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AV1.1 ESTOMATOLOGIA ESTOMATOLOGIA LUANA COCHLAR PLÁ BENTO 1 PRONTUÁRIO ODONTOLÓGICO SISTEMÁTICA § Conjunto de toda documentação obtida durante o tratamento odontológico. § MANTÉR SEMPRE ATUALIZADO. § Cada etapa do tratamento deve ser assinada pelo paciente, confirmando a ciência sobre o procedimento realizado no dia. § Importância: o Objeto de proteção civil do profissional. o Identificação humana (forense). o Utilização científica. CONCEITOS IMPORTÂNTES § Sinais: são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais. Ex.: Mobilidade dental, tumefação na face (abcesso, tumor), úlceras na mucosa bucal (aftas), mal hálito, etc. § Sintomas: são manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. Ex.: dor, náusea, cansaço, prurido, dormência, etc. § Sintomatologia: representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma determinada doença. PONTOS IMPORTANTES DA SAÚDE GERAL § Escrever a queixa principal com os termos do pct. § Atenção ao histórico médico do pct. § O uso de medicamentos pode indicar alguma doença sistêmica não relada. § Implicações dos riscos às gestantes em tratamentos odontológicos. § Alterações de menstruação: podem indicar distúrbios endócrinos ou gestação. § Uso de anticoncepcional: risco a trombose e trombo-embolia. § Observar as alergias do pct como à penicilinas (amoxicilina, Pen-V-Oral, Benzetacil), corantes, anestésicos e etc. § PACIENTE PODE MENTIR SOBRE DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS, portanto deve-se tratar todos os pacientes como POSITIVOS. Atenção a biossegurança, sinais e sintomas. § Pct com asma: tratamento odontológico pode ser gatilho para crises. § Atenção ao hipotireoidismo e ao hipertireoidismo. § Pct com anemia: atenção durante tratamentos invasivos para possíveis infecções secundárias. § Pct diabético: é PNE, mesmo que controlado. Tomar cuidado com a cicatrização deficiente. § Pct com febre reumática: utilização de corticoides. § Pct com distúrbios psíquicos: atenção ao manejo e interação medicamentosa. § Pct com alterações hepáticas: atenção a prescrição de PARACETAMOL. § Pct com alterações cardíacas: PASSAR antibioticoterapia profilática. Observar sintomas durante o atendimento. § Pct hemofílico: atenção com procedimentos invasivos = alto risco de hemorragia. Atenção sobre sinais como petéquias e hematomas. § Pct com pressão alta: tomar cuidado na anestesia pela vasodilatação excessiva. § Atenção ao manejo com pct que possuem odontofobia. § Atenção com paciente que usa marca-passo com instrumentais que transmitem impulsos elétricos como odontometria intra canal, bisturi elétrico. § Pct com dor ou inchaço nas circulações: má circulação sanguínea, trombose. § Pct fumante: dificuldade de cicatrização. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES § Antecedentes familiares: têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado de saúde, principalmente, de pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma eventual doença herdada ou com tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita de diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas. § Hábitos adquiridos: pelo paciente frequentemente, se constitui em elemento chave para elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico. Hábitos nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e drogas, devem ser minuciosamente determinados quanto ao tipo, tempo de uso, quantidade, variações ou interrupções. AV1.1 ESTOMATOLOGIA ESTOMATOLOGIA LUANA COCHLAR PLÁ BENTO 2 SAÚDE BUCAL § Importante saber a frequência de visitas ao dentista. § Experiências passadas, durante e depois da aplicação da anestesia local e de extrações dentais. § Se o paciente sente dor em algum lugar específico. § Verificar se o pct tem sangramento gengival ao escovar os dentes. § Se já teve bolha ou ferida na região dos lábios (ficar atento com herpes). § Tratamentos realizados anteriormente (protéticos, periodontais, endodônticos), etc. § Verificar se o pct tem hábitos e dores na região da ATM: como dores de cabeça frequente, na face, sensação de cansaço ao acordar, estalos no ouvido ou se sente dor no maxilar. § Verificar apertamento dos dentes, bruxismo, mordedura de lábio, mucosa jugal ou língua. EXAME FISICO § Inspeção: é a avaliação visual sistemática do pct submetido ao exame. O CD utiliza-se da inspeção a cada momento em que olha o seu pct, observando os traços anatômicos, fisiológicos e psíquicos. Todas as características observadas e que se constituem em alterações da