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Provas Piagetianas

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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Pedagogia
DARA CARRASEDO D6875J7
NAYARA APARECIDA RIBEIRO D2874D2
SHEILA CRISTINA DOS SANTOS SILVA N229BF3
MARIA JULIA AUGUSTO N279DF5
TAIS GIOVANNA DOS SANTOS D764AIO
PROF. Ms CAMILA BELTRÃO MEDINA
PROVAS PIAGETIANAS
CAMPOS DUTRA- SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2019
INTRODUÇÃO
A aplicação das provas Piagetianas, possibilita conhecer as condições e o desenvolvimento das funções lógicas do sujeito. A aplicação das provas nos permite investigar o nível cognitivo em que a criança se encontra e se há diferença em sua idade cronológica, ou seja, um obstáculo epistêmico. Uma criança com dificuldade de aprendizagem poderá ter uma idade cognitiva diferente da idade cronológica. Esta criança encontra com diferença cognitiva e que pode ser a causa de suas dificuldades de aprendizagem, pois será difícil para a criança entender um conteúdo que está acima da sua capacidade cognitiva.
Sendo assim, este trabalho reconhece a interferência das dificuldades de aprendizagem na construção do conhecimento de crianças entre 3 a 10 anos, e procura compelir trabalhos e pesquisas sobre o uso de provas Piagetianas para investigar a sua eficácia, uso e contribuição para fins de planejamento específico.
DESENVOLVIMENTO
PROVA 1
Criança: Pietra, 4 anos.
Escola: Municipal de São José dos Campos- Infantil II.
Quando perguntada “O que é uma casa?” Pietra, respondeu: “Pra ficar lá dentro, morar na casa”. 
Para Piaget, essa resposta provável está ligada ao tipo de causalidade chamado Finalismo, pois é o momento que a criança não diferencia determinado objeto da ação ou de pessoas. Achar que todos os seres e objetos tem uma finalidade, que é servi-la.
PROVA 2
Criança: Samuel, 3 anos.
Escola: Municipal de São José dos Campos- Infantil II.
Prova: Causalidade na criança
Quando perguntado “Porque as nuvens se movem?” Samuel respondeu de imediato “elas seguem a gente”.
 Para Piaget, essa resposta provável está ligada ao tipo de causalidade chamado Animista, pois é a tendência a dar vida a todos os seres ou objetos podem falar, andar, etc.
PROVA 3
Criança: Eduardo, 7 anos
Escola: Municipal de São José dos Campos - Ensino Fundamental
Prova: Operações infra lógicas- Conservações físicas- Conservação de quantidades
Materiais utilizados: 2 copos estreitos e altos(iguais) e 1 taça larga e baixa capaz de conter a mesma quantidade de água de um dos copos.
a)	Contínuas
Foi apresentado para a criança, os copos e a taça. Assim, foi pedido que ela observasse a quantidade de água que estaria colocando em cada copo, e que teriam que ficar iguais na mesma quantidade de água. Em seguida foi despejado a água de um dos copos na taça, e feito a seguinte pergunta:
-Onde você acha que tem mais água?
Primeiramente a criança falou que no copo tinha mais água, mas logo em seguida, respondeu que seria a mesma água, que não mudou nada.
Segundo Piaget, a criança tem domínio de conservação (identidade simples ou aditiva). A conservação é uma noção operatória que permite à criança compreender que alterações de forma não causam alteração da quantidade, peso ou de volume.
PROVA 4
Criança: Eduardo, 7 anos
Escola: Municipal de São José dos Campos- Ensino Fundamental
Prova: Operação Infralógicas- Conservações físicas
Materiais utilizados: 1 copo, 1 taça e uma caixa com uma quantia de grãos de feijão.
b)	Descontínuas
Usando as duas mãos colocando simultaneamente um grão no copo e outro na taça, diante da criança por várias vezes. Em seguida foi perguntado:
-Onde você acha que tem mais grãos?
