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AULA 6- Obrigações divisíveis e indivisíveis e solidárias

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DIREITO CIVIL – Obrigações divisíveis e indivisíveis; e obrigações solidárias Síntese 06
André Mendes
	
SINTESE DA MATÉRIA
Obrigações divisíveis e indivisíveis; e obrigações solidárias – Artigos 257 a 263; e 264 a 285 do Código Civil, respectivamente – “LER OS ARTIGOS”
- Se possível, além de ler os artigos do Código Civil, acima indicados, ler também o assunto em uma doutrina de sua preferência, que trate do tema direito das obrigações – obrigações divisíveis e indivisíveis; e obrigações solidárias.
Referências Bibliográficas: Caio Mário da Silva Pereira / Carlos Roberto Gonçalves / Silvio de Salvo Venosa / Maria Helena Diniz / Flávio Tartuce – Direito das Obrigações 
Obs. – Pode-se ler também qualquer outro autor de sua preferência, ou que você tiver disponível, que trate do tema.
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Obrigações divisíveis e indivisíveis (art. 257 a 262, CC) – ler os artigos
O que é divisível ou não, na verdade, é a prestação, não a obrigação.
Pode-se dizer que a divisibilidade da obrigação – ou melhor, da prestação – consiste na possibilidade de fracionamento do pagamento, e a indivisibilidade, na obrigatoriedade do pagamento integral.
A possibilidade de execução parcelada, ou não, pode decorrer de sua própria natureza (natural), ou da lei (legal), ou da vontade das partes (convencional). O código cria uma classificação própria, que, porém, não foge à classificação clássica.
Indivisibilidade ler art. 258
Exemplos:
José é Carlos encomendam de Pablo, pintor, uma determinada tela. Nesse caso, a prestação devida por Pablo é naturalmente indivisível, em razão da indivisibilidade da própria tela. 
Névia e Tício compram de Luiz um sítio. Nessa hipótese, a prestação devida por Luiz é indivisível, porquanto, ainda que as terras pudessem ser divididas entre os credores, estes optaram por comprar as terras em conjunto, vez que, individualmente, não teriam como pagar o preço (a doutrina diria que a indivisibilidade decorre da vontade dos sujeitos, enquanto o Código Civil de 2002 se referiria ao motivo de ordem econômica).
Jorge e Silas causam um dano a Pablo. A prestação devida por Jorge e Silas se consubstancia na indenização que ambos, em conjunto, devem a Pablo. (a doutrina diria que se trata de indivisibilidade por foça de lei, enquanto o Código de 2002 afirmaria que a indivisibilidade decorre da razão determinante do negócio – dever de indenizar).
Regra geral o credor não pode ser obrigado a receber o pagamento fracionado, salvo ajuste em sentido contrário (art. 314). Assim, havendo um só credor, a obrigação será necessariamente indivisível, tendo em vista que o credor somente receberá a prestação em partes se com tal fato concordar, ou se houver assim convencionado com o devedor.
Pluralidade de sujeitos na obrigação divisível (art. 257)
 Pluralidade de credores – Obrigação divisível = cada credor terá direito apenas a uma fração determinada da prestação, e receberá em pagamento apenas a sua quota. (art. 257).
 Pluralidade de devedores = cada um será obrigado a uma determinada fração da prestação, e deverá pagar somente a sua quota (art. 257).
 Pluralidade de credores e devedores = cada credor terá direito à sua quota, bem como cada devedor pagará apenas a fração que deve (art. 257).
** O final do art. 257 informa, ainda, que não havendo convenção sobre as quotas, se estabelece a presunção (iuris tantum - relativa) de que a prestação se divide em frações iguais para cada sujeito, seja a pluralidade ativa ou passiva.
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL
Questão: E se houver pluralidade de devedores e a obrigação for indivisível? (art. 259)
R.: Cada um será obrigado pela dívida toda.
 Opera-se a sub-rogação do devedor que solver (cumprir a obrigação) nos direitos do credor o efeito disso é que ele poderá acionar os demais coobrigados para deles receber o equivalente da prestação que a eles caberia se a prestação fosse divisível. ver art. 259, parágrafo único.
Exemplo: imagine que a prestação seja um fazer, como a construção de um edifício e, sendo três os devedores, apenas um executa a obra toda. O solvente (aquele que executou a prestação) terá ação em face dos outros dois (a mesma ação que teria o credor, pois se trata de sub-rogação). Veja que ele não poderá exigir a construção, porque já está pronta, mas o equivalente (valor pecuniário, em dinheiro, da prestação) que caberia a eles, ou seja, um terço de cada um.
Questão: E se a pluralidade for de credores e a prestação for indivisível?
R.: De acordo com o art. 260, caput, primeira parte, cada um dos credores poderá exigir a dívida inteira, devendo aquele que receber responder aos demais pelo equivalente que lhes cabe (art. 261).
Com relação ao devedor, de acordo com o art. 260, caput, 2ª parte, incisos I e II, ele se desobriga (extingue a obrigação) pagando a todos os credores conjuntamente, ou a um deles apenas (nesse caso o credor que receber o pagamento todo – acipiente – deverá dar caução de ratificação dos demais credores).
 Questão: Qual o motivo da caução de ratificação?
R.: O motivo é desobrigar o devedor que pagou (devedor solvente) com relação aos demais credores, protegendo-o de eventual cobrança por parte destes.
 Caso se opere a extinção da obrigação sem o pagamento com relação a apenas um dos credores, como na hipótese de um dos credores remitir (perdoar) a dívida, a obrigação subsiste para os demais, que poderão exigir a entrega, desde que paguem ao devedor a parte que foi extinta da dívida.
Ex.: A, B e C são credores de D quanto à entrega do famoso touro reprodutor, que vale R$ 30.000,00. O credor A perdoa (remite) o devedor D quanto à sua parte na dívida, correspondente a R$ 10.000,00. B e C podem ainda exigir o touro reprodutor, desde que paguem a D os R$ 10.000,00 que foram perdoados.
Perdas e danos
De acordo com o artigo 263, quando a obrigação se converte em perdas e danos ela perde o caráter de indivisível, pois as perdas e danos, sendo aferidas em dinheiro, podem ser divididas entre os sujeitos.
Conforme § 1º do art. 263, se houver culpa de todos os devedores, cada um responderá por partes iguais.
Se a culpa for apenas de um, o culpado responderá pelas perdas e danos, ficando desobrigados os demais (§ 2º, art. 263).
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OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIA (art. 264 a 285, CC) – ler os artigos.
 A solidariedade pode ser de três espécies: ativa (quando há uma pluralidade de credores), passiva (quando há pluralidade de devedores), ou mista (quando há vários credores e vários devedores).
Para que haja solidariedade é preciso que essa resulte de lei ou da vontade das partes (art. 265), não podendo ser presumida.
Se não existir lei ou contrato dispondo que a dívida é solidária, a mesma será divisível, ou seja, cada credor somente poderá cobrar a sua parte, e cada devedor responderá somente pela sua cota.
Nos casos de solidariedade ativa, o devedor se exonera pagando a qualquer dos credores antes de a dívida estar sendo cobrada judicialmente. Se a dívida estiver sendo cobrada em Juízo, o devedor somente poderá pagar ao credor que ingressou com a ação (art. 268).
Nos casos de solidariedade passiva, o credor pode cobrar a dívida de qualquer dos devedores ou de todos eles (art. 275).
Quando o credor escolhe somente um dos devedores, esse, o que paga a dívida, terá direito de regresso contra a cota parte de cada um dos codevedores solidários, pois entre eles a obrigação é divisível (art. 283).
O devedor principal é aquele é aquele a quem a dívida interessa exclusivamente. Se um dos codevedores pagar a dívida na íntegra, terá o direito de cobrar a mesma do devedor principal (art. 285). Quando o codevedor move ação contra o devedor principal, sub-roga-se no crédito.
O credor poderá renunciar à solidariedade em favor de um ou de vários credores solidários, entretanto, para cobrar dos outros deverá descontar a cota-parte daquele quem perdoou (art. 282 c/c art. 388, CC).

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