Doencas Bacterianas do Sistema Digestivo

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Doenças Bacterianas 
do Sistema Digestivo
CURSO DE ENFERMAGEM
Disciplina: Relações Ambiente Micro-organismos
Prof. Flamélia Carla Silva Oliveira
Prof. Lucas Ribeiro de Carvalho		2013.2
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Doenças Bacterianas
Boca
DOENÇAS BACTERIANAS DO SISTEMA DIGESTIVO
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Cárie Dentária
Características dos dentes
São duros e não perdem células;
Maior aderência de bactérias e restos de alimentos;
Formação de Placas Dentárias (Biofilmes).
Doença periodôntica – gengivite (Doença de Vincent) e periodontite.
Agente Etiológico: Streptococcus mutans;
Coco Gram-positivo – Bactéria cariogênica;
Convertem sacarose e outros carboidratos em ácido lático;
Os ácidos láticos corroem o esmalte dentário.
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Mecanismo de Ação 
A cárie só aparecerá se houver fixação da bactéria;
Não acontece em dentes limpos;
A boca é rica em nutrientes para o crescimento bacteriano;
Entretanto também é produtora de lisozima;
E produz o líquido crevicular pela gengiva:
Proteção bucal;
Líquido contendo células fagocitárias e imunoglobulina;
Aumenta a lavagem bucal.
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PREVENÇÃO 
Diminuir o consumo de sacarose;
Escovação diária;
Uso de fio dental;
Limpeza profissional;
Uso de flúor;
Uso de anti-séptico bucal.
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Doenças Bacterianas
Sistema Digestivo Inferior
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Dois tipos: infecções e intoxicações
 INFECÇÕES: Patógeno penetra no trato GI e se multiplica. Podem penetrar na mucosa intestinal e crescer ali ou podem passar para outros órgãos sistêmicos.
 INTOXICAÇÕES: Patógenos causam doenças formando toxinas que afetam o trato GI. 
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Staphylococcus aureus
Enterotoxina estafilocócica – termoestável.
Dose infectiva: 106 células para produzir a toxina.
ALIMENTOS: carne, ovo, saladas, atum, maionese, frango desfiado, macarrão, patês, tortas, sanduíches, leite e derivados (queijos com leite cru). 
SINTOMAS: náuseas e vômitos, dores abdominais.
INCUBAÇÃO: 2 a 8 horas.
Intoxicação Alimentar Estafilocócica Enterotoxicose Estafilocócica
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Shigella
Shigella sonnei, S. dysenteriae, S. flexneri, S. Boydii
Água e alimentos contaminados com fezes.
Surtos freqüentes em creches.
SINTOMAS: disenteria fulminante com muco e sangue, febre, náuseas.
 - Bactérias invasoras - toxina que provoca resposta inflamatória intensa.
INCUBAÇÃO: 12 a 96 horas.
Shiguelose – Disenteria Bacilar
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Salmonella
Dose infectante: 20 a 106 células
Febre tifóide – causada pela Salmonella tiphy 
 (só acomete o homem).
Febre entérica – causada pela S. paratiphy 
 (semelhante a febre tifóide, com sintomas mais brandos).
Enterocolites ou salmoneloses – causadas por S. typhimurium e 
 S. enteritidis.
Salmonelose
Gastroenterite por Salmonella
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Bastonetes gram-negativos anaeróbios facultativos;
Não formadores de esporos;
Habitat: Trato intestinal;
Produtos a base de carne são mais susceptíveis à contaminação;
Trato gastrointestinal de muitos animais (frango);
Contaminação por ovos:
 Ovos crus ou inadequadamente cozidos em alimentos.
 Répteis de estimação (tartarugas e iguanas) – 90% são portadores.
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Salmonelose
Gastroenterite por Salmonella
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MECANISMO DE AÇÃO
 Invade a mucosa intestinal e se multiplica;
 Passa através da mucosa intestinal;
 Para penetrar o sistema linfático e cardiovascular;
 Se dissemina e afeta muitos órgãos.
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SINAIS E SINTOMAS
 Período de incubação: 12 a 36 h;
 Febre moderada;
 Náuseas;
 Cólicas, dor abdominal;
 Diarréia;
 A recuperação é completa em alguns dias, sendo que o indivíduo poderá continuar liberando a bactéria por até 6 meses;
Taxa de mortalidade é baixa (1%):
Lactantes e idosos;
Morte por Choque Séptico.
Até 1 bilhão de salmonelas por grama pode ser encontrada nas fezes de uma pessoa infectada durante a fase aguda da doença
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O tratamento consiste na terapia de reidratação oral;
Antibioticoterapia.
 
Isolar o patógeno nas fezes ou nos restos de alimentos;
Cultura de fezes no Meio seletivo e diferencial S/S.
TRATAMENTO
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DIAGNÓSTICO
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40 a 50 mil casos/ano relatados;
Estima-se entre 2 a 4 milhões de casos;
500 a 2 mil óbitos, desse total;
 Estima-se em cada ano 20 mil ovos nos EUA contaminados com Salmonella.
PREVENÇÃO
 Ovos bem cozidos (> 4 minutos);
 Boas medidas de saneamento de contaminação e refrigeração.
EPIDEMIOLOGIA
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Víbrios
- Contém várias espécies patogênicas.
Vibrio cholerae 
Vibrios não coléricos:
V. parahemolyticus
- Gastroenterite (dor abdominal, vômitos, fezes aquosas).
Cólera
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V. vulnificus
- Gastroenterite e invasão da corrente sanguínea.
- Infecções perigosas a partir de pequenas lesões.
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Cólera
Vibrio cholerae: bastonete gram-negativo levemente curvo;
Possui um único flagelo polar;
Possui sorotipos diferentes.
 CARACTERÍSTICAS
Cresce no intestino delgado e produz exotoxinas - toxina colérica:
Faz as células do hospedeiro secretarem cloreto, bicarbonato e água (“fezes água de arroz”);
 Surtos: Frutos do mar contaminados.
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SINAIS E SINTOMAS
Diarréia líquida de coloração cinza-clara (água de arroz) devido a massa de muco intestinal, células epiteliais e bactérias;
Sem sangue ou pus com odor fétido (peixe);
100 evacuações por dia, causando desidratação;
Poderá haver perda de 12 a 20 litros de água por dia;
Viscosidade do sangue (pela perda de líquido);
Órgãos vitais podem parar de funcionar.
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SINAIS E SINTOMAS
Vômito violento poderá acontecer;
Normalmente não haverá febre, pois as bactérias não são invasivas;
Hipotensão, hipotermia, face escavada (desidratação), olhos fundos e secos, pele fria;
 A perda súbita de líquidos e eletrólitos causa choque, colapso e frequentemente morte.
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DIAGNÓSTICO
Coprocultura em meio alcalino:
Inibe o crescimento de outros micro-organismos.
Tetraciclina;
Reposição de líquidos e eletrólitos (principalmente). 
EPIDEMIOLOGIA:
Principalmente em países subdesenvolvidos.
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TRATAMENTO
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 E. coli enterohemorrágica (EHEC)
- Diarréia sanguinolenta, colite hemorrágica, complicação nos rins.
- Sorotipos O157:H7 (gado - reservatório).
INCUBAÇÃO: 3 a 9 dias (produção de citotoxinas / toxina Shiga – destruição das microvilosidades).
	
- Dose infectante – desconhecida.
- Síndrome Hemolítico-Urêmica: sangue na urina e insuficiência renal.
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Gastroenterite por E. coli
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 E. coli enteroinvasiva (EIEC) 
- Diarréