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TST - Orçamento Público - Aula 02

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Noções de Orçamento Público p/ TST 
Analista Judiciário – Área Administrativa 
Teoria e Questões Comentadas da FCC 
Prof. Sérgio Mendes – Aula 02 
 
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AULA 2: Princípios Orçamentários 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do tema 1 
Princípio da Universalidade 3 
Princípio da Anualidade 4 
Princípio da Unidade 6 
Princípio do Orçamento Bruto 7 
Princípio da Exclusividade 8 
Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários 10 
Princípio da Especificação 11 
Princípio da Proibição do Estorno 13 
Princípio da Publicidade 14 
Princípio da Legalidade 14 
Princípio da Programação 15 
Princípio do Equilíbrio 15 
Princípio da Não Afetação das Receitas 16 
Princípio da Clareza 19 
Princípios Orçamentários Gerais e Específicos 19 
Mais Questões de Concursos Anteriores 21 
Memento (resumo) 35 
Lista das questões comentadas nesta aula 37 
Gabarito 47 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
“Você pede ao patrão para sair mais cedo do trabalho, pega um ônibus lotado, 
vai para um consultório médico que fica no centro da cidade, gasta seus 
trocados, seu tempo e seu humor, e, ao chegar, esbaforido e atrasado, 
descobre através da secretária que sua hora, na verdade, está marcada para 
semana que vem. Sinto muito, você perdeu a viagem. Todo mundo já passou 
por uma situação assim, de estar no lugar errado e na hora errada por pura 
distração. Acontecendo só de vez em quando, tudo bem, vai pra conta dos 
vacilos comuns a qualquer mortal. O problema é quando você se sente 
perdendo a viagem todos os dias. Todinhos. É o caso daqueles que ainda não 
entenderam o que estão fazendo aqui” (Martha Medeiros) 
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
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Teoria e Questões Comentadas da FCC 
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Eu completaria esse texto dizendo que estão perdendo a viagem o grupo dos 
previamente derrotados. É o grupo que protela os estudos e procura apenas 
desculpas para não se preparar para o concurso que almeja; e ainda acha que 
tudo pode esperar, principalmente a dedicação e a seriedade nos estudos. É 
um grupo que serve apenas para aumentar o número de concorrentes, mas 
efetivamente não concorre a nada. Ser derrotado não significa não ser 
aprovado. Todos nós colecionamos reprovações em concursos, isso faz parte. 
O derrotado é aquele que desiste antes de lutar ou, em outras palavras, já 
entra na briga com a certeza que vai perdê-la. 
 
Tal grupo é o oposto daquele que está lendo esta aula. Você faz parte do grupo 
dos previamente vencedores, daqueles dedicados que se propõem 
efetivamente a estudar para concursos, de forma organizada, disciplinada e 
objetiva. Que apesar de muitas vezes passar por dificuldades, que pode ser de 
dinheiro, de tempo ou até mesmo de persistência, não deixa que o grupo dos 
previamente derrotados o contamine. 
 
Se ainda acha que por vezes se sente atraído pelo grupo dos previamente 
derrotados, a mudança só depende de você: escolha o grupo dos vencedores! 
 
"Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela". (Paulo Coelho) 
 
Com dedicação, organização, disciplina e objetividade, estudaremos nesta aula 
os princípios orçamentários, que são premissas, linhas norteadoras a serem 
observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a 
consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso, são as bases nas 
quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos no 
orçamento público, apesar de não terem caráter absoluto por apresentarem 
exceções. 
 
Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à 
legislação, principalmente na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e na Lei 
4.320/1964. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela doutrina, 
mas também são importantes para fins de elaboração, execução e controle do 
orçamento público. 
 
Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e 
também muito cobrado em concursos! 
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
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1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO 
 
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas 
as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta. 
 
Está na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as 
de operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos 
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio 
deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.°. 
 
O § 5.º do art. 165 da CF/1988 se refere à Universalidade, quando o 
constituinte determina a abrangência da LOA: 
§ 5.° A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
 Princípio da Universalidade 
A LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
 
 
1) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) A 
obrigação de fazer constar na Lei Orçamentária todas as receitas e as 
despesas decorre da aplicação do princípio orçamentário da 
(A) anualidade. 
(B) especificação. 
(C) não afetação da receita. 
(D) exclusividade. 
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(E) universalidade. 
 
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas 
as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta. 
Resposta: Letra E 
 
2) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRE/RN – 2011) A 
afirmativa de que a lei orçamentária deve conter todas as receitas e 
despesas a serem realizadas, inclusive as de operações de créditos 
autorizadas em lei, decorre da aplicação do princípio orçamentário da 
(A) Universalidade. 
(B) Unidade. 
(C) Anualidade ou Periodicidade. 
(D) Exclusividade. 
(E) Legalidade. 
 
De acordo com o princípio da universalidade, na Lei 4.320/1964: 
Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as 
de operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas própriasdos 
órgãos do Governo e da administração centralizada (...) 
Resposta: Letra A 
 
2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE 
 
Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e 
autorizado para um período de um ano. 
 
Está na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
 
E também na nossa Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em 
que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. No 
Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
 
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Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1.º do art. 
167: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou 
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
 
A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio, 
pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o 
exercício financeiro e o período de 12 meses. 
 
