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ação de reconhecimento de paternidade- Franciele

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AO JUIZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ITAPURANGA-GO.
SOFIA RODRIGUES, menor impúbere, nascida em 22 de fevereiro de 2020, FRANCIELE RODRIGUES SIQUEIRA, brasileira, solteira, costureira, portadora da Cédula de Identidade n° 5606739 DGPC/GO, inscrita no CPF n° 040.432.421-58, residente e domiciliada na Fazenda Santa Rosa, município de Guaraíta/GO, CEP n° 76.690-000 e FRANCIELE RODRIGUES SIQUEIRA, brasileira, solteira, costureira, portadora da Cédula de Identidade n° 5606739 DGPC/GO, inscrita no CPF n° 040.432.421-58, residente e domiciliada na Fazenda Santa Rosa, município de Guaraíta/GO, CEP n° 76.690-000, por intermédio de sua procuradora procuradora: UÉLIDA SILVA BRUNO, brasileira, solteira, OAB/GO nº 50.773, com escritório profissional na Rua 45, nº 1381-A, Vila Barrinha, Itapuranga/GO, CEP: 76.680.000 - Fone: (62) 9 8618-1795 ,conforme instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, à elevada presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS , GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de LUCAS FERREIRA DA SILVA, brasileiro, qualificação jurídica desconhecida, com endereço à Fazenda Candeiras, Palmeiras de Goiás, contato telefônico (62) 9 8179-6472.
I.PRELIMINARMENTE: DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA.
A obtenção dos benefícios da Justiça Gratuita prescinde da existência de um estado de absoluta miserabilidade da parte que os postula, bastando, para tanto, a comprovação de que o pagamento das custas acarreta considerável prejuízo à mantença do solicitante e de sua família.
Conforme dicção do artigo 98 do Código de Processo Civil: 
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Corroborando a definição legal, a Constituição Federal aduz, em seu artigo 5º, inciso LXXIV, que: “O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
O dispositivo supralegal consagra o princípio do amplo acesso à Justiça. Trata-se de relevante garantia constitucional por disponibilizar à parte a certeza de que, caso comprove não ter condições de arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios, será beneficiada com a isenção.
De se frisar que a Carta Magna somente exigiu a comprovação de insuficiência de recursos e não a inexistência de patrimônio, rendimentos ou o estado de absoluta miséria do peticionário.
Outro não é o entendimento esposado pela jurisprudência dominante do Colendo Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria:
(...) O benefício de assistência judiciária gratuita concedido com base na afirmação da própria parte interessada de que se encontra em estado de miserabilidade jurídica, cabendo à parte contrária comprovar que tal alegação é inverídica. Inteligência do art. 4º, § 1º, da Lei 1.060/50. Precedente do STJ (...). (STJ. 5ª Turma. REsp 900809 / RN. Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima. DJe 01/12/2008). 
Assim, em respeito ao princípio do amplo acesso à Justiça, e até produção de prova em sentido contrário, deve-se reconhecer que a Requerente possui direito ao benefício da Justiça Gratuita.
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê em seu artigo 141, §2º que: “as ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé”. Tal regra instrumentaliza o princípio da Proteção Integral (artigo 1º, do ECA), pois facilita o acesso de crianças e adolescentes à justiça, com a finalidade de que o Poder Judiciário seja mais facilmente provocado para solucionar conflitos que tenham como objeto violação a direito infanto-juvenil.
Frente à restrição material que emana da literalidade do dispositivo retro transcrito, muito se discute na doutrina a respeito da extensão do benefício em comento aos procedimentos não jurisdicionais da justiça infanto-juvenil. 
A interpretação extensiva, além de possível, é a que melhor se adequa ao caso em comento. Apesar da concessão legal da justiça gratuita representar uma norma que excepciona a regra da onerosidade dos atos judiciais, sua interpretação restritiva acarretaria violação do viés hermenêutico disposto no artigo 6º, da Lei n° 8.069/90: “Art. 6º. Na interpretação desta lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento”.
A proteção integral à criança e ao adolescente representa a finalidade e o conteúdo valorativo do sistema normativo instituído pela Lei n° 8.069/90. Desta forma, os procedimentos que tenham por objeto o interesse infanto-juvenil deverão ser processados sem a necessidade do pagamento de custas e emolumentos.
Nesse sentido, Galdino Augusto Coelho Bordallo (Os Princípios Constitucionais do Processo. In. MARCIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade (Coord.). Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. p. 529) argumenta que a regra da gratuidade dos atos judiciais e extrajudiciais será aplicada sempre que a prática do mesmo vier a garantir um direito de uma criança ou de um adolescente, qualquer que seja sua modalidade.
Deste modo, além do amparo legal consubstanciado nos dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente, há que se ressaltar que a genitora da menor não possui condições financeiras de pagar as custas sem prejudicar o sustento familiar, haja vista que labora como costureira informalmente, auferindo renda de um salário mínimo, circunstâncias que devidamente concatenadas demostram que a Requerente não possui condições financeiras de arcarem com as custas do processo e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua família. 
A genitora da Requerente enfrenta dificuldade no sustento familiar, tendo em vista ser pessoa de baixa renda e possuir mais uma filha que depende também do seu sustento, motivo pelo qual vem pleitear judicialmente que o genitor seja compelido a arcar com suas obrigações.
Neste escólio, requer-se a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita à Requerente, hipossuficiente nos termos da Lei n° 13.105/15, compreendendo-se, desde logo, as isenções elencadas nos incisos I a IX, do §1°, do artigo 98 do Código de Processo Civil.
II - DOS FATOS
A genitora da autora e o réu se conheceram em meados de 2019. Nessa época mantiveram um relacionamento amoroso, que findou-se. 
A genitora então descobriu que encontrava-se grávida. E ao informar ao Requerido, este se negou a acreditar e não prestou qualquer auxílio durante toda gestação. 
Dessa relação nasceu a autora, em 22 de fevereiro de 2020, conforme certidão de nascimento em anexo.
Ocorre que, após o nascimento da autora, o réu esquivou-se em conhecer sua filha e assumir a paternidade, desta forma, ao nascer, a menor recebeu apenas o nome da mãe, conforme certidão de nascimento.
O requerido nunca buscou notícias da criança e tampouco prestou qualquer tipo de assistência ao menor e a sua genitora. 
Atendendo a pedido do requerido, foi realizado exame de DNA no dia __ de ___de ____, restando comprovado que a requerente é filha legítima do requerido.
Ora excelência, é latente que o requerido deve cumprir com sua obrigação registrando sua filha e contribuindo para manutenção do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões aceitáveis, levando em consideração que durante toda a vida da menor, nunca contribuiu de forma afetiva nem financeira.
Incontestável é o dever do Requerido em prestar alimento a filha menor, que necessita atualmente de pelo menos 70% (setenta por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, (informar dados), até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertamem definitivos.
Segundo a genitora da menor, o requerido ganha em média R$ 2.000,00 (dois mil reais) por mês, possuindo desta forma, condições de pagar o valor requisitado para a sua filha.
A genitora da menor já possui a guarda unilateral, desejando desta forma, continuar com esse direito, obtendo a guarda definitiva, regulamentando com o requerido o direito de visitas, a ser combinado antecipadamente, nas férias da menor.
Assim, a prometida regularização não se concretizou e até o momento, a autora vem sendo sustentada única e exclusivamente por sua genitora. Infrutíferas as tentativas da composição amigável ao reconhecimento da paternidade, não resta outra alternativa a autora, senão a vinda ao Judiciário.
III – DO DIREITO
III. DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE
Nos termos do artigo 1607 do Código Civil:
“Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. ”
Conforme preceitua o artigo 1609 do mesmo diploma legal, o reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e poderá ocorrer: no registro do nascimento; por escritura pública ou escrito particular, devendo ser arquivado em cartório; por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90) expressa em seus artigos 26 e 27 a extensão ao direito de personalidade, in verbis:
“Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. ”
“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça. ”
No que tange à prova da paternidade, merece destaque a norma do artigo 1605 do Código Civil, segundo o qual “na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I – quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II – quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos”.
Sendo assim, a autora tem direito ao reconhecimento do vínculo de paternidade, visto exame de DNA acostado aos autos.
Ademais, conforme demonstrado nas provas documentais (DNA) e fotos anexados à presente, além de provas testemunhais, oportunamente arroladas, rematam cabalmente qualquer dúvida que porventura pudesse existir quanto à filiação da autora.
Dispõe expressamente o artigo 1616 do Código Civil que a declaração de paternidade decorrente da sentença tem os mesmos efeitos do reconhecimento da paternidade.
Desta forma, requer que seja reconhecida a paternidade da menor e seja expedido por este Juízo, mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor.
III.2 DOS ALIMENTOS
Fundamenta-se na legislação vigente o pedido da requerente:
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I – dirigir-lhes a criação e educação;
II – tê-los em sua companhia e guarda; (...) 
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:
VII – a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita; (...)
Assim resta evidente o direito da genitora de ficar com a guarda das menores, uma vez que, já tem a guarda de fato desde o nascimento destas. Ademais, busca-se a preservação do vínculo afetivo familiar das menores com a mãe com quem convivem desde seu nascimento.
Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se trata de menor. Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694, do Código Civil, que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa obrigada”. 
Da mesma forma, o fato do requerido não participar com a manutenção necessária da requerente, comete o crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código Penal. In verbis:
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. 
Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazerem as necessidades vitais das autoras, vez que estas não podem provê-las por si.
Segundo informações obtidas pela genitora da menor, o réu possui situação financeira estável, trabalha, percebendo cerca de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais. Assim, plenamente comprovada a possibilidade do réu.
Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio a requerente senão buscar através da ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.
IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA
Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da requerente, convém salientar que esta não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas necessidades são perenes e urgentes.
Com isso, a concessão da tutela de urgência para que a requerente tenha sua satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e educacional. Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Desta forma, a requerente requer a tutela provisória de urgência sem a oitiva prévia da parte contrária, conforme art. 9º, parágrafo único, inc. I, do CPC. In verbis:
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
Assim, a concessão da tutela de urgência antecipatória, no sentido de definir provisoriamente, alicerçados nos artigos supracitados, alimentos à autora no importe 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, com vistas a salvaguardar os interesses da requerente até a decisão final do presente feito.
Dessa maneira, está mais que demonstrado pela requerente, um fato concreto e objetivo, configurando-se assim os dois requisitos da tutela provisória de urgência com relação aos seus problemas enfrentados, como ora já descritos anteriormente.
V – DOS PEDIDOS.
Ante o exposto, requer-se:
a) o benefício da Assistência Judiciária, por serem juridicamente pobres, nos moldes dos artigos 98 a 102, do CPC/2015;
b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei;
c) concessão da tutela de urgência antecipatória, para fixação de alimentos provionais no valor equivalente a 80% (oitentapor cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, (informar dados), até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos;
d) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015;
e) determinar a citação do requerido, inicialmente via Whatssap por força do Provimento 26/2020 da Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Goiás [footnoteRef:1]e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos. I, II e V, do CPC/2015; [1: Art. 1º Durante o período excepcional de calamidade pública por força da pandemia gerada pela COVID-19, fica dispensada a colheita da“nota de ciência” no cumprimento de mandados, autos e demais ordens judiciais, devendo o fato constar na respectiva certidão, sob a fé pública do Oficial de Justiça responsável pelo ato.2
Art. 2º Fica autorizada a realização de intimação e notificação, pelo Oficial de Justiça, por meio de aplicativo de mensagem (Whatsapp ou outro similar), para o cumprimento de mandados, nos casos de risco de contágio ou de dificuldade no cumprimento de diligência presencial, reputando-se realizada a cientificação com a confirmação de leitura, que será aferida pelo ícone correspondente no aplicativo, mediante o envio de resposta ou outro meio idôneo que comprove que a parte teve ciência da ordem constante do mandado ou ofício.
§ 1º Fica admitida a utilização de ligação de áudio ou de vídeo, por telefone ou aplicativo, de e-mail ou outro meio célere, para a efetivação de intimação ou de notificação, desde que haja tempo de contato suficiente para a devida cientificação dos termos do mandado ou do ofício, certificando-se todo o ocorrido de modo circunstanciado e sob a fé pública.