normalidade devem ser minuciosamente descritas no prontuário do pct. § Palpação: deve abranger todas as estruturas extra e intra-bucais sob a responsabilidade do C.D. e, inclusive as mais afastadas que possam apresentar alterações tributárias ou não dos tecidos bucais. Ela nos fornece informações a respeito da consistência, limites, sensibilidade, textura superficial, infiltração, pulsação, flutuação, mobilidade e temperatura das lesões. De forma geral, as estruturas moles são examinadas pelo que se denominam de palpação digital e dígito- palmar. § Linfonodos: estão localizados em várias partes do corpo, analisar no exame só os dois da região do pescoço. Os linfonodos devem ser analisados quanto ao tamanho e volume (em condições normais possuem cerca de 0,3 cm), consistência (em condições normais se apresentam macios, fibrosos em processos inflamatórios e pétreos quando tumorais), mobilidade (ausência de mobilidde total, mostra processo tumoral), alteração da pele (observar sinais da inflamação e sinais de fístulas), superfície (apresentam-se lisa durante processos tumorais e rugosas ou globosas em processos inflamatórios) e sensibilidade (dor na palpação mostra-se processos inflamatórios ou infecciosos agudos Linfonodulite: é uma inflamação e/ou infecção de um linfonodo e, geralmente, aparece em decorrência dos mesmos processos localizados em regiões drenadas. Um linfonodo considerado normal tem o tamanho aproximado de uma ervilha, é indolor à palpação, liso, móvel e de consistência macia. Um nódulo inflamado ou infectado costuma apresentar-se aumentado de volume, pouco ou intensamente doloroso à palpação ou com a própria movimentação da cabeça ou pescoço do paciente, liso, temperatura aumentada e móvel. Nos processos crônicos, estes sinais e sintomas costumam aparecer atenuados e ocasionalmente, gerar o que é denominado de hiperplasia. As lesões específicas que ocorrem no interior dos linfonodos são causadas principalmente por tuberculose, histoplasmose, sarcoidose e mononucleose infecciosa. Esta última atinge com mais frequência os nódulos do pescoço. EXAME LOCO REGIONAL: Exame das cadeias linfáticas da cabeça e pescoço. As mais importantes cadeias linfáticas da cabeça são as seguintes: a) Submandibular: sob a borda inferior interna da mandíbula. Recebe drenagem de glândulas submandibulares, bochecha, gengiva, parte da mucosa bucal, partes laterais do nariz, do lábio superior e inferior, partes médias das pálpebras e bordas antero- laterais da língua. Para fazer a palpação o CD deve-se posicionar atrás ou à frente do pct. A mão contrária ao lado a ser estudado deve orientar a cabeça do pct e incliná-la para frente e para o lado a ser palpado. Apoiar o polegar sobre o corpo da mandíbula e com os 3 dedos (indicador, médio e anelar) traciona-se o tecido mole contra a porção interna do corpo e ângulo da mandíbula. b) Submentoniano: abaixo e atrás do mento. Recebe drenagem do lábio inferior,parte anterior da gengiva e da mandíbula e é pouco comum serem envolvidos por metástases de tumores. Os linfonodos localizados na linha média da mandíbula, logo abaixo do queixo entre os ligamentos dos músculos. AV1.1 ESTOMATOLOGIA ESTOMATOLOGIA LUANA COCHLAR PLÁ BENTO 3 Para fazer a palpação o CD deve-se posicionar na frente do pct com o pct sentado, com a cabeça inclinada para baixo e com com dedos indicador e médio traciona-se o tecido mole da região. d) Linfonodos da cadeia pré-auricular: estão situados superficialmente à glândula parotídea. Drenam pálpebra superior e inferior, conjuntiva palpebral e região temporal. A palpação deve ser feita bilateralmente, com os dois dedos (indicador e médio) sobre a região. e) Linfonodos cervicais: drenam porção posterior do couro cabeludo e pescoço, supraglote, julgular superior, peitoral superior, parte do braço e porção superior do fígado. Para a palpação utilizar como referência o esternocleidomastóideo. Se faz com os dedos (indicador, médio, anular) inclinando a cabeça do pct pro lado contrário a ser examinado. EXAME DA REGIÃO DA ATM Seu exame consiste na palpação bilateral firme com a ponta dos dedos anular e médio, na região anterior ao tragus do pavilhão auricular e por meio do meato auricular. § Fazer a palpação com a musculatura em repouso e durante o fechamento. A presença de dor é uma indicação clara de inflamação. § Observar dor à palpação, juntamente com desvio lateral, limitação da abertura bucal, dor durante a função mastigatória, travamento, desarmonia oclusal, salto, estalos, crepitação do côndilo ou da articulação são