Buscar

AUDITORIA AOS INVENTARIOS - Trabalho do 3 Grupo ISCAM T2PL (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE
3º ANO TURMA 2: PÓS LABORAL
Planeamento e Auditoria
Tema: Auditoria aos Inventários
Discentes:
David Vasco
Elton Lucas
Joaquim Manjate
Shirley Nadine W. V. Rodrigues 
Docente: Prof ª Joana Ribisse
Maputo, Setembro de 2018
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Introdução
O presente trabalho tem como tema auditoria aos inventários, nos últimos anos tem crescido a noção do impacto que as alterações nos inventários podem provocar nas organizações.
Os gestores estão cada vez mais despertos para isso: as dificuldades económicas, a pressão dos clientes, dos fornecedores, dos investidores para que se obtenham resultados tem contribuído para aperfeiçoar métodos de controlo. A massificação da informação produzida pelos Auditores cada vez mais aperfeiçoados sistemas informáticos tem dotado os gestores de modernas ferramentas.
Para o Revisor Oficial de Contas isso traz novos desafios, porque deverá estar melhor preparado para que o seu serviço corresponda ao pretendido.
O presente trabalho pretende apresentar os principais procedimentos de auditoria a desenvolver na área de inventários.
Esta não está dispersa, o conhecimento da empresa, os riscos, o controlo, são como cruzamentos num caminho, em cada um deles é preciso parar, pensar, e escolher o destino, todas as decisões tem reflexos adiante.
Qualquer que seja o caminho, ele terá sempre que conduzir à obtenção de prova suficiente e apropriada para a tomada de decisões. Se trilharmos um caminho que não chega a este fim é preciso voltar atrás e refazer escolhas.
Objectivos do trabalho
Objectivo geral
Descrever a importância da área dos inventários numa auditoria.
Objectivos específicos 
Expor os objectivos da auditoria nos inventários;
Analisar os procedimentos da auditoria;
Apresentar os erros específicos da auditoria na área de inventários;
Descrever os principais documentos a serem solicitados ao longo da auditoria aos inventários.
CAPITULO II
REVISÃO DE LITERATURA
Revisão de literatura
Inventários
O Plano geral de Contabilidade para empresas de grande e média dimensão (PGC – NIRF) e para as pequenas empresas e demais empresas ( PGC – PE) define inventários no seu glossario como sendo todo o activo:
Detidos para venda no curso normal dos negócios;
Em processo de produção para aquela venda; ou 
Na forma de materiais ou fornecimentos para serem consumidos no processi de produção ou na prestação de serviços.
Constituição dos inventários
O elenco de contas que representam os inventários vária de empresa para empresa, e normalmente estão classificados nas seguintes categorias: 
Mercadorias para revenda - Que é composta por todos os materiais adquiridos de terceiros para a revenda; 
Produtos Acabados - Representam os produtos prontos produzidos na própria empresa e disponíveis para revenda. 
Produtos Intermédios - Compostos pelos bens já requisitados que estão em processo de transformação e todos os custos diretos e indiretos relativos à produção ainda não concluída no encerramento do balanço. 
Matérias-primas - Representadas pelos materiais que irão ser aplicados na produção. 
Materiais auxiliares - Composto por todos os itens destinados a manutenção das atividades da produção e de consumo geral. 
Material de embalagem - Composto pelos itens destinados a embalagem ou acondicionamento dos produtos acabados. 
Almoxarifado - Engloba todos os itens de inventários de consumo em geral, podendo incluir produtos de alimentação do pessoal, materiais de escritório, peças em geral e uma variedade de itens. Muitas empresas, por questão de controle, adotam prática de, para fins contábeis, já lançar tais estoques como despesas no momento da compra, somente mantendo controle quantitativo, pois muitas vezes representam uma quantidade muito grande de itens, mas de pequeno valor total, não afetando os resultados. 
CAPÍTULO III
METODOLOGIA
Metodologia
A elaboração do trabalho baseou-se essencialmente nas pesquisas bibliográficas dos aspectos mais relevantes sobre o tema em pesquisa, análise de documentos escritos, pesquisa electrónica (internet), com efeito, para que se efectivasse procedeu-se a definição dos objectivos gerais e específicos. Seguidamente para o alcance dos objectivos nele preconizados identificamos, seleccionamos e recolhemos todas informações que julgamos ser úteis para aquilo que se pretende alcançar com o mesmo, após o processo de identificação, recolha, selecção e análise procedeu-se a definição e construção da estrutura do trabalho que culminou com a selecção de conceitos - chave e redacção da versão final do trabalho.
A pesquisa realizada, segundo Gil (2002:42) caracteriza-se por ser Descritiva pois obedece o fundamento teórico de estabelecimento das relações e a identificação da existência de associações entre as variáveis em estudo.[1: Pesquisa Descritiva é aquela em que se expõe, as características de determinado fenómeno ou população; ela pretende descrever os fenómenos, acontecimentos e descobertas; de notar que ela não tem o compromisso obrigatório de explicar, analisar e interpretar (Gil, 2002:42). ]
CAPÍTULO IV
AUDITORIA AOS INVENTÁRIOS
Auditoria aos Inventários
Contextualização
Para avaliar a confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, a contabilidade vale-se da auditoria, que nada mais é que o exame analítico e pericial seguido do desenvolvimento das operações contábeis, desde o início até o balanço. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da auditoria dos estoques limitando-se apenas às técnicas de auditoria aplicadas. O estoque representa o custo acumulado dos materiais e produtos ainda não vendidos ou consumidos, relacionados com os objetivos e atividade da empresa, sendo importante na apuração do lucro de cada exercício social. Cabe ressaltar que para algumas empresas o seu valor é insignificante.
Objectivos da auditoria aos inventários
Segundo Almeida (2017:434) o objectivo principal da auditoria nesta área é o de comprovar a razoabilidade dos saldos das contas que a integram, bem como a sua correta apresentação e valorização.
E os objectivos específicos da auditoria em relação à área de inventários consistem em verificar se:
Os inventários são propriedades da empresa e coincidem com os que figuram nos armazéns da empresa e com os que estão em poder de terceiros;
Os bens foram corretamente valorizados, conforme as NCRF, tendo sido contabilizadas perdas por imparidade quando o valor realizável líquido é inferior ao preço de custo; [2: Com as limitações descritas nos critérios valorimétricos.]
O valor dos bens com pouca rotação, obsoletos e defeituosos, foi reduzido ao valor líquido de realização; 
Caso existam hipotecas, penhoras ou quaisquer restrições que afectem o inventário, estas constam no anexo; 
Os critérios de valorização são consistentes. No caso de estes terem sido alterados, a razão está descrita no anexo, quantificando-se as consequências que essa alteração provocou no balanço e na demonstração de resultados;
Os inventários finais estão determinados, no que respeita a quantidades, custos unitários, cálculos, etc., em bases consistentes com as utilizadas em anos anteriores; 
Os bens existem fisicamente, encontram-se no armazém da empresa, em poder de terceiros ou em processo de fabrico; 
Os inventários estão devidamente protegidos, tendo a empresa implementado uma adequada política de seguros; 
As medidas de controlo interno e os procedimentos administrativos implementados pelo orgão de gestão, estão em funcianamento e são adequados; 
Foi comprovado o corte às entradas e às saídas de mercadorias;
Todas as informações pertinentes estão divulgadas no anexo.
 Os procedimentos de auditoria
4.3.1.Procedimentos substantivos
Os procedimentos de auditoria têm que ter em atenção as características dos inventários: bens facilmente manipuláveis, sujeitos a roubos e a erros de quantificação. Estas características exigem a realização de contagensfísicas, de medidas que assegurem uma correcta valorização, comprovação da documentação de suporte, do teste ao corte de operações e da implementação de um sistema de controlo interno adequado e que funcione.
O auditor deve elaborar um programa de trabalho que permita a aplicação de procedimentos de auditoria destinados a atingir os objectivos que foram estipulados, em particular verificar a existência física dos bens e o seu estado real, bem como a documentação de suporte para aferir se os mesmos são propriedade da empresa.
A natureza, alcance e tempestividade dos procedimentos de auditoria devem ter em conta os objectivos expressos no programa de trabalho, baseando-se no conhecimento que o auditor tem da empresa, nos resultados da avaliação do controlo interno, bem como na interpretação relativa dos saldos reflectidos nas demonstrações financeiras.
Alocando os objectivos de auditoria aos substantivos, obtemos a seguinte tabela:
	Procedimentos Substantivos
	Objectivos de Auditoria
	Procedimentos analíticos
	Existências, direitos, rigor e valorização
	Observação da contagem dos activos
	 Existência, Ocorrência, Plenitude, Direitos, Classificação
	Provas de Corte
	Plenitude; Corte
	Teste à valorização 
	Valorização 
	Teste à propriedade
	Direitos, existência, plenitude
	Avaliar a apresentação e a divulgação
	Apresentação e divulgação.
Em relação às provas analíticas, o auditor poderá efectuar os seguintes testes:
Reverá margem bruta e compará-la com os exercícios anteriores. Flutuações podem indicar que os inventários não estão correctamente valorizados ou que foram efectuadas compras ou vendas que não foram contabilizadas no período correcto;[3: Margem Bruta = Volume de Negócios – Custos das Vendas. Margem bruta em percentagem: (Vendas – CMVMC) /Vendas.]
Determinar a imparidade dos inventários em percentagem do total do inventário e compará-la com a de exercícios anteriores;
Comparação das percentagens de materiais, mão-de-obra, gastos gerais de produção e outros custos nos inventários dos anos anteriores. As variações significativas podem ser explicadas por cálculos incorrectos do custo de conversão;
Cálculo da rotação dos inventários e comparação com os exercícios anteriores. A flutuação deste indicador pode ser originada por uma das seguintes circunstâncias que o auditor deve investigar: excesso ou falta de bens no inventario, alterações no método de contabilização dos inventários, aumento dos preços dos fornecedores, etc.[4: Consumo/[1/2(Saldo inicial – Saldo Final)]]
Calcular o número de dias que os bens permanecem em armazém e compará-la com os exercícios anteriores;[5: No caso de matérias-primas e produtos acabados: 365/rotação de inventários. No caso de produtos em curso: Produção anual/[1/2(Saldo Inicial – Saldo Final)]]
Comparação do custo das vendas apurado nos meses anteriores ao fim do exercício com o apurado nos meses posteriores à data do balanco, comprovando que não existem flutuações significativas;
Testar a razoabilidade dos custos de produção, multiplicando o número de unidades produzidas num determinado período pelo custo de produção médio desse período.
Área dos investimentos é uma área onde os procedimentos analíticos são muito utilizados. A margem bruta indica se a empresa obtém ou não uma margem de lucro aceitável comercialização dos seus produtos. A comparação da margem bruta de um exercício com a margem bruta de exercícios anteriores pode colocar a descoberto situações fraudulentas no inventário. A rotação dos inventários e a análise da sua tendência, indica se o cliente tem capacidade para escoar o inventario, ou se este corre o risco de se tornar obsoleto. Por ouro lado, um aumento do rácio desperdícios/bens produzidos ou um aumento anormal da quantidade de matéria-prima em armazém poderão indicar, respectivamente, que o inventário final está a ser desviado ou que estão a ser necessárias. Estes rácios devem ser aplicados á empresas como um todo, a cada fábrica e a cada linha de produtos.
Relativamente aos procedimentos substantivos de detalhe às traslações e aos saldos, referimos os seguintes:
Observação da contagem dos stocks
Como referimos, um dos objectivos da auditoria na área de investimento é o de comprovar que as mercadorias expressas nas demonstrações financeiras existem e são propriedade da empresa. Para tal, uma das provas de auditorias mais frequentes é o teste às contagens físicas.
Antes de analisarmos os objectivos e as características principais do teste às contagens físicas, é necessário que a responsabilidade para efectuar as contagens reside na empresa, competindo ao auditor avaliar e observar os procedimentos adoptados pelo seu cliente.
Antes de efectuar este teste o auditor deverá informar-se sobre os procedimentos que a empresa utiliza: adequada qualificação do pessoal para realizar a contagem, frequência com que são efectuadas as contagens, qual o método de contagem, medidas implementadas para evitar que o mesmo bem seja contado duas ou mais vezes, identificação das mercadorias que estão em armazém mas que não pertencem à empresa e qual a documentação de suporte que se utiliza para anotar as contagens efectuadas. Recolhida esta informação, o auditor determinará o grau de confiança que oferecem os inventários e em função dessa avaliação quais os procedimentos a empreender nas contagens físicas.
O auditor devera estar presente quando forem realizadas as contagens, devendo estar atento às seguintes situações:
Não devem existir movimentos em armazém enquanto se procede à contagem;
As folhas de contagem devem ser pré-numeradas e devidamente controladas;
Deve ser efectuada uma contagem dupla para confirmar a sua exactidão;
As equipas que procedem à contagem devem ser adequadas e devidamente supervisionadas;
Comparação entre as contagens e o registo contabilístico;
Comprovar a existência de práticas adequadas que assegurem um correcto corte de operações e a detecção de bens obsoletos, deteriorados ou com pouco movimento.
Provas de Corte
Os procedimentos de contagem devem estabelecer normas que permitam “cortes” na recepção de compras e vendas, que garantam a contabilização das transacções no período contabilístico a que respeitam.
A equipa de auditoria deve confirmar que todas as encomendas recebidas até à data da contagem foram incluídas no inventário físico e que as correspondentes facturas foram contabilizadas. Deve também assegurar-se que todos os inventários respeitantes a encomendas de clientes, até à data do inventário, foram dele excluídas e as facturas emitidas e contabilizadas.
