidemias, obesidade, doenças cardiovasculares 
↘ Reavaliação periódica → Complicações são possíveis; necessidade de acompanhamento 
 
→ Tratamento farmacológico 
Insulinas Secretagogos da insulina 
Ação curta/ultra rápida Sulfonilureias 
Ação intermediária Metiglinidas 
Ação prolongada Incretinomiméticos 
Sensibilizadores à insulina ↓ Absorção de carboidratos 
Biguanidas Inibidores α-glicosidades 
Tiazolidinedionas (Glitazonas) Análogos da amilina 
 
 
 
 
 
→ Insulina 
↘ Proteína → Administração deve ser subcutânea e 
com diversos cuidados; armazenamento também é 
importante (geladeira) 
↘ Troca de aminoácidos específicos da cadeia 
polipeptídica → Alteração na solubilidade → A partir 
disso, é possível desenvolver diferentes insulinas com 
diferentes tempos de absorção e duração de ação 
 ↘ Alteração no ponto isoelétrico 
 ↘ Uso de mais de um tipo de insulina para 
mimetizar gráfico (pico e basal) 
↘ Insulina regular humana 
 ↘ Alterações na formulação → Insulina Zíncica 
(regular) e Neutral Protamine Hagedorn (NPH) 
 ↘ Manipulação genética (análogos) → Lispro, 
Asparte, Glulisina, Glargina, Detemir 
↘ Existem insulinas de porco e de boi, porém a mais 
utilizada é a humana (menos RAMs) 
↘ Alterações na formulação 
 ↘ Insulina Zíncica → Velocidade intermediária; uso 
entre refeições 
 ↘ NPH → Adição de protamina reduz a solubilidade 
da insulina, fazendo com que esta precipite formando 
uma suspensão; mimetizar segunda fase 
↘ Diferentes velocidades 
 ↘ Ação longa → Glargina e Detemir 
 ↘ Ação intermediária → NPH 
 ↘ Ação rápida → Regular 
 ↘ Ação ultra rápida → Lispro, Asparte e Glulisina 
↘ Diferentes esquemas terapêuticos possíveis, todos 
visando mimetizar o gráfico de primeira e segunda fase 
↘ Considerações 
 ↘ Via subcutânea é a mais utilizada → Em casos de 
emergência, a insulina regular pode ser utilizada pela 
via intramuscular ou intravenosa 
 ↘ Variações da absorção → Local de aplicação,vascularização, fluxo sanguíneo, local, tipo e 
concentração da insulina 
↘ RAMs → Hipoglicemia, ganho de peso, alergia, 
anticorpos anti-insulina, lipoatrofia, lipodistrofia 
↘ Principais usos → DM1 e 2, tratamento de 
emergência, gravidez (sempre insulina na gravidez) 
 
→ Secretagogos da insulina 
↘ Sulfonilureias e metiglinidas 
 
↘ (‒) Canais de K+ → Maior tempo fechado → 
Despolarização → Abertura de canais de Ca2+ → 
Exocitose de insulina 
 
↘ Sulfonilureias → Ligam-se aos receptores 
associados aos canais de potássio; ↑ ligação da 
insulina aos receptores teciduais 
 ↘ 1ª geração → Menos potentes; clorpropamida, 
tolazamida, tolbutamida 
 ↘ 2ª geração → Mais potentes; t ½ curto, porém 
com efeito longo; glibenclamida, glipizida, glimepirida 
↘ Farmacocinética → Boa absorção por via oral, 
eliminação hepática e renal, ↑ ligação a proteínas 
plasmáticas, podendo sofrer alterações significativas 
em pacientes idosos 
↘ RAMs → Hipoglicemia, ganho de peso, 
hipersensibilidade (pacientes com alergia ao 
grupamento sulfa), náusea, vômito, agranulocitose, 
anemias 
↘ Interações medicamentosas → Fármacos que 
deslocam proteínas plasmáticas, etanol, insulina e 
secretagogos, inibidores e indutores hepáticos, 
sulfonamidas, acidificadores da urina 
 
↘ Metiglinidas → Atuam no canal de potássio em local 
diferente das sulfonilureias; início de ação rápido e ↓ 
t ½; associação com sulfonilureias é possível devido 
diferentes tempos de ação (mimetização do gráfico) 
 ↘ Repaglinida e nateglinida 
 ↘ Principal uso → Redução da glicemia pós-
prandial em pacientes com DM2 
 
→ Sensibilizadores à insulina 
↘ Biguanidas e tiazolidinedionas (glitazonas) 
↘ Biguanidas → ↑ Captação e utilização de glicose, 
(‒) glicogênese, ↓ [glucagon], ↑ GLUT-4; raramente 
causa hipoglicemia; ↑ da sensibilidade de tecidos 
periféricos à insulina 
 ↘ Metformina → Único membro da classe; 
antidiabético mais usado no Brasil e EUA 
↘ Fígado → ↓ Lipogênese e gliconeogênese 
 ↘ Tecido adiposo → ↓ Lipólise e síntese de ácidos 
graxos, ↑ captação de glicose 
 ↘ Músculo esquelético → ↑ Captação de glicose e 
estimula a glicólise 
 ↘ Células β-pancreáticas → ↓ Secreção de insulina 
↘ RAMs → Náusea, indigestão, dor abdominal, 
diarreia (desaparecem com o passar do tempo, no 
geral) 
↘ Contraindicação → Insuficiência renal (excreção 
renal ocorre na forma inalterada) 
↘ A metformina é a principal indicação para DM2 com 
obesidade concomitante 
 