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos 
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício 
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de 
exceções ao princípio da anualidade. 
 
Mais algumas considerações sobre o princípio da anualidade: 
 Estamos tratando da anualidade orçamentária. A anualidade tributária 
determinava que deveria haver autorização para a arrecadação de 
receitas previstas na Lei Orçamentária Anual. Assim, as leis tributárias 
deveriam estar incluídas na LOA, não se admitindo alterações tributárias 
após os prazos constitucionais do orçamento anual. Tal princípio 
tributário não foi recepcionado pela atual CF/1988 e foi substituído pelo 
princípio tributário da anterioridade; 
 Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. O 
princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e 
não orçamentário; 
 A existência no ordenamento jurídico de um Plano Plurianual com 
duração atual de quatro anos não excepciona o princípio da anualidade, 
pois tal plano é estratégico e não operativo, necessitando da Lei 
Orçamentária Anual para sua operacionalização. 
 
 
3) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) NÃO se trata de 
princípio constitucional financeiro, mas de princípio constitucional 
tributário, o princípio da 
(A) anterioridade. 
(B) universalidade. 
(C) unidade. 
(D) publicidade. 
(E) não-vinculação dos impostos. 
 
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O princípio apenas tributário é o da anterioridade. Os outros quatro também 
são princípios orçamentários (e financeiros também, numa visão mais ampla). 
Resposta: Letra A 
 
3. PRINCÍPIO DA UNIDADE OU DA TOTALIDADE 
 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir 
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em 
cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos 
paralelos. 
 
Também está consagrado na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
 
É importante destacar que autores como José Afonso da Silva (1999) 
defendem que o princípio da unidade orçamentária, na concepção de 
orçamento-programa, não se preocupa com a unidade documental; ao 
contrário, desdenhando-a, postula que tais documentos se subordinem a uma 
unidade de orientação política, numa hierarquização dos objetivos a serem 
atingidos e na uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se 
também a síntese de Ricardo Lobo Torres (2000), dispondo que o princípio da 
unidade não significa a existência de um único documento, mas a 
integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos. 
 
Desta forma, houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, 
de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado 
de princípio da Totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a 
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer 
consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o 
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a 
seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de 
investimentos das estatais. Tal tripartição orçamentária é apenas de cunho 
instrumental, não violando o princípio em estudo. 
 
Concluindo, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente 
significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-
orçamento tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude 
da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, 
com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder 
Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem 
obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. 
 
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Princípio da Unidade 
ou Totalidade 
O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um 
orçamento, e não mais que um para cada ente da 
federação em cada exercício financeiro. 
Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, 
devem sofrer consolidação. 
 
 
4) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) No 
município de Murilândia, devido a problemas políticos entre o Poder 
Legislativo e o Executivo, foram aprovados orçamentos distintos para 
Câmara e para Prefeitura Municipal. De acordo com as regras 
fundamentais estabelecidas na legislação pertinente, o procedimento 
adotado no ente em questão contraria, diretamente, o princípio 
orçamentário da 
(A) legalidade. 
(B) unidade. 
(C) especificação. 
(D) competência. 
(E) exclusividade. 
 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve 
existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da 
federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de 
orçamentos paralelos, como o citado na questão. 
Logo, o procedimento adotado no ente em questão contraria, diretamente, o 
princípio orçamentário da unidade. 
Resposta: Letra B 
 
4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO 
 
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitasao Ente Público. 
Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. 
Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a 
partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto 
de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela 
fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma 
despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Note que a diferença 
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entre universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina 
que as receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem 
quaisquer deduções. 
 
Também está na Lei 4.320/1964: 
Art. 6.º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
§ 1.º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra 
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a 
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. 
 
No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que 
tem como subsídio inicial R$ 13.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto 
de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 9.500,00. Na lei 
orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar 
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida da 
União de R$ 9.500,00. 
 
 
Princípio do Orçamento bruto 
Não importa se o saldo líquido será positivo ou 
negativo, o princípio do orçamento bruto 
impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e 
despesas pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções. 
 
5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
 
O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o Orçamento fosse utilizado 
para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo 
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. 
Determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não 
pode conter matéria de direito penal. 
 
Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei 
orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros 
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo 
mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência 
com seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentárias” ou “orçamentos 
rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao princípio possibilitam uma pequena 
margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações 
orçamentárias. 
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Possui previsão na nossa Constituição, no § 8.o do art. 165: 
§ 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
E também no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: 
Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as 
disposições do artigo 43; 
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito 
por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
 
O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com 
o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Estuda-se ARO quando é necessário 
estudar os temas ligados ao endividamento público ou à Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
 
Voltando ao nosso princípio, em resumo, significa que: 
 
 
Princípio da 
Exclusividade 
Regra: LOA deve conter apenas previsão de receitas e fixação 
de despesas. 
No entanto, admitem-se autorizações para: 
• créditos suplementares e apenas este; e 
• operações de crédito, mesmo que por antecipação de 
receita. 
 
 
Relembro que o gênero créditos adicionais possui três espécies: 
suplementares, especiais e extraordinários. Pelo princípio da exclusividade, a 
LOA poderá autorizar a abertura de créditos adicionais suplementares, porém 
não é permitida a autorização para os créditos adicionais especiais e 
extraordinários. 
 
