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Exercícios - Coesão

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Prévia do material em texto

Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
Disciplina: PORTUGUÊS 1 
 
EXERCÍCIOS – COESÃO 
 
1- Conforme já estudamos, a “coesão frásica se processa no nível da oração e diz respeito à ordem 
das palavras, ao emprego adequado dos pronomes e das preposições, à concordância entre sujeito e 
predicado relativa à pessoa, ao gênero e ao número.” 
Observe a peça publicitária a seguir e comente como a colocação das palavras nas frases pode 
interferir na construção do sentido. 
 
 
 
 
 
 
2- Una os blocos de texto por meio do conector adequado e, a seguir, indique a relação estabelecida: 
 
a) Ele é meu amigo. Vou convidá-lo para a festa. 
 
b) Ele é meu amigo. Não vou convidá-lo para a festa. 
 
Leia o texto seguinte – Carta ao leitor, Revista VEJA, 29 de fevereiro de 2012, p. 15 – para 
responder as questões propostas: 
 
3- Vamos tomar o trecho inicial do primeiro parágrafo do texto: 
 
Uma reportagem desta edição de VEJA revela os resultados auspiciosos do censo recomendado ao 
IPEA pela Câmara Brasileira do Livro. Os dados mostram que, de 2009 para 2010, o número de 
exemplares impressos no Brasil bateu em quase 500 milhões, com um crescimento de 23%. 
 
 
OBS. IPEA é a sigla do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
 
Você já sabe que um dos fatores responsáveis pela compreensão adequada de um texto é a 
coesão. Sabe, também, que a coesão se manifesta pela retomada de palavras por meio de vocábulos 
gramaticais e/ou lexicais, com o objetivo de se evitarem repetições desnecessárias. Assim, no 
fragmento acima, o vocábulo “dados” remete ao “censo recomendado pelo IPEA”. 
 
Indique, agora, os referentes das formas sublinhadas nos trechos seguintes: 
 
a) Os dados mostram que, de 2009 para 2010, o número de exemplares impressos no Brasil 
bateu em quase 500 milhões, com um crescimento de 23%. Desse montante, 230 milhões 
são livros didáticos e acadêmicos – 144 milhões dos quais comprados pelo governo e 
distribuídos às escolas públicas. 
 
 
b) A média de leitura no Brasil é de 1,8 livro per capita por ano, ainda uma das mais baixas 
do mundo e até da América Latina, onde perdemos para a Argentina, México e Colômbia. 
 
 
c) A reportagem revela também que é brasileiro um dos autores de maior sucesso do mundo, o 
padre Marcelo Rossi, cuja obra Ágape vendeu 7,5 milhões de exemplares em pouco mais de 
um ano. 
 
d) Paulo Coelho, autor místico com mais de 100 milhões de exemplares vendidos em 150 
países, ajudou muita gente a se iniciar no hábito da leitura. Ele ficou fora da reportagem 
desta edição pela opção... 
 
 
e) A leitura é o prazer mais duradouro, aquele que resiste quando todos os demais acabaram. 
 
 
 
4- Reconheça as relações semânticas expressas pelos conectores sublinhados, numerando a segunda 
coluna de acordo com a primeira: 
 
 
(I) Acréscimo ( ) A alta taxa de crescimento do setor editorial 
brasileiro, porém, é um fator de esperança. 
 
(II) Inclusão ( ) .. e desde 2010 Paulo Coelho não publica um título 
novo. 
 
(III) Conformidade ( ) A reportagem revela também que é brasileiro um 
dos autores de maior sucesso do mundo,... 
 
(IV) Tempo ( ) Como lembra a reportagem, com certeza não será o 
único. 
 
(V) Contraexpectativa ( ) A média de leitura no Brasil é de 1,8 livro per 
capita por ano, ainda uma das mais baixas do mundo e 
até da América Latina,... 
 
5- Observe: 
 
“Um livro, mesmo que (embora) seus méritos literários sejam discutíveis, é sempre porta de 
entrada para outro livro.” 
 
Reescreva o enunciado, fazendo as alterações necessárias, usando “mas”, em vez de “mesmo que”. 
Cuidado para não mudar o foco do argumento mais forte! 
 