A criança respondeu que tem a mesma quantidade, é igual.
Segundo Piaget, a criança tem domínio de conservação.
A conservação é uma noção operatória que permite à criança compreender que alterações de forma não causam alteração da quantidade, peso ou de volume.
PROVA 5
Criança: Eduardo, 7 anos
Escola: Municipal de São José dos Campos- Ensino Fundamental
Prova: Alteração da forma de uma porção de massa
Material: Massa de modelar.
Foi pego uma porção da massa de modelar e dividido ao meio com uma faca. Feito duas bolas iguais e mostrado para a criança, que as duas contêm a mesma quantidade de massa. Em seguida foi transformado umas das bolas no formato de uma salsicha. Foi feita a seguinte pergunta para a criança:
-Onde há mais massa? Na bola ou na salsicha?
A criança respondeu no mesmo momento, que teriam a mesma quantidade de massa e que não mudou nada.
Segundo Piaget a conservação é uma noção operatória que permite à criança compreender que alterações de forma não causam alteração da quantidade, peso ou de volume.
PROVA 6
Criança: Pedro, 5 anos
Escola: Municipal de São José dos Campos – Pré II
Prova: Alteração da forma de uma porção de massa
Material: Massa de modelar
Foi pego uma porção da massa de modelar e dividido ao meio com uma faca. Feito duas bolas iguais e mostrado para a criança, que as duas contêm a mesma quantidade de massa. Em seguida foi transformado umas das bolas no formato de uma salsicha. Foi feita a seguinte pergunta para a criança:
-Onde há mais massa? Na bola ou na salsicha?
A criança respondeu: A salsicha é maior, porque esticou.
Segundo Piaget a criança em nível pré-operatório não possui uma noção de conservação, que permite a criança entender que alterações da forma e tamanho alteram. Por isso, na fase pré-operacional, a criança ainda não consegue centrar a atenção em dois aspectos ao mesmo tempo.
PROVA 7
Criança: Gabriele, 10 anos
Escola: Municipal de Paraibuna
Prova: Operação lógica de compensação- Compensação Complexa
Foi apresentado 2 desenhos de aquários ligados entre si, e assim, explicado a criança que os peixes:
a) fogem da água fria, do gelo;
b) procuram a comida.
Em seguida, foi dito que, no momento, tenho poucos peixes no aquário A e muitos no aquário B. Diante disto, foi colocado as seguintes questões:
a)	se os peixes do aquário B estão saciados, o que posso fazer para manter o mesmo número de peixes nos 2 aquários?
b)	se o aquário A está muito frio, o que posso fazer para manter o mesmo número de peixes nos 2 aquários?
c)	como se faz para equilibrar o número de peixes nos 2 aquários?
Resposta da Gabriele:
A)	Aquecer a outra água
B)	Jogar comida
C)	Para equilibrar, deixando o outro aquário do mesmo jeito de outro, fica aquecido do mesmo jeito e com a mesma comida, aí vai ficar igual.
Gabriele: se os peixes não querem ficar no aquário de água fria e irão atrás de comida, é só deixar eles iguais, pronto eles vão querer se dividir.
As conclusões de Piaget são: de 7 a 9 anos a criança encontra dificuldade em analisar a compensação complexa que envolve várias variáveis, e utiliza-se de recursos mais fáceis; de 9 a 11 anos ela entende e conclui que movendo as variáveis ocorre a compensação. Nesse experimento dever-se-ia equilibrar quantidade de peixes entre os dois aquários, isso é, relacionar que colocando água fria onde tinha mais peixes, esses passariam para o outro aquário, ou colocando comida no aquário onde tinha menos peixes, esses passariam para o aquário com a comida.