No que se refere às operações de crédito, entenda, por agora, que elas se 
assemelham a empréstimos que o ente contrai para aumentar suas receitas e 
cobrir suas despesas. 
 
Finalizando, em relação ao princípio da exclusividade, é fundamental guardar 
que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 
 
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5) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) A 
proibição de inserir, na lei orçamentária, dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, decorre da aplicação do 
princípio orçamentário da 
(A) Publicidade. 
(B) Especificação. 
(C) Anualidade. 
(D) Não Afetação da Receita. 
(E) Exclusividade. 
 
O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não possa 
conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. 
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). 
Resposta: Letra E 
 
6) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) A proibição de se consignar na Lei 
Orçamentária dispositivo estranho à fixação das despesas e à previsão 
das receitas, ressalvada autorização para abertura de créditos 
suplementares, decorre do princípio orçamentário da 
(A) totalidade. 
(B) exclusividade. 
(C) universalidade. 
(D) especificação. 
(E) não-vinculação. 
 
O princípio que veda dispositivos estranhos à fixação de despesas e à previsão 
das receitas, ressalvada autorização para abertura de créditos suplementares, 
é o princípio da exclusividade. Lembro que a outra ressalva é para 
autorização de operações de crédito, ainda que por ARO. 
Resposta: Letra B 
 
6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
O princípio da quantificação dos créditos orçamentários está consubstanciado 
no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concessão ou utilização de 
créditos ilimitados: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
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A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito 
orçamentário. O princípio da quantificação dos créditos orçamentários 
determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva 
dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado de um valor 
determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
 
O art. 59 da Lei 4320/1964 exige a observância do princípio: 
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos 
concedidos. 
 
Para que o empenho não exceda o limite dos créditos concedidos, tal crédito 
deve ter um valor determinado, limitado, coadunando-se com a regra 
constitucional da quantificação dos créditos orçamentários. 
 
7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU 
DISCRIMINAÇÃO) 
 
O princípio da especificação determina que as receitas e despesas devam ser 
discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o 
objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público, 
evitando a chamada “ação guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal 
especificada, com demasiada flexibilidade. 
 
O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio 
da especificação não tem status constitucional, porém está em pleno vigor por 
estar amparado pela legislação infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, 
que em seu art. 5.o dispõe: 
Art. 5.º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a 
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 
20 e seu parágrafo único. 
 
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho 
que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas 
gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à 
testemunha, que se tivessem especificação detalhada, perderiam sua 
finalidade. Tais despesas são classificadas como despesas de capital e também 
chamadas de investimentos em regime de execução especial. 
O referido art. 20 ainda determina que os investimentos sejam discriminados 
na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. 
 
O § 4.º do art. 5.º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito 
orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. 
Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de 
contingência (art. 5.º, III, da LRF). 
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A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma 
enchente de grandes proporções. 
 
Atenção: as exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de 
contingência são quanto à dotação global, pois não necessitam de 
discriminação. Não deve ser confundido com dotação ilimitada, que é aquela 
sem valores definidos. 
Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação 
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar 
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global 
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem 
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite 
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver 
risco de morte para as testemunhas. 
 
Atenção de novo: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. 
 
O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação) 
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando 
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de 
acompanhamento e controle do gasto público. 
 
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a 
apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação 
das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio do 
orçamento bruto. 
 
 
7) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) A 
proibição de inserir, na lei orçamentária, dotações globais destinadas a 
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, decorre da aplicação do princípio orçamentário da 
(A) objetividade. 
(B) exclusividade. 
(C) legalidade. 
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(D) clareza. 
(E) especificação. 
 
De acordo com o princípio da especificação, a Lei de Orçamento não 
consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas 
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, 
ressalvado os programas especiais de trabalho. 
Resposta: Letra E 
 
8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO 
 
O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público não 
pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando 
houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à 
abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou 
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja 
o dispositivo constitucional: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa. 
 
Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela 
Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na 
CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em 
constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do 
princípio da proibição do estorno. 
 
A doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei 
complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser definidos 
por lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores 
consideram que não há distinção entre os termos. Na verdade, a importância 
do princípio está em evitar, no decorrer do exercício financeiro, a 
desconfiguração da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para isso, é 
necessário autorização legislativa. 
Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o 
programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas 
de despesas. 
 
Em geral, essa solicitação é encaminhada pelos órgãos setoriais de orçamento 
para a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde é efetuada a análise do 
pedido de transposição, remanejamento ou transferência de categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro. 
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9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela 
Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência. 
 
O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre 
orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa 
oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de 
comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência 
na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso 
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da 
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
 
10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais 
são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
O art. 5.º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração 
Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e 
Eficiência. 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. 
 
O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na 
Constituição: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
 
Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições 
legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de 
um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com 
características diferenciadas. Assim como toda lei ordinária, o orçamento será 
um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo, 
para apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a 
publicação. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. 
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11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO 
 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, 
planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação 
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e 
a forma de programação. 
 
O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à 
finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais 
de desenvolvimento. 
 
12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO 
 
O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão 
superiores à previsão das receitas. 
A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
trate do equilíbrio entre Receitas e Despesas: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 
165 da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas. 
 