§ 2º Nos casos de cumprimento de medidas liminares e de antecipações de tutela de qualquer natureza, inclusive no âmbito dos juizados especiais, a citação e a intimação poderão ser realizadas na forma deste provimento.] 
g) seja concedida a guarda da menor a sua genitora, uma vez que, esta já se encontra sob sua guarda e responsabilidade de fato;
h) seja deferida a regulamentação de visitas conforme termos acima expostos;
i) a PROCEDÊNCIA de todos os pedidos, declarando-se, por sentença, que a autora é filha do réu, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, bem como condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida conversão em caráter definitivo, na mesma proporção dos alimentos provisórios;
j) a condenação do requerido às custas e honorários e sucumbenciais;
l) ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados nesta ação.
Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal e, principalmente, prova documental (exame DNA anexo); 
Dá-se a causa o valor de R$ , para efeitos meramente fiscais.
Nestes Termos, 
Pede Deferimento.
Itapuranga-GO, documento datado e assinado eletronicamente.
UÉLIDA SILVA BRUNO
OAB/GO nº 50.773
(assinatura eletrônica)
III-DO DIREITO
É um dos deveres dos pais, prestar alimentação aos filhos, e não só isso garantir as necessidades básicas.
Os filhos merecem todo o apoio dos pais no decorrer de seu desenvolvimento, por isto, os pais devem ter a responsabilidade de cuidar e zelar para a proteção destes, não os deixando alheios a sociedade, afinal o Estado não consegue mesmo que fosse muito eficiente, dar toda a assistência devida para o desenvolvimento físico, moral e intelectual.
E com relação aos menores exige-se um cuidado especial, maior responsabilidade daqueles que o geraram para que a criança, devendo arcar com todos os meios e recursos possíveis para melhor suprir as necessidades de seus filhos. 
A família deve assegurar o bem estar da criança conforme disposto no Art. 227 da Constituição Federal:
Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação exploração, violência, crueldade e opressão.
 Sobre a obrigação dos genitores em prestar auxílio a sua prole, a Constituição Federal em seu art. 229, assim dispõe, in verbis:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Mister se faz o destaque acerca da proteção constitucional que ora se ostenta, no particular em colocar as crianças a salvo de toda a forma de negligência. Neste segmento protecionista, o poder-dever familiar não se extingue em face de separação judicial, entendimento este colacionado nos termos do art. 1.703, do Código Civil, sobre o qual se transcreve in verbis:
(...)
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos.
(...)
De início, cabe ressaltar o entendimento da doutrina no que se refere ao conceito de pensão alimentícia, "quantia fixada pelo juiz e a ser atendida pelo responsável (pensioneiro), para manutenção dos filhos e ou do outro cônjuge" (Dicionário Jurídico da Academia Brasileira de Letras Jurídicas. Planejado, organizado e redigido por J. M. OTHON SIDOU. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999. P. 618)
A Lei 5.478 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando-a.
O artigo 1.696 do diploma Civil diz que:
(...)
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
(...)
A requerente encontra amparo legal no artigo 1.695 do Código Civil que diz:
(....)
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.
(....)
Concernente ao assunto o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves (2005, pg.440) traz o seguinte posicionamento o que abrange no que tange a questão do direito alimentar: 
O vocábulo “alimentos” tem, todavia, conotação muito mais ampla do que na linguagem comum, não se limitando ao necessário para o sustento de uma pessoa. Nele se compreende não só a obrigação de prestá-los, como também o conteúdo da obrigação de ser prestada. A aludida questão tem no campo do direito, uma acepção técnica de larga abrangência, compreendendo não só o indispensável ao sustento, como também o necessário à manutenção da condição social e moral do alimentando. Quanto ao conteúdo, os alimentos abrangem, assim, o indispensável ao sustento, vestuário, habitação, assistência médica, instrução e educação. 
Não cabe somente à genitora arcar com a criação e educação do menor, sendo este um dever de ambos os pais.
