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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE _______________________. Logo Escritório XXXXXXXXXX, nacionalidade, status civil, profissão, portadora da cédula de identidade (RG) sob o nº xxxxxxx SESP/Estado, inscrita no CPF sob o nº xxxxxxxxxx, residente e domiciliada a Rua xxxxxxxx, número, Bairro, Cidade – Estado, CEP: xxxxxxx, e seu filho menor: XXXXXXXXXXX, menor impúbere, nascido em xxxxxxx, neste ato representado por sua genitora acima qualificada, devidamente representados por sua advogada nomeada (se a cliente for dativa) xxxxxxxx, OAB/Estado xxxxx, com escritório profissional à Rua xxxxx, número, Bairro, Cidade – Estado, CEP: xxxxx, que ao final assina digitalmente, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente: AÇÃO DE GUARDA, ALIMENTOS E CONVIVÊNCIA Em face de XXXXXXXXXX, nacionalidade, status civil, profissão, portador da cédula de identidade (RG) sob o nº xxxxxxx SESP/Estado, inscrito no CPF sob o nº xxxxxxxxxx, residente e domiciliado a Rua xxxxxxxx, número, Bairro, Cidade – Estado, CEP: xxxxxxxx. I- DA JUSTIÇA GRATUITA A Requerente pleiteia que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto no inciso LXXIV, art. 5.º da Constituição Federal e do artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, em virtude de ser hipossuficiente e por falta de condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 A declaração de hipossuficiência (documento em anexo), por si só, é causa que viabiliza o deferimento da justiça gratuita, conforme se posiciona o Tribunal de Justiça do Paraná, que o faz com sustentáculo na orientação pacífica do Superior Tribunal de Justiça. Vejamos acórdão proferido no Agravo de Instrumento n° 1.536.307-8, da 8ª Vara Cível da Comarca de Londrina: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO MONOCRÁTICA – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA – INDEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA – RECURSO PROVIDO DE PLANO – INTELIGÊNCIA DO ART. 932, V, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – A JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA É PACÍFICA NO SENTIDO DE QUE BASTA A MERA DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA PARA A CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – PRESUNÇÃO IURIS TANTUM, CONFORME ART. 99, §3°, DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, QUE PODE SER ELIDIDA POR PROVA CABAL EM CONTRÁRIO – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA REFORMADA – JUSTIÇA GRATUITA CONCEDIDA – RECURSO PROVIDO. – grifei. Há nos autos declaração de hipossuficiência devidamente assinada, em que declara não ter condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo próprio e de seus filhos. Desta maneira, requer-se a concessão dos benefícios atinentes à justiça gratuita, nos termos acima expostos. II- DOS FATOS A Requerente e o Requerido, ao dia 28 de junho de 2019 contraíram núpcias, conforme certidão de casamento em anexo. Dessa união adveio o nascimento do filho: XXXXXXXXXXXXXX, menor impúbere, nascido em xxxxxx, atualmente com 11 (onze) meses de vida, conforme certidão de nascimento em anexo. Ocorre Excelência, que o matrimônio chegou ao fim há 5 (cinco) meses e desde a separação o genitor não vem colaborando com as custas do filho. Por isso, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência a fim de regularizar a guarda de forma unilateral em favor da genitora, fixar os alimentos e regulamentar a convivência paterna. III- DO DIREITO O alimento é direito do menor, bem como a convivência paterna, de ter o pai presente na sua vida, com base na Constituição Federal, em seu artigo 229 em que expressa: Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Fundamenta-se na legislação vigente o pedido do Requerente: Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: I – Dirigir-lhes a criação e educação; II – Tê-los em sua companhia e guarda. Por isso é perfeitamente cabível a presente ação, a fim de regularizar a convivência paterna, bem como os alimentos, além da guarda. IV- DA GUARDA Desde a separação dos genitores, a Requerente já possui a guarda de fato, seria um abalo ao menor mudar de ambiente e cidade. Por isso requer a regularização na forma unilateral com residência fixa em seu endereço, com respaldo no artigo 1.584, do Código Civil, que será apresentado em momento oportuno. O artigo 226 “caput”, § 5º, § 8º e artigo 227 da Constituição Federal estabelecem: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (...) §5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. (...) §8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Concebe-se, portanto, que a manutenção da guarda de fato e de direito para a genitora é o que melhor atende ao interesse do menor, na medida que o vínculo com a autora é mais efetivo do que com o pai, ora Requerido. Observa- se o que o 1.583 do Código Civil traz sobre o assunto: Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008). […] § 2 º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014). Ainda acrescenta o artigo 1.584 do mesmo dispositivo legal: Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar. II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. Vale ressaltar Excelência, que desde a separação o genitor não visitou o filho, que é considerado ainda um bebê, já que possui apenas 11 (onze) meses de vida e é totalmente dependente da mãe, que cuida, zela, dá amor, carinho e tudo que a criança necessita para