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Terapêutica Medicamentosa Em Cirurgia Bucal Prof. Larissa Gonçalves Cunha Rios larissa_cunha@yahoo.com.br Terapêutica Medicamentosa Enterais Parenterais •Oral •Bucal •Sublingual •Retal •Percutânea •Respiratória •Submucosa-subperiosteal •Intra-articular •Intra-venosa •Intra-muscular Terapêutica Medicamentosa • Usualmente as formas farmacêuticas mais empregadas em Odontologia são sólidas e líquidas. ▪ Comprimidos/ Drágeas / Cápsulas ▪ Emulsões / Suspensões / Soluções Terapêutica Medicamentosa • Além da forma farmacêutica outros fatores também interferem na biodisponibilidade dos medicamentos de uso oral: ▪ Maior quando ingeridos com água ▪ Maior quando administrado 1 a 2 horas antes ou depois das refeições. Terapêutica Medicamentosa • Após ocorrer a absorção do medicamento na corrente sanguínea, o fármaco é levado até a área de atuação. • A maioria desta distribuição é feita através de ligamento com proteínas plasmáticas e alguma parte de forma livre. • Muito ligado com a competição entre dois ou mais fármacos. Terapêutica Medicamentosa • A maior parte dos medicamentos utilizados em nossa rotina sofre metabolização no fígado, convertendo o fármaco original em substâncias para permitir a posterior excreção. • Por isso devemos ter bastante atenção com doses elevadas em pacientes com doenças hepáticas. Terapêutica Medicamentosa • Grande parte das drogas são excretadas através dos rins, mas também podem ser através da bile, leite materno, fezes e etc. • Pacientes idosos e com história de doença renal provavelmente uma menor dose é desejada para diminuir a chance de reações de toxicidades. Receituário • Receituário comum • Receituário magistral • Receituário especial Receituário Nome e endereço do profissional Instituição/Clínica CRO Especialidade Nome do paciente:____________________________________ Endereço:___________________________________________ Via de administração (Uso interno- Via oral) 1)Antibiótico 2)Antiinflamatório 3)Analgésico Dipirona Sódica - 500 mg – 01 caixa Tomar um comprimido de 06 em 06 horas por 03 dias. Cidade, data __/__/__ ______________________ Assinatura e carimbo Superinscrição Cabeçalho Via de administração Nome do fármaco Forma farmacêutica Subinscrição Local, data, assinatura E carimbo Receituário • Receituário comum São prescritos medicamentos que não exigem retenção de receita. Ex.: Dipirona Sódica, Nimesulida, Ibuprofeno, Omeprazol e Toragesic (trometramol cetorolaco) Receituário • Receituário especial São prescritos medicamentos que exigem retenção de receita. Ex.: antibióticos, analgésicos de ação central Receituário • Receituário especial Receituário azul Ex.: ansiolíticos, sedativos. Rivotril, Tegretol Terapêutica Medicamentosa em Odontologia Analgésicos de Ação periférica Analgésicos de ação periférica • A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial. • Fisiologicamente é um reflexo protetor que tem por finalidade alertar. Analgésicos de ação periférica • Quando ocorre um estímulo nocivo este é convertido em estímulo elétrico nas terminações nervosas dos nociceptores. Analgésicos de ação periférica • Podem ser sensibilizados por ação direta de mediadores químicos liberados em decorrência de processos inflamatórios. Analgésicos de ação periférica • Os processos inflamatórios, traumáticos e isquêmicos também resultam em edema tecidual que comprime as terminações nervosas promovendo a sensibilização direta dos receptores sensoriais. Analgésicos de ação periférica • Fármacos que deprimem a atividade dos nocicptores atuam principalmente na dor já instalada. Conseguem diminuir o estado de hiperalgesia persistente. • Isso acontece por meio do bloqueio dos canais de Ca. • A Dipirona e o Diclofenaco atuam dessa forma Analgésicos de ação periférica Dipirona Alívio da dor leve a moderada já instalada Doses: • 500mg a 1g dependendo da intensidade de 06 em 06 horas (podendo ser de 04/04) • Crianças solução oral “gotas” com 500mg/ml: 1 gota/kg/peso Analgésicos de ação periférica • Dipirona é um analgésico eficaz e seguro para uso odontológico • Deve ser evitado