 
 
 
Resposta Comentada: 
1- A colocação do vocábulo “mal” nas frases – antes do verbo e depois do verbo – implica mudanças de ordem 
semântica e morfossintática: no primeiro fragmento (“O ano mal começou”), “mal” é conjunção subordinativa 
temporal e, consequentemente, indica uma circunstância de tempo; no segundo (“O ano começou mal”), “mal” é 
advérbio de modo, modificando o verbo (negativamente). 
 
2- (a) Ele é meu amigo, portanto, (ou correlatos) vou convidá-lo para a festa. (Relação de conclusão) 
(b)Ele é meu amigo, mas (ou correlatos) não vou convidá-lo para a festa.(Relação de contraexpectativa) 
Outra possibilidade de (b) seria: Embora ele seja meu amigo, não vou convidá-lo para a festa. 
 
3- Nessa questão, era para escrever apenas o REFERENTE dos pronomes, e não para classificar e/ou explicar o tipo 
de coesão. 
a) “Desse montante”: refere-se aos 500 milhões de exemplares; 
b) “onde”: refere-se à América latina. 
c) “cuja”: refere-se à obra DO padre Marcelo Rossi. (Quem escreveu apenas o nome do autor – padre 
Marcelo Rossi – errou a questão; da mesma forma, quem escreveu apenas a palavra “obra”). 
d) “Ele”: refere-se a Paulo Coelho. 
 e) “aquele”: refere-se a prazer. 
 
4- 
 
(I) Acréscimo ( V ) A alta taxa de crescimento do setor editorial brasileiro, 
porém, é um fator de esperança. 
 
(II) Inclusão ( IV ) .. e desde 2010 Paulo Coelho não publica um título novo. 
 
(III) Conformidade ( I ) A reportagem revela também que é brasileiro um dos 
autores de maior sucesso do mundo,... 
 
(IV) Tempo (III) Como lembra a reportagem, com certeza não será o único. 
 
(V) Contraexpectativa ( II ) A média de leitura no Brasil é de 1,8 livro per capita por 
ano, ainda uma das mais baixas do mundo e até da América 
Latina,... 
 
5- Os méritos literários de um livro podem ser discutidos, mas ele é sempre a porta de entrada para outro livro 
(argumento mais forte). 
 
OBS: Não está correta a resposta em que o “mas” não introduz a oração “é sempre a porta de entrada”, pois se o 
“mas” introduz a outra oração (O livro é sempre a porta de entrada, mas seus méritos literários são discutíveis), há 
mudança de foco”, estando, consequentemente, ERRADA a resposta. 
 
Agora, você vai ler mais dois textos: uma letra de música e uma crônica, para responder à questão 
6: 
 
TEXTO 1: 
Cariocas 
Adriana Calcanhotto Composição: Adriana Calcanhoto 
 
CARIOCAS SÃO BONITOS 
CARIOCAS SÃO BACANAS 
CARIOCAS SÃO SACANAS 
CARIOCAS SÃO DOURADOS 
CARIOCAS SÃO MODERNOS 
CARIOCAS SÃO ESPERTOS 
CARIOCAS SÃO DIRETOS 
CARIOCAS NÃO GOSTAM 
DE DIAS NUBLADOS 
CARIOCAS NASCEM BAMBAS 
CARIOCAS NASCEM CRAQUES 
CARIOCAS TÊM SOTAQUE 
CARIOCAS SÃO ALEGRES 
CARIOCAS SÃO ATENTOS 
CARIOCAS SÃO TÃO SEXYS 
CARIOCAS SÃO TÃO CLAROS 
CARIOCAS NÃO GOSTAM 
DE SINAL FECHADO 
 