fatores que, isoladamente ou em conjunto, sugerem disfunção da ATM. Estes dados geralmente são acompanhados de dor nos músculos da mastigação extra e intrabucais. EXAME INTRA BUCAL: a) Lábios: os lábios devem ser analisados nas porções extra e intra bucais. Analisar: § Presença de lesões. § Modificações de volume: presentes em processos inflamatórios e alérgicos. § Alterações de forma e simetria: congênitas como lábio leporino e fissuras ou adquiridas como cicatrizes e queimaduras. § Coloração: deve-se apresentar rósea pálida homogênia extra bucal e rosa intenso na parte interna. Pode-se encontrar palidez frente a anemias e cianose decorrente a cardiopatias. b) Mucosa Jugal: a mucosa jugal deve ser analisada da comissura labial externa até toda parte interna. O pct deve abrir a boca levemente e com palitos de picolé afastar a região para análise. Analisar: § Presença de lesões e coloração: deve ser semelhante a mucosa labial. Na região de molares se tem o ducto parotídeo. § Alterações de forma e simetria: deve ser tudo bilateral como as bridas laterais. c) Área retromolar. d) Istmos da fauces: região que compreende o fundo da garganta. Analisar vermelhidão, candidíase, placas de pus no caso de infecções de garganta. e) Palato duro: O pct deve ficar com a cabeça ligeiramente refletida para trás. Deve-se apresentar firme e nas porções laterais levemente compressível. Analisar: § Presença de coloração, lesão e textura: a mucosa se apresenta com coloração rosa clara homogênea e rugosidade no terço anterior. Candidíase se faz presente em pcts imunodeprimidos. § Forma: arqueada em pcts respiradores bucais e ogival em pcts com sífilis congênita. f) Palato mole: O pct deve ficar com a cabeça ligeiramente refletida para trás. Instruir o pct a respirar tranquilamente. Analisar: § Presença de lesões, coloração e textura: coloração normal (rósea avermelhada), com superfície lisa. Em pct mais velhos podem apresentar coloração amarelada pelo acúmulo de tecido adiposo. § Mobilidade: se verifica pedindo pro pct dizer "aah", se pode observar elevação funcional do palato mole e úvula. f) Língua: O estudo abrange o dorso, ventre e bordas da língua. Utiliza-se uma gaze e segura-se a ponta da língua com a gaze. Analisar: § Coloração e textura: homogênea e textura uniformemente rugosa composta por papilas. O CD DEVE SE FAMILIAZAR COM AS VARIAÇÕES AV1.1 ESTOMATOLOGIA ESTOMATOLOGIA LUANA COCHLAR PLÁ BENTO 4 ANATÔMICAS DA FORMA, COLORAÇÃO E TEXTURAS PARA NÃO TOMA-LAS COMO PATOLÓGICAS. Palidez excessiva ou diminuição expressiva da rugosidade pode indicar anemia, língua cor de framboesa (sinal de escarlatina), língua roxa (policetemia), amarela (icterícia), cianótica (defiência do complexo B, o2). § Presença de lesões. § Forma e tamanho: microglossia e macroglossia, língua bifurcada, língua fissurada e geográfica. § Mobilidade: verificada através de movimentos laterais, verticais e circulares. g) Assoalho da boca: Exibe um contorno ondulado que muda com as diferentes posições da língua. O pct deve inclinar a cabeça ligeiramente para baixo, abrir bem a boca e colocar o ápice da língua no palato. Fazer a palpação das glândulas salivares e seus ductos que não devem apresenta nódulos endurecidos. Analisar: § Presença de lesões e coloração: mucosa é integra de coloração rósea clara com vasos de maiores calibres bem presentes. § Alteração de volume. § Textura da mucosa: a superfície deve ser lisa e brilhante. h) Gengiva: o pct deve permanecer com a boca entreaberta, afastando o lábio para melhor análise das faces vestibulares e palatinas/linguais. § Presença de lesões e contornos: o rebordo alveolar deve ser simétrico na região lingual e na face vestibular da maxila podem ocorrer aumentos decorrentes das excrescências ósseas. § Alterações de cor e textura: a gengiva, é geralmente rósea, podendo apresentar pigmentações amarronzadas (mancha de melanina). Não deve apresentar sangramentos nem secreções. i) Fluxo salivar: verificar a quantidade de fluxo salivar. Xerostomia é comum em pcts diabéticos, imunodepremidos, pcts que fazem radio ou quimioterapia na região da cabeça . Hipossalivação é comum em pcts que fazem uso de medicação diurética, fumantes, antidepressivos, ansiolítico, anti inflamatórios, antidiabéticos, anti-hipertensivos, anoréxicos, quimioterápicos. *Obs: estado emocional momentâneo também interfere como o medo e a insegurança. PRECAUÇÕES NA TRIAGEM § Verificar pressão do paciente § Verificar temperatura § Verificar ausculta cardíaca.
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