nos 03 primeiros meses e nas última 06 semanas da gestação. • Risco de agranulocitose e anemia aplásica, deve ser evitado pacientes com anemia e leucopenia. Analgésicos de ação periférica Paracetamol Alívio da dor leve a moderada Doses: • 500mg a 750g dependendo da intensidade de 06 em 06 horas, não exceder 4g/dia (efeito hepatotóxico) • Crianças solução oral “gotas” com 200mg/ml: 1 gota/kg/peso Analgésicos de ação periférica • P a r a c e t a m o l a g e n a s v i a s d a s ciclooxigenases. • Seguo para uso em gestantes e lactantes • P o d e c a u s a r d a n o s a o f í g a d o , recentemente FDA recomendou doses máximas de 3,25g • Contraindicado em pacientes em uso de Varfarina Sódica. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia Antiinflamatórios Analgésicos antiinflamatórios • Na clínica odontológica a dor usualmente é de caráter inflamatório. • Toda intervenção provoca destruição tecidual gerando respostas inflamatórias agudas. • P r o c e d i m e n t o s p o u c o i n v a s i v o s geralmente a resposta inflamatória é autolimitante. Analgésicos anti-inflamatórios • Nas in te rvenções c i rú rg icas mais complexas, como remoção de terceiros molares inclusos, cirurgias periodontais ou implantodônticas, o traumatismo tecidual é intenso. • Nestes casos um anti-inflamatórios é necessário para modular esta resposta do organismo. Sinais e Sintomas • Resposta Inflamatória: ▪ Dor ▪ Rubor ▪ Tumor ▪ Calor ▪ Perda de Função Analgésicos anti-inflamatórios • Os anti-inflamatórios atuam nos produtos do metabolismo do ácido araquidônico: Analgésicos anti-inflamatórios • São divididos em duas classes: ▪ Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) • Inibidores não seletivos de Cox-2 • Inibidores seletivos de Cox-2 ▪ Anti-inflamatórios esteroidais(corticosteroides) Anti-inflamatórios • Considerações da ANVISA: ▪ AINE Cox-2 Seletivo não tem ação analgésica e anti-inflamatória superior ▪ Uso dos Cox-2 seletivos deve ser exclusivo para pacientes com risco aumentado de sangramento gastrintestinal. ▪ Cox-2 seletivo é contra indicado para usuários de aspirina ou clopidogrel. AINE Não Seletivo Diclofenaco Alívio da dor leve a moderada Doses: • 50mg de 08 em 08 horas ou 75mg de 12 em 12 horas. • Contra indicado para crianças, exceto para tratar artrite juvenil. Diclofenaco • Único AINE que possui propriedade depressora dos nociceptores • Atravessa barreira placentária e é excretado também no leite materno. • Podem diminuir o efeito de hipertensivos diuréticos. • Potencializam os efeitos da insulina AINE Não Seletivo Ibuprofeno Alívio da dor leve a moderada Doses: • 400mg ou 600mg de 08 em 08 horas. • Crianças 50mg/ml 1 gota/kg de 06 em 06 horas. Não exceder 200mg (40 gotas). Ibuprofeno • Único AINE aprovado para uso em crianças de acordo com recomendações atuais do FDA. • No Brasil agora é distribuído nas redes públicas no lugar do Diclofenaco e Nimesulida os quais não são mais recomendados para crianças segundo a ANVISA. AINE Não Seletivo Tenoxican Alívio dador leve, moderada a intensa Doses: • 20mg dose diária, em casos de dores intensas 20mg de 12 em 12 horas. Tenoxicam • Completamente absorvido por via oral • Pode potencializar o efeito de qualquer anticoagulante. • Junto com AAS tem sua biodisponibilidade diminuída. AINE Não Seletivo Nimesulida Alívio da dor leve e moderada Doses: • 100mg de 12 em 12 horas. • 50mg/ml tomar 40 gotas. Nimesulida • Apesar de não ser Cox-2 seletivo ele apresenta preferência para Cox-2 • Possui mecanismo scavenger que atua em radicais livres. • Excretado pela via urinária e pelas vezes. • Não se deve exceder máximo de 5 dias devido potencial lesões hepáticas. AINE Cox-2 Seletivo Etoricoxibe Alívio da dor leve e moderada Doses: • 60mg a 90mg por dia. • Doses de 120mg causam problemas cardiovasculares Etoricoxibe • Atinge efeito máximo em 1 hora. • Possui afinidade para articulações, utilizado em tratamento de artrites. • Potencializa o efeito do Metrotexato (tratamento de artrite reumatoide) e sua toxicidade. • Atenção para uso em pacientes com angina, stents e demais problemas cardíacos. AINE Cox-2 Seletivo Celecoxibe Alívio da dor leve, modera a Intensa Doses: • 100mg ou 200mg de 12 em 12 horas dores intensas • 100mg por dia dores leves • Não exceder 400mg / dia Celecoxibe • Pode causar diminuição do efeito anti- hipertensivo dos inibidores da ECA (captopril). • Pode potencializar o efeito da Varfarina (Marevan). • Quando ut i l i zado em conjunto do Fluconazol pode ter sua concentração aumentada. Corticosteroides • Indicados para prevenir a hiperalgesia e controlar o edema • O regime analgésico mais adequado é analgesia preemptiva (antes da lesão tecidual) • O corticosteroide deverá atravessar a membrana citoplasmática e se ligar a fosfoalipase A2. Corticosteroides • Até pouco tempo atrás eram tidos como perigosos para uso odontológico baseado em alegações de que poderiam disseminar infecções bucais e causar retardo na reparação óssea. • Contudo estes efeitos são observados apenas em usos prolongados. Corticosteroides • Vantagens em relação aos AINES: ▪ Não produzem efeitos adversos (curto periodo de uso) ▪ Não interferem no mecanismo de hemostasia ▪ Mais seguros para serem empregados em gestantes e lactantes, diabéticos, nefropatas e hipertensos controlados. ▪ Relação custo/benefício menor. Corticosteroide Dexametasona Duração prolongada Doses: • 8mg a 10mg 01 hora antes do procedimento • Inicio 12 horas antes do procedimento em cirurgias mais invasivos Corticosteroide Betametasona Duração prolongada Doses: • 1 a 3 gotas intracanal • 5mg intra muscular • Crianças 0,5mg/ml 1 gota/kg/peso em dose única pré-operatória. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia Analgésicos de Central Analgésicos de Ação Central • C o n h e c i d o s t a m b é m c o m o hipnoanálgesicos são os fármacos derivados do ópio. • Deprimem seletivamente o SNC • Empregados para aliviar dores de moderada a grave. Analgésicos de Ação Central • Os opióides são uma classe de farmácos que atuam nos receptores opióides neuronais ▪ µ(mu)➔ analgesia supra-espinhal, depressão respiratória, euforia e dependência física ▪ κ(capa)➔ analgesia espinhal, miose, sedação e disforia ▪ δ (delta)➔ alterações no comportamento afetivo ▪ σ(Sigma)➔ disforia, alucinações, estimulação vasomotora. Analgésicos de Ação Central • Os opioides possuem maior afinidade pelos recepitores µ. ▪ Analgesia – alteração da percepção da dor e da reação do paciente a dor ▪ Euforia – Livre da ansiedade e do desconforto ▪ Sedação – Sonolência e turvação da conciência Analgésicos de Ação Central • Efeitos clínicos dos opióides nas doses encontradas no comercio para uso odontológico é principalmente devido a sensação de conforto que produzem. • Em uso odontológico normalmente os opió ides são associados a a lgum analgésico periférico. Opióides usados em odontologia Codeína Alívio da dor moderada a intensa Doses: • 30 a 60 mg de 06 em 06 horas dependendo da intensidade da dor • Crianças 7,5 mg de 06 em 06 horas (pouco uso odontológico). Opióides usados em odontologia Tramadol Alívio da dor moderada a intensa Doses: • 50mg ou 100mg dependendo da intensidade da dor de 8 em 8 horas. • Não devendo exceder 400mg/dia. Utilizar apenas maiores de 16 anos. Analgésicos de Ação Central • Efeitos adversos consistem em: ▪ Depressão respiratória ▪ Constipação intestinal ▪ Náuseas e vômitos ▪ Boca seca ▪ Hipotensão arterial ▪ Retenção urinária Analgésicos de Ação Central • Seu uso prolongado pode causar dependência e tolerância a dose. • Estes medicamentos devem ser prescritos em receituários especiais e cópia retida na farmácia. Terapêutica medicamentosa em odontologia Sedação em Odontologia Sedação em odontologia • Sedação consciente é uma depressão mínima do nível de consciência que não afeta sua habilidade espontânea e independente de respirar e de responder apropriadamente a comandos verbais e estimulação física. Sedação em odontologia • Na clínica odontológica os benzodiazepínicos são os ansiolíticos mais empregados para obter sedação mínima por via oral, pela eficácia, boa margem de segurança e facilidade posológica. • Convém lembrar que no Brasil cirurgiões dentistas não tem autorização para sedação via intravenosa. Sedação em odontologia • Indicações para sedação farmacológica ▪ Ansiedade aguda não controlada por outros métodos ▪ Intervenções invasivas (drenagens, exodontias inclusos, implantes, enxertias e etc.) ▪ Logo após traumatismos dentários acidentais, situações que requerem pronto atendimento. Sedação em odontologia • Indicações para sedação farmacológica ▪ Pacientes sindrômicos. ▪ Psiquiátricos ▪ Crianças não cooperativas ▪ Paciente com fobias de atendimento médico-odontológicos Sedação em odontologia • O mecanismo de ação dos benzodiazepínicos resulta da ligação destes ao SNC facilitando a ação do GABA (ácido gama-aminobutírico). • Resulta assim na diminuição da excitabilidade e na propagação dos impulsos excitatórios. Sedação em odontologia • Dessa forma sua ação ansio l í t ica se dá pela po tenc ia l i zação dos e fe i tos in ib i tó r ios de um neurotrasmissor (GABA) produzido pelo próprio organismo. • Além de controlar a ansiedade, reduz fluxo salivar, o reflexo de vômito, relaxa musculatura esquelética e mantém níveis seguros de PA. Sedação em odontologia • Efeitos Colaterais ▪ Sonolência (efeito hipnótico – sono fisiológico) ▪ Efeitos paradoxais (contraditórios) 1% Crianças e idosos. ▪ Amnésia anterógrada (esquecimento dos fatos seguidos a partir de um evento de referência) ▪ Alucinações e fantasias (midazolan) Sedação em odontologia • A escolha e dosagem são aplicados de acordo com a idade e o estado físico do paciente, bem como tipo de procedimento. • Como a maioria dos procedimentos são em torno de 60 minutos, o midazolan (inicio 30m duração 1-2h) é o fármaco de escolha para jovens e adultos. Sedação em odontologia • Contra indicações do uso: ▪ Portadores de insuficiência respiratória grave ▪ Portadores de glaucoma e miastenia ▪ Gestantes ▪ Histórico de hipersensibilidade ▪ Apneia do Sono ▪ Etilistas – Risco de potencializar os efeitos Sedação em odontologia Diazepam Ação prolongada inicio 30 a 60 min Doses: • 5 – 10mg adultos. •5mgem idosos •0,2 – 0,5 mg/kg crianças (10mg dia) •Extremamente ansiosos 1 dose a noite antes da consulta Sedação em odontologia Midazolam Ação curta inicio 15 a 30 min Doses: • 7,5 – 15mg adultos •7,5mg idosos •0,5mg/kg crianças Sedação em odontologia Alprazolam Ação prolongada inicio 30 a 60 min Doses: • 0,5-0,75mg adultos • 0,5mg idosos • Não recomendado a crianças •Menor efeito paradoxais ou amnésia comparado ao Midazolam Sedação em odontologia Lorazepam Ação intermediária inicio 30 a 60 min Doses: • 1 – 2mg adultos • 1mg idosos • Não recomendado a crianças • Indicação para idosos, menos toxicidade e melhor excreção. Sedação em odontologia • Características da Sedação Consciente por via inalatória: ▪ Paciente está sempre acordado e responsivo ▪ Respiração voluntária ▪ Produz analgesia ▪ Produz sedação ▪ O paciente não perde os reflexos protetores ▪ Curto período de recuperação (com 5 minutos de aplicação de oxigênio puro o paciente está apto a voltar a suas atividades normais). Sedação em odontologia • O equipamento é composto por dois cilindros, um de óxido nitroso e outro de oxigênio. • O efeito é controlado pelo dentista, com a dosagem de cada substância, que é feita através de um misturador chamado de fluxômetro. (misturas de 10 a 70% de No2 com O2) Sedação em odontologia • Durante a inalação, uma pequena mascara de indução, com odor de diversas frutas, a escolher, é colocada no nariz do paciente. • Realizado monitoramento através de um oxímetro de pulso que é colocado em seu dedo indicador, verificar constantemente a taxa de oxigênio disponível no sangue, o número de batimentos cardíacos por minuto, e a pressão arterial. Terapêutica medicamentosa em odontologia Antibiótico terapia Uso dos antibióticos • Infecções estão entre as condições mais comumente encontradas na odontologia. • Podem ter como et io log ia or igem endodôntica, periodontal e pericoronária. • Há ainda possibilidade de ocorrer após procedimento cirúrgico. Fatores Etiológicos • A maioria dos organismo presentes são oriundos da placa dentária. ▪ Supra gengival – Cocos Gran-positivos e facultativos ▪ Sub gengival – Cocos Gran-negativos