Outras áreas, como as relacionadas às finanças públicas, aplicam o princípio do 
equilíbrio. Por exemplo, o art. 9.º da LRF também trata do equilíbrio das 
finanças públicas, só que no aspecto financeiro. Determina que “se verificado, 
ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no 
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato 
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação 
de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei 
de diretrizes orçamentárias”. Outro exemplo é o art. 42, o qual veda ao titular 
de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair 
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, 
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja 
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. 
 
A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, 
caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do 
equilíbrio não tem hierarquia constitucional. No entanto, contabilmente e 
formalmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit 
aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3.º da Lei 
4.320/1964, também devem constar do orçamento. 
 
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A inclusão da reserva de contingência no orçamento também visa, entre outras 
finalidades, assegurar o atendimento ao princípio do equilíbrio no aspecto 
financeiro. Por exemplo, imagine uma situação de calamidade pública, na qual 
o Poder Público Federal necessite de recursos para ajudar na reconstrução de 
um município destruído por uma inundação. Como não há previsão 
orçamentária, poderá ser utilizada a reserva de contingência. Na ausência 
dela, haveria um grande desequilíbrio entre a previsão inicial de receitas e o 
aumento imprevisto das necessidades de despesas, desestabilizando a 
execução financeira. 
 
13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS 
RECEITAS 
 
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. 
 
Está na Constituição Federal, no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo. 
 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade 
do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas 
despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar 
a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. 
No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da 
União previstas na CF/1988. 
 
Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua 
vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único 
do art. 8.º da LRF: 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer oingresso. 
 
Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional n.°1/1969), o 
princípio da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. 
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A denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não 
vinculação de receitas), entretanto agora abrange apenas os impostos, 
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação 
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos 
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal. 
 
 
Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. 
 
A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional 
podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou 
qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode. 
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. 
 
 
Exceções ao Princípio 
da Não Vinculação 
a) Repartição constitucional dos impostos; 
b) Destinação de recursos para a Saúde; 
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do 
ensino; 
d) Destinação de recursos para a atividade de 
administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita; 
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de 
débitos para com esta. 
 
 
8) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) A Constituição 
Federal veda expressamente a vinculação de receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa, mas traz exceções. NÃO é admitida a 
vinculação de receita de impostos 
(A) para prestação de garantia às operações de crédito por 
antecipação de receita. 
(B) na destinação de recursos para as ações e serviços públicos de 
saúde. 
(C) na destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento 
do ensino. 
(D) para o remanejamento de recursos de uma categoria de 
programação para outra, sem prévia autorização legislativa. 
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(E) para prestação de garantia ou contragarantia à União e para o 
pagamento de débitos para com esta, em se tratando de impostos 
estaduais e municipais. 
 
Na alternativa “D”, o remanejamento de recursos de uma categoria de 
programação para outra, sem prévia autorização legislativa, caracteriza o 
princípio da proibição do estorno. 
As demais alternativas trazem corretamente as exceções ao princípio da não 
vinculação. 
Resposta: Letra D 
 
9) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/SP – 2008) Sobre o 
princípio da não-vinculação ou não-afetação, a Constituição Federal 
dispõe: 
I. É vedada a vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvados os casos previstos em lei complementar. 
II. Haverá vinculação de receita de imposto para destinação de 
recursos para ações e serviços públicos de saúde, para o 
desenvolvimento do ensino e para a realização de atividades da 
administração tributária. 
III. É vedada a vinculação de receita de impostos para prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita ou para 
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de 
débitos para com esta. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) I e III. 
(D) II. 
(E) II e III. 
 
I) Errado. Realmente é vedada a vinculação de receita de imposto a órgão, 
fundo ou despesa, porém ressalvados os casos previstos na Constituição e 
não em lei complementar. 
II) Correto. As exceções ao princípio da não vinculação são as destinações de 
recursos para repartição constitucional dos impostos; ações e serviços públicos 
de saúde; desenvolvimento do ensino; realização de atividades da 
administração tributária; prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita; e garantia, contragarantia à União e pagamento de 
débitos para com esta. 
III) Errado. Não é vedada a prestação de garantias às operações de crédito 
por antecipação de receita, tampouco a vinculação para garantia, 
contragarantia e pagamentos de débitos, pois estão entre as exceções 
constitucionais. 
 
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Logo, apenas o item II está correto. 
Resposta: Letra D 
 
14. PRINCÍPIO DA CLAREZA 
 
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, 
precisam manipulá-lo. 
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância 
para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
 
15. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS GERAIS E ESPECÍFICOS 
 
Para finalizar o tema, vamos abordar a classificação dos princípios 
orçamentários de Lino Martins da Silva (2008). Segundo o referido professor, 
os princípios objetivam assegurar o cumprimento dos fins a que se propõe o 
orçamento, o qual é dividido em duas partes, receitas e despesas, tanto no 
aspecto jurídico como no aspecto contábil. Em decorrência disso, os princípios 
podem ser resumidos em dois aspectos: gerais e específicos. 
 
