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20150510214507disturbio_da_circulacao_2 2º NVA

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FCAT 
ENFERMAGEM 
DISTÚRBIO DA CIRCULAÇÃO 
 
Prof. Raimundo Júnior 
ISQUEMIA 
 Redução ou falta de suprimento sanguíneo 
em determinado local, estrutura ou órgão. 
 
 Em condições normais a oferta de sangue 
é no mínimo igual à sua demanda, 
dependo da necessidade metabólica de 
cada órgão. 
ISQUEMIA 
 Se instala toda vez que a oferta de 
sangue é menor que a necessidade 
básica do órgão em questão 
 
 
 
 Se instala toda vez que a oferta de sangue é 
menor que a necessidade básica do órgão em 
questão 
 
 
CAUSAS – ISQUEMIA 
 A principal causa é a redução de 
sangue. Causa mais frequente e mais 
importante: 
 OBSTRUÇÃO DE VASO QUE PODE 
SER POR: 
 Compressão por tumor 
 Aterosclerose 
 Trombos 
CAUSAS – ISQUEMIA 
 OUTRAS CAUSAS: 
 Diminuição da pressão entre artérias e 
veias – Estados de choque por redução 
da pressão arterial. 
 Reduz o fluxo sanguíneo nos capilares 
 Aumento da viscosidade sanguínea – 
Diminui o fluxo especialmente na 
microcirculação. 
 . 
CONSEQUÊNCIAS – ISQUEMIA 
 Para cumprir suas atividades as 
células necessitam de energia 
sobretudo – ATP. 
 
CONSEQUÊNCIAS – ISQUEMIA 
 Com a ISQUEMIA = ocorre REDUÇÃO 
DO FLUXO SANGUÍNEO 
 
 O metabolismo passa a ser o 
ANAERÓBICO = REDUÇÃO DE 
ENERGIA. 
CONSEQUÊNCIAS – ISQUEMIA 
 COM a REDUÇÃO DE ATP 
 Perda da função celular 
 Parada atividade neuronal 
 Redução da força de contração do 
miocárdio 
 Com a redução contínua de ATP = 
morte celular. 
ISQUEMIA 
 
 ATP 
ISQUEMIA 
 
 ATP 
ISQUEMIA - TIPOS DE ISQUEMIA 
 Isquemia relativa temporária 
 Isquemia subtotal temporária 
 Isquemia absoluta temporária 
 Isquemia persistente 
 
 
ISQUEMIA 
 Isquemia relativa temporária 
 Obstrução vascular parcial quando há 
aumento de atividade metabólica de um 
órgão. 
 Ex.: indivíduos com aterosclerose submetidos 
a esforço físico. 
 No estado de repouso a circulação é capaz de 
manter o trabalho cardíaco surgindo DOR 
apenas na sobrecarga. 
 
ISQUEMIA 
 Nesse tipo de isquemia a ENERGIA não 
cai abaixo do limite crítico, ou seja, não 
a morte celular. Caso a isquemia seja 
prolongada, assim sim, teremos morte 
celular (Necrose). 
 
ISQUEMIA 
 
ISQUEMIA 
 Isquemia subtotal temporária 
 Obstrução vascular incompleta = fluxo 
sanguíneo mínimo 
 Nível de energia próximo ao limite inferior 
 Com a persistência dos níveis muito baixo 
de ENERGIA, as células podem entrar em 
apoptose. 
 
ISQUEMIA 
 Isquemia absoluta temporária 
 Interrupção passageira do suprimento 
sanguíneo; 
 Ex: em paradas cardíacas seguida de 
reanimação. 
 Obstrução arterial por trombo seguida de 
trombólise. 
ISQUEMIA 
 Durante a isquemia o órgão entra em 
disfunção, mas as células não morrem. 
 
