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FCAT ENFERMAGEM DISTÚRBIO DA CIRCULAÇÃO Prof. Raimundo Júnior ISQUEMIA Redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado local, estrutura ou órgão. Em condições normais a oferta de sangue é no mínimo igual à sua demanda, dependo da necessidade metabólica de cada órgão. ISQUEMIA Se instala toda vez que a oferta de sangue é menor que a necessidade básica do órgão em questão Se instala toda vez que a oferta de sangue é menor que a necessidade básica do órgão em questão CAUSAS – ISQUEMIA A principal causa é a redução de sangue. Causa mais frequente e mais importante: OBSTRUÇÃO DE VASO QUE PODE SER POR: Compressão por tumor Aterosclerose Trombos CAUSAS – ISQUEMIA OUTRAS CAUSAS: Diminuição da pressão entre artérias e veias – Estados de choque por redução da pressão arterial. Reduz o fluxo sanguíneo nos capilares Aumento da viscosidade sanguínea – Diminui o fluxo especialmente na microcirculação. . CONSEQUÊNCIAS – ISQUEMIA Para cumprir suas atividades as células necessitam de energia sobretudo – ATP. CONSEQUÊNCIAS – ISQUEMIA Com a ISQUEMIA = ocorre REDUÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO O metabolismo passa a ser o ANAERÓBICO = REDUÇÃO DE ENERGIA. CONSEQUÊNCIAS – ISQUEMIA COM a REDUÇÃO DE ATP Perda da função celular Parada atividade neuronal Redução da força de contração do miocárdio Com a redução contínua de ATP = morte celular. ISQUEMIA ATP ISQUEMIA ATP ISQUEMIA - TIPOS DE ISQUEMIA Isquemia relativa temporária Isquemia subtotal temporária Isquemia absoluta temporária Isquemia persistente ISQUEMIA Isquemia relativa temporária Obstrução vascular parcial quando há aumento de atividade metabólica de um órgão. Ex.: indivíduos com aterosclerose submetidos a esforço físico. No estado de repouso a circulação é capaz de manter o trabalho cardíaco surgindo DOR apenas na sobrecarga. ISQUEMIA Nesse tipo de isquemia a ENERGIA não cai abaixo do limite crítico, ou seja, não a morte celular. Caso a isquemia seja prolongada, assim sim, teremos morte celular (Necrose). ISQUEMIA ISQUEMIA Isquemia subtotal temporária Obstrução vascular incompleta = fluxo sanguíneo mínimo Nível de energia próximo ao limite inferior Com a persistência dos níveis muito baixo de ENERGIA, as células podem entrar em apoptose. ISQUEMIA Isquemia absoluta temporária Interrupção passageira do suprimento sanguíneo; Ex: em paradas cardíacas seguida de reanimação. Obstrução arterial por trombo seguida de trombólise. ISQUEMIA Durante a isquemia o órgão entra em disfunção, mas as células não morrem. ISQUEMIA Isquemia persistente Bloqueio total por tempo prolongado principalmente por: Placas de aterosclerose, trombos e êmbolos. Quando essa isquemia é prolongada e intensa provocar necrose da área atingida, chamada de INFARTO INFARTO Representa uma área circunscrita de necrose tecidual causada por ISQUEMIA ABSOLUTA PROLONGADA por obstrução arterial ou venosa. Pode ser Branco Vermelho INFARTO INFARTO Branco Obstrução arterial em órgãos sólidos com circulação terminal com pouca ou nenhuma circulação colateral – coração, baço e rins INFARTO Vermelho É aquele que a região atingida tem cor vermelha por conta da intensa hemorragia que se forma na área de necrose. Ocorre em órgão frouxos ou com rica irrigação colateral – Ex: pulmão. REPERFUSÃO Tentativa de restabelecer a circulação. O sucesso da reperfusão depende da duração da isquemia. Pode ser conseguida por meio de Substâncias trombolíticas ou cirurgia de revascularização (angioplastia) REPERFUSÃO Pode ocorrer a LESÃO POR REPERFUSÃO – causando dano tecidual Rápida reoxigenação causa liberação de RADICAIS LIVRES REPERFUSÃO RADICAIS LIVRES causam: Peroxidação do lipídeos de membrana – inibem as bombas que regulam a homeostase intracelular. Geram uma resposta inflamatória e dano oxidativo. REPERFUSÃO Com o acúmulo de Ca+2 intracelular – hipercontração, também induzem a abertura de poros na membrana mitocondrial inibindo a produção de ATP resultando em Necrose ou Apoptose. REPERFUSÃO * No coração ocorre uma disfunção contrátil temporária sem causar morte celular associada a reperfusão – essa disfunção é chamada Stunning. Causado pelo fechamento (oclusão) coronariano por 