Os princípios gerais são relacionados tanto a receita quanto a despesa. Podem 
ser materiais ou formais. 
 Materiais ou substanciais: são os relacionados à essência do processo 
orçamentário. São eles: equilíbrio, exclusividade, universalidade, 
unidade, anualidade. Atualmente, acrescento os seguintes princípios: 
orçamento bruto, quantificação dos créditos orçamentários e proibição do 
estorno. 
 Formais ou de apresentação: dizem respeito a formalidades, as quais 
não alteram o conteúdo da LOA: especificação, publicidade, clareza, 
uniformidade e precedência. Acrescento os princípios da programação e 
da legalidade. 
Já os princípios específicos são relacionados apenas à receita: princípio da 
não afetação de receitas e da legalidade de tributação. 
 
Repare que o eminente professor cita alguns princípios que não são adotados 
mais pela doutrina dominante como princípios orçamentários. Vamos apenas 
citá-los para conhecimento: 
 Princípio da uniformidade ou consistência: o orçamento deve manter 
uma mínima padronização ou uniformidade na apresentação de seus 
dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações entre 
os diversos períodos. Apesar de facilitar para os usuários, tal princípio 
perdeu um pouco de importância, pois atualmente é possível fazer 
realinhamentos de séries históricas utilizando outros meios, que trazem 
dados passados para a formatação atual; 
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 Princípio da legalidade de tributação: é relacionado às limitações 
constitucionais ao poder de tributar, portanto estudado pelo direito 
tributário; 
 Princípio da precedência:a autorização prévia das despesas é ato 
obrigatório do Poder Legislativo, portanto é dever dos congressistas 
votar todas as leis orçamentárias nos prazos estabelecidos. Atualmente, 
estaria conjugado com o princípio da anualidade. 
 
 
10) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 4ª – 2011) São 
princípios orçamentários: 
(A) competência e objetividade. 
(B) exclusividade e especificação. 
(C) entidade e equilíbrio. 
(D) continuidade e não-afetação das receitas. 
(E) universalidade e custo como base de valor. 
 
Dos mencionados na questão, são princípios orçamentários: exclusividade, 
especificação, equilíbrio, não-afetação das receitas e universalidade. 
Logo, apenas a alternativa “B” traz dois princípios orçamentários. 
Resposta: Letra B 
 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DA FCC 
 
11) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/AL – 2008) De 
acordo com a Constituição Federal, o projeto de lei orçamentária anual 
deve compreender 
(A) apenas o orçamento fiscal, em respeito ao princípio da 
exclusividade. 
(B) somente o orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social, 
uma vez que as empresas estatais, por serem pessoas jurídicas de 
direito privado têm orçamento próprio. 
(C) todas as despesas correntes e de capital do Poder Público que está 
elaborando o orçamento. 
(D) apenas as receitas de capital que ultrapassarem o montante das 
despesas de capital. 
(E) somente o orçamento fiscal e o orçamento de investimento das 
fundações geridas pelo Poder Público. 
 
a) b) e) Erradas. A LOA compreende o Orçamento Fiscal, da Seguridade Social 
e de Investimentos das Estatais. 
c) Correta. Pelo princípio da Universalidade, todas as receitas e despesas 
devem constar do orçamento do ente público que o está elaborando. 
d) Errada. Pelo princípio da Universalidade, todas as receitas e despesas 
devem constar do orçamento, não apenas o montante das receitas de capital 
que superar as despesas de capital. 
Resposta: Letra C 
 
12) (FCC – APOPF/SP – 2010) Com base nas disposições 
constitucionais sobre o processo de elaboração, discussão, votação e 
aprovação da proposta de Lei Orçamentária Anual, é correto afirmar: 
(A) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na 
proibição a autorização para abertura de créditos especiais e a 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita, nos termos da lei. 
(B) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito sobre as receitas e despesas decorrentes de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
(C) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos 
de uma categoria de programação para outra, ou de um órgão para 
outro, poderá ser realizada sem prévia autorização legislativa, desde 
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que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
(D) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos 
que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os 
recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de superávit 
financeiro. 
(E) Os recursos que, em decorrência de veto ou emenda, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, 
para a abertura de créditos extraordinários com prévia autorização 
legislativa. 
 
a) Errada. De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
b) Correta. Consoante o § 6º do art. 165 da CF/1988, o projeto de lei 
orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito 
sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
c) Errada. Consoante o princípio da proibição do estorno, a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra, ou de um órgão para outro, não poderá ser realizada 
sem prévia autorização legislativa. 
d) Errada. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos 
que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos 
necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa. 
e) Errada. Os recursos que, em decorrência de veto ou emenda, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, para a 
abertura de créditos suplementares ou especiais com prévia autorização 
legislativa. 
Resposta: Letra B 
 
13) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Considere as assertivas abaixo. 
I. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão 
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos 
termos da lei. 
II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
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capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração 
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) I, II e III. 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) II e III, apenas. 
 
I) Correto. De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
II) Correto. Consoante o § 6º do art. 165 da CF/1988, o projeto de lei 
orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, 
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
III) Correto. Segundo a CF/1988, a lei de diretrizes orçamentárias 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações 
na legislação tributáriae estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
 
Logo, todos os itens estão corretos: I, II e III. 
Resposta: Letra B 
 
14) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Considere as 
seguintes afirmações: 
I. A lei de diretrizes orçamentárias estabelecerá, de forma 
regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
II. A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal, o 
orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da 
seguridade social. 
III. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, incluindo-se nessa 
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a 
contratação de operações de crédito. 
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IV. Caberá à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a 
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, 
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
(A) I e II. 
(B) I e IV. 
(C) II e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
 
I) Errada. O plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas 
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
II) Correta. Integram a LOA o orçamento fiscal, o orçamento de investimento 
das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. 
III) Errada. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo nessa proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de 
operações de crédito. 
IV) Correta. De acordo com o art. 165, § 9º, da CF/1988, caberá à lei 
complementar dispor, entre outros, sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
 
Logo, está correto o que se afirma somente em II e IV. 
Resposta: Letra D 
 
15) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) De 
acordo com as disposições constitucionais e legais relativas à Lei 
Orçamentária Anual (LOA), é INCORRETO afirmar que 
(A) a iniciativa da elaboração da proposta orçamentária é sempre do 
Poder Executivo, a qual deve ser encaminhada ao Poder Legislativo. 
(B) o Poder Legislativo discute, vota e aprova a proposta 
orçamentária, sem a possibilidade de fazer qualquer tipo de alteração. 
(C) a LOA conterá o orçamento fiscal, da seguridade social e dos 
investimentos das empresas em que o Poder público, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital votante. 
(D) todas as receitas e despesas serão discriminadas na lei 
orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
(E) a lei não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, exceto a autorização para abertura de créditos 
suplementares e para contratação de operações de crédito. 
 
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a) Correta. A iniciativa da elaboração da proposta dos instrumentos de 
planejamento e orçamento é sempre do Poder Executivo, a qual deve ser 
encaminhada ao Poder Legislativo para a discussão e aprovação. 
b) É a incorreta. O Poder Legislativo discute, vota e aprova a proposta 
orçamentária, com a possibilidade de fazer alterações por meio de emendas. 
c) Correta. Integram a LOA o orçamento fiscal, o orçamento de investimento 
das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. 
d) Correta. De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e 
despesas serão discriminadas na lei orçamentária pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções. 
e) Correta. Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, exceto a autorização 
para abertura de créditos suplementares e para contratação de operações de 
crédito. 
Resposta: Letra B 
 
16) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) No Brasil, 
em relação à lei orçamentária, é correto afirmar que 
(A) poderá conter autorização para contratação de operações de 
crédito, exceto as efetuadas por antecipação de receita. 
(B) integrará seu projeto de lei o Anexo de Metas Fiscais, em que 
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, 
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
montante da dívida pública. 
(C) deverá conter normas relativas ao controle de custos e à avaliação 
dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos. 
(D) seu projeto de lei deverá ser acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
(E) deverá discriminar também as despesas de capital para o exercício 
seguinte, desde que em consonância com a lei das diretrizes 
orçamentárias. 
 
a) Errada. A LOA poderá conter autorização para contratação de operações de 
crédito, inclusive as efetuadas por antecipação de receita. É uma das 
exceções ao princípio da exclusividade. 
b) Errada. Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo 
de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública. 
c) Errada. A LDO deverá conter normas relativas ao controle de custos e à 
avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos. 
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d) Correta. De acordo com o § 6º do art. 165 da CF/1988, o projeto da LOA 
deverá ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito decorrente 
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, 
tributária e creditícia. 
e) Errada. A LOA deverá discriminar também as despesas de capital para o 
exercício a que se refere, desde que em consonância com a lei das diretrizes 
orçamentárias. 
Resposta: Letra D 
 
17) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) Consta 
no rol de Princípios Orçamentários: 
(A) Prudência. 
(B) Objetividade. 
(C) Exclusividade. 
(D) Conservadorismo. 
(E) Materialidade. 
 
O único princípio orçamentário na questão é o da exclusividade, o qual 
determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). 
Resposta: Letra C 
 
18) (FCC – Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) O 
princípio orçamentário que estabelece que a lei orçamentária anual 
somente deve conter matériasrelativas à previsão de receita e à 
fixação das despesas, salvo as exceções mencionadas na Constituição 
Federal, é denominado princípio da 
(A) exclusividade. 
(B) universalidade. 
(C) especificação. 
(D) unidade. 
(E) não-afetação de receitas. 
 
O princípio orçamentário da exclusividade estabelece que a lei orçamentária 
anual somente deva conter matérias relativas à previsão de receita e à fixação 
das despesas, salvo as exceções mencionadas na Constituição Federal: 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). 
Resposta: Letra A 
 
19) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/AL – 2008) A 
doutrina não considera princípio orçamentário o princípio da 
(A) legalidade. 
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(B) exclusividade. 
(C) unidade. 
(D) programação. 
(E) anterioridade. 
 
A doutrina não considera o princípio da anterioridade como orçamentário e 
sim tributário. Os outros quatro são orçamentários. 
Resposta: Letra E 
 
20) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) A Lei n° 
4.320/64 determina que a Lei do Orçamento conterá a discriminação 
da receita e da despesa, de forma a evidenciar a política econômico-
financeira e o programa de trabalho do governo, obedecendo, entre 
outros, o princípio da universalidade. Isso significa que a lei 
orçamentária 
(A) compreenderá todas as receitas e todas as despesas próprias dos 
órgãos do governo ou da administração centralizada ou que por 
intermédio deles se devam realizar. 
(B) discriminará as receitas e despesas pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções, inclusive aquelas referentes às transferências 
intergovernamentais. 
(C) não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a qualquer elemento de despesa, exceções podendo 
ser feitas aos programas especiais de trabalho. 
(D) não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, exceto a autorização para abertura de créditos adicionais 
e a contratação de operações de crédito. 
(E) discriminará os valores de receitas e despesas para um período 
anual, inclusive para as despesas de capital. 
 
