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AÇÃO CONSENSUAL DE MUDANÇA DE GUARDA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ______ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE JUAZEIRO DO NORTE / CE.
 FULANO, brasileiro, divorciado, desempregado, inscrito no CPF sob Nº......, Cédula de Identidade RG. nº........., residente e domiciliado na rua ........, nº......, na cidade de ................ e, FULANDA, brasileira, divorciada, dentista, inscrita no CPF. sob nº ........., Cédula de Identidade RG. nº.........., residente e domiciliada na rua das Flores, nº....., Centro, Apartamento nº....., Edifício ....., na cidade de......... , desejando obter prestação jurisdicional em 
ACORDO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA C/C PENSÃO ALIMENTÍCIA E REGULAMENTAÇÃO DO DIREITO DE VISITAS
com assistência de seu comum advogado, infra-assinado, vêm respeitosamente à Vossa presença, requerer se digne Vossa Excelência, obedecidos os trâmites da lei, HOMOLOGÁ-LO conforme convencionam, para tanto, juntando documentos, expondo e requerendo como a seguir articulam:
PRELIMINAR.
1.1. Da Gratuidade da Justiça
Os autores requerem a Voa Excelência os benefícios da gratuidade da Justiça, nos termos da Lei nº 1060/50, alterada pela lei nº 7.510/86, do art. 5º, caput e incisos XXXIV, LXXIV, LXXVI e LXXVII da Constituição Federal de 1998, bem como dos artigos 98 e seguintes do Novo CPC, por não dispor de condições de arcar com às custas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência que segue junto a esta (DOC. 04).
Ressalte-se que o benefício da gratuidade da justiça é direito conferido a quem não tem recursos financeiros de obter a prestação jurisdicional do Estado, sem arcar com os ônus processuais correspondentes. Trata-se de mais uma manifestação do princípio da isonomia ou igualdade jurídica (CF, Art. 5º, caput), pelo qual todos devem receber o mesmo tratamento perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Assim, requerem os autores que Vossa Excelência defira o presente pedido de gratuidade com base e fundamento nas normas legais acima elencadas, por ser questão de direito e de justiça.
DOS FATOS.
2.1. Os requerentes são os pais de ..............., nascido em 20 de julho de 1991, certidão de nascimento anexa.
2.2. Com o divórcio do casal, a Sentença de fls. ......, dos presentes Autos de número ........, conferiu a Mãe a Guarda Definitiva do filho menor ................, na data de .... de ....... de ......, ficando acordado que a guarda das filhas ficaria com a Mãe e o Pai contribuiria com 200 reais mensais a título de pensão alimentícia, mais eventuais despesas médicas e demais necessidades. Ficou assegurado ao pai o direito de visitas, com inteira liberdade (Doc. Anexos).
2.3. O menor .......... ficou sob regime da guarda compartilhada, e permaneceu residindo principalmente em companhia da mãe, ........... durante a semana (de segunda a sexta-feira ) e nos finais de semana ( Sábados e Domingos) com o Pai. 
2.4. Os requerentes, na presente oportunidade, pretendem, de comum acordo, seja regulamentado novo acordo de modificação de guarda, bem como dispensa de pagamento de pensão alimentícia por parte do pai, bem como regulamentação do direito de visitas, 
2.5. Na qualidade de DETENTORA DA GUARDA a GENITORA, objetivando que o menor possa desfrutar da companhia dos Pais de forma amigável e compartilhada, concorda com a proposta de acordo trazida, mediante as seguintes cláusulas:
I - DA GUARDA:
A partir desta data, o filho ................. passará para a guarda do pai, ora requerente. Fica a cargo do Pai a administração das atividades curriculares e extracurriculares do menor, inclusive com o poder de definição da instituição de ensino que o infante irá frequentar, podendo com o propósito de partilhar o direito/dever em relação à formação e educação dos filhos, consultar a opinião da Mãe a respeito do assunto.
II - DA PENSÃO ALIMENTÍCIA:
A mãe, ora requerente, a partir desta data, deixará de receber a importância referente à pensão alimentícia, bem como demais ajudas financeiras, tendo em vista que o pai, como guardião, arcará os custos do menor pessoalmente. A Mãe contribuirá, caso necessário, com eventuais despesas médicas e demais necessidades do filho, devidamente comprovadas através de notas fiscais.
III - DA VISITA:
Fica assegurado a Mãe o direito de visita, com inteira liberdade, podendo inclusive sair em passeios ou em viagens, nos períodos de férias escolares, feriados e finais de semana, podendo alternar essas visitas de acordo com a vontade e disponibilidade do menor.
DO DIREITO
O princípio da dignidade da pessoa humana é fundamento da República Federativa do Brasil nos termos do artigo 1º inciso III da Constituição Federal de 1988. Por consequência, a legislação infraconstitucional segue a mesma diretriz.
Dispõe o artigo 3°, da lei n° 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente: “A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”.
Trata-se de obrigação elementar dos genitores fornecerem à criança os instrumentos e meios para seu desenvolvimento. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente consagrou o principio do “melhor interesse da criança e do adolescente”, que vem resguardar os direitos do menor, priorizando-os, em relação aos dos pais. Tal princípio, atualmente, é pressuposto para qualquer discussão judicial que envolva menores de idade. É, na matéria, o princípio dos princípios.
De acordo com Maria Helen Diniz, “A guarda é um dever de assistência educacional, material e moral (ECA, art. 33) a ser cumprido no interesse e em proveito do filho menor e do maior incapaz, garantindo-lhe a sobrevivência física e o pleno desenvolvimento psíquico”.
No texto do referido Estatuto, as expressões “guarda de filhos” e “melhores condições” devem atender ao melhor interesse da criança. Ressalta-se que esse melhor interesse preocupa-se, em primeiro lugar, com a dignidade daquela criança que está inerente ao processo de separação, deixando subsidiários, mas não abolidos, os interesses dos pais.
DOS PEDIDOS
Isso posto, requerem se digne Vossa Excelência, atendidas as formalidades processuais e ouvido o Ilustre Representante do Ministério Público:
HOMOLOGAR POR SENTENÇA O PRESENTE ACORDO, para que surta seus jurídicos e legais efeitos;
Requerem, ainda, o benefício da Assistência Judiciária Gratuita, amparada no art. 4º da Lei 1.060/50, por não possuírem condições de custear o feito, nos termos das declarações firmadas, em anexo;
Protesta por todo o gênero de provas e requer a sua produção pelos meios admitidos em direito.
Atribui-se a causa, pelo razão da ação ser gratuita, nos termos do art. 5º, LXXIII, da CRFB/1988, para os efeitos legais e fiscais, o valor de R$ 100,00 (cem reais).
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Crato-CE, 06 de Julho de 2017.
_______________________________________
Antonualasom do Nascimento Rolim
ADVOGADO
 OAB – CE 36.875
SUMÁRIO DE DOCUMENTOS EM ANEXO:
DOC. 01 – PROCURAÇÃO;
DOC. 02 – RG E CPF DOS REQUERENTES;
DOC. 03 – COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA;
DOC. 04 – DOCUMENTOS DO MENOR;
DOC. 05 – DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA;
DOC. 06 – CÓPIA DA SENTENÇA QUE DETERMINOU DE FORMA PRIMÁRIA A GUARDA DO MENOR;

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