e anaeróbicos Uso dos antibióticos • Apesar da amplitude e da diversificação dessa mircrobiota as infecções bucais somente se manifesta na presença de fatores predisponentes. • No que diz respeito do tratamento da infecção já estabelecida a principal conduta é a remoção da causa. Uso dos antibióticos • Os antibióticos atuam como auxiliares na terapêutica das infecções, destruindo microrganismos (bactericida) ou impedindo sua reprodução (bacteriostático). Uso dos antibióticos • O emprego de antibiótico na clínica odontológica está indicado em duas situações distintas ▪ Tratamento de infecções ▪ Prevenção de infecções Tratamento das infecções • Quando a descontaminação local por sí só não surte efeito e há sinais e sintomas de disseminação o uso do antibiótico é recomendado. • Sem sinais locais ou manifestações sistêmicas o uso não é necessário. Tratamento das infecções • As penicilinas, ampicilinas e amoxicilinas são ainda a primeira escolha para tratamento das infecções bucais. • Amoxicilina possui melhor e mais rápida absorção e mantém níveis sanguíneos mais prolongados. Tratamento das infecções • A escolha da Amoxicilina com um inibidor betalactamases (clavulanato ou sulbactam) não deve ser de prática comum. Sendo reservado para infecções que não respondem ao t ra tamento , ou se identificado por meio de cultura bactérias produtoras de betalactamases. Tratamento das infecções • A Eritromicina, bacteriostático da familia dos macrolídeos, tem sido restrita ao uso devido a resistência de algumas cepas de estreptococos. • A Azitromicina tem sido uma alternativa para pacientes com alergia a penicilina, at ingem concentrações elevadas e duradouras. Tratamento das infecções • A Clindamicina, bacteriostática da família das licosaminas, é selecionada para tratamento de infecções mais avançadas. Seu uso como alternativa a alérgicos da pen i c i l i na pode l eva r res i s tênc ia bacteriana. Infecções Orais e Maxilofaciais Terapêutica Medicamentosa Droga dose intervalo Penicilina V 500.000u 6/6 h Amoxicilina 500mg 8/8 h Amoxicilina/ Ác. Clavulânico 500mg 8/8 h Cefalexina 1g 6/6 h Eritromicina 500mg 6/6 h Clindamicina 300mg 6/6 h Metronidazol 400mg 8/8 h Moxifloxacina 400mg 24 h Infecções Orais e Maxilofaciais Terapêutica Medicamentosa Pediatrico Droga dose intervalo Penicilina V 15mg/kg 6/6 h Amoxicilina 20mg/kg 8/8 h Eritromicina 10mg/kg 6/6 h Azitromicina 10mg/kg 24 h Metronidazol 7,5mg/kg 8/8 h (benzoilmetronidazol) Suspensão de 40mg/ml – 5 ml solução – 200mg. Infecções Orais e Maxilofaciais Terapêutica Medicamentosa Pediatrico Profilaxia antibiótica • Consiste no uso de antibióticos em pacientes que não apresentam evidências de infecção com intuito de prevenir a co lon ização de bac té r ias e suas complicações. • Podem ser na própria região operada ou em sít ios distantes, em pacientes suscetíveis Profilaxia antibiótica • Ainda há controvérsias quanto o emprego da profilaxia antibiótica que possa ocorrer na própria região operada. • Se as medidas de antissepsia forem seguidas e o paciente for hígido a taxa de infecção gera em torno de 4%. Profilaxia antibiótica Profilaxia antibiótica • É considerado efetivo nas seguintes situações: ▪ Implantação de biomaterial ▪ Enxertias ▪ Instalação de implantes ▪ Sítios potencialmente contaminados Profilaxia antibiótica • Profilaxia é recomendada em pacientes: ▪ Cardiopatias valvares ▪ Endocardite bacteriana prévia ▪ Prolápso de válvula com refluxo ▪ Doenças cardíacas congênitas ▪ Imunossuprimidos ▪ Diabetes (não controlado) Antibiótico Terapia Doses Profiláticas Profilaxia antibiótica • Pode ser usado ainda Azitromicina 500mg em adultos e 15mg/kg em crianças 1 hora antes. • Em casos de levantamento de seio maxilar tem sido relatado uso de Clavulin 1g 1 hora antes, mantendo 500mg por 7 a 10 dias. Referências • HUPP, JR. Cirurgia Oral e Maxilofacial: Contemporânea. Ed. Elsevier, 2008. • TOPAZIAN, RG. Infecções Orais e Maxilofaciais. Ed. Santos, 2006. • MILORO, M. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial. Ed. Santos, 2008. • POESCHL, P W. et al. 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