Você pode ouvir essa música, acessando o link: http://www.youtube.com/watch?v=peIixUfE9MQ 
TEXTO 2: 
CARIOCAS GOSTAM DE BANDALHA 
ZUENIR VENTURA 
A pesquisa publicada domingo pelo GLOBO, mostrando que só 9% dos motoristas 
respeitam sinal de trânsito, confirma o que já se sabia observando o nosso dia a dia e o que 
Adriana Calcanhotto cantou na sua canção de amor ao Rio e ao seu povo: "Cariocas não 
gostam de sinal fechado." Gaúcha, ela foi generosa. Ao defeito apontado, contrapôs 15 
qualidades positivas que enumera em graciosos versos: "Cariocas são bonitos/Cariocas são 
bacanas/Cariocas são sacanas/Cariocas são dourados" e por aí vai. Ela os chama ainda de 
modernos, espertos, diretos, alegres, sexy, que não gostam de dias nublados etc. Talvez por 
delicadeza de forasteira, ela não quis apontar uma verdade incômoda que explica todo o 
comportamentotransgressor dos cariocas. Eles gostam de bandalha. E não apenas no trânsito, 
embora nesse quesito eles sejam imbatíveis. Gostam de fechar os cruzamentos, de debruçar 
sobre a buzina sem necessidade, de estacionar nas calçadas, de parar em lugar proibido, de 
excesso de velocidade, de falar ao celular enquanto dirigem, de andar na contramão e de 
xingar quem insiste em se manter dentro da lei (me lembro da senhora ao volante esperando a 
luz verde, e um sujeito histérico gritando atrás:"Pensa que tá na Suécia, perua?"). 
Assim, além de responsáveis por um dos mais caóticos trânsitos do planeta, os 
cariocas também são especialistas em delitos menores, para não falar nos grandes, como 
assaltos e homicídios. Costumam urinar em lugares públicos, desrespeitar filas ("quem gosta 
de fila é paulista", já ouvi um furão dizer, sem esperar a vez), levar o cachorro para fazer cocô 
no calçadão, e gostam de falar alto e atender o celular no cinema, enquanto comentam o filme 
com o vizinho. 
Outro dia uma leitora mandou carta ao jornal relatando a cena que presenciou: um 
garoto estava chutando a cadeira da frente, quando a senhora virou-se e pediu que ele parasse. 
Sabe o que fez o acompanhante, provavelmente pai ou avô do menino? Passou, ele mesmo, a 
repetir o que o neto ou filho fazia antes. Não sem chamar a queixosa de maluca. Há pouco 
tempo assisti a coisa parecida numa sessão à tarde. Quando alguém fez psiu para um grupo de 
cafajestes que discutiam aos gritos, um deles revidou: "Psiu é a p..., os incomodados que se 
mudem." Essa é a nossa realidade: há cada vez menos lugares para os incomodados. Em 
matéria de civilidade, os sinais foram trocados. O desvio virou norma e a exceção, regra. 
Jornal O Globo – 26/11/2008 
 
 
Leia o fragmento abaixo, extraído do TEXTO 2, para responder à questão 6: 
 
A pesquisa publicada domingo pelo GLOBO, mostrando que só 9% dos motoristas respeitam 
sinal de trânsito, confirma o que já se sabia observando o nosso dia a dia e o que Adriana 
Calcanhotto cantou na sua canção de amor ao Rio e ao seu povo: "Cariocas não gostam de 
sinal fechado”. Gaúcha, ela foi generosa. Ao defeito apontado, contrapôs 15 qualidades 
positivas que enumera em graciosos versos: "Cariocas são bonitos/Cariocas são 
bacanas/Cariocas são sacanas/Cariocas são dourados" e por aí vai. Ela os chama ainda de 
modernos, espertos, diretos, alegres, sexy, que não gostam de dias nublados etc. 
 
6- Entende-se por “coesão textual” a unidade formal do texto, isto é, a conexão interna entre 
seus enunciados. Identifique, no fragmento em análise, os referentes do(s) termo(s) 
sublinhados: 
 
a) ela: ______________________________________________________ 
b) defeito apontado: ___________________________________________ 
c) os: _______________________________________________________ 
 
7- A “coesão interfrásica” revela a interdependência semântica entre frases por meio de 
conectores e de pausas. Reescreva as frases abaixo num só período, fazendo as alterações 
necessárias à coesão textual e expressando, por conectores, a relação semântica sugerida pelas 
pausas. 
 
a) Adriana Calcanhoto apontou um defeito dos cariocas. Adriana Calcanhoto 
contrapôs15 qualidades positivas. 
 
 
b) Os cariocas são responsáveis por um dos trânsitos mais caóticos do planeta. Os 
cariocas são especialistas em delitos menores e grandes. 
 
 
c) Os cariocas gostam de atender o celular no cinema. Os cariocas gostam de comentar o 
filme com o vizinho. 
d) O avô do menino passou a chutar a cadeira da frente. O avô do menino ficou 
aborrecido com a senhora que reclamou. 
 
