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Doenças Linfoproliferativas Dr. Evaldo Pasquini Landi 2015 Senhora de 55 anos referiu distensão abdominal e empachamento pós-prandial, de caráter progressivo, há cerca de 6 meses. Informou também emagrecimento de 2 Kg no período, episódios de sudorese noturna e fadiga. Procurou atendimento médico sendo evidenciados esplenomegalia palpável a 3 cm do rebordo costal E e linfonodomegalia axilar E. Realizada tomografia computadorizada de abdome que mostrou esplenomegalia homogênea, linfonodomegalia retroperitoneal e peri-hilar hepática. Qual o tecido comprometido? Quais células poderiam estar envolvidas na doença? Como fazer o diagnóstico? Tecido linfóide http://www.patient.co.uk/health/hodgkins-lymphoma-leaflet 6 Tecido linfóide Linfonodo 1 - Córtex 2 – Zona paracortical 3 - Medula 4 – Cordões medulares 5 – Folículos linfóides 6 - Cápsula Linfonodo Principais Células dos Linfonodos Linfocitos B Linfócitos T Outras (células NK, células apresentadoras de antígenos, macrófagos, plasmócitos...) Linfócito B Naoun P.C. Rev. Bras. Hematol. Hemot. 23 (2), 2001. Diagnóstico Linfonodomegalia. Sintomas sistêmicos (Sintomas B): Febre > 38ºC. Emagrecimento > 10% do peso corporal. Sudorese noturna Biópsia de linfonodo: Linfonodomegalia localizada, sem envolvimento tumoral ou infeccioso loco regional. Linfonodos maiores que 2,5 cm, confluentes, endurecidos e aderidos. Presença de sintomas sistêmicos. Obtenção de material para diagnóstico: Biópsia de linfonodo Imunoistoquímica. Sangue ou aspirado de medula óssea: Linfocitose. Caracterização de clonalidade – imunofenotipagem. Biópsia de medula óssea. Infiltração nodular ou intersticial. Imunoistoquímica. http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-medicine/5549/linfomas_%E2%80%93_kieron_dunleavy_wyndham_h_wilson.htm Anti-CD20 BCL-2 http://www.fleury.com.br/ 18 18 19 19 Quais fatores contribuíram para o desenvolvimento da doença? Quais alterações possibilitaram o ganho de função e a possibilidade de evolução clonal? Quais mecanismos favorecem a sua manutenção e crescimento. Fatores epidemiológicos associados ao aumento do risco de desenvolver linfoma: Imunodeficiência: Congênita Adquirida Infecções*. Idade. Drogas: Imunossupressores. Quimioterápicos. Produtos químicos: Solventes. Pesticidas. Radioterapia. História familiar. Infecções Vírus Epstein-Barr (EBV) – Linfoma de Burkitt. Vírus Linfotrópico T Humano (HTLV-1) – Linfoma/leucemia de células T. Herpes Vírus Humano tipo 8 (HHV8) – Linfoma primário de efusões. Vírus da Hepatite C (HCV) – Linfoma linfoplasmocitóide. Helicobacter pylori – Linfoma MALT. Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) – Linfoma Difuso de Grandes Células B primário do sistema nervoso central. RAG (recombinase-activating genes): enzima que quebra o DNA de dupla fita para permitir a mudança da cadeia pesada e a combinação VDJ. AID (activation-induced cytidine deaminase): favorece a mudança de cadeia pesada e a hipermutação somática na região variável. Linfoma Folicular: BCL2: t(14;18) Linfoma Difuso de Grandes Células B: BCL6 e ALK: rearranjo 3q27 e t(2;5). Linfoma das células do manto: ciclina D1: t(11;14). Ciclina D1 Cdk4 Cdk6 Qual a epidemiologia da doença? Qual a correlação entre estadiamento e prognóstico? Como é feito o tratamento? Porque o linfoma de Hodgkin é uma doença distinta apesar de ser um linfoma B? Epidemiologia Incidência: 19,1 casos novos/100.000 habitantes. Tumor com aumento de incidência. Média da idade ao diagnóstico: 45 a 55 anos. 40% mais prevalente no sexo masculino. 30% mais prevalente na raça branca. Estadiamento Caracterizar a extensão da doença e estabelecer marcadores: Exames de imagem (tomografia ou ressonância nuclear magnética ou PET-CT). Biópsia de medula óssea. Citogenética. Exames bioquímicos (atividade inflamatória, marcadores de proliferação celular com LDH e beta-2 microglobulina). http://radiology.casereports.net/index.php/rcr/article/view/271/817 http://www.ijri.org/article.asp?issn=0971-3026;year=2013;volume=23;issue=4;spage=354;epage=365;aulast=D%27souza http://www.ijri.org/article.asp?issn=0971-3026;year=2013;volume=23;issue=4;spage=354;epage=365;aulast=D%27souza Estadiamento Clínico Ann Arbor Estadio I – Comprometimento de uma única cadeia linfonodal. Estadio II – Comprometimento de duas ou mais cadeias linfonodais do mesmo lado do diafragma. Estadio III – Comprometimento de cadeias linfonodais em ambos os lados do diafragma. Estadio IV – Comprometimento difuso multifocal de um ou mais órgãos extralinfático (medula óssea). S para envolvimento esplênico. E para envolvimento extralinfático. A ausência de sintomas B B presença de sintomas B Definir as condições clínicas: Prognóstico Índice Prognóstico Internacional (IPI): Idade: ≤ 60 ou > 60 LDH: ≤ 1x ou > 1x normal Performance status: 0,1 ou 2,3,4 Estadio: I, II ou III, IV Envolvimento extra-nodal: ≤ 1 ou > 1 Performance Status 0 – ativo 1 – ambulatorial 2 – acamado < 50% do tempo 3 – acamado > 50% do tempo 4 – acamado 100% do tempo Baixo: 0 – 1. Baixo-Intermediário: 2. Alto-Intermediário: 3. Alto: 4. Tratamento Quimioterápico/Imunobiológico: Curativo. Não curativo ou de controle. Paliativo Radioterápico. Transplante de Medula Óssea. Linfoma de Hodgkin Dois picos de incidência: 20 aos 30 anos e após os 50 anos. Baixa prevalência sendo menos de 1% das neoplasias. Presença da célula de Reed-Sternberg (Linfócito B) e de células reacionais (inflamatórias). Células de Reed-Sternberg (CD30 e CD15 positivas). Células de Hodgkin (CD20 e CD 79a positivas). http://www.imt.ie/clinical/2013/09/tracking-the-trends-in-hodgkins-lymphoma.html http://www.webpathology.com/image.asp?n=5&Case=388 Linfoma de Hodgkin Subtipo e prognóstico tem correlação com a atividade inflamatória. O protocolo de tratamento quimioterápico é específico para a doença. Evolução, resposta ao tratamento e prognóstico são próprios da doença.
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