Segundo o ensinamento de Yussef Said Cahali: 
ALIMENTOS - DEVER DE SUSTENTO À PROLE -I- O dever de sustento diz respeito ao filho menor, e vincula-se ao pátrio poder, seu fundamento encontra-se no art. 231, III, do CC, como dever de ambos os cônjuges em relação à prole, e no art. 233, IV, como obrigação recíproca do genitor, de mantença da família; cessado o pátrio poder, pela maioridade ou pela emancipação, cessa consequentemente aquele dever; termina, portanto, quando começa a obrigação alimentar. II- A obrigação alimentar não se vincula ao pátrio poder, mas à relação de parentesco, representando uma obrigação mais ampla que tem seu fundamento no art. 397 do CC; tem como causa jurídica o vínculo ascendente-descendente."
(ut Yussef Said Cahali, Dos Alimentos", RT, 2.ªed., p.504 )
Ajurisprudência de nosso Egrégio Tribunal de Justiça de Goiás diz que:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VALOR DO ENCARGO ALIMENTÍCIOS. MANUTENÇÃO DO PATAMAR FIXADO EM SENTENÇA. 1. O advogado dativo nomeado na hipótese de não existir Defensoria Pública no local da prestação do serviço faz jus aos honorários fixados pelo juiz, pagos pelo Estado. 2. Os alimentos devem ser delimitados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada (art. 1.694, § 1º, CC), podendo ser reduzido ou majorado o importe originariamente arbitrado caso sobrevenha mudança na situação financeira de quem os supre ou recebe, sendo possível até que o alimentante seja exonerado desse encargo em determinadas circunstâncias (art. 1.699, CC). 3. Para fixação do valor da verba alimentar, impõe-se analisar a presença concomitante de três requisitos, quais sejam, a necessidade do alimentado, a possibilidade do alimentante e a proporcionalidade do quantum assinalado. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. 
(TJGO, Apelação (CPC) 0206034-41.2015.8.09.0006, Rel. ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível, julgado em 06/04/2018, DJe de 06/04/2018) (Grifo nosso)
Diante do exposto, não tendo a genitora do menor condições de arcar sozinha com seu sustento, deve o Requerido contribuir com alimentos para sua filha na proporção de 40% (quarenta por cento) dos seus rendimentos, bem como despesas com vestuário, plano de saúde, odontológico, farmacêutico, escolar e lazer, como medida de mais lídima justiça.
III.I-DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Nesta oportunidade, necessária se faz a fixação da pensão alimentícia devida pelo demandado, já que não é razoável admitir que as despesas vitais da filha sejam suportadas, exclusivamente, pela genitora, que ora representa as crianças neste pleito.
Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo promover o sustento dos filhos na pendência da lide. Tal pedido encontra-se previsto no art. 4º da Lei n.º 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos, senão vejamos:
(...)
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
(...)
No caso sub examine, resta translúcida a necessidade de fixação de tal provisão legal, face à dificuldade financeira enfrentada pela genitora da menor, o que fatalmente resvala na manutenção da criança.
Registre-se a precisa lição da atual doutrina de Maria Berenice Dias, que, citando Silvio Rodrigues e Carlos Alberto Bittar, assim preconiza:
Talvez se possa dizer que o primeiro direito fundamental do ser humano é o de sobreviver. E este, com certeza, é o maior compromisso do Estado: garantir a vida dos cidadãos. Assim, é o Estado o primeiro a ter obrigação de prestar alimentos aos seus cidadãos e aos entes da família, na pessoa de cada um que integra. (…) Mas infelizmente o Estado não tem condições de socorrer a todos, por isso transforma a solidariedade familiar em dever alimentar. Este é um dos efeitos que decorrem da relação de parentesco. ( DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias, 4ª edição, São Paulo: Revistas dos Tribunais, p. 450.)
Isto posto, com o objetivo de propiciar a menor requerente proteção jurisdicional aos meios à sua mantença digna durante o curso do processo, solicitam-se alimentos provisórios, na proporção de 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo até o deslinde processual.
III.II- DA GUARDA DA MENOR
O instituto da guarda foi criado com o objetivo de proteger o menor, salvaguardando seus interesses em relação aos pais que disputam o direito de acompanhar de forma mais efetiva e próxima seu desenvolvimento, ou mesmo no caso de não haver interessados em desempenhar esse munus.