 
8- Os enunciados seguintes apresentam conectores que expressam relação de temporalidade. 
Identifique se o tempo é simultâneo, anterior, posterior ou contínuo: 
 
a) Depois que a pesquisa do Globo saiu, confirmou-se o que já se observava no dia a dia. 
 
 
b) Antes de o sinal abrir, o sujeito histérico grita. 
 
 
c) Mal alguém fez psiu para um grupo de cafajestes que discutiam aos gritos, um deles 
revidou. 
 
 
d) Quanto mais a senhora reclamava, mais o menino chutava. 
 
 
 
 
Resposta comentada: 
6- a) ela: Adriana Calcanhoto; gaúcha 
b) defeito apontado: "Cariocas não gostam de sinal fechado”; 
c) os: cariocas. (Ver livro base, páginas 78, 79 e 80). 
 
7- a) Adriana Calcanhoto apontou um defeito dos cariocas, mas (ou conectores equivalentes) contrapôs15 
qualidades positivas. 
 
b) Os cariocas são responsáveis por um dos trânsitos mais caóticos do planeta além de serem ( ou: e são ) 
especialistas em delitos menores e grandes. 
 
Ou ainda: Os cariocas não só são responsáveis por um dos trânsitos mais caóticos do planeta, como também 
são especialistas em delitos menores e grandes. 
 
c) Os cariocas gostam de atender o celular no cinema, enquanto comentam o filme com o vizinho. 
 
Ou: Os cariocas gostam tanto de atender o celular no cinema quanto de comentar o filme com o vizinho. 
 
Ou ainda: Os cariocas gostam não só de atender o celular no cinema, mas também de conversar com o vizinho. 
 
d) O avô do menino passou a chutar a cadeira da frente porque (e correlatos) ficou aborrecido com a senhora 
que reclamou. (Ver livro base capítulos 6 e 7) 
 
Nessa questão, pede-se que se unam porções de texto por meio de conectores, respeitando-se a relação 
semântica sugerida pelas pausas. Isso significa que não se pode desprezar o conteúdo significativo expresso 
pelos textos em que se basearam as questões do exercício. 
Observamos que muitos alunos empregam o conectivo “e”, quando devem selecionar outros, compatíveis com o 
co(n)texto. 
O “e” é um conectivo frouxo argumentativamente e, por isso mesmo, meio neutro semanticamente; daí as suas 
várias possibilidades de realização. 
Vejamos os seguintes exemplos. 
(1) Estava frio, mas não levei agasalho. 
(2) Estava frio, por isso levei agasalho. 
Observe que se trata de relações semânticas completamente diferentes: em (1), temos uma relação de 
contraexpectativa (adversidade) e, em (2), uma relação de conclusão. Observe, ainda, que podemos reescrever 
as frases da seguinte maneira: 
 (1a) Estava frio e não levei agasalho. 
 (2a) Estava frio e levei agasalho. 
E isso, como já explicado, deve-se à permeabilidade funcional do “e”, que, como conectivo neutro, tem, 
frequentemente, outros valores semânticos agregados à sua carga semântica prototípica (original) de adição. 
Para entender melhor esse assunto, sugiro a leitura de um artigo da Revista Linguagem em Discurso, intitulado 
“Possibilidades discursivas do “e” – um conector coringa”. 
Leiam, então, o artigo, pois isso será bastante produtivo para vocês, que já devem começar a ampliar as suas 
leituras para além dos Cadernos Didáticos. Segue o link: 
 
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0401/12%20art%2010%20P.pdf 
 
8- a) Tempo posterior 
b) Tempo anterior 
c) Tempo simultâneo 
d) Tempo contínuo, progressivo (Ver livro base, página100) 
Para responder às questões propostas, leia o texto a seguir, extraído da Revista Veja, edição de 01/08/2012, à 
página 114: 
 
 
Leia o fragmento seguinte para responder à questão 9: 
 
Os cursos universitários a distância costumam ser tão malvistos na academia brasileira que 
ganharam o apelido de “supletivos de smoking”. 
 