5 minutos. Edema Acúmulo de líquido nos espaços intersticiais ou cavidades do organismo. Edema A homeostase dos líquidos é regulada por: Pressão intravascular Concentração de sódio Receptores de pressão intralumial (átrios, ventrículos, vasos pulmonares etc.) Edema A patogênese dos edemas é causada por fatores que alterem o transporte de líquidos na microcirculação. Ou seja – A diferença entre as pressões hidrostática e oncótica. Edema A pressão hidrostática – responsável pelo movimento do líquido do sistema intravascular para o interstício. Pressão oncótica é a pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo. Responsável pelo retorno do líquido do interstício para o vaso. Edema Edema - CAUSAS Aumento da pressão hidrostática intravascular e/ou Retenção de Na+. Aumento da pressão que o volume de líquido dentro do vaso. Ex. Insuficiência cardíaca Edema - CAUSAS Redução da pressão oncótica do plasma. Diminuição da viscosidade sanguínea dada principalmente pela concentração de proteínas no sangue. Ex. Síndrome nefrótica (↓ albumina) Edema - CAUSAS Obstrução linfática – por obstrução dos vasos linfáticos. Localizada (inflamatório ou neoplásico) Ex: filariose. Aumento da pressão hidrostática Dificuldade de retorno venoso Insuficiência cardíaca Obstrução ou estreitamento do vaso (Trombose ou Compressão extrínseca) Redução da pressão oncótica do plasma - hiponatremia Síndrome nefrótica Cirrose hepática Retenção de sódio Ingestão excessiva de sal com função renal reduzida ↑ reabsorção de Na+ • ↑ secreção de renina, angiotensina e aldosterona Obstrução linfática Inflamatória Neoplásica Edema Edema - INFLAMATÓRIO Pode ser causado por um problema inflamatório. Após evento traumático de torção, queda, batida ou excesso de esforço Aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos. Edema - INFLAMATÓRIO Aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos. Os vasos sanguíneos ficam mais permeáveis para facilitar a chegada das células de defesa ao local do trauma. Com o alargamento dos poros, há um maior extravasamento de líquidos para o interstício Edema Quanto a composição: TRANSUDATO – líquido com baixo conteúdo proteico – indica permeabilidade vascular preservada permitindo apenas a passagem de água. Portanto, não está associado a uma inflamação.Edema Quanto a composição: EXSUDATO – Fluido extravascular de origem inflamatória e, portanto, resultante de um aumento na permeabilidade do endotélio pelos mediadores da inflamação. Tem alta concentração de proteínas e células inflamatórias. Choque Colapso circulatório associada a hipoperfusão generalizada dos tecidos e órgãos Hipoperfusão sistêmica ↓débito cardíaco / ↓ volume sanguíneo circulante ↓ de oxigênio – ↓ nutrientes às células Metabolismo passa a ser anaeróbico. Choque • Falência do miocárdio • Arritmia • Obstrução do fluxo de saída (embolia) Choque cardiogênico • ↓ volume sanguíneo • Hemorragias/ queimaduras extensas Choque hipovolêmico ou hemorrágico • Infecções bacterianas graves • Gram- choque endotóxico • Gram+ e fungos (ocasionalmente) Choque séptico CHOQUE O estado de hipoperfusão pode ser provocado por: Distúrbio na macrocirculação por falha cardíaca (choque cardiogênico) ou por redução de volume sanguíneo (Choque hipovolêmico) CHOQUE Distúrbio na distribuição do volume sanguíneo (Distribuição na microcirculação) – Choque séptico, anafilático ou neurogênico). O efeito comum em todos os choques é a QUEDA DE PRESSÃO resultante da hipoperfusão generalizada. CHOQUE CARDIOGÊNICO O Coração é incapaz de bombear adequadamente o sangue. Ocorre quando há: Destruição extensa do miocárdio. Impossibilidade de contração eficaz (Arritmias) Nessas situações acima o Débito cardíaco fica muito reduzido. CHOQUE HIPOVOLÊMICO Perda súbita de grandes quantidades de líquidos Provocado por: Hemorragia intensas Desidratação (altas temperaturas, diarréia profunda) Perda de plasma (queimaduras) CHOQUE SÉPTICO Provocado principalmente por infecções de bactérias Gram-negativas produtoras de endotoxina, assim como Gram- positiva e fungos. Ativação generalizada de leucócitos – conhecida como síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS)
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