Visto que os pais já não convivem juntos, fica necessário definir a guarda dos filhos menores.
A representante legal já exerce a guarda unilateral de fato, almejando que desta forma assim permaneça, já que cuida com muito zelo e carinho de sua filha e que não possui um relacionamento muito amistoso com genitor.
A doutrina, com Dimas Messias de Carvalho em seu livro, explica a guarda unilateral.
“A guarda unilateral será atribuída, portanto, ao genitor que revele aptidão e melhores condições de exercê-la, considerando o afeto nas relações com o filho e com o grupo familiar, permitindo-se considerar as relações do menor também com os avós e parentes do guardião, a saúde, a segurança e a melhor educação do menor, cabendo ao outro supervisionar o exercício nos interesses dos filhos (art. 1.583 §§ 2º e 3º, CC).”[footnoteRef:2] [2: Direito das Famílias”, 3 Ed., Lavras: Unilavras, 2014, p.457] 
De acordo com o regrado no art. 1583 e1584 do Código Civil de 2002, com a redação pela lei 13.058/14: 
Art. 1583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
(...)
§ 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014).
(...)
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
(...)
Art. 1584-A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
II - decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
(...)
Frente tais considerações deve analisar-se o melhor interesse da infante, no que concerne as disposições sobre sua guarda.
Deste modo, considerando que para guarda compartilhada deve haver um bom convívio entre os genitores, o que não ocorre na presente hipótese, a guarda unilateral é a mais viável para preservar o estado de bem-estar social e psicológico da criança.
Convém, ainda ressaltar que a guarda unilateral não inviabiliza o convívio com o genitor ou sua família paterna, esta será respeita sempre preservando o interesse e bom desenvolvimento do menor.
Sendo assim, requer-se a decretação da guarda unilateral em favor da genitora.
III.III- REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
Os pais da Requerente não convivem mais juntos e como a mãe já exerce a guarda unilateral de fato e deseja que assim permaneça, faz-se necessário que o demandado tenha contato com os filhos regularmente. É o que diz o “caput” do artigo 1.589 do Código Civil.
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.
Desse modo, requer que seja regulamentado o direito de visitas do pai, se assim o quiser.
Contudo, deve-se observar a cada caso específico, o melhor interesse da criança, para que permita-se um convívio no seio familiar de forma saudável, sem causar-lhe danos ou força-la a adaptar-se a uma situação, causando-lhe abalo psicológico na infância. 
A menor possui 2 (dois) anos atualmente, é muito ligada a mãe, tendo evidenciado ainda mais o vínculo após a quarentena, tendo em vista que sua genitora está trabalhando em Home office. É de senso comum, que as crianças são muito ligadas à sua genitora, na tenra idade e muito dependentes, no caso em comento a menor nunca dormiu fora de casa e nunca ficou longe de sua genitora por longos períodos, razoável seria que as visitas sejam inicialmente sem pernoite. 
Deste modo, pensando no bem-estar da criança, é plausível o entendimento que tem adotado o Tribunal de Justiça de Goiás, sendo flexível a uma fase de adaptação, inicialmente sem pernoite, pararesguardar a criança e permite-lhe o convívio com sua família paterna de maneira saudável.
Nesse sentido já decidiu o Tribunal de Justiça de Goiás: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C GUARDA C/C ALIMENTOS C/C VISITAS. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA MENOR. CRIANÇA DE TENRA IDADE. PERNOITE NÃO AUTORIZADA. 1- O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis, razão pela qual o Tribunal de Justiça deve limitar-se ao exame do acerto ou desacerto da decisão atacada, sem analisar questões meritórias ou matérias não apreciadas pelo juízo a quo. 2- A regulamentação do direito de visitas, assim como todas as questões que envolvem menores, devem prestigiar sempre e primordialmente, o melhor interesse da criança (art. 227, caput, da Constituição Federal). 3- No caso em comento, tendo em vista a idade da menor (3 anos), e considerando que nunca dormiu fora do âmbito da residência de sua Genitora/Agravante, prudente a regulamentação das visitas do Genitor/Agravado, de modo a permitir a adaptação gradual da criança, sem pernoite, em finais de semana alternados (13hs às 17hs de sábado e 13hs às 17hs de domingo), na residência da genitora ou local por ela autorizado, com sua presença ou acompanhada de pessoa por ela indicada. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO REFORMADA, EM PARTE.