9- O enunciado em destaque expressa uma relação de causalidade, em sentido amplo. 
 
a) Identifique os trechos em que se exprimem a causa e a consequência: 
 
b) Reescreva o enunciado, substituindo o conector (você pode, inclusive, alterar a ordem 
das orações), mas mantendo a relação semântica de causalidade. 
 
 
 
Resposta comentada:9- a) CAUSA: Os cursos universitários a distância costumam ser tão malvistos na academia brasileira. 
CONSEQUÊNCIA: que ganharam o apelido de “supletivos de smoking”. 
 
b) Possibilidades de resposta: 
 
• Os cursos universitários a distância costumam ser malvistos na academia brasileira, por isso (logo, portanto, 
assim, por conseguinte ou correlatos) ganharam o apelido de “supletivos de smoking” ; 
 
• Como (Já que, Uma vez que ou correlatos) os cursos universitários a distância costumam ser malvistos na 
academia brasileira, ganharam o apelido de “supletivos de smoking”; 
 
• Os cursos universitários a distância ganharam o apelido de “supletivos de smoking” porque costumam ser 
malvistos na academia. 
(Ver livro base, capítulo 6) 
 
Ao unir, por meio de conector, a causa e a consequência, na questão 2b, muitos alunos mantêm o “tão” 
fora da estrutura consecutiva correlativa, gerando uma frase mal formada. 
 
O enunciado a ser reescrito é: 
 
 Os cursos universitários a distância costumam ser tão malvistos na academia brasileira que 
ganharam o apelido de “supletivos de smoking”. 
 
Nesse enunciado, observa-se uma estrutura correlativa, ou seja, relação da primeira parte do enunciado 
com a segunda expressa por “tão...que”, configurando-se, então, a 2ª oração - que ganharam o apelido de 
“supletivos de smoking” – como consecutiva (= consequência). 
Em qualquer reescritura do enunciado, em que não se use o par correlativo (“tão que”) não cabe 
“esquecer” o tão na primeira parte, como muitos alunos fazem: 
 
*Os cursos universitários a distância costumam ser TÂO malvistos na academia brasileira, 
por isso, ganharam o apelido de “supletivos de smoking”. 
 
Percebam que frases como essa ficam “quebradas”, pois o “tão” não encontra a sua contraparte 
correlativa “que”. Trata-se de um caso típico de quebra de paralelismo estrutural, assunto já estudado por nós. 
 
Ainda sobre essa questão, alguns alunos cometem uma falha grave: invertem a causa e a consequência 
na reescritura do enunciado. 
Vejam onde está a causa e onde está a consequência: 
 
 Os cursos universitários a distância costumam ser tão malvistos na academia brasileira 
(CAUSA) que ganharam o apelido de “supletivos de smoking” (CONSEQUÊNCIA). 
 
Portanto, é descabida a reestruturação seguinte: 
*Os cursos universitários a distância ganharam o apelido de “supletivos de smoking”, por isso costumam ser 
tão malvistos na academia brasileira. (????????????) 
 
 
10- Você já sabe que um dos fatores responsáveis pela compreensão adequada de um texto é a 
coesão. Sabe, também, que a coesão se manifesta pela retomada de palavras por meio de 
vocábulos gramaticais e/ou lexicais, com o objetivo de se evitarem repetições desnecessárias. 
Indique qual o referente das formas sublinhadas nos trechos que se seguem. 
 
a) Os cursos universitários a distância costumam ser tão malvistos na academia 
brasileira que ganharam o apelido de “supletivos de smoking”. (...) A má fama dessa 
modalidade em que o aluno se forma praticamente sem ir à universidade (...) persiste até hoje 
no Brasil (1º §) 
 
 
b) Durante cinco meses, os especialistas analisaram os cursos de oito faculdades 
(públicas e particulares) que oferecem graduação a distância em pedagogia, a área que, de 
longe, atrai mais alunos – quase 300 000. O retrato que emerge daí ajuda a desconstruir a 
visão de que esses cursos fornecem educação superior de segunda classe. (1º §) 
 
 
c) Outra fragilidade brasileira diz respeito ao tutor, profissional que deve tirar as 
dúvidas dos estudantes e guiá-los nos desafios intelectuais. Muitos aqui não estão preparados 
para a função, como enfatiza a pesquisa. 
 