PROVA 8
Criança: Tamires, 10 anos
Escola: Municipal de Paraibuna
Prova: Pensamento proporcional- Experiência pictórica
Foi apresentado o seguinte problema: duas arvores de mesmo tamanho são mostradas em forma de figura, onde a árvore A cresceu 80 centímetros em 1 ano e a árvore B cresceu 200 centímetros em 2 anos.
A seguir foram feitos os seguintes questionamentos: 
• As duas árvores cresceram na mesma proporção? 
• A árvore A cresceu mais rapidamente que a arvore B?
• A árvore B cresceu mais rapidamente que a arvore A? 
Tamires assim respondeu: 
Resposta A: Não. 
Resposta B: Eu acho que não, porque tipo a arvore B conseguiu em 2 anos 200cm se for tipo mesmo centímetro no outro vai ficar 160 e 160 é menos que 200. 
Resposta C: Sim.
Porque eu calculei tipo em 2 anos cresceu200 cm então em um ano vai ser 100, e a outra em um ano cresceu 80 e 80 mais 80 é 160 na minha opinião.
Para Piaget a noção de proporção começa sempre sob uma forma qualitativa e lógica antes de se estruturar quantitativamente. Por isto, a compensação é uma operação lógica que constitui a subestrutura da razão-proporção.
PROVA 9
Criança: Jeniffer, 10 anos
Escola: Municipal de Paraibuna
Prova: Operações lógicas- experiência Verbal
Foi exposto a seguinte situação:
A população de uma cidade mineira aumentou em doze mil (12.000) habitantes em dois (2) anos, enquanto. a população de uma cidade paulista aumentou em três mil (3.000) habitantes em um (1) ano. Por outro lado, a população de uma cidade gaúcha aumentou em seis mil (6.000) habitantes em três (3) anos. 
Em seguida, foi solicitado que respondesse a alternativa correta:
a)	a cidade mineira cresceu mais rapidamente do que a cidade gaúcha; 
b)	a cidade gaúcha cresceu mais rapidamente do que a cidade paulista;
c)	a cidade gaúcha cresceu mais rapidamente do que a cidade mineira; 
d)	a cidade paulista cresceu mais rapidamente do que a cidade mineira.
Jeniffer então respondeu que a cidade mineira cresceu mais que a cidade gaúcha. A gaúcha não pode ser maior que a mineira porque em 2 anos a mineira mostrou 12 mil e a gaúcha em 3 anos mostrou 6 mil, então a mineira e a paulista crescem iguais, em um ano cresceu a metade da outra.
Para Piaget a noção de proporção começa sempre sob uma forma qualitativa e lógica antes de se estruturar quantitativamente. Por isto, a compensação é uma operação lógica que constitui a subestrutura da razão-proporção.
PROVA 10
Criança: Maria Augusta, 10 anos
Escola: Municipal de Paraibuna- Ensino Fundamental
Prova: Operação lógica de probabilidade
Materiais utilizados:
-1 sacola, 15 bolas vermelhas, 10 bolas azuis, 8 bolas verdes e 
5 bolas amarelas. 
Foram contadas durante a colocação das bolinhas, uma a uma, para que a criança percebe-se a quantidade de cada uma das cores (vermelha, azul, verde, amarela) e em seguida foi perguntado: Se eu, de olhos vendados, tentar tirar da sacola uma bola, qual cor terá mais chance de sair? Por quê?
Resposta da Maria: É a vermelha, porque tem 15 vermelhas e a quantidade é maior, então a chance de ser a bolinha vermelha é bem maior.
As conclusões de Piaget são: de 7 a 9 anos a criança encontraria dificuldade em estabelecer relações de probabilidade, o que levaria a criança a relacionar a sua preferência de cor com a que seria extraída ao invés de usar a probabilidade; e de 9 a 11 anos ela analisaria a quantidade de bolinhas colocada e perceberia as relações de probabilidade; e de 11 anos em diante conseguiria estabelecer até mesmo a fração numérica da probabilidade, como por exemplo 3/9 ou 2/6 etc.