ISQUEMIA 
 Isquemia persistente 
 Bloqueio total por tempo prolongado 
principalmente por: 
 Placas de aterosclerose, trombos e 
êmbolos. 
 Quando essa isquemia é prolongada e 
intensa provocar necrose da área 
atingida, chamada de INFARTO 
INFARTO 
 Representa uma área circunscrita de 
necrose tecidual causada por 
ISQUEMIA ABSOLUTA PROLONGADA 
por obstrução arterial ou venosa. 
 Pode ser 
 Branco 
 Vermelho 
 
 
INFARTO 
 
INFARTO 
 Branco 
 Obstrução arterial em órgãos sólidos 
com circulação terminal com pouca ou 
nenhuma circulação colateral – coração, 
baço e rins 
 
INFARTO 
 Vermelho 
 É aquele que a região atingida tem 
cor vermelha por conta da intensa 
hemorragia que se forma na área de 
necrose. 
 Ocorre em órgão frouxos ou com rica 
irrigação colateral – Ex: pulmão. 
REPERFUSÃO 
 Tentativa de restabelecer a circulação. 
 O sucesso da reperfusão depende da 
duração da isquemia. 
 Pode ser conseguida por meio de 
Substâncias trombolíticas ou cirurgia de 
revascularização (angioplastia) 
REPERFUSÃO 
 Pode ocorrer a LESÃO POR 
REPERFUSÃO – causando dano tecidual 
 
 Rápida reoxigenação causa liberação de 
RADICAIS LIVRES 
 
REPERFUSÃO 
 RADICAIS LIVRES causam: 
 
 Peroxidação do lipídeos de membrana – 
inibem as bombas que regulam a 
homeostase intracelular. 
 
 Geram uma resposta inflamatória e dano 
oxidativo. 
 
REPERFUSÃO 
 Com o acúmulo de Ca+2 intracelular – 
hipercontração, também induzem a 
abertura de poros na membrana 
mitocondrial inibindo a produção de ATP 
resultando em Necrose ou Apoptose. 
 
 
REPERFUSÃO 
 * No coração ocorre uma disfunção 
contrátil temporária sem causar morte 
celular associada a reperfusão – essa 
disfunção é chamada Stunning. 
Causado pelo fechamento (oclusão) 
coronariano por 5 minutos. 
 
 
Edema 
 Acúmulo de líquido nos espaços 
intersticiais ou cavidades do 
organismo. 
Edema 
 A homeostase dos líquidos é 
regulada por: 
 Pressão intravascular 
 Concentração de sódio 
 Receptores de pressão intralumial 
(átrios, ventrículos, vasos 
pulmonares etc.) 
 
 
Edema 
 A patogênese dos edemas é causada 
por fatores que alterem o transporte 
de líquidos na microcirculação. Ou 
seja – A diferença entre as pressões 
hidrostática e oncótica. 
Edema 
 A pressão hidrostática – responsável 
pelo movimento do líquido do sistema 
intravascular para o interstício. 
 
 Pressão oncótica é a pressão osmótica 
gerada pelas proteínas no plasma 
sanguíneo. Responsável pelo retorno do 
líquido do interstício para o vaso. 
 
 
Edema 
 
Edema - CAUSAS 
 Aumento da pressão hidrostática 
intravascular e/ou Retenção de Na+. 
Aumento da pressão que o volume de 
líquido dentro do vaso. 
 Ex. Insuficiência cardíaca 
 
 
Edema - CAUSAS 
 Redução da pressão oncótica do 
plasma. Diminuição da viscosidade 
sanguínea dada principalmente pela 
concentração de proteínas no sangue. 
 Ex. Síndrome nefrótica (↓ albumina) 
 
 
Edema - CAUSAS 
 Obstrução linfática – por obstrução dos 
vasos linfáticos. 
 Localizada (inflamatório ou neoplásico) 
 Ex: filariose. 
 