↘ Tiazolidinedionas (Glitazonas) → ↓ Resistência à 
insulina no tecido periférico; Agonista seletivo do 
receptor PPARγ → (+) genes responsivos à insulina; ↓ 
produção hepática de glicose, ↑ síntese e translocação 
de transportadores, ↑ lipogênese 
 ↘ Pioglitazona e rosiglitazona (este, no entanto, 
proibido no Brasil) → Ação principal no tecido adiposo, 
porém atuando também nos tecidos periféricos 
↘ Farmacocinética → Boa absorção por via oral com 
metabolização hepática; t ½ curto, porém com efeito 
longo; interage com outros medicamentos 
↘ RAMs → Edema, retenção de líquido, ganho de 
peso, maior propensão a ICC, ↑ risco cardiovascular, 
↑ risco de fraturas; ↑ enzimas hepáticas (falência 
hepática) 
↘ Contraindicação → Pacientes com histórico de 
doenças cardíacas 
 
→ ↓ Absorção de carboidratos 
↘ Inibidores da α-glicosidade → ↓ Absorção de 
amido, sacarose e maltose; ↓ pico glicêmico pós-
prandial; ↑ liberação de GLP-1; não estimula a 
secreção de insulina, assim não resultando em 
hipoglicemia 
 ↘ Acarbose → Associação com sulfonilureias ou 
monoterapia; idosos e hiperglicemiantes pós-prandiais 
 ↘ Miglitol 
↘ RAMs → Flatulência, fezes moles, diarreia, dor e 
distensão abdominal 
 
→ Novas abordagens terapêuticas 
→ Incretinomiméticos → Fármacos que vão atuar na 
via de sinalização do peptídeo intestinal semelhante ao 
glucagon (GLP-1). A DPP-4 é a principal enzima 
inativadora deste peptídeo, inibindo também a 
degradação do peptídeo gastrointestinal. 
↘ Análogos do peptídeo semelhante ao glucagon 
(GLP-1) → Exenatide e liraglutida 
↘ Inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) → 
Sitagliptina, saxagliptina e vildagliptina 
 
↘ GLP-1 → (+) Secreção de insulina, (‒) liberação de 
glucagon, ↑ tempo de esvaziamento gástrico, ↓ 
ingestão de alimento e normaliza a glicemia de jejum e 
pós-prandial 
↘ Opção no tratamento da DM2 para indivíduos com 
resposta insuficiente para as demais classes 
↘ RAMs de agonistas do GLP-1R → Náusea, vômito, 
hipoglicemia, pancreatite, contraindicado em caso de 
falência renal grave 
 
↘ Antagonista SGLT2 → Esse receptor é responsável 
pela reabsorção de glicose nos rins 
↘ Empagliflozina 
 
→ Análogo da amilina → Ação sobre o esvaziamento 
gástrico; (‒) liberação do glucagon e saciedade 
↘ Pranlintida 
↘ Hiperglicemia pós-prandial 
↘ Associada à insulina está associada a risco de 
hipoglicemia 
↘ Adjuvantes nos esquemas de insulina 
 
Contraceptivos Hormonais 
→ Critérios médicos de elegibilidade para o uso ou 
não dos contraceptivos hormonais 
↘ 1 – Risco do uso do método não é superior ao da 
população em geral 
↘ 2 – Risco do uso do método é pouco aumentado em 
relação à população em geral; as vantagens do método 
geralmente superam os riscos 
↘ 3 – Riscos do uso do método geralmente superam as 
vantagens. Outros métodos são preferíveis. Exceção se 
faz se: 
 ↘ A paciente aceita o risco e rejeita outras 
alternativas 
 ↘ O risco da gestação é muito alto e outros 
métodos são menos eficazes 
↘ 4 – Método contraindicado → Apresenta risco 
inaceitável à saúde da mulher 
 
→ Indicações terapêuticas 
↘ Prevenir a gravidez → Mulheres sadias, 
preferencialmente não fumantes e abaixo dos 35 anos 
↘ Regular o ciclo menstrual 
↘ Reposição hormonal na menopausa 
 
→ Eixo hipotálamo-hipófise-gonadal 
↘ Hipotálamo → GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina) → Liberação de GnRH é intermitente e 
ocorre de forma pulsátil 
↘ GnRH → (+) Hipófise a liberar FSH e LH 
 ↘ LH → Hormônio luteinizante → Nas mulheres, ↑ 
captação de colesterol pelas células da teca e (+) 
células intersticiais da teca dos folículos ovarianos a 
secretar androgênios (androstenediona e 
testosterona) 
 ↘ FSH → Hormônio folículo estimulante → Nas 
mulheres, regula o crescimento dos folículos e a 
produção crescente de estradiol pelas células da 
granulosa 
↘ Produção de hormônios → Estimulação graças ao LH 
e FSH 
 ↘ Estrogênio (gonadotropina) → Ação variável 
sobre o hipotálamo (mais comum ser ação inibitória, 
mas pode ser estimulatória em concentrações altas por 
longo tempo) 
 ↘ Progesterona (gonadotropina) → Ação sobre 
hipotálamo é sempre inibitória 
 ↘ Inibina A → (‒) Secreção de LH 
 ↘ Inibina B → (‒) Secreção de FSH 
 
→ Funções das gonadotrofinas nas mulheres 
↘ FSH (células granulosas) 
 ↘ Crescimento de folículos ovarianos 
 ↘ Expressão de receptores de LH nas células tecais 
e granulosas do folículo 
 ↘ Síntese de estradiol → Regulação da expressão 
de aromatase 
↘ LH (células tecais) 
 ↘ Estimula a síntese de androstenediona 
(precursor de estrogênios ovarianos) 
 ↘ Responsável pela ruptura do folículo dominante 
durante a ovulação 
 ↘ Estímulo à síntese de progesterona pelo corpo 
lúteo 
 