sobreviver. Por isso requer que a guarda seja de forma unilateral em favor da genitora, pois a mesma já possui de fato. V- DA PENSÃO ALIMENTÍCIA Excelência, desde a separação, o genitor não vem cumprindo com sua obrigação de pai, não ‘‘ajuda’’ com as despesas da criança e não tem convivência com o mesmo. A ação de alimentos é regulamentada pela Lei 5.478/68 e prevista no artigo 1.696 do Código Civil, em que expressa: O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. Ainda o artigo 1.695 do mesmo Diploma Legal acrescenta que: São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, peloseu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. Portanto, o dever de prestação de alimentos é de ambos os pais, levando em conta o binômio da possibilidade e necessidade, entendendo possibilidade como condição dos alimentandos e necessidade como aquilo que essencial para o alimentado. Logo o binômio Possibilidade e Necessidade não são taxativos, são variáveis conforme circunstâncias da vida dos alimentandos e do alimentado. Entende-se, portanto, que em uma ação judicial a necessidade do alimentado seja infinita, exigindo assim o equilíbrio entre as necessidades e possibilidades. Assim, resta claro que o dever de prestação de alimentos não é exclusivo da genitora, de forma que o genitor DEVE E TEM A OBRIGAÇÃO DE CONTRIBUIR para uma qualidade de vida razoável de seu filho. A genitora está desempregada atualmente, mas faz bicos vendendo bolachas de nata na rua, pois se a mesma não assim fizer, o bebê PASSA FOME já que o genitor não vem colaborando com os gastos do próprio e único filho. Excelência não é justo e nem obrigação da genitora responsabilizar-se das despesas do filho unicamente, sendo que para ser concebido precisou do interesse de AMBOS, devendo no MÍNIMO o genitor arcar com sua OBRIGAÇÃO, independentemente da situação dos pais. O artigo 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que: Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo- lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. Portanto, a título de alimentos provisórios, requer 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional vigente no país, que atualmente se perfaz em R$363,60 (trezentos e sessenta e três reais e sessenta centavos) até serem convertidos em definitivos. A quantia deverá ser depositada até o dia 10 de cada mês em conta poupança com titularidade da genitora, a saber: agência XXX, conta poupança XXXXXX, banco.... Se houver despesas com médicos e não podendo esperar pelo atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), o genitor deverá arcar com a metade dos custos. Ainda, quando o filho for para a escola, com relação ao valor do material, mochila e uniforme escolar, serão suportados 50% (cinquenta por cento) para cada genitor. VI- DA CONVIVÊNCIA PATERNA A convivência do genitor que não estiver com a guarda deve atender ao melhor interesse da criança, não é justo que não possa ter convivência com o pai. Dispõe o artigo 15, da Lei n. 6.515/77 que: Os pais, em cuja guarda não estejam os filhos, poderão visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo fixar o juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação. Por isso, a convivência do genitor com o filho menor se dará da seguinte forma: 1. O genitor terá convivência com o filho em sábados alternados, devendo buscá-lo às 09:00h e devolvê-lo até as 17:00h do mesmo dia na residência da genitora. OBSERVAÇÃO: Não há possibilidade em pernoitar na residência do genitor, pois o filho é um bebê de 11 (onze) meses e é totalmente dependente da genitora, tanto fisicamente quanto emocionalmente. VII- PANDEMIA Caso haja provas de que o genitor esteja descumprindo as medidas impostas pelo Decreto em vigor para prevenir o COVID-19, a genitora se reserva no direito de proteger o filho, estando o genitor ciente de que poderão ser suspensas as visitas. Deve ter os devidos cuidados não só quando estiver com a criança, mas principalmente, quais sejam: ● Usar máscaras; ● Evitar aglomeração; ● Ficar em casa sempre que possível. Deve ser respeitado as medidas de prevenção, tanto pelo decreto em vigor, assim como outros que virão a ser publicados. VIII- DOS PEDIDOS Diante ao exposto, requer a Vossa Excelência: a) A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita em favor da Requerente, vez que não possui condições de arcar com as custas e despesas do processo sem prejuízo do seu sustento e de sua família; b) A Manifestação do Ilustre representante do Ministério Público; c) Seja fixada a guarda do menor de forma unilateral em favor da genitora; d) Fixar a título de alimentos provisórios 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional vigente no país, que atualmente se perfaz em R$363,60 (trezentos e sessenta e três reais e sessenta centavos) até serem convertidos em definitivos. e) Ao final, seja julgado totalmente procedente a presente ação. Dá-se a causa o valor de R$4.363,20 (quatro mil trezentos e sessenta e três reais e vinte centavos). OBSERVAÇÃO: Para chegar ao valor da causa é simples, multiplica 12x o valor da pensão alimentícia. Pretende os autores da ação provar suas argumentações documentalmente, apresentando desde já os documentos relacionados à presente peça, protestando pela produção das demais provas que se fizerem necessárias no decorrer do processo. Termos em que pedem e esperam o deferimento. Local, data, mês e ano. ADVOGADA OAB/ESTADO XXXXXX
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