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Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA- Brasil 2014: Subsede Porto Alegre Signage System Study for World Cup FIFA - Brazil 2014: Host City Porto Alegre D’Agostini, Douglas; BDes; Mestrando em Design, Centro Universitário Ritter dos Reis douglasdago@yahoo.com.br Gomes, Luiz Vidal N.; PhD; Centro Universitário Ritter dos Reis vidalgomes@uniritter.com.br Resumo O Brasil prepara-se para sediar sua segunda Copa do Mundo de Futebol. As cidades escolhidas para os jogos receberão milhares de estrangeiros e turistas, trazendo necessidades de informação, de como se deslocarem, como se alimentarem, onde se hospedarem ou ir aos estádios. O design de sinalização cumprirá papel fundamental neste momento, organizando os ambientes, identificando os serviços essenciais, ambientando os jogos e orientando o público. Visando criar um sistema de sinalização modelo para as subsedes, propõe-se um estudo concebido a partir da observação sobre a cidade de Porto Alegre com foco nas questões do design de sinalização. Palavras Chave: Design; sinalização; eventos e esporte. Abstract Brazil is preparing to host its second World Cup Soccer. The cities chosen for the games receive thousands of foreigners and tourists, bringing information needs, how they move, how to eat, where to stay or go to the stadiums. Signage design will fulfill major role at this time, organizing environments, identifying the essential services, the atmosphere of the games and guiding the public. In order to create a signage system model for host cities, it is proposed that a study designed from the observation of the city of Porto Alegre with a focus on issues of signage design. Keywords: Design; signage; events and sport. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Necessidade de sinalizar A necessidade do homem se comunicar advém dos primeiros momentos em que ele familiarizou-se com a escrita. Os primeiros traços e desenhos feitos por nossos ancestrais pré- históricos, nas paredes de cavernas, deflagram a intenção não só de expressão, como também a ideia, ainda incipiente, do registro de uma informação. Este homem evolui, e, a partir do momento em que torna seus traços reconhecíveis, passa a utilizá-los como ferramenta para se comunicar dentro de sua organização social. O crescimento dos grandes centros urbanos, os avanços da ciência e da cultura imaterial criaram novas exigências por parte da sociedade, que agora rodeada pelo excesso de símbolos, sinais, desenhos, cores e informações, sente que tudo isso precisa de ordenação. Dentro desse cenário, o ato de sinalizar tem fundamental importância em nosso cotidiano, seja para identificar, orientar, advertir, ambientar ou promover os espaços em que vivemos. O estudo desse tema é de extrema importância, pois o retorno que os projetos de sinalização trazem, são em forma de benefícios reais às pessoas. Hoje não conseguimos imaginar o mundo sem informações e orientações quando precisamos delas. Por isso, o olhar sobre as demandas dos usuários nos ambientes faz com que a sinalização assuma um dos papéis prioritários dentro de nossa sociedade. Sinalização para eventos esportivos A Copa do Mundo de Futebol, assim como outros eventos esportivos internacionais, é conhecida como um mega evento. Sua organização e planejamento começam com anos de antecedência, e movimentam um número incontável de pessoas, que se envolvem direta ou indiretamente. Toda esta estrutura, que deve ser pensada em detalhes, também ultrapassa as questões do mero entretenimento. Para os países, que recebem estes mega eventos, fica um legado de avanço em sua infra-estrutura. Há investimentos do governo na melhoria dos transportes, segurança, hotelaria, saúde e saneamento, que visam dar mobilidade, conforto e segurança ao público expectador do evento. Por possuir características multiculturais, os mega eventos, terão sempre como principal desafio a comunicação. Segundo o site da FIFA - Fédération Internationale de Football Association (www.fifa.com), a média de público nos estádios, nas três últimas Copas do Mundo, ficou em torno de três milhões de pessoas. Esta é uma forte característica destes eventos internacionais, que conseguem reunir em um mesmo ambiente diferentes culturas, mas que possuem em comum as mesmas necessidades de informação. Olimpíadas de Munique, 1972 Os Jogos Olímpicos de Munique 1972 são um