→ Ações fisiológicas do estradiol 
↘ Maturação e manutenção do útero, trompas, colo 
uterino e vagina 
↘ Puberdade → Desenvolvimento das características 
sexuais secundárias femininas 
↘ Desenvolvimento das mamas 
↘ Proliferação e desenvolvimento das células 
granulosas dos ovários 
↘ Regulação positiva dos receptores de estrogênio, 
progesterona e LH 
↘ Efeitos por feedback negativo e positivo sobre 
secreção de LH e FSH 
↘ Favorecem as contrações rítmicas do miométrio 
uterino 
↘ (+) Secreção de prolactina 
↘ Ações metabólicas e cardiovasculares 
 ↘ Manutenção da estrutura e função normal da 
pele e vasos sanguíneos 
 ↘ ↓ Taxa de reabsorção óssea ao promover 
apoptose de osteoclastos 
 ↘ ↓ Produção de leptina pelo tecido adiposo 
 ↘ ↑ Nível circulante de proteínas tais como: 
transcortina,globulina de ligação à tiroxina; SHBG, 
transferina, etc. 
↘ Ações na composição de lipídeos plasmáticos 
 ↘ ↑ HDL e ligeira ↓ LDL 
 ↘ ↓ Níveis plasmáticos de colesterol 
 ↘ ↑ Níveis plasmáticos de triglicerídeos → ↓ 
Oxidação hepática dos lipídeos do tecido adiposo em 
cetonas e ↑ síntese de triglicerídeos 
↘ Ações sobre a coagulação sanguínea 
 ↘ ↑ Fatores II, VII, IX e X 
 ↘ ↓ Fatores de anticoagulação → Antitrombina III, 
proteína C e S 
↘ Outros efeitos 
 ↘ Indução da síntese de receptores de 
progesterona 
 ↘ Facilitam a perda de líquido intravascular para o 
espaço extravascular → ↓ Volume plasmático → 
Retenção compensatória de água e sódio pelos rins → 
Inchaço 
 
→ Ações fisiológicas da progesterona 
↘ Manutenção da atividade secretora do útero 
durante fase lútea 
↘ Desenvolvimento das mamas (lóbulos e alvéolos) 
↘ Efeitos na secreção de FSH e LH (feedback negativo) 
↘ Manutenção da gravidez 
↘ ↑ Limiar uterino ao estímulo contrátil durante a 
gravidez 
↘ Pouco efeito sobre o metabolismo de proteínas 
↘ Favorece deposição de gordura 
↘ ↑ Níveis basais de insulina e a resposta da insulina 
à glicose 
↘ Promove armazenamento de glicogênio no fígado 
(ao facilitar efeito da insulina) 
↘ Compete com a aldosterona pelo receptor de 
mineralocorticoide do túbulo renal (↓ reabsorção de 
sódio) 
↘ ↑ Temperatura corpórea 
 
→ Ciclo sexual feminino (ciclo menstrual) 
↘ Conjunto de processos cíclicos que compreendem 
alterações nos ovários e no útero de uma mulher em 
idade fértil 
↘ A duração de cada ciclo compreende o período de 
tempo que decorre desde o 1º dia de menstruação até 
a véspera da menstruação seguinte (~28 dias) 
↘ Fases 
 ↘ Fase menstrual 
 ↘ Fase proliferativa 
 ↘ Fase secretora 
 
→ Como evitar a fecundação? 
↘ Métodos contraceptivos 
↘ Das diversas maneiras, uma delas é evitando a 
ovulação
 
→ Contraceptivos hormonais (progestagênio é o nome dado às substâncias artificiais com propriedades biológicas 
semelhantes à progesterona natural) 
Contraceptivos combinados Contraceptivos apenas com progestagênios 
Oral Oral 
Injetável Injetável 
Percutâneo Implante 
Vaginal Intrauterino 
 
→ Contraceptivos hormonais orais combinados 
1ª 
geração 
150 
μg 
Estrogênio 
+ 
Progestágeno 
Noretisterona, acetato de megestrol ou acetato de 
ciproterona 
2ª 
geração 
35-50 
μg 
Etinilestradiol 
Progestágeno 
(1ª) 
Noretisterona OU 
Progestágeno 
(2ª) 
Levonorgestrel 
3ª 
geração 
20-30 
μg 
Progestágeno 
(3ª) 
Gestodeno, desogestrel, norgestimato (sem 
atividade androgênica significativa) 
4ª 
geração 
30 μg 
Progestágeno 
(4ª) 
Drospirerona; análogo da espironolactona; custo 
maior 
 
→ Esquemas de combinação dos contraceptivos orais combinados 
↘ Monofásica → Doses fixas de estrogênio e 
progestágeno; cartelas de 21 dias com intervalos de 7 
dias; cartela de 28 dias: últimos 7 dias de ingredientes 
inertes 
↘ Bifásica → Quantidades variáveis de estrogênio e 
progestágeno; usadas em épocas diferentes do 
tratamento de 21 dias 
↘ Trifásica → Quantidades variáveis de estrogênio e 
progestágeno; usadas em épocas diferentes do 
tratamento de 21 dias 
 
 
→ Mecanismo de ação dos contraceptivos hormonais combinados orais 
↘ Sensibilização do eixo hipotálamo-hipófise-(mecanismos diversos) 
↘ Ações 
 ↘ ↓ Pulsos de GnRH (progesterona) 
 ↘ ↓ Liberação de LH → Frequência; não há pico de LH no meio do ciclo (progesterona) 
 ↘ (‒) Liberação de FSH → Amplitude; impede o desenvolvimento folicular (estrogênio) 
 ↘ Alteração do muco cervical, tornando- hostil à ascensão dos espermatozoides (progesterona) 
 ↘ ↓ Motilidade tubária, interferindo no transporte ovular (progesterona) 
↘ Efeito reversível 
 