Na prova de corte às vendas o auditor comprova, através de documentos de suporte (facturas) que as vendas efectuadas antes da data de fecho foram registadas na contabilidade e excluídas do inventário físico e selecciona algumas vendas efectuadas depois do fecho para comprovar, com a documentação de suporte (guias de remessa), que a venda foi contabilizada depois da data de fecho e que as mercadorias foram incluídas no inventário nessa data.
É importante salientar que para realizar a prova de corte às vendas e às compras, o auditor deve ter em atenção as cláusulas de compra e venda. O contrato de compra e venda deve especificar, onde, quando e como a entrega dos bens deve ser efectuada, para determinar a fronteira jurídica dos direitos e das obrigações das partes contratantes. Para esse efeito, a Câmara De Comércio Internacional elaborou, em 1936, com posteriores revisões, cláusulas internacionais destinadas à interpretação da terminologia comercial, designadas por ICOTERMS, (International Commercial Terms/Termos Internacionais de Comércio).
Teste à valorização
Os auditores são responsáveis por apurar se as bases e os métodos de valorização dos inventários, estão de acordo com as NCRF. Ou seja, se o inventario reflecte os custos reais, se foram aplicados de uma forma consistente ao longo dos exercícios e se as perdas por imparidade foram devidamente identificadas nas demonstrações financeiras.
O auditordeverá ter uma especial atenção para a valorização efectuada pela empresa, bem como a sua adequada aplicação. Para o efeito, o mais razoável é seleccionar uma amostra de bens (os mais significativos quer em quantidade, quer em montante) e comprovar a sua valorização através de documentos de suporte. Suponhamos que estamos a auditar uma empresa comercial que valoriza os seus investimentos através do FIFO; para o auditor testar a correcta valorização devera empreender os seguintes passos;
Solicitar ao cliente a lista do inventário, à data de fecho, onde estejam evidenciadas as quantidades e o preço;
Solicitar as últimas facturas de entrada dos itens seleccionados;
Analisar se o preço unitário que está evidenciado na lista do inventário é coincidente com o preço da factura (devem ser verificadas todas as facturas que totalizem as quantias do item);
Caso sejam encontradas diferenças, o auditor devera analisa-las.
Outra prova a realizar consiste na selecção dos itens mais significativos comprovando que o seu custo é inferior ao preço de mercado. Para tal, seleccionará os itens mais significativos, calculando os correspondentes valores realizáveis líquidos, que serão comparados com o preço de compra para determinar se estão correctamente calculadas as perdas por imparidade. Para realizar esta prova o auditor deve obter os preços de venda dos inventários. Para o efeito poderá recorrer a facturas de vendas recentes (podendo analisar as primeiras facturas de venda do exercício seguinte) ou aos catálogos de venda produzidos pela empresa.[6: Como já referimos, no caso das matérias-primas, apenas é permitido valorizá-la do custo de compra quando os produtos acabados em que são incorporadas não vendidos pelo custo ou acima do custo (NCRF 18 §32). ]
Nas empresas industriais, o auditor deverá comprovar as diversas matérias que integram cada produto acabado e comprara-la com estudos técnicos. Para analisar a quantidade de bens produzidos, o auditor pode avaliar a razoabilidade dos consumos dos factores produzidos, por exemplo, se uma empresa que se dedica á produção de portões de ferro, consumiu 500 toneladas de ferro, cada portão consoante 33,33 quilos de ferro e 2 litros de tinta, chegaríamos à conclusão de que foram produzidos 15.000 portões e consumidos 30.000 litros de tinta.
Teste à propriedade
Os inventários excessivos, com pouca rotação, defeituosos ou deteriorados e obsoletos devem estar cobertos por imparidade adequada.
Os auditores devem ter em atenção certas indicações assinaladas durante outras fases da auditoria, que podem ser:
Detecção durante o inventário físico de artigos, naquelas situações;
Baixa rotação de stocks detectada durante o teste à valorização;
Prováveis mudanças nos pedidos de venda atendendo ao desenvolvimento de novos produtos e processos de fabrico;
Análise das devoluções de clientes;
Análise da antiguidade dos artigos sem saída.
Geralmente, o trabalho pode passar pela selecção de uma amostra de inventários, por indicação de quem fez a contagem ou pela baixa rotação detectada durante os testes à valorização.
Aspectos específicos relacionados com o custo de conversão 
Em relação ao custo de conversão, as provas substanciais têm como objectivo verificar quer o número de unidades produzidas quer o número de unidades produzidas quer a sua valorização.