Aumento da 
pressão 
hidrostática 
Dificuldade de 
retorno venoso 
Insuficiência 
cardíaca 
Obstrução ou 
estreitamento 
do vaso 
(Trombose ou 
Compressão 
extrínseca) 
Redução da 
pressão 
oncótica do 
plasma - 
hiponatremia 
Síndrome 
nefrótica 
Cirrose 
hepática 
Retenção 
de sódio 
Ingestão 
excessiva de sal 
com função renal 
reduzida 
↑ reabsorção de 
Na+ 
 
• ↑ secreção de 
renina, 
angiotensina e 
aldosterona 
Obstrução 
linfática 
Inflamatória 
Neoplásica 
Edema 
 
Edema - INFLAMATÓRIO 
 Pode ser causado por um problema 
inflamatório. 
 
 Após evento traumático de torção, 
queda, batida ou excesso de esforço 
 
 Aumenta a permeabilidade dos vasos 
sanguíneos. 
 
Edema - INFLAMATÓRIO 
 Aumenta a permeabilidade dos vasos 
sanguíneos. Os vasos sanguíneos ficam mais 
permeáveis para facilitar a chegada das 
células de defesa ao local do trauma. Com o 
alargamento dos poros, há um maior 
extravasamento de líquidos para o interstício 
 
Edema 
 Quanto a composição: 
 TRANSUDATO – líquido com baixo 
conteúdo proteico – indica 
permeabilidade vascular preservada 
permitindo apenas a passagem de 
água. 
 Portanto, não está associado a uma 
inflamação.Edema 
 Quanto a composição: 
 EXSUDATO – Fluido extravascular de 
origem inflamatória e, portanto, 
resultante de um aumento na 
permeabilidade do endotélio pelos 
mediadores da inflamação. 
 Tem alta concentração de proteínas e 
células inflamatórias. 
 
 
Choque 
 Colapso circulatório associada a 
hipoperfusão generalizada dos tecidos e 
órgãos 
 
 Hipoperfusão sistêmica  ↓débito 
cardíaco / ↓ volume sanguíneo circulante 
 ↓ de oxigênio – ↓ nutrientes às células 
 Metabolismo passa a ser anaeróbico. 
 
Choque 
 
• Falência do 
miocárdio 
• Arritmia 
• Obstrução do 
fluxo de saída 
(embolia) 
Choque 
cardiogênico 
• ↓ volume 
sanguíneo 
• Hemorragias/ 
queimaduras 
extensas 
Choque 
hipovolêmico 
ou hemorrágico 
• Infecções 
bacterianas graves 
• Gram-  choque 
endotóxico 
• Gram+ e fungos 
(ocasionalmente) 
Choque séptico 
CHOQUE 
 O estado de hipoperfusão pode ser 
provocado por: 
 
 Distúrbio na macrocirculação por falha 
cardíaca (choque cardiogênico) ou por 
redução de volume sanguíneo (Choque 
hipovolêmico) 
 
CHOQUE 
 Distúrbio na distribuição do volume 
sanguíneo (Distribuição na 
microcirculação) – Choque séptico, 
anafilático ou neurogênico). 
 O efeito comum em todos os choques é 
a QUEDA DE PRESSÃO resultante da 
hipoperfusão generalizada. 
 
 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 O Coração é incapaz de bombear 
adequadamente o sangue. 
 Ocorre quando há: 
 Destruição extensa do miocárdio. 
 Impossibilidade de contração eficaz 
(Arritmias) 
 Nessas situações acima o Débito 
cardíaco fica muito reduzido. 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 Perda súbita de grandes quantidades de 
líquidos 
 Provocado por: 
 Hemorragia intensas 
 Desidratação (altas temperaturas, 
diarréia profunda) 
 Perda de plasma (queimaduras) 
CHOQUE SÉPTICO 
 Provocado principalmente por infecções 
de bactérias Gram-negativas produtoras 
de endotoxina, assim como Gram-
positiva e fungos. 
 Ativação generalizada de leucócitos – 
conhecida como síndrome da resposta 
inflamatória sistêmica (SIRS)

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