→ Utilização 
↘ Vantagens → Alta eficácia se utilizado da maneira 
correta, acessível, fácil uso, alta e rápida 
reversibilidade, possibilidade de manipular o próprio 
sangramento ao escolher se deseja ou não menstruar 
↘ Desvantagens → Uso diário e custo, dependendo da 
formulação 
 
→ Interações medicamentosas 
↘ Antibióticos → Rifampicina e rifabutina 
↘ Antifúngicos → Griseofulvina 
↘ Anticonvulsionantes → Fenobarbital, topiramato e 
carbamazepina 
↘ Antirretrovirais → Ritonavir 
 
→ RAMs 
↘ Tromboembolismo venoso 
↘ Infarto do miocárdio → Quanto maior a idade, maior 
o risco 
↘ Alteração do metabolismo lipídico 
 ↘ Estrogênio → ↓ LDL e ↑ HDL 
 ↘ Progesterona → ↑ LDL e ↓ HDL 
↘ Câncer de mama (controverso) 
↘ Alterações no metabolismo de carboidratos 
↘ Alterações da libido e do humor 
↘ ↑ Pigmentação da pele 
↘ ↑ Síntese hepática de proteínas séricas (GLC, GLT, 
GLES) 
↘ Mastalgia, cefaleia, náuseas, agravamento da 
enxaqueca, sangramento irregular 
 
→ Contraindicações 
↘ Risco para trombose venosa 
↘ AVC 
↘ Enxaqueca com aura 
↘ Doenças cardíacas como uso de prótese valvar, 
estenose mitral com fibrilação atrial 
↘ Doença hepática ativa 
↘ Hipertensão arterial moderada a grave 
↘ Neoplasias hormônio-dependentes 
↘ Risco → Obesidade, tabagismo, hiperlipidemias 
 
→ Efeitos não contraceptivos dos contraceptivos orais 
combinados 
 
 
→ Outros métodos hormonais combinados 
→ Contraceptivos hormonais combinados injetáveis 
↘ Liberação lenta 
↘ Progestágeno + Estrógeno 
 ↘ Enantato de noretisterona (50 mg) + Valerato de 
estradiol (5 mg) 
 ↘ Acetato de medroxiprogesterona (25 mg) + 
Cipionato de estradiol (5 mg) 
 ↘ Acetofenido dihidroxiprogesterona (150 mg) + 
Enantato de estradiol (10 mg) 
↘ Vantagens 
 ↘ Não sofre efeito de 1ª passagem 
 ↘ Retorno da fertilidade ocorre ~4 meses após 
interrupção do uso 
 ↘ Comodidade de uso e discrição → Injeção deve 
ser dada no mesmo dia de cada mês 
 ↘ Não aumenta o risco de trombose 
↘ Desvantagens 
 ↘ Irregularidade menstrual ou menstruação 
prolongada 
 ↘ Não podem ser usadas durante amamentação 
 ↘ Depois de 1 ano de uso pode ocorrer ausência de 
menstruação (25% das pacientes, sem prejuízo da 
função reprodutora) 
 ↘ Cefaleia, tontura, inchaço, alterações de humor 
 
→ Adesivos transdérmicos 
↘ Etinilestradiol (20 μg/dL) + Norelgestromina (150 
μg/dL) → Área de 20 cm2 
↘ Utilizado por três semanas, com retirada na quarta, 
quando ocorre o sangramento de escape 
↘ Retorno à fertilidade é imediato 
↘ Mecanismo de ação 
 ↘ Agem similarmente aos ACO combinados 
 ↘ ↓ Efetividade em mulheres com 90 kg 
↘ Locais de aplicação → Nádegas, abdômen, parte 
superior do dorso, parte superior externa do braço 
↘ RAMs 
 ↘ Estrogênio → Náuseas, vômitos, mastalgia, 
cefaleia, irritabilidade, edema 
 ↘ Progestagênio → Aumento do apetite, acne, 
oleosidade da pele, sangramento uterino irregular, 
edema, aumento de peso 
 
→ Anel vaginal 
↘ Anel flexível de silicone → Libera diariamente 15 μg 
de etinilestradiol e 120 μg de etonergestrel 
↘ Posicionado na vagina (fundo de saco posterior) 
↘ Colocado no 1º dia da menstruação; retirado na 3ª 
semana 
↘ Não funciona como diafragma 
↘ Vantagens 
 ↘ Evita efeito de 1ª passagem 
 ↘ Alterações menores no metabolismo lipídico 
 ↘ Menor incidência de sangramento de escape 
 ↘ Retorno à fertilidade imediato 
↘ Desvantagens 
 ↘ ↑ Corrimento 
 ↘ Desconforto vaginal 
 ↘ Expulsão do anel 
↘ RAMs 
 ↘ Cefaleia 
 ↘ ↑ Peso 
 ↘ Náuseas 
 ↘ Alteração do humor 
 