marco para a sinalização em eventos esportivos internacionais. Em 1966, O designer alemão Otl Aicher, a convite do Comitê Organizador das Olimpíadas de Munique 1972, formou uma equipe capaz de desenhar um extenso programa de design para o mega evento, a qual trabalharia conjuntamente com o comitê organizador dos jogos. No verão de 1967, Aicher e seus colaboradores da Escola de Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Ulm começaram a elaborar o que seria mais tarde denominado de Identidade Visual dos jogos. Inicialmente as primeiras ideias apresentadas pela a equipe de Aicher giravam em torno do apelo regionalista, através da evocação de elementos da cultura local, mas logo estas ideias foram descartadas, pois havia um conflito que tais soluções geravam entre o ambiente local de Munique e a multiplicidade cultural que os jogos traziam. A equipe de Aicher não tinha a intenção de dar um ar folclórico aos Jogos Olímpicos, mas também achava que isolar as Olimpíadas da cultura local era impensável. Como solução e ponto de partida para gerar elementos visuais para os Jogos, trabalharam em cima de características típicas da região de Munique, como montanhas, lagos, florestas, prados e o sol. Além disso, a completa dissociação das Olimpíadas de Berlin, 1936, era fator chave para a equipe, tendo em vista que o evento naquela época foi muito mais uma exposição massiva da imagem do poderio nazista e de Hitler do que a comemoração que pretendia ser os Jogos. Além da preocupação estética, obviamente Aicher tinha em mente produzir algo visualmente eficiente para diversas necessidades de informação, como é o caso nesse tipo de evento. Aicher, então desenvolveu um sistema de pictogramas tão bem resolvido em sua síntese gráfica, que até hoje é utilizado como alfabeto visual padrão por todos os eventos esportivos internacionais. Também, a clássica identificação dos banheiros masculinos e femininos são frutos do designer alemão. Figura 1: Pictogramas das Olimpíadas de Munique,1972. Munique conseguiu transportar para o evento muito mais do que a ordenação dos espaços e a identificação dos locais de competição. Através de Aicher e sua equipe, surgiu a compreensão que os Jogos Olímpicos deixavam de ser um mero momento de competições entre países passando ao patamar de mega evento para celebração entre diversas culturas. Para tanto, havia a necessidade de uma expressão gráfica marcante e universalmente compreensível, além da criação de um sistema complexo de identidade visual, que partiria da simples criação de folders até aplicação dos elementos gráficos em painéis, bandeiras e fachadas nos locais dos jogos. O modelo de Munique 1972 perdura até hoje como referência quando pensamos em programas de design para eventos esportivos internacionais. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Olimpíadas de Barcelona, 1992 Em 1992, a cidade de Barcelona foi sede das Olimpíadas. O sistema de sinalização projetado pelo comitê organizador dos jogos previa a distinçãode três áreas na cidade, as quais receberiam todo o conjunto de elementos da sinalização. Como parte integrante do Manual de Identidade Visual para as Olimpíadas de Barcelona, 1992, foi publicado o detalhamento do projeto de sinalização do evento para a cidade. Nos primeiros capítulos do manual, é clara a preocupação em observar os diferentes níveis de acesso dos usuários ao ambiente do evento. Conforme o manual toda a sinalização estaria dividida em três níveis: 1) Look exterior - fora das instalações esportivas. Compreendendo duas zonas diferenciadas (zonas urbanas – e os entornos das instalações); 2) Look exterior das instalações. Consistindo na ambientação das fachadas das instalações esportivas; e 3) Look interior das instalações esportivas. Compreendendo o interior das instalações esportivas onde ocorreram as competições. Figura 2: Detalhe da aplicação da sinalização no acesso a cidade de Barcelona. (fonte: Manual de Identidade Visual das Olimpíadas de Barcelona, 1992) Esta delimitação foi primordial para o projeto de sinalização, pois definiu as diferentes formas de intervenção nos ambientes da cidade. A partir disso, o trabalho voltou-se principalmente para definição de quais suportes seriam utilizados na comunicação dentro dessas áreas. Panamericano do Rio de Janeiro, 2007 O projeto do sistema de sinalização para um mega evento é, sem dúvida, um trabalho muito extenso. Para se ter uma ideia, em 2007, no PAN do Rio, foi evidente o esforço que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) teve para atender as demandas da sinalização dos Jogos. Segundo o Relatório Oficial dos Jogos Panamericanos de 2007, ao todo foram mais de 20 mil artes finais criadas, que resultou em 30 cadernos de peças e alguns milhares de metros de lonas impressas. A decoração e ambientação dos locais de competição tiveram aprovação de 94% do público expectador do evento, que aprovou a sinalização de ambientação aplicada nos locais das competições. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Figura 3: Sinalização de ambientação do Panamericano Rio 2007. Mas nem tudo ocorreu como previsto, pois o projeto não pôde ser executado na integra, e somente as instalações esportivas implementaram a sinalização de ambientação. Vários pontos estratégicos da cidade como o centro histórico, principais ruas, avenidas e pontos turísticos não foram "vestidos" com o projeto gráfico. Dessa experiência fica a sugestão: o Look of the City deve ser trabalhado com a máxima antecedência, de forma que as licitações voltadas para a produção das peças, e também as assinaturas de contratos, sejam formalizadas, no mínimo, um ano antes da abertura dos Jogos [...] Sem planejamento antecipado e condições adequadas de implementação, torna-se inviável o êxito dessa tarefa, tanto pela complexidade, quanto pelo gigantismo da produção e da operação envolvidas. (Relatório Oficial XV Jogos Pan-Americanos / III Jogos Parapan-Americanos - Rio 2007. P. 227). Se o PAN do Rio 2007 revelou tamanha complexidade para sua implementação, podemos deduzir que conceber um sistema de sinalização para a Copa do Mundo é uma tarefa ainda mais difícil, pois serão 12 cidades necessitando de uma ação conjunta de organização e supervisão do projeto proposto. Metodologias para projetos de sinalização Follis e Hammer (1988) descrevem como sendo quatro as etapas de projeto: 1. Planejamento; 2. Design; 3. Documentação e contratação de fornecedores; 4. Supervisão (tradução nossa). Costa (1989) define que a metodologia projetual em sinalização deve ser uma fórmula que organize procedimentos de maneira ordenada e exaustiva. Para Costa, existem sete passos a cumprir nos projeto de sinalização: 1. Contato com o cliente; 2. Levantamento de informações; 3. Organização; 4. Design gráfico; 5. Realização; 6. Supervisão; 7. Controle dos resultados (tradução nossa). Para Smitshuijzen (2007), a metodologia básica para projetos de sinalização deve seguir os mesmos princípios que são aplicados em métodos de navegação no ambiente e do design arquitetônico. Sua proposta identifica cinco etapas básicas para o acompanhamento dos projetos de sinalização: Fase 1: Planejamento; Fase 2: Desenho do sistema de sinalização; Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Fase 3: Expressão visual; Fase 4: Documentação e contratação de fornecedores; Fase 5: Supervisão (tradução nossa). Chris Calori, professora da disciplina de Environmental Graphic Design no Fashion Institute of Technology de Nova York e Ohio State University, desenvolveu um método similar ao utilizado em projetos arquitetônicos. De maneira linear, Calori (2007) divide em sete as fases de projeto com a inclusão de uma fase de avaliação: 1. Levantamento de dados e análise; 2. Desenho esquemático; 3. Design gráfico; 4. Documentação; 5. Contratação de fornecedores; 6. Fabricação, instalação e acompanhamento; 7. Avaliação (tradução nossa). A rigor, as metodologias para projetos de sistemas de sinalização servem com um instrumento de organização e divisão das etapas de pesquisa, coleta de dados, desenho, contratação de fornecedores, produção, supervisão, documentação e avaliação do projeto, dentro de um cronograma pré-definido. O designer responsável por esse trabalho deverá ser capaz de um poder de organização com vistas a atender todas as demandas citadas. Trata-se de uma tarefa extensa cuja necessidade de uma equipe de projeto é indispensável. Para conduzir as diferentes etapas do projeto de um sistema de sinalização para a Copa do Mundo FIFA utilizamos como referência a base metodológica de diversos autores. De forma geral podemos concluir que as etapas dividem-se da seguinte maneira: 1) Levantamento da necessidade; 2) Coleta de dados em campo; 3) Organização e definição das informações; 4) Design; 5) Contato com fornecedores; 6) Produção; 7) Implantação e supervisão. Objeto do estudo No dia 31 de maio de 2009, em Nassau, nas Bahamas, os dirigentes da FIFA anunciaram as 12 cidades subsedes que receberão os jogos da Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA) foram escolhidas, de acordo com critérios técnicos exigidos pela FIFA. Para análise dos projetos entregues pelas cidades, além dos estádios, foram levadas em consideração aspectos como a rede hoteleira, sistema de transporte urbano, aeroportos, segurança pública e opções de lazer. Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, foi tomada como modelo para o desenvolvimento deste estudo. Por possuir características de uma metrópole, com um extenso território, qualquer sistema desenvolvido dentro de sua estrutura urbana seria facilmente replicado às outras sedes. O estádio Beira-Rio foi confirmado como o único na cidade apto a receber os jogos, por isso todo o estudo proposto foi desenvolvido a partir de sua localização. É importante neste ponto observar, que seja qual for o estádio, o sistema de sinalização projetado deve facilmente ser adaptado aos outros estádios da Copa. O projeto do sistema de sinalização para a Copa do Mundo deve, antes de tudo, atender às demandas de identificação, orientação e ambientação nos espaços públicos. Toda esta necessidade deve estar de acordo com padrões internacionais, tais como informações pictóricas e informações verbais dispostas em três idiomas. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre.9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Coleta de dados A análise sobre as necessidades de sinalização de Porto Alegre passou primeiramente pela zonificação e identificação das diferentes áreas que receberão algum tipo de interferência gráfica. A tentativa, neste ponto de projeto, era entender quais eram os elementos primordiais dessa sinalização, tendo em vista que a cidade possui um amplo território e que o acesso a ele é feito de diversas formas. Segundo Smitshuijzen, 2007, Mesmo para as pessoas que utilizam constantemente uma determinada área para seus deslocamentos, é cada vez mais complexa a tarefa de familiarizar- se com todas as partes da cidade. Isto se deve às grandes áreas edificadas e um tanto quanto confusas nas regiões metropolitanas. Isto atesta a necessidade de projetar cada área de forma particular, pois as regiões possuem problemas distintos no que diz respeito aos aspectos geofísicos e demográficos. Através da observação da malha urbana da cidade de Porto Alegre, concluiu-se que havia diferentes áreas dentro do território da cidade a serem estudados separadamente. Com isso, desenvolveu-se uma nomenclatura própria a cada área da cidade para subdividir o projeto de sinalização, a saber: 1) Mega Habitat; 2) Quilo Habitat; 3) Hecto Habitat; 4) Deca Habitat. Figura 4: Zonificação do projeto de sinalização na cidade de Porto Alegre. Mega, Quilo, Hecto e Deca são nomenclaturas utilizadas para designar unidades de medida em Milhão, Milhar, Centena e Dezena, respectivamente. Habitat, por definição, refere-se a distribuição das populações de determinada comunidade. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Mega Habitat Foi definido como Mega Habitat a área que compreende as regiões limítrofes da cidade em um raio de 15 km do estádio, que recebera os jogos. Este ambiente é densamente povoado e registra um fluxo de milhões de pessoas diariamente. Também, caracteriza-se pela amplitude urbana, seja por suas edificações, avenidas e estradas que abrangem grandes áreas. O projeto de sinalização para essa área possui diretrizes particulares. Um dos exemplos está na conclusão de que o fluxo nessa região é essencialmente feito por veículos, e a informação nesse ambiente é percebida, na grande maioria das vezes, à distância e com velocidade entre 80 a 100 km/h em média. Por isso, legibilidade e contraste seriam condicionantes do projeto para essa parte da cidade. Os acessos principais do Mega Habitat foram identificados e a partir disto foi possível definir os principais percursos que levariam aos arredores do complexo esportivo. Através de levantamento fotográfico, concluiu-se que havia necessidades de sinalização em diferentes pontos de decisão do usuário no ambiente construído, como nas entradas da cidade, bifurcações, rótulas, canteiros centrais, etc. Após percorrer os principais caminhos e observar os pontos que sofreriam interferência da sinalização, obteve-se um mapa geral com a identificação dos elementos que deveriam ser propostos nesta área. Ao todo, foram listados para a sinalização do Mega Habitat oito tipologias, que variam entre elementos de sinalização identificativa, informativa, direcional, ambientativa e informativa direcional. Figura 5: Registro fotográfico da entrada de Porto Alegre. Quilo Habitat O Quilo Habitat compreende a área definida em um raio de 2 km do estádio. A sinalização nessa região é basicamente distribuída nas principais avenidas que levam às entradas do complexo esportivo. Sua característica é de intensa movimentação de pedestres. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Os acessos que levam ao estádio se dão por espaços mais condensados com prédios residenciais e comerciais, lojas, parques, canteiros centrais, etc. A definição da área de cobertura do Quilo Habitat partiu da observação a uma determinação da FIFA. De acordo com suas normas, o trânsito de veículos particulares é proibido durante a realização dos jogos, passando, assim, o espaço, a ser utilizado somente por pedestres que se deslocarão ao estádio. Dessa forma, o objetivo do projeto de sinalização nessa área deverá atender as necessidades do pedestre. Critérios de orientação através de mapas detalhados e informações essenciais como, a identificação dos possíveis locais onde estariam disponíveis alguns dos serviços de utilidade pública, como posto de saúde, posto policial, posto de informação e mictórios, devem ser considerados para melhor reconhecimento no ambiente. Com base nos dados obtidos da observação do Quilo Habitat, chegou-se num total de nove tipologias diferentes, que variam em sinalizações ambientativas, direcionais e informativas. Figura 6: Definição dos pontos onde serão alocados os elementos da sinalização. Hecto Habitat A sinalização para o Hecto Habitat começa nos portões de entrada do complexo esportivo e estende-se até os portões de acesso inferior e superior do estádio. Nesse ambiente, são considerados aspectos de acessibilidade, localização, direção, e ambientação projetados para familiarizar os usuários ao ambiente densamente ocupado. A característica principal nesse espaço é determinada principalmente por sua amplitude e pelo acúmulo de centenas de pessoas, que aguardam para adentrar ao estádio. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Figura 7: Exemplo de um Hecto Habitat (Copa do Mundo FIFA, Alemanha, 2006). Ao todo, o estádio possui quatro entradas principais, que podem ser acessadas por duas grandes avenidas: Avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Padre Cacique. Com essa definição dos pontos de acesso ao estádio e o entendimento dos fluxos de entrada e saída do público, passamos a definir além dos elementos que seriam alocados nessa área, também códigos cromáticos que pudessem visualmente identificar os diferentes setores do estádio. No Hecto Habitat, foram definidos 12 tipologias que irão identificar, direcionar, informar e ambientar os arredores do estádio. O projeto de sinalização para essa área prevê ainda, a utilização de uma sinalização adaptada à norma da ABNT NBR 9050, que trata da acessibilidade em edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos, mais especificamente quanto à sinalização tátil de alerta, destinada a deficientes visuais, idosos e crianças. Esse tipo de sinalização deve ser alocado em obstáculos suspensos entre 0,60 m e 2,10 m de altura do piso, que tenham o volume maior na parte superior do que na base. Figura 8: Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos. A sinalização tátil de alerta é proposta neste estudo principalmente, para identificar os elementos direcionais e informativos, pois estarão fixados em meio ao espaço que o público irá transitar. Mesmo com a definição de que esse piso tátil deva ser utilizado somente em obstáculos suspensos entre 0,60 m e 2,10 m de altura do piso, ele cumpre outro papel de fundamental importância dentro do projeto: alertar sobre disposição dos elementos da sinalização no percurso do público, evitando, assim, que idosos, deficientes visuais e crianças esbarrem em suas estruturas. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Deca Habitat A sinalização para o Deca Habitat é essencialmente uma experiência particularizada. Écaracterizada pela ambientação, que tenta expressar graficamente a emoção e atributos do evento no ambiente. Neste espaço, o compartilhamento dessa experiência se dá em um grupo reduzido de dezenas de pessoas. A intenção do projeto para essa área além de explorar os atributos gráficos da marca, é de identificá-la e criar uma atmosfera emotiva de celebração. Sendo o projeto para o Deca Habitat estritamente de ambientação, foram previstos que os anéis superiores e inferiores do estádio sejam “vestidos” com a proposta gráfica, seguindo os atributos da identidade visual do evento. Identidade visual A assinatura gráfica aqui apresentada tem origem em um estudo desenvolvido por Halpern, 2008. Seu projeto de conclusão do curso de design, no Centro Universitário Ritter dos Reis, passou a ser referência nas soluções gráficas desse projeto de sinalização. Por isso, é importante salientar que essa assinatura gráfica trata-se de apenas um estudo acadêmico, e não a real identidade visual escolhida para o evento. Em um primeiro momento foi importante observar os elementos que formaram seu conjunto, a fim de criar unidade entre o projeto de identidade visual e o projeto de sinalização. Símbolo, logotipo e padrão cromático são os elementos identificados como referências para o estudo da solução gráfica para a sinalização do evento. Figura 9: Proposta de símbolo para o evento. Figura 10: Proposta de logotipo para o evento. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Figura 11: Proposta do padrão cromático da identidade visual para o evento. Tipografia Como padrão tipográfico de apoio em elementos da sinalização, sugeriu-se a utilização da tipografia da Calibri Bold, tendo em vista sua similaridade com o logotipo proposto e perfeita adequação ao projeto de sinalização. Os estudos tipográficos realizados para o projeto de sinalização foram embasados nos métodos desenvolvidos por Crosby, Fletcher e Forbes (1970). Figura 12: Calibri Bold - Tipografia utilizada no sistema de sinalização do evento. Ajuste tipográfico O desenho tipográfico pressupõe que todas as letras que possuem ascendentes sejam alinhadas com o topo das letras em caixa alta. No caso da tipografia da Calibri Bold, sugere- se que essa adequação da ascendente seja realizada nas letras b, d, f, h, i, j, k, l e t do seu alfabeto, para manter o padrão no desenho de todas as letras. Figura 13: Ajuste tipográfico em algumas letras da Calibri Bold. Teste de redução da tipografia Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Após a escolha da tipografia Calibri Bold, foram feitos testes de redução para avaliar a sua resistência óptica. As palavras e letras foram impressas em papel, tanto em caixa alta quanto em caixa baixa e caixa alta e baixa nos tamanhos que variavam entre um centímetro a quatro centímetros de altura, para expressões e palavras da sinalização mais próxima, e entre vinte centímetros e quarenta centímetros de altura, para sinalização mais distante. Todos os papéis com formato A3 foram afixados em uma árvore, e o registro fotográfico se deu nas distâncias de 1.5, 3, 6, 12 e 24 metros de distância. Como resultado, obteve-se resultado satisfatório para palavras escritas com 3 cm de altura para informações mais próximas, e 40 cm de altura nas letras para sinalizações mais distantes, todas escritas com iniciais em caixa alta e as restantes em caixa baixa. Figura 14: Teste de visualização da tipografia. Teste de legibilidade Além do teste de reduções da tipografia, é primordial saber se a fonte escolhida suporta distorções em diferentes níveis a fim de avaliar se a leitura dos caracteres continua possível. Para isso, o teste da leitura das letras com efeito de movimento pode atestar o uso da tipografia em situações onde houver a necessidade de uma leitura muita rápida ou de pessoas com déficit da visão. Figura 15: Teste para verificar legibilidade da tipografia. Controle de margens e entrelinhas Basicamente todo o projeto que prevê a utilização de textos ou palavras em sequencia deve utilizar critérios para distanciar essas palavras das margens dos substratos da sinalização. De acordo com o método desenvolvido por Crosby, Fletcher e Forbes (1970), é possível Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design estabelecer um critério com a utilização de um sistema unificado de mensuração, mais especificamente através de uma régua padronizada composta por 50 partes iguais. Esta régua normatiza a utilização de um entrelinhamento padrão tornando textos aplicados na sinalização mais legíveis. Nesse estudo