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R O-TRABALHISTA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 99° VARA DE TRABALHO DE SALVADOR/BA
PROCESSO N° XX
AERODUTO, empresa pública de gerenciamento de aeroportos, qualificação e enderenço completos nos autos, vem por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), na Reclamação trabalhista proposta por PAULO inconformado com a sentença de FOLHAS XX/XX, vem respeitosamente á Vossa Excelência, interpor; RECURSO ORDINARIO de acordo com o art.897 da CLT, Diante do exposto, requer o recebimento das razões e apresentadas e sua posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho.
 
Nestes termos, 
Pede deferimento
Local e data.
Advogado
OAB Nº
 .
RAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO.
PROCESSO: XXXXXXX
ORIGEM: 99° VARA DO TRABALHO DE SALVADOR / BA
RECORRENTE:AERODUTO
RECORRIDO: PAULO
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Origem: 99ª Vara do Trabalho de Salvador/BA
Processo nº XXXXXXXXX
RECORRENTE: AERODUTO
RECORRIDO: PAULO XXXXXX
Egrégio Tribunal de Justiça da Bahia
Colenda Câmara
Eméritos Julgadores
I - DA TEMPESTIVIDADE
Em conformidade com o art. 895, I, CLT, o prazo para interposição do Recurso Ordinário é de 08 (oito) dias, nestes termos tendo sido o apelante intimado no dia
 xx/xx/xx o prazo final para a interposião do mesmo é xx/xx/xx, sendo este recurso plenamente tempestivo.
II - DOS FATOS
Paulo prestou serviços para a empresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/2015 à 15/03/2016, atuava como auxiliar de serviços gerais, laborando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte cujo nome Aeroduto.
Foi dispensado e recebeu suas verbas recisórias, ajuizou reclamação Trabalhista em face da empresa tomadora de serviços. Litigando o pagamento de adicional de insalubridade , afirmando trabalhar em local com muito barulho, e correção monetária sobre o valor salarial, pois, tendo mudado o mês de competência, deveria haver o ajuste, dado o momento, na época, de inflação galopante, portanto, Paulo recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
No dia em que se procedeu a audiência, a empresa empregadora foi representada por seu contador devidamente assistido por um advogado, e a empresa tomadora foi por preposto empregado e advogado com a juntada de toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor. Bem como exames medicos de rotina, realizado nos empregados, inclusive no autor, os quais não demonstraram nenhuma alteração de saúde ao longo de todo contrato, além do recebimento de equipamentos de proteção individual.
O processo seguiu concluso para sentença, após ser indeferido os pedidos da primeira ré, que estava indevidamente representada. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. A segunda ré fora condenada, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da primeira ré.
III - PRILIMINARMENTE
O direito de requerer adicional de insalubridade e correção monetária não é digna de prosperar, pois na inicial Paulo o adicional por conta do local de trabalho ter muito barulho. Ao sentenciar, o Juiz por entender que as provas pericial e testemunhal comprovariam que o EPI eliminava a insalubridade, sendo assim, indeferiu o pedido da recorrente.
Entretanto, a perícia e as testemunhas são peças fundamentais para a comprovação do ato e desenronlar do processo, pois deste modo, é comprovado a boa indole do recorrente, pois esta, se sentiu pr
judicada uma vez que possui todas as provas do fato, como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive em Paulo, na qual nunca constou nenhum problema referente a sua saúde auditiva, além da entrega de todo material necessário para a segurança de todos os empregados.
Deste modo, é notório a desobediência ao dispositivo constitucional, em seu art. 5º inciso LV, vejamos:
Art. 5º. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
É indispensável a anulação da respeitável para que se afaste o cerceamento de defesa que foi imposto à recorrente, havendo que ser a mesma reconhecida, com fulcro no disposto pelos arts. 794 e seguintes da CLT.
III.I - DA REVELIA
Durante a sentença o magistrado não se ateve à Súmula 377 do TST, que alude:
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.
Destarte, ao se tratar de microempresa não há obrigação de o preposto ser empregado da mesma, a Lei Complementar 123/2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte). Em seu artigo 54, faculta ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte “fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário”.
III.II - DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
O juiz a quo, condenou a recorrente subsidiariamente em todos os pedidos de Paulo, vez que, a decisão fora proferida afastando o contexto fático da demanda. A Aeroduto, durante todo o contrato, este ainda vigente, fiscalizou na íntegra o cumprimento integral de tal, a todos os termos contratuais. Por se tratar de empresa pública, não há que se falar em responsabilidade subsidiária.
Nesta acepção, o artigo 71, § 1º da Lei 8.666/93, aduz sobre a impossibilidade da administração pública na inadimplência em contratos trabalhistas. Dispondo disto, a Súmula 331, V do TST, entende a responsabilidade da entidade pública somente quando restar-se comprovada a falta de fiscalização no cumprimento das obrigações da lei nº 8.666/93, e nas responsabilidades oriundas do contrato firmado com empresa prestadora de serviço.
Desta foma, resta necessário a reforma da sentença para que se exclua a responsabilidade subsidiária da recorrente.
III.III - DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
A súmula 80 do TST, afirma que:
INSALUBRIDADE. A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
ou seja, caso haja a entrega de equipamentos de proteção ao empregado, é excluida a insalubridade.
Durante toda a vigencia do contrato de trabalho de Paulo, foi entregue equipamentos pertinentes a proteção do mesmo em face da sua atividade laborativa, sendo assim, exclui-se a possibilidade de oagamento do adicional de insalubridade.
Em sequencia o juiz ficou grau máximo de periculosidade sem ter feito uma perícia, agindo em desacordo com o art. 192, §2º da CLT
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§ 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
Diante do exposto, REQUER que seja reformada a sentença para que seja pago adicional uma vez que este não é devido.
III.IV - DACORREÇÃO MONETÁRIA
A pedido do reclamante, ora, recorrido, na exordial requereu a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, dado momento, na época, de inflação galopante. No entanto, ao sair da empresa, recebeu as verbas rescisórias e sempre recebia seu salário até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido, em conformidade com o art. 459, § 1º da CLT, até esta data o empregador está autorizado a efetuar pagamentos de salário sem incorrer em correção monetária.
Logo, a incidência de correçãomonetária não deverá ser aplicada, diante o entendimento da Súmula 381 do TST:
CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT. O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subsequente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º.
Com respaldo na Súmula 381 do TST , fica evidente que os pagamentos estão de acordo com os entendimentos supracitados. Portanto, requer a reforma da sentença para reversão da condenação.
IV - DOS PEDIDOS
Antes o exposto, requer-se
a) Que o presente recurso ordinário seja conhecido e totalmente provido;
b) Que seja anulada a sentença, tendo em vista o cerceamento de defesa, para que seja realizada perícia no local de trabalho, concluindo acerca da existência da periculosidade.
c) Seja reformada a sentença de primeiro grau com todos os itens apontados no mérito
d) Seja o advogado da parte recorrida intimado
e) Seja o recorrido condenado ao pagamento dos honorários
Nestes termos, pede deferimento
Local / Data
ADVOGADO / OAB nº

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