→ Contraceptivos hormonais com progestagênio 
→ Receptores de progesterona 
↘ PR-A e PR-B 
↘ Expressão dos receptores varia com o uso de 
progestágeno associados ao etinilestradiol 
↘ Progestinas puras → Além da atividade 
progestagênica, podem apresentar atividade 
antiestrogênica, androgênica e antiandrogênica 
 ↘ Pregnanos → Acetato de medroxiprogesterona e 
acetato de ciproterona 
 ↘ Estranos → Noretisterona e acetato de 
noretisterona 
 ↘ Gonanos → Norgestrel e norgestimato 
↘ Mecanismo de ação 
 ↘ Receptor PR-A → Funções ovarianas e uterinas 
 ↘ Receptor PR-B → Desenvolvimento mamário 
 ↘ Redução da ovulação → Feedback negativo, 
suprimindo o pico de LH, necessário para a liberação 
do óvulo 
 ↘ Alteraçõesendometriais → Espessamento do 
muco cervical, endométrio mais fino 
 ↘ Diminuição da motilidade tubária 
 ↘ Efeito progestagênico → Capacidade de 
transformação do endométrio proliferativo em 
endométrio secretor 
↘ Menos eficazes que os contraceptivos combinados 
→ Alternativa quando estrógenos são contraindicados 
↘ Minipílula 
 ↘ Noretisterona (0,035 mg) 
 ↘ Levonorgestrel (0,03 mg) 
 ↘ Linestrenol (0,5 mg) 
 ↘ Desogestrel (75 μg) → Apresenta maior eficácia 
por ter efeito inibitório sobre a ovulação 
↘ Indicações clínicas 
 ↘ Amamentação → Introduzido após a 6ª semana 
de parto 
 ↘ Intolerância ou contraindicação ao estrogênio 
↘ RAMs → Pode ocorrer irregularidades do padrão 
menstrual; não apresenta os riscos de trombose 
 
→ Contraceptivo apenas com progestagênio injetável 
(IM) 
↘ Acetato de medroxiprogesterona → Formulado em 
suspensão cristalina de depósito 
↘ Administrado a cada três meses 
↘ Mecanismo de ação 
 ↘ Inibe os picos de estradiol e consequentemente 
de LH → Evita a ovulação 
↘ Vantagens 
 ↘ Eficácia superior à via oral 
 ↘ Liberação lenta e homogênea do hormônio 
 ↘ Evita efeito de 1ª passagem 
 ↘ Comodidade → Injeção trimestral 
↘ RAMs → Alterações do ciclo menstrual 
(sangramentos irregulares e amenorreia); alterações 
do humor em algumas mulheres (depressão e perda de 
libido); náuseas, cefaleia leve, sensibilidade mamária, 
leve ganho de peso, nervosismo e acne 
 
→ Contraceptivo apenas com progestagênio 
subcutâneo (implante) 
↘ Levonorgestrel (5 anos) e etonogestrel (3 anos) 
↘ Cápsulas flexíveis e bastões de silicone contendo 
hormônio 
↘ Vantagens 
 ↘ Praticidade 
 ↘ Alta eficácia → Falha de 0,05% 
 ↘ Retorno imediato à fertilidade com interrupção 
do tratamento 
 ↘ Ação prolongada 
 ↘ Poucas alterações metabólicas 
↘ Desvantagens 
 ↘ Aplicação e remoção feita apenas por 
profissionais especializados 
 ↘ Pode ocorrer irritação no local do implante 
 ↘ Alto custo inicial 
↘ RAMs → Alteração do padrão menstrual (15% das 
pacientes); alterações transitórias (cefaleia e 
mastalgia), acne (< 15% das pacientes) 
 
→ Contraceptivo apenas com progestagênio 
intrauterino (SIE-LNG) 
↘ Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel 
↘ Endoceptivo que libera 20 μg de levonorgestrel 
diretamente dentro do útero (duração de 5 anos) 
↘ Reduz em até 90% o volume menstrual → Opção de 
tratamento para sangramento uterino anormal sem 
causa orgânica (disfuncional) 
↘ RAMs 
 ↘ Pequenos sangramentos, estimulação do 
depósito de gordura, cefaleia, retenção hídrica, ganho 
de peso, ↑ resistência periférica à insulina 
 ↘ Acne, alterações no metabolismo de 
carboidratos e lipídeos, ↓ HDL e ↑ LDL → Atividade 
androgênica 
↘ Indicação preferencial → Pacientes com 
hepatopatia, hipertensão, psicose ou retardo mental, 
tromboembolia, risco de AVC 
 
→ Contracepção de emergência 
↘ Indicações → Violência sexual, ruptura de 
preservativo, deslocamento de DIU, coito episódico 
não protegido 
↘ Método que oferece uma maneira de prevenir a 
gravidez, quando utilizado nas primeiras 120 (72) horas 
após o coito 
 
↘ Mecanismo de ação 
↘ Contracepção pós-coito 
 ↘ (‒) Elevação do LH, impedindo o 
desenvolvimento e a maturação folicular. Interfere no 
transporte de gametas no endométrio, no muco 
cervical e nas trompas 
 ↘ ↓ Eficácia em caso de uso repetido 
 ↘ Não possui efeito após implantação 
↘ RAMs → Náuseas, vômitos, retenção hídrica, dor de 
cabeça, mastalgia, irregularidade menstrual 
↘ Em caso de falha → Não se observa incidência de 
defeitos congênitos ou abortamento 
 
→ Indicações clínicas dos contraceptivos hormonais 
↘ Contracepção 
 ↘ Lactantes → Minipílula 
↘ Contracepção de emergência → Levonorgestrel 
associado a um antiemético 
↘ Hipogonadismo primário 
↘ Acne (mulheres) 
↘ Dismenorreia 
↘ Endometriose 
↘ Ovário policístico 
↘ Reposição hormonal 
 
→ Efeitos adversos dos contraceptivos hormonais 
(potencializados pelo tabagismo) 
↘ Leves → Náuseas, cefaleia, edema 
↘ Moderados → ↑ Glicemia e LDL, hirsutismo, 
amenorreia 
↘ Graves → Tromboembolismo 
↘ Icterícia colestática 
↘ Depressão 
↘ Carcinoma hepático e outras neoplasias estrogênio-
dependentes 
 