11- Observe: 
 
“Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com ilhas de excelência, mas, no geral, resta 
muito que avançar.” 
 
Reescreva o enunciado, fazendo as alterações necessárias, usando “embora”, em vez de 
“mas”. Cuidado para não mudar o foco do argumento mais forte! 
 
 
 
 
Resposta comentada: 
10- a) dessa modalidade em que o aluno se forma praticamente sem ir à universidade > cursos universitários a 
distância; 
 
b) daí > da análise de cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecem graduação a 
distância em pedagogia; 
 
c) Muitos > tutores; 
Função > tirar as dúvidas dos estudantes e guiá-los nos desafios intelectuais. 
(Ver capítulos 8 e 9) 
 
É preciso ficar atento aos enunciados das questões. O enunciado da questão 10 pede que se indiquem 
os referentes das formas sublinhadas. Nesse caso, não é para identificar o tipo de coesão textual, como muitos 
alunos fazem, mas sim, indicar a que termo (ou termos) a forma sublinhada se refere. 
 
Outro problema: Na resposta da questão 4c, alguns alunos dizem que “muitos” - na frase “Muitos não 
estão preparados para a função.” - é advérbio de intensidade. 
Vejam bem, “muitos” está flexionado no plural e só isso já basta para que não possa ser advérbio. 
Advérbios são palavras invariáveis, portanto, não têm flexão de número, isto é, não têm plural. “Muitos”, no 
caso em questão, é pronome substantivo indefinido. 
 
11- Embora em alguns casos, eles já cheguem (ou tenham chegado) a ombrear com ilhas de excelência, no 
geral, resta muito que avançar.” 
 
(Ver livro base, Capítulo 7, conectores de contraexpectativa, páginas 115 a 
118). 
 
Não aceitamos respostas em que haja mudança de foco. Como é fácil observar, o argumento mais forte 
é o que está na oração iniciada pelo “mas” (mas, no geral, resta muito que avançar). No caso de se usar o 
“embora”, esse argumento fica na oração sem conector, a chamada “principal” na análise sintática 
convencional. 
 
 
12- Una os dois blocos de texto por meio do conector adequado. A seguir, indique a relação 
estabelecida: 
 
a Ele era o artilheiro. Ele não marcou nenhum gol no campeonato. 
b Saia. Expulso a senhora da sala. 
c O Brasil é um país de grandes riquezas. O padrão de vida do seu povo é um dos 
mais baixos do mundo. 
d Trabalhe. Carregue o peso de uma existência vazia. 
e Não tínhamos conhecimento do terreno. Encontramos facilmente o local indicado. 
f Descobri os minérios em minhas terras. Os minérios me pertencem. 
g Não julguemos pelas aparências. As aparências enganam. 
h O Brasil possui muita cana-de-açúcar. Devemos optar pelo uso do álcool como 
combustível. 
i Não havia necessidade. Insistiu em chamar o médico. 
j Muita gente estava doente. Ninguém faltou à reunião. 
k Destruímos a inflação. Ela nos destrói. 
l Não poderei comparecer. Não contem com o meu voto. 
m Não falte. A festa será animada. 
n Respondia. Ficava mudo. 
o Ele falava. Eu ficava ouvindo. 
p Muitos titulares não jogaram. O desempenho da equipe foi satisfatório. 
q Ele jogou muito bem no campeonato. Deve ser convocado para a seleção. 
r Ele jogou muito bem no campeonato. Não deve ser convocado para a seleção. 
s Ele jogou mal na seleção. Não deve ser convocado para a seleção. 
t Ele jogou mal na seleção. Deve ser convocado para a seleção. 
u Ele deve ser convocado para a seleção. Ele jogou muito bem no campeonato. 
v Pagou a mercadoria. Recebeu o troco. 
w Ela estava muito chocada. Ela quase perdeu os sentidos. 
x Resolva logo o exercício. Você se atrasará. 
y Age com cautela. Convém aos precavidos. 
z As pessoas iam chegando. As pessoas ocupavam os lugares. 
 