A verificação do número de unidades de produtos acabados é uma prova complementar à observação da contagem de stocks, devendo ser efectuada num duplo sentido: partindo da listagem da empresa, tentar chegar à realidade física e vice-versa, com a finalidade de comprovar que nenhum produto foi omisso.
Quando eventuais diferenças no número de unidades tenham sido detectadas poderemos estar perante erros no armazém de matérias-primas, nas compras, nos gastos com pessoal, na aquisição de outros factores produtivos ou nas vendas. A título de exemplo podemos dizer que uma sobrevalorização dos produtos acabados pode estar relacionada com a não contabilização de uma saída de matéria-prima para a produção.
Os erros podem surgir especialmente de uma falha no corte de operações, registando-se como unidades produzidas matéria-prima que ainda não foi transformada. O erro pode igualmente advir da relação que existe com as vendas; com efeito, pode ocorrer a contabilização como inventário de bens que já foram vendidos, ou vice-versa.
4.4 Erros que podem acontecer nesta área.
Um dos pontos importantes que um auditor pode auxiliar seus clientes é na gestão de inventários/stock – apesar de ser considerada uma área exclusivamente operacional -, quando gerida de forma ineficiente, pode causar consequências que afectam os resultados de uma empresa de forma geral, desde os índices de produtividade até a saúde financeira do negócio.
Neste sentido apresentamos alguns erros que devem ser evitados a todo custo e mostrar os impactos que eles geram nos resultados quando não conseguem ser eliminados.
Não fazer o controlo de stock;
Acumular produtos que não são vendidos;
Comprar mais do que é preciso;
Deixar que os itens mais procurados fiquem em falta;
Não usar as ferramentas tecnologias.
4.5 Principais documentos a serem solicitados ao longo de Auditoria
Para se poder efectuar uma auditoria segura aos inventários, e necessário que existam documentos. Os documentos são geralmente constituídos por:
Ficha de Armazém;
Saldo do razão;
Contratos, notas fiscais, extratos bancários, comprovantes de pagamento.
Fluxos de Caixa, etc.
CAPÍTULO V
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Conclusão 
Os estoques merecem uma atenção especial por parte do auditor, pois a sua avaliação no início e no fim do período contábil, reflete diretamente no apuramento do Lucro Líquido de cada exercício, pois terá efeito no custo dos produtos vendidos. 
Um simples erro na gestão do estoque de uma empresa pode gerar retrabalho, perda de produtividade e prejuízos que podem comprometer a saúde financeira do negócio. Apesar de essa ser uma área mais operacional, ela envolve uma parte considerável do capital de giro das empresas, não obstante pode-se salientar que a auditoria de estoques representa um elo fundamental entre o inventário e os resultados, externando de forma analítica os possíveis atores causadores da ineficiência.
Recomendações
Mediante o presente estudo e as suas conclusões torna-se recomendável que:
O uso de sistemas operacionais arcaicos no registo e controlo do inventario pode criar uma ineficiencia na salvaguarda dos activos da empresa, ou seja, ajude a controlar melhor o estoque e automatize as atividades da área.
A padronizacao do cadastro, permite evitar que o mesmo item seja cadastrado com dois códigos diferentes ou, ainda, em locações distintas. Isso pode causar furos no inventário e outros problemas.
Para enfrentar o excesso ou a escassez de mercadorias, é necessário manter a comunicação com o sector de compras, de modo a mitigar os défices, isto é, é preciso haver uma comunicação constante entre o setor de compras e os demais. Dessa forma, todos terão conhecimento sobre o giro dos materiais, quando eles devem ser comprados, com qual frequência e quais são as quantidades necessárias.
Criar-se criterios valorimetricos mais recentes de modo a não permitir a deteriorizacao das mercadorias em diversos sectores da empresa, como forma de mitigar ou reduzir a imparidade dos inventarios.
Definir a periodicidade dos inventários e realiza-los de acordo com o calendário, como uma forma de evitar as falhas no sistema de controlo do estoque.
Referências bibliográficas
ARENS, Alvin A., ELDER, Randal J., BEASLEY, Mark S., (2008), Auditing and Assurance Services - An Integrated Approach, Twelfth Edition.
IAS 2, Inventários - Dez 2005.
ISA 330 - As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados.
ISA 315 - Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material Através do Conhecimento da Entidade e do Seu Ambiente.
Almeida, Bruno José Machado, (2017) – Auditoria Financeira, 2ª Edição, Escolar Editora.
Fontesda Internet
	
	
	
	
	
	
	http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-auditoria-de-estoques-como-proposta-para-reducao-de-perdas-e-mensuracao-de-resultados/51918/, consultado no dia 04/09/2017.

Continue navegando