→ Contraindicações dos contraceptivos hormonais 
↘ Associação ao tabagismo 
↘ Gravidez 
↘ Lactação (COC) 
↘ Tromboflebite 
↘ Distúrbios tromboembólicos 
↘ Hipertensão arterial 
↘ Câncer de mama e neoplasias estrogênio-
dependentes 
↘ Diabetes 
↘ Hiperlipidemia 
↘ Depressão 
↘ Lúpus eritematoso 
 
 
Antiulcerosos 
→ Farmacologia dos inibidores da secreção gástrica 
→ Sistema digestório → Diversidade de células; produção 
de ácido 
 ↘ Células de superfície → Secretoras de muco 
 ↘ Células mucosas → Secretoras de muco e bicarbonato 
(HCO3-) 
 ↘ Células parietais → Secretoras de HCl 
 ↘ Células ECL (enterocromafim-like) → Secretoras de 
histamina 
 ↘ Células Principais (chiefs cells) → Secretoras de 
pepsinogênio 
↘ Mecanismos de regulação do sistema digestório 
 ↘ Mecanismo endócrino → Produção de gastrina 
 ↘ Mecanismo neurócrino → Inervação parassimpática; 
acetilcolina (ACh); ↑ motilidade 
 ↘ Mecanismo parácrino → Histamina 
↘ A secreção gástrica é produzida por dois tipos de 
glândulas tubulares 
 ↘ Oxínticas (gástricas) → HCl, muco, pepsinogênio e 
fator intrínseco 
 ↘ Pilóricas → Gastrina, muco, pepsinogênio 
 
→ Mecanismos envolvidos 
↘ Gastrina (Endócrino) → Hormônio liberado pelas células 
G do antro gástrico; gastrina cai na corrente sanguínea e é 
levada até às células ECL no fundo gástrico; dois caminhos 
possíveis 
↘ Gastrina se liga na célula ECL (CCK2) → (+) Liberação 
de histamina → Histamina se liga aos seus receptores (H2) na 
célula parietal → Gs → (+) AC → ↑ [cAMP] → (+) PKA → 
Enzimas fosforiladas → (+) Bomba H+/K+-ATPase 
↘ Gastrina se liga diretamente à célula parietal (CCK2) → 
Gq → (+) Fosfolipase C (PLC) → ↑ [DAG] e [IP3] → (+) PKC e 
↑ [Ca2+] → (+) Bomba H+/K+-ATPase 
↘ Acetilcolina (Neurócrino) → Neurotransmissor liberado 
por sinalização parassimpática; diversos caminhos possíveis 
caminhos possíveis 
↘ (+) Célula G à liberação de gastrina → (+) Bomba H+/K+-
ATPase 
 ↘ (‒) Célula D → (‒) Liberação de somatostatina → (‒) 
da (‒) da célula G → (+) Bomba H+/K+-ATPase 
 ↘ (+) Célula ECL à liberação de histamina → (+) Bomba 
H+/K+-ATPase 
 ↘ Ligação direta aos receptores M3 → Gq → (+) 
Fosfolipase C (PLC) → ↑ [DAG] e [IP3] → (+) PKC e ↑ [Ca2+] 
→ (+) Bomba H+/K+-ATPase 
↘ Histamina (Parácrino) → Receptores (H2) na célula 
parietal → Gs → (+) AC → ↑ [cAMP] → (+) PKA → Enzimas 
fosforiladas → (+) Bomba H+/K+-ATPase 
↘ Dessa forma, têm-se a produção da secreção gástrica nas 
células parietais pela bomba H+/K+-ATPase por: 
↘ Mecanismo cálcio-dependente (acetilcolina e 
gastrina) → Menos eficaz na ativação da bomba 
↘ Mecanismo cAMP-dependente (histamina) → Mais 
eficaz na ativação da bomba 
↘ Portanto, existem duas principais formas de inibir a 
produção da secreção gástrica: 
 ↘ (‒) Bomba H+/K+-ATPase 
 ↘ (‒) Receptores H2 
 
→ Inibição da secreção gástrica 
↘ Receptores EP3 → Receptores de prostaglandinas (efeito 
protetor) 
 ↘ Nas células parietais → (‒) Via cAMP-dependente 
 ↘ Nas células de superfície → (+) Produção de muco e 
liberação de bicarbonato 
 
→ Fármacos utilizados nos distúrbios da hipersecreção 
gástrica 
↘ Redutores da acidez gástrica 
 ↘ Antiácidos 
 ↘ Inibidores da bomba H+/K+-ATPase 
 ↘ Antagonistas dos receptores H2 
↘ Protetores da mucosa gástrica 
 ↘ Sucralfato 
 ↘ Compostos de bismuto 
 
→ Redutores da acidez gástrica 
→ Antiácidos 
↘ Bases fracas que reagem com o ácido clorídrico gástrico, 
formando sal e água 
↘ Principais utilizados → Bicarbonato de sódio, carbonato 
de cálcio, hidróxido de magnésio e hidróxido de alumínio 
↘ Indicações clínicas → Dispepsias, refluxo esofágico, úlcera 
péptica (útil no alívio, porém não é suficiente no tratamento) 
↘ Antiácidos que contenham carbonato vão gerar CO2 → 
Pode ocasionar eructações (arroto)e gases 
↘ Alcalose metabólica possível, mas extremamente raro 
(necessidade de alta dose) 
↘ Carbonato de cálcio → Menos solúvel e reage mais 
lentamente que o bicarbonato de sódio 
↘ Hidróxidos de magnésio e de alumínio → Formação de 
cloretos de magnésio (efeito laxativo por falta de absorção) 
e de alumínio (provoca constipação intestinal) 
↘ Interferem no padrão de absorção, dissolução, 
biodisponibilidade e eliminação renal por alterarem o pH 
gástrico e urinário 
↘ Formação de complexos com outros fármacos → 
Tetraciclina, fluoroquinilonas, itraconazol e ferro 
 