sugere-se a utilização de uma régua de 51 partes, a fim de obtermos controle na disposição das palavras. Figura 16: Régua Tipográfica de 51 partes (controle de entrelinhamento). Pictogramas O desenho de pictogramas é um recurso gráfico consagrado internacionalmente como opção não-verbal para sinalizar e informar as pessoas independentemente da língua que utilizam para se comunicar. Desenhos que representam uma informação, ação ou objeto, estes pictogramas devem conter em uma síntese gráfica todo o seu significado. Para isso, observar sua construção através de representações gráficas consagradas é sem dúvida ponto de partida para sua concepção. Figura 17: Conjunto de Pictogramas sugeridos pelo AIGA, 1974 e 1976. Em 1974, o American Institute of Graphic Arts – AIGA publicou uma série de 34 símbolos (figura 11), que normatizaria a comunicação através dos pictogramas, reconhecidos posteriormente como um padrão de linguagem visual internacional. Mais tarde, em 1979, foram acrescentados mais 16 símbolos, formando então um conjunto completo com 50 pictogramas referenciais para projetos de sinalização. Segundo o AIGA (1976) o desenho de pictogramas reconhecidos como padrão internacional deve possuir três características básicas: a) Semântica: relação entre a imagem e seu significado; b) Sintática: relação entre todos os desenhos do conjunto de pictogramas; c) Pragmática: relação entre a imagem visual e o usuário do ambiente. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Critérios de legibilidade dos pictogramas De acordo com testes feitos pela AIGA (1976), podem-se considerar alguns itens na utilização de pictogramas em um projeto de sinalização. Os testes foram realizados com os sinais de táxi, bilhetagem e elevadores. As figuras em preto foram aplicadas sobre fundo branco em uma parede preta. Como conclusão, notou-se que a diversas distâncias o sinal de táxi teve 10% mais legibilidade e o de elevadores 30% menos. Figura 18: Adequação entre tamanho/distância dos pictogramas. Figura 19: Angulação entre linha de visão e o pictograma. Algumas regras básicas puderam ser assumidas a partir deste estudo, como evitar a disposição dos sinais em um ângulo superior a 10° da linha de visão média das pessoas. Se as condições de projeto exigir um ângulo superior a 10° da linha de visão, então a relação de tamanho/distância entre sinal e altura deve ser ajustado, ou seja, se a altura aumenta provavelmente aumentará o tamanho do sinal. Concluindo o estudo, observa-se que uma distância máxima para a leitura eficaz de um sinal com 30 centímetros de alturaé de 47 metros. E em uma distância de 6 metros, o sinal deve ser disposto a uma altura no máximo a 10° da linha de visão de uma pessoa. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Desenho dos pictogramas Os estudos realizados pelo AIGA (1976) concluem que, sem um método, é bastante difícil pré-determinar objetivamente a eficácia de qualquer símbolo, mas admite que esta eficácia estará muito mais perto quando existir uma constante repetição do que uma diferença no estilo de desenho. Poovaiah (1984) sugere uma metodologia para o desenho de pictogramas, construídas em 8 etapas, que são: 1) Identificação das áreas de mensagem; 2)Definição de variações; 3) Avaliação; 4) Ergonomia; 5) Redesenho; 6) Reavaliação; 7) Redesenho; 8) Testes e modelos. Figura 20: Pictogramas desenvolvidos para sinalização do evento. O projeto de sinalização para um mega evento internacional requer cuidados que vão desde estudos sobre fluxos do público, e a consequente zonificação das áreas, até o desenho de um dos seus menores elementos, mas não menos essencial, como é o caso dos pictogramas e setas. Para isso, utilizou-se a metodologia de Poovaiah (1984) e as referências dos pictogramas sugeridos pela AIGA (1976) e a Foundation for Promoting Personal Mobility and Ecological Transportation - FPPMET, do Japão (www.ecomo.or.jp), para gerar alternativas de pictogramas (figura x) capazes de orientar um público sem a utilização de palavras. Desenho de Setas Item importante a ser observado nos projetos de sinalização, as setas, possuem formas geralmente associadas às flechas, que indicam o caminho a ser seguido. Para a esquerda, à direita, à frente, para frente à direita, são as indicações mais comuns nos projetos. Dependendo da necessidade, poderemos ver indicações de setas para baixo, principalmente quando indicam escadas que levam de um andar inferior. Figura 21: Alternativas geradas para o desenho de setas direcionais. Foram estudadas as formas mais comuns de indicação através de setas direcionais. Desde um desenho mais abstrato até a mais tradicional representação de uma seta, foram geradas algumas alternativas que gradualmente foram sendo selecionadas de acordo uma ideia de unidade entre os desenhos de pictogramas e tipografia a fim de formar um conjunto coeso entre estes três elementos. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Figura 22: Definição do desenho da seta. Figura 23: Desenho das setas para a sinalização do evento. Padrão Cromático O estudo para um projeto de sinalização deve sempre passar pelas opções de linguagens verbais e visuais, que deverão ser sugeridas ao ambiente. Uma das formas de identificar espaços e informações está na escolha de padrões cromáticos. Assim como a linguagem verbal empregada nos elementos da sinalização, que visa essencialmente informar o público podemos utilizar as cores como forma de identificação visual mais objetiva, que ordenará os espaços de forma a criar nichos e subsetores dentro de um ambiente. Para a escolha das cores, a atenção voltou-se principalmente para identificação visual dos elementos que servirão para direcionar e informar os usuários e os elementos que ambientarão os espaços do evento. A core verde e amarelo foram identificadas com melhor contraste dentro do padrão cromático proposto pela identidade visual do evento e por seu destaque quando empregadas no ambiente urbano. Por isso, formaram os elementos gráficos de informação e direção do projeto de sinalização. Figura 24: Identificação de cores para a sinalização a partir da Identidade Visual. A ambientação dos espaços, onde a expressão da identidade visual deverá ter maior atenção, utilizará o padrão cromático a partir das cores principais da identidade visual (azul, verde e amarelo) e suas complementares (laranja e lilás), formando um conjunto de quatro cores que servirão para setorizar o estádio. Isto permitirá ao público, a partir de sua entrada no complexo esportivo, identificar, através da cor, o setor ao qual deverá se deslocar para acessar o portão de entrada no estádio. Estudo do Sistema de Sinalização para Copa do Mundo FIFA 2014 / Brasil: Subsede Porto Alegre. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design Figura 25: Conjunto de cores para sinalização de ambientação do estádio. Conclusão Desenvolver um sistema de sinalização para um mega evento internacional é, antes de tudo, um exercício de organização. Podemos notar que ao longo deste trabalho existem várias etapas a serem cumpridas e registradas. Além disso, foi possível identificar questões específicas de projeto, que devem ser trabalhadas distintamente pelo designer, como o ambiente e o usuário, a informação e função dos sinais, o gráfico e o suporte da sinalização. Figura 26: Gráfico dos elementos que compreendem um projeto de sinalização. Trata-se de um projeto complexo de inúmeras responsabilidades e, para tanto, deverá ter disponível uma equipe multidisciplinar preparada para dar vazão às necessidades do trabalho. Desde uma análise de campo, onde há o registro fotográfico, passando pela escolha de materiais até a concepção gráfica, são necessárias várias pessoas, entre elas designers, arquitetos e engenheiros, capazes de despender um determinado tempo na construção de todo o processo. Todo esse envolvimento atesta mais uma vez a necessidade dos projetos de sinalização serem co-projetados. Mas, por outro lado, não retira a responsabilidade do designer em observar atentamente as técnicas de fabricação, conhecimento de materiais, fornecedores, tecnologias, usuários, fluxos, ou seja, raciocinar o ambiente de forma ampla. Isto ajuda na idealização de um conjunto de soluções para o problema, aumentando assim o repertório e a importância do designer nos projetos de sinalização. Esse trabalho trouxe algumas contribuições para o campo do design de sinalização. Através de atualização bibliográfica e resgatando conceitos de diversos autores. Com as soluções aqui encontradas, ficou evidente o valor do desenho nos projetos de sistemas de sinalização, além da importância do papel desempenhado pelo designer dentro das equipes de projeto. Referências bibliográficas ABNT. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 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