O princípio da universalidade determina que a LOA compreenda todas as 
receitas e todas as despesas próprias dos órgãos do governo ou da 
administração centralizada ou que por intermédio deles se devam realizar. 
Resposta: Letra A 
 
21) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Em relação 
aos princípios previstos na Constituição brasileira e na Lei n° 4.320, de 
1964, que devem nortear a elaboração do orçamento público em nosso 
país, é correto afirmar que o Princípio da: 
(A) Especificação estatui que o Orçamento não consigne dotações 
globais para atender indiferentemente despesas de diferentes 
naturezas, ressalvadas as exceções previstas na Lei n° 4.320, de 1964. 
(B) Não Afetação das receitas permite a vinculação de impostos a 
órgãos, fundos ou despesas e não admite qualquer tipo de exceção. 
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(C) Programação dispõe que o Poder Executivo pode, em alguns casos, 
como na implantação dos créditos extraordinários, modificar o 
orçamento sem autorização do Poder Legislativo. 
(D) Anualidade implica que o orçamento deve ter a vigência de um 
ano, que coincide com o calendário civil, e não admite exceções, 
mesmo nos casos de créditos especiais e extraordinários. 
(E) Exclusividade implica que o orçamento do Governo Federal 
somente inclua as receitas e despesas da administração direta e 
indireta, vedando, inclusive, a 
autorização prévia de créditos suplementares na peça orçamentária. 
 
a) Correta. O princípio da especificação determina que as receitas e despesas 
devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. 
A LOA não pode consignar dotações globais para atender indiferentemente 
despesas de diferentes naturezas, ressalvadas as exceções previstas na Lei n° 
4.320, de 1964. 
b) Errada. O princípio da não afetação das receitas veda a vinculação de 
impostos a órgãos, fundos ou despesas, admitindo ressalvas constitucionais. 
c) Errada. O princípio da programação decorre da necessidade da 
estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento 
deva ter o conteúdo e a forma de programação. 
d) Errada. O princípio da anualidade implica que o orçamento deve ter a 
vigência de um ano, que no nosso país coincide com o calendário civil, e 
admite exceções, como nos casos de créditos especiais e extraordinários 
autorizados nos últimos quatro meses do exercício financeiro. 
e) Errada. O princípio da exclusividade implica que o orçamento do Governo 
Federal somente inclua matérias atinentes a receitas e despesas, com 
exceção da autorização prévia de créditos suplementares e operações de 
crédito. 
Resposta: Letra A 
 
22) (FCC – Procurador de Contas - TCE/RO – 2010) Analise as 
afirmações a seguir: 
I. O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária deve ser uma 
peça só e o texto constitucional o consagra ao dispor que a lei 
orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de 
investimento e o orçamento da seguridade social. 
II. O princípio da não afetação de receita de tributos a órgão, fundo ou 
despesa vem consagrado constitucionalmente, mas não de forma 
absoluta, na medida em que admite exceções, como a destinação de 
recursos para as ações e serviços de saúde. 
III. O princípio da exclusividade não mais vige na atual ordem 
constitucional, na medida em que a lei orçamentária pode conter 
outras matérias estranhas à previsão de receita e à fixação da 
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despesa, como é o caso da previsão de autorização para abertura de 
crédito suplementar. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
I) Correto. Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, 
deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da 
federação em cada exercício financeiro. A composição do orçamento anual em 
orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de 
investimentos das estatais é apenas de cunho instrumental, não violando o 
mencionado princípio. 
II) Correto. A CF/1988 traz exceções ao princípio da não afetação de receita, 
como a destinação de recursos para as ações e serviços de saúde. 
III) Errado. O princípio da exclusividade tem vigência na atual ordem 
constitucional. Como exceção, há as autorizações de créditos suplementares e 
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. 
 
Logo, está correto somente o que se afirma em II e III. 
Resposta: Letra D 
 
23) (FCC – Procurador - Recife – 2008) A respeito do orçamento 
público, a Constituição Federal consagra o princípio da não-vinculação 
de receitas de impostos a órgãos, fundos ou despesas com várias 
ressalvas onde admite-se vinculação de receita. Dentre tais ressalvas 
constitucionais cita-sea 
(A) repartição do produto da arrecadação dos impostos sobre 
importação e sobre exportação de produtos. 
(B) destinação de recursos para as ações e serviços públicos 
relacionados com a segurança pública. 
(C) destinação de recursos para realização de atividades relacionadas 
com a segurança nacional. 
(D) destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária. 
(E) prestação de garantias às operações de crédito em geral, exceto 
por antecipação de receita. 
 