→ Inibidores da bomba H+/K+-ATPase (IBPs) 
↘ Principal classe farmacológica utilizada 
↘ Administrados na forma de pró-fármacos → Passam pelo 
estômago (são gastrorresistentes), absorvidas no intestino e 
são então distribuídas pela circulação → No estômago, por 
serem bases fracas, vão ser protonadas, e é nessa forma que 
vai haver o bloqueio da bomba H+/K+-ATPase 
↘ Omeprazol, rabeprazol, lanzoprazol e pantoprazol 
↘ Farmacocinética → Rápida absorção (oral), administração 
com alimentos reduz a biodisponibilidade (deve ser feita 30 
minutos antes da refeição), sofrem metabolismo de 1ª 
passagem, metabolismo pelas CYP2C19 e CYP3A4 
↘ Uso concomitante a antagonistas H2 pode reduzir sua 
eficácia 
↘ Indicações clínicas → Doença do refluxo gastroesofágico 
(DGRE), doença ulcerosa péptica (associada a infecções ou 
ao uso de AINEs), dispepsia não ulcerosa, gastrinoma e 
outros distúrbios de hipersecreção, síndrome Zollinger-
Ellison ou hipergastrinemia (↑ gastrina) 
↘ RAMs → Diarreia, cefaleia e dor abdominal (1-5%); nefrite 
intersticial aguda; tratamento prolongado pode reduzir 
absorção de vitamina B12; infecções respiratórias e 
entéricas; ↑ níveis de gastrina 
↘ Interações medicamentosas → Uso concomitante de 
antiácido reduz sua eficácia; (‒) enzimas do sistema P450 (↑ 
biodisponibilidade de BZD, varfarina, ciclosporina e 
fenitoína); omeprazol induz expressão de CYP1A2 (↓ 
biodisponibilidade de antipsicóticos); ↓ absorção de 
cetoconazol e digoxina (↓ da acidez estomacal) 
 
 
 
 
→ Antagonistas dos receptores H2 
↘ Exibem uma inibição competitiva nos receptores H2 das 
células parietais e suprimem a secreção ácida de modo linear 
e dependente de dose 
↘ Ranitidina, cimetidina, nizatidina e famotidina 
↘ (‒) Secreção gástrica induzida pela histamina e (‒) parcial 
da secreção gástrica induzida pela gastrina e estimulação 
vagal 
↘ Menos eficazes que os IBPs 
↘ ↓ Volume gástrico 
↘ Altamente seletivos frente a outros receptores 
histaminérgicos 
↘ Indicações clínicas → Úlcera gástrica ou duodenal, 
profilaxia da úlcera no estresse, sangramento relacionado ao 
estresse em paciente na UTI, uso prolongado de AINEs, 
refluxo na gravidez 
↘ RAMs (<3% dos pacientes) → Diarreia, cefaleia, náuseas, 
fadiga, mialgia; alterações do estado mental (adm. IV); 
ginecomastia, galactorreia, oligoespermia, impotência 
sexual (cimetidina) 
↘ Interações medicamentosas → Cimetidina interfere em 
vias hepáticas catalisadas por CYP1A2, 2C9, 2D6 e 3A4 (↑ t 
½ de varfarina, fenitoína, antagonistas β-adrenérgicos); 
competição com a creatinina na secreção renal (↑ 
creatinina em pacientes que fazem uso prolongado dessa 
classe) 
↘ Eficácia terapêutica dos IBPs é maior, contudo, ainda 
muito semelhante 
 
→ Protetores da mucosa gástrica 
→ Sucralfatos 
↘ Sal de sacarose complexado com hidróxido de alumínio 
que, em soluções ácidas, forma uma pasta viscosa e de 
consistência firme, que se liga seletivamente a úlceras e 
erosões 
↘ (‒) Hidrólise das proteínas da mucosa pela pepsina 
↘ (+) Produção de prostaglandinas e a secreção de muco 
↘ Necessidade de pH ácido para sua ativação → Não deve 
ser administrado junto de fármacos que diminuam a acidez 
estomacal 
↘ Administração → 1h antes da refeição com o estômago 
vazio 
↘ RAMs → Constipação (devido ao hidróxido de alumínio); 
↓ absorção de outros fármacos 
 
→ Tratamento farmacológico nos casos de H. pylori 
↘ Esquema terapêutico (10-14 dias) → IBP (2x ao dia) + 
Subsalicilato de bismuto (2 comp.) + Tetraciclina + 
Metronidazol (4x ao dia)
 
Antieméticos 
→ Êmese 
↘ O vômito ou êmese refere-se à expulsão forçada do 
conteúdo gástrico pela boca, devido a contrações 
vigorosas autonômicas e voluntárias da musculatura 
abdominal, atonia gástrica e relaxamento do esfíncter 
esofágico inferior. Em geral, ele é precedido por 
náuseas, bem como associados à palidez, sudorese e 
salivação 
↘ Principais estímulos da náusea e do vômito → 
Irritação gastrointestinal, cinetose, perturbações 
hormonais, patologias intracranianas, distúrbios 
metabólicos, fatores psicogênicos, dor, drogas, 
fármacos e radiação, toxinas endógenas 
↘ O que pode causar? → Desidratação, irritação do 
TGI, sangramento digestivo, perda de metabólitos, 
laceração gastroesofágica 
 
