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Analise Textual - AV1

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Linguagem x Língua
Linguagem – capacidade humana de estabelecer comunicação, seja por gestos, sons, palavras, sinais, símbolos etc. Serve para representar conceitos, ideias, sentimentos, significados, pensamentos.
 Língua – conjunto de palavras e expressões usadas por uma comunidade, munido de regras próprias organizadas em um sistema (a gramática de uma língua). Também chamada código.
Fala x escrita: a fala 
A fala é anterior à escrita. Todo ser humano, dentro das suas normalidades, tem a capacidade de falar. Já a escrita é adquirida, não sendo de acesso a todos (alguns povos possuem língua falada própria, mas não escrita).
Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício para a interpretação da mensagem: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos. 
Estudo de caso: a modalidade falada
Trechos da fala do homem:
“Aqui é bem cegadu”
“Tem umas cachoeira boa”
“Nessa Santo Antoio onde ocês foram lá é muito bonito. A água lá é muito fria (...). Lá é bonito”
A língua falada, por se desenvolver espontaneamente, é caracterizada pela hesitação, repetição, pausas na voz etc. 
Fala x escrita: a escrita
A escrita consiste num processo mais lento do que falar. Ela é mais durável, podendo ser lida e reproduzida; é independente, ao contrário da fala, dispensando, assim, a presença física do autor. 
A escrita, portanto, tem a capacidade de se transferir de um meio a outro. Sua função central é a de registro da língua, para a difusão de informações e a construção de conhecimentos. 
A intenção da escrita é a produção de textos que serão alvos da atividade de leitura.
Registro formal x registro informal
Quando falamos ou escrevemos, estamos diante de um determinado contexto, uma situação específica que orienta a maneira como iremos nos comunicar. 
Dependendo de quem irá ler/ouvir a mensagem que produzimos, nós variamos a maneira de registrar a língua, por diversos motivos: o nível de compreensão daquele que irá ler/ouvir, a situação, que determina o nível de formalidade/informalidade, a finalidade da comunicação etc. 
No meio acadêmico e profissional, normalmente utilizamos o registro formal da língua.
Registro formal x registro informal: estudo de caso
Registro formal
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos troncopiramidais de base retangular, impressiona agradavelmente ao paladar.
Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em consequência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.
Registro informal
Rapadura é doce, mas não é mole.
Registro formal x registro informal
Tanto o registro formal quanto o informal devem se adequar à situação. Uma mensagem muito formal, em uma situação informal, pode mudar o sentido do que se pretende comunicar, por exemplo. O inverso também é verdadeiro.
A isso chamamos adequação da linguagem.
A adequação da linguagem é a forma que temos para adaptar nosso texto/fala à situação de comunicação. 
Linguagem formal é aquela em que se usa o padrão formal da língua, isto é, aquela ensinada na gramática, e seu uso se dá em situações mais formais. 
Já o padrão informal da língua é aquele usada em situações que não requer tanto rigor, como nas conversas com amigos ou com a família. 
O registro formal é a modalidade linguística tomada como padrão, e nela se redigem os textos e documentos oficiais do país. Também é a modalidade usada no meio profissional, por exemplo. 
Variação linguística
Variação linguística é a diversificação da língua em virtude da diversidade de costumes e falantes que uma língua possui. 
Variedades regionais
São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com a localização regional de uma comunidade linguística. Na variação regional temos, principalmente, diferenças no sotaque e no vocabulário.
Mosca x moxca
Garoto x piá 
Variedades sociais
São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com a identidade do falante e seu nível de letramento. 
Na variação social temos, principalmente, diferenças no vocabulário, na ortografia e na concordância.
Variação padrão
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. 
Embora as variações sejam naturais, existe uma expectativa de que todas as pessoas falem/escrevam da mesma maneira.
Se não fosse assim, por exemplo, nunca teríamos o “Jornal Nacional”, já que os falantes de diferentes regiões e níveis de letramento não compreenderiam a mesma mensagem.
A variação padrão corresponde ao uso homogêneo da língua. 
Conjunto de palavras x texto
As pessoas, geralmente, não se comunicam por palavras ou frases isoladas. Há uma unidade comunicativa básica, que é o texto. Até mesmo uma única palavra pode ser considerada texto; ou seja, uma unidade significativa. 
Entretanto, para que um conjunto de palavras seja um texto, alguns fatores devem estar presentes. 
Estudo de caso: (in)coerência nas notícias de jornal
"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes.”
"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço.”
"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." 
"Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável.”
Coerência textual
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar. É o resultado da não-contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, bem como o conhecimento de mundo que é articulado. 
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido para o interlocutor. Trata-se do princípio de interpretabilidade. 
Coerência e o conhecimento de mundo
Nossa compreensão de um texto depende de nossas experiências de vida, de nossas vivências, de nosso conhecimento de mundo, de nossas leituras. 
Os fins justificam as meias...
Quanto mais amplo o conhecimento do leitor, mais ampla será sua compreensão.
Coesão textual
Na construção de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que se lê.
Para que um texto apresente coesão, portanto, devemos escrever de maneira que as ideias se liguem (ou remetam) umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua leitura se dá com facilidade.
O uso adequado de elementos coesivos propicia maior legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações estabelecidas entre as informações contidas.
Coesão textual: Estudo de caso.
Dentre as diversas possibilidades de explicar o tema desta aula, eu escolhi a possibilidade de examinar os elementos coesivos, possibilidade esta que permite ao aluno e professor aprimorarem sua capacidade de escrever.
O uso correto de elementos coesivos evita a repetição de palavras e também as ambiguidades, entre outros benefícios. 
 
Dona de uma luminosidade fantástica, a ilha de Itaparica elegeu a liberdade como padrão (...).
Ali tudo flui espontaneamente, desde que o sol nasce, até a noite chegar.
Ela funciona como um quebra-mar que protege o interior da Baía de Todos os Santos.
É a maior de todas as 54 da região (...). Como qualquer localidade baiana que se preza, a ilha pratica ritos de antigas raízes míticas.
(texto adaptado de Ingedore Koch, em A coesão textual).
Coesão Referencial
A coesão referencial retoma elementos presentesno texto (palavras, nomes) com duas finalidades básicas: a) evitar a repetição; b) poder indicar outras características/atributos daquele elemento.
O técnico do Corinthians afirmou que o desempenho do time irá melhorar. Mano Menezes intensificou os treinamentos físicos do timão, pois, segundo ele, estava faltando gás na equipe. 
O uso de referentes, além de evitar repetição desnecessária, permite maior fluidez ao texto. 
Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, isso significa dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente. Deduzimos, assim, que há uma coesão sequencial que garante a textualidade.

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