As letras “A”, “B” e “C” não têm nenhuma relação com as exceções, todas 
erradas. 
A letra “E” poderia gerar alguma dúvida. No entanto, justamente as únicas 
operações de crédito que podem ser vinculadas são as por antecipação de 
receita orçamentária (ARO). Logo, a alternativa está errada. 
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A resposta correta é a letra “D”, pois destinação de recursos para manutenção 
e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração 
tributária são ressalvas ao princípio da não vinculação. 
Resposta: Letra D 
 
24) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011) Em 
relação ao Princípio Orçamentário da Unidade, é correto afirmar: 
(A) Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício 
financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada 
esfera federativa, a Lei Orçamentária Anual - LOA. 
(B) A Lei Orçamentária Anual, em cada exercício financeiro, deverá 
conter todas as Receitas e Despesas, inclusive as extraorçamentárias. 
(C) Todas as receitas previstas e despesas fixadas, inclusive as 
operações de créditos por antecipação da receita, em cada exercício 
financeiro, devem integrar os orçamentos fiscal, da seguridade social e 
de investimento das estatais. 
(D) A Lei Orçamentária Anual deverá conter todas as receitas e 
despesas, para um período de doze meses. 
(E) A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na 
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a 
contratação de operações de crédito autorizadas em lei. 
 
De acordo com o princípio da unidade, todas as receitas previstas e despesas 
fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento 
legal dentro de cada esfera federativa, a Lei Orçamentária Anual - LOA. O 
orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais 
que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro. 
Resposta: Letra A 
 
25) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Tendo em vista os princípios 
orçamentários, é correto afirmar que 
(A) a contabilização pelo valor líquido atende ao princípio de 
racionalidade. 
(B) as fundações públicas, desde que independentes do erário central, 
não precisam integrar o orçamento. 
(C) as dotações globais atendem ao princípio da especificidade da 
despesa pública. 
(D) vincular imposto à despesa não contraria qualquer princípio de 
orçamento. 
(E) a autorização para abertura de créditos suplementares excepciona, 
na lei orçamentária, o princípio da exclusividade. 
 
a) Errada. O princípio da racionalidade é um dos princípios doutrinários do 
processo de planejamento, assim como a aderência e a previsão. Foge ao 
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escopo de nosso conteúdo e dos editais, mas a título de conhecimento, o 
princípio da racionalidade trata da busca de alternativas compatíveis com os 
recursos disponíveis. 
b) Errada. As fundações públicas dependentes ou não do Estado integram o 
orçamento, seguindo o princípio da universalidade. 
c) Errada. As dotações globais estão em desacordo com o princípio da 
especificação, o qual exige detalhamento da despesa pública. 
d) Errada. Vincular impostos à despesa contraria o princípio da não-
vinculação. 
e) Correta. A autorização para abertura de créditos suplementares é uma das 
exceções ao princípio da exclusividade. A outra é a autorização para operações 
de crédito, ainda que por antecipação de receita orçamentária. 
Resposta: Letra E 
 
26) (FCC - Especialista em Adm, Orçamento e Fin Pub - Prefeitura de 
SP - 2010) O Prefeito Municipal de Escorpião solicitou ao contabilista 
da Prefeitura que elaborasse um projeto de Lei Orçamentária Anual 
sem considerar as despesas do setor da educação. O contabilista, 
corretamente, informou que o pedido não poderia ser atendido em 
razão do princípio 
(A) da clareza. 
(B) do equilíbrio. 
(C) da exclusividade. 
(D) da anualidade. 
(E) da universalidade. 
 
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas 
as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta. 
Logo, caso o ente elaborasse um projeto de Lei Orçamentária Anual sem 
considerar as despesas de um dado setor, estaria ferindo o princípio da 
universalidade. 
Resposta: Letra E 
 
27) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 18° Região-
2008) Em relação aos princípios orçamentários adotados no Brasil, é 
correto afirmar: 
(A) O princípio da não afetação de receitas deve ser cumprido 
rigidamente, uma vez que não há exceções previstas na Constituição 
Federal. 
(B) O princípio da exclusividade não impede que a lei orçamentária 
possa conter autorização para abertura de créditos suplementares. 
(C) O princípio da anualidade não implica que o orçamento coincida 
com o ano civil. 
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(D) O princípio da universalidade admite exceções no tocante à fixação 
das despesas. 
(E) O princípio orçamentário da unidade não está previsto na Lei n° 
4.320/64. 
 
a) Errada. Há exceções constitucionais ao princípio da não afetação de 
receitas. 
b) Correta. A autorização para abertura de créditos suplementares é uma das 
exceções ao princípio da exclusividade. A outra é a autorização para operações 
de crédito, ainda que por antecipação de receita orçamentária. 
c) Errada. O princípio da anualidade ou periodicidade determina que o 
orçamento coincida com o ano civil. 
d) Errada. Não há exceções ao princípio da universalidade. 
e) Errada. O princípio da unidade tem previsão na Lei 4320/64: 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade 
Resposta: Letra B 
 
28) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) 
Com relação aos princípios que devem nortear a elaboração do 
orçamento, analise: 
I. A Constituição Federal brasileira adota explicitamente o princípio da 
exclusividade na elaboração da lei orçamentária anual, entretanto, 
ressalva os casos de autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito. 
II. O artigo 5° da Lei no 4.320/64, ao estabelecer que a lei 
orçamentária não consigne dotações globais destinadas

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