→ Vias neurológicas envolvidas na patogênese das 
náuseas e vômitos 
↘ Zona de gatilho quimiorreceptora (ZGQ) → 
Receptores 5-HT3, D2, M1 e CB1 
↘ Sistema vestibular → Receptores H1 e M? 
↘ Núcleo do trato solitário (NTS) → Receptores 5-HT3, 
D2, M1, H1, NK1 e CB1 
↘ Centros superiores → Estímulos sensoriais, 
memória, medo, apreensão 
 
 
→ Classes farmacológicas 
↘ Antagonistas de receptores 5-HT3 
↘ Antagonistas de receptores D2 
↘ Antagonistas de receptores H1 
↘ Antagonistas de receptores M1 
↘ Antagonistas de receptores NK1 
↘ Agonistas de receptores CB1 
 
→ Antagonistas 5-HT3 
↘ Ondansetrona, granisetrona, dolasetrona e 
palonosetrona 
↘ Potentes antieméticos por bloqueio serotoninérgico 
no centro do vômito 
 ↘ ZGQ 
 ↘ Principalmente → Bloqueio periférico nos nervos 
intestinais extrínsecos 
↘ Sofrem extenso metabolismo hepático 
↘ Indicações clínicas → Prevenção de vômitos agudos 
induzidos pela quimioterapia (↓ eficácia sobre 
vômitos tardios); prevenção ou tratamento de náuseas 
e vômitos pós-operatórios e pós-radioterapia 
↘ RAMs → (Toleráveis) Constipação, tontura, cefaleia, 
prolongamento do intervalo QT (contraindicado para 
pacientes com cardiopatias) 
 
→ Antagonistas D2 
↘ Fenotiazidas → Proclorperazina e prometazina 
↘ Butirofenonas → Droperidol 
↘ Local de atuação 
 ↘ ZGQ 
 ↘ NTS 
↘ Uso limitado pelo grau de sedação (propriedade 
anti-histamínica) 
 
↘ Benzamidas substituídas → Metoclopramida 
↘ Local de atuação 
 ↘ ZGQ 
 ↘ Periferia 
↘ Uso clínico → Refluxo gástrico, antiemético, 
cinetose, enxaqueca 
↘ RAMs → Inquietação, contração muscular 
involuntária (distonia), sintomas parkinsonianos, 
sonolência, ↑ prolactina 
 
→ Antagonistas H1 
↘ Difenidramina, dimenidrinato (Dramin®) → Usados 
no tratamento da labirintite 
↘ Meclizina → Uso profilático na cinetose; 
propriedades anticolinérgicas mínimas e produz menos 
sedação 
↘ Indicações clínicas → Prevenção ou tratamento da 
cinetose e na êmese provocada pela presença de 
substâncias irritantes 
↘ RAMs → Tontura, confusão, sedação, xerostomia, 
cicloplegia, retenção urinária 
 
→ Antagonistas M1 
↘ Hioscina ou escopolamina (Buscopan®) 
↘ Local de atuação → ↓ Ativação dos receptores 
muscarínicos 
 ↘ ZGQ 
 ↘ NTS 
 ↘ Aparelho vestibular 
 ↘ TGI 
↘ Indicações clínicas → Êmese vestibular 
↘ RAMs → Tontura, confusão, sedação, xerostomia, 
cicloplegia, retenção urinária 
 
→ Antagonistas NK1 
↘ Aprepitanto e fosaprepitanto 
↘ Farmacocinética → BD de 65%, t ½ de 12h, 
metabolizado principalmente pela 3A4 
↘ Indicações clínicas → Associação com antagonistas 
5-HT3 e corticosteroides na prevenção de náuseas e 
vômitos tardios em consequência de esquemas 
quimioterápicos muito emetogênicos 
↘ RAMs → Fadiga, tontura, diarreia 
 
→ Agonistas CB1 
↘ Dronabinol 
↘ Terapia de combinação com fenotiazinas 
(antagonistas D2) → Ação antiemética sinérgica com 
atenuação dos efeitos colaterais de ambos os fármacos 
↘ Farmacocinética → Significativo metabolismo de 1ª 
passagem 
↘ Indicações clínicas → Antiemético e estimulante do 
apetite 
↘ RAMs → Euforia, disforia, alucinações, sedação, 
xerostomia→ Glicocorticoides 
↘ Adjuvantes úteis no tratamento da náusea em 
pacientes com câncer disseminado (inflamação 
peritumoral supressora e produção de 
prostaglandinas) 
↘ Úteis no tratamento de náuseas e vômitos induzidos 
por irradiação
 
→ Náuseas e vômitos causados pela quimioterapia 
Risco da êmese Vômito agudo (até 24h após) Vômito tardio (dias após) 
Alto 5-HT3 + Dex + NK1 Dex + NK1 
Moderado 
5-HT3 + Dex + NK1 
5-HT3 + Dex 
Dex 
5-HT3 ou metoclopramida 
Dex + NK1 
Baixo Dex - 
Mínimo - - 
→ Classes dos fármacos antieméticos 
Classe Exemplo Indicação 
Antagonistas 5-HT3 Ondansetrona 
Êmese quimioterápica 
Pós-operatório 
Antiemético em idosos (cuidado 
com cardiopatias) 
Antagonistas D2 
Metoclopramida 
Clorpromazina 
Êmese quimioterápica 
Gastroparesia 
Pós-operatório 
Antagonistas H1 
Difenidramina 
Cinarizina 
Cinetose 
Labiritinte 
Antagonistas M1 Escopolamina Cinetose 
Antagonistas NK1 Aprepitanto Êmese quimioterápica tardia 
Agonistas CB1 Dronabinol Êmese quimioterápica

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