PROVA 11
Criança: Enzo Miguel, 4 anos.
Escola: Municipal de São José dos Campos- Infantil II.
Prova: Conceito de número- Experiências referentes à correspondência termo a termo, que também avaliam a conservação da quantidade.
Materiais utilizados:
- 6 xícaras, 6 pires e 1 mesa
•	Etapa 1- Foram colocados os 6 pires em fila sobre e mesa diante da criança. Assim foi pedido para o Enzo que faça uma fileira de xícaras que contenha o mesmo número de elementos. Terminado de enfileirar foi percebido que ele colocou certinho a fileira.
•	Etapa 2- Foi mantido a fileira de pires e aumentado o espaço entre as xícaras de modo que os extremos não se correspondam.
Pergunta: Há mais pires ou xícaras?
Resposta: xícaras
•	Etapa 3- Foi colocado as xícaras juntas, ao lado dos pires.
Pergunta: Há mais xícaras ou pires?
Resposta: Xícaras.
Podemos observar durante a aplicação da prova quando foi pedido ao Enzo para colocar as xícaras diante de cada pires, ele conseguiu realizar a etapa. Quando as xícaras foram colocadas entre um espaço dos pires, Enzo achou que existia mais xícaras do que os pires. E depois de colocado as xícaras juntas, ao lado dos pires, ele continuou achando que existia mais xícaras. Conclui-se então que Enzo ainda não possui uma noção de conceito de número, uma equivalência de conjuntos.
PROVA 12
Criança: Beatriz, 9 anos
Escola: Municipal de Paraibuna – Ensino Fundamental
Prova: Conceito de espaço- A noção de distância 
Materiais Utilizados:
- 2 árvores feita de papelão de 25cm de altura
Foram colocadas as árvores sobre uma mesa, com a distância de 50cm entre as duas. Foi pedido a criança que observasse, depois foi colocado um anteparo de cartolina entre as árvores e foi perguntado: “ás árvores estão tão próximas quanto estavam antes?” Beatriz observou, pensou um pouco e respondeu: “não mudou nada tia, a distância entre elas continuam a mesma”.
Podemos observar que Beatriz responde de forma imediata e correta, pois está na fase operatória concreta, que possui um pensamento lógico e sendo assim entende que a distância não é afetada pela interposição de objetos, nem pela direção a partir da qual se observa.
PROVA 13
Criança: Beatriz – 9 anos
Escola: Municipal de Paraibuna – Ensino Fundamental
Prova: Conceito de tempo- Relógios
Materiais utilizados:
- Desenho de 2 relógios.
Foi apresentado a Beatriz as seguintes situações:
- João saiu de casa no horário indicado no relógio A e retornou no horário indicado no relógio B. Ele foi à mercearia e voltou.
- José saiu de casa no horário indicado no relógio A e retornou no horário indicado no relógio B. Ele foi à padaria, passou pelo mercado, foi no açougue e voltou.
Então foi perguntado: “um deles gastou mais tempo que o outro?” Beatriz respondeu: “não”, questionamos dizendo: “por que?”, ela responde: “por que os dois saíram no mesmo horário né tia, José só foi mais esperto e fez mais coisas que João”.
Observamos que Beatriz foi rápida e correta em sua resposta, como na prova anterior sobre o conceito de espaço. Ela entendeu que mesmo José passando por mais lugares, fez seu percurso no mesmo tempo que João, pois tem um pensamento lógico.
CONCLUSÃO 
Ao final constatamos que a criança, mesmo com algumas dificuldades, conservou suas respostas afirmando ter conhecimento do que estava sendo proposto. Com isto foi possível identificar que a criança alcançou um resultado proporcional a sua idade e ao nível esperado pelas educadoras. Conclui-se que o trabalho proporcionou uma experiencia gratificante, para nossa pratica docente,
REFERÊNCIAS
GOULART, Piaget experiências básicas para utilização pelo professor.pdf

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