 
Resposta comentada: 
12- 
Observe que, nas respostas, há necessidades de pequenos ajustes para não prejudicar a coesão textual (por 
exemplo, coesão por elipse para não repetir o referente, coesão referencial por anáfora etc.). Observe, ainda, 
como se manifesta a coesão temporal aose adequarem os tempos e modos verbais às alterações de conectivos, 
como, no caso do emprego dos conectores concessivos que requerem o modo subjuntivo. 
 
a) Ele era o artilheiro, mas (ou correlatos) não marcou nenhum gol no campeonato. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora fosse o 
artilheiro do time, ele não marcou nenhum gol. 
 
b) Saia, ou expulso a senhora da sala. 
Relação de disjunção (alternância) 
 
c) O Brasil é um país de grandes riqueza, mas (ou correlatos) o padrão de vida do seu povo é um dos 
mais baixos do mundo. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora o Brasil seja 
um país de grandes riquezas, o padrão de vida de seu povo é um dos mais baixos do mundo. 
 
d) Trabalhe, ou carregue o peso de uma existência vazia. 
Relação de disjunção (alternância) 
 
e) Não tínhamos conhecimento do terreno, mas (ou correlatos) encontramos facilmente o local indicado. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora não 
tivéssemos conhecimento do terreno, encontramos facilmente o local indicado. 
f) Descobri os minérios em minhas terras, logo (ou correlatos), eles me pertencem. 
Relação de conclusão 
 
g) Não julguemos pelas aparências, pois as aparências enganam. 
Relação de justificativa (ou explicação) 
 
h) O Brasil possui muita cana-de-açúcar. Devemos, portanto (ou correlatos), optar pelo uso do álcool 
como combustível. 
Relação de conclusão 
 
i) Não havia necessidade, mas (ou correlatos) insistiu em chamar o médico. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora não 
houvesse necessidade, insistiu em chamar o médico. 
 
j) Muita gente estava doente, mas (ou correlatos) ninguém faltou à reunião. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora muita gente 
estivesse doente, ninguém faltou à reunião. 
 
k) Destruímos a inflação, ou ela nos destrói. 
Relação de disjunção (alternância) 
 
l) Não poderei comparecer, assim (ou correlatos) não contem com o meu voto. 
Relação de conclusão 
 
m) Não falte, porque (pois – ou correlatos) a festa será animada. 
Relação de justificativa (ou explicação) 
 
n) Ora respondia, ora (ou correlatos) ficava mudo. 
Relação de alternância 
 
o) Ele falava e eu ficava ouvindo. 
Relação de adição (as ações se sucedem cronologicamente) 
 
p) Muitos titulares não jogaram, mas (ou correlatos) o desempenho da equipe foi satisfatório. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora muitos 
titulares não tivessem jogado, o desempenho da equipe foi satisfatório. 
 
q) Ele jogou muito bem no campeonato, portanto (e correlatos), deve ser convocado para a seleção. 
Relação de conclusão 
 
r) Ele jogou muito bem no campeonato, mas (e correlatos) não deve ser convocado para a seleção. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora tenha jogado 
muito bem no campeonato, não deve ser convocado para a seleção. 
 
s) Ele jogou mal na seleção, portanto, não deve ser convocado para a seleção. 
Relação de conclusão 
 
t) Ele jogou mal na seleção, mas (e correlatos) deve ser convocado para a seleção. 
Relação de contraexpectativa 
Observação: Esse enunciado poderia também ser expresso por uma relação de concessão: Embora tenha jogado 
mal na seleção, deve ser convocado. 
 
u) Ele deve ser convocado para a seleção porque (e correlatos) jogou muito bem no campeonato. 
Relação de causa 
 
v) Pagou a mercadoria e recebeu o troco. 
Relação de adição (as ações se sucedem cronologicamente) 
 
w) Ela estava tão chocada, que quase perdeu os sentidos. 
Relação de consequência (consecutiva) 
x) Resolva logo o exercício, ou você se atrasará. 
Relação de disjunção (Alternância) 
 
y) Age com cautela, como (ou correlatos) convém aos precavidos. 
Relação de conformidade 
 
z) À medida que as pessoas iam chegando, iam ocupando os lugares. 
Relação de tempo (proporcionalidade)

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