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5009320-02.2019.8.09.0000, Rel. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado em 23/09/2019, DJe de 23/09/2019)
Sendo assim, convém mencionar que a genitora não se opõe a visitação de forma alguma, contudo, suplica que o judiciário seja flexível ao caso concreto, conforme o Tribunal vem reiterando decisões de prevalecer o melhor interesse da criança, decretando a visitação da seguinte forma: 
· Inicialmente (até os 4 aos 5 anos) fase de adaptação da criança- sem pernoite- Visitas em finais de semana alternados, sem pernoite. Podendo, o genitor busca-la e devolvê-la nos domingos das 08:00 da manhã à 18:00 da noite), e também em datas festivas como: dia dos pais (Por exemplo), aniversário do genitor, com prévia comunicação da genitora para eventos festivos.
· Posteriormente, após os 4 aos 5 anos de idade- conforme entendimento jurisprudencial emanado, possibilidade de visitas em finais de semanas alternados permitindo-se o pernoite, nas férias escolares a menor poderá ficar 15 dias na casa do pai e 15 dias na casa mãe, nas festividades de final de ano- Natal e ano novo, em períodos alternados a menor passará com a mãe e sucessivamente com o pai, alternando-se no decorrer dos anos.
Ante o exposto, requer-se a regulamentação das visitas nos termos mencionados acima, por preservarem e observarem o melhor interesse da criança.
IV-DO PEDIDO
Por derradeiro, restando infrutíferas todas as tentativas para uma saída suasória, não restou ao requerente outra alternativa senão a propositura da presente ação de alimentos, para que seu genitor, ora requerido, seja compelido a contribuir com o necessário para que o requerente sobreviva com o mínimo de dignidade, ante o exposto requer:
a) a citação do requerido, acima descrito, para que compareça em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia.
b) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser por ser a Requerente menor e sua genitora hipossuficiente, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família.
c) O arbitramento de alimentos provisórios, na proporção de 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo, a serem depositados na conta nº 641705-7, agência 1252, Operação 013, Caixa Econômica Federal, titular Kelcy Guimarães Silva;
d) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito
e) A PROCEDÊNCIA dos pedidos iniciais, concedendo a KELLY GUIMARÃES FREITAS, por meio de sua representante legal KELCY GUIMARÃES DA SILVA, a pensão alimentícia, condenando-se o requerido na prestação de alimentos definitivos, na proporção de 40% (quarenta por cento) de seus rendimentos, sendo estes depositados em conta bancária da representante legal do requerente.
f) a decretação da guarda unilateral em favor de sua genitora Kelcy Guimarães Silva;
g) A decretação da regulamentação de visitas nos seguintes termos : Inicialmente (até os 4 aos 5 anos) fase de adaptação da criança- sem pernoite- Visitas em finais de semana alternados, sem pernoite. Podendo, o genitor busca-la e devolvê-la nos domingos das 08:00 da manhã à 18:00 da noite), e também em datas festivas como: dia dos pais (Por exemplo), aniversário do genitor, com prévia comunicação da genitora para eventos festivos; Posteriormente, após os 4 aos 5 anos de idade- conforme entendimento jurisprudencial emanado, possibilidade de visitas em finais de semanas alternados permitindo-se o pernoite, nas férias escolares a menor poderá ficar 15 dias na casa do pai e 15 dias na casa mãe, nas festividades de final de ano- Natal e ano novo, em períodos alternados a menor passará com a mãe e sucessivamente com o pai, alternando-se no decorrer dos anos.
h) Seja condenado o requerido ao pagamento as custas processuais e honorários advocatícios com previsão no Código de processo civil art.82§ 2° e art.85 §1º, 2º.
Dá-se à causa o valor de R$ 6.270,00 (Seis mil duzentos e setenta reais). 
Termos que solicita por deferimento.
Itapuranga-GO, documento datado e assinado eletronicamente.
UÉLIDA SILVA BRUNO
OAB/GO: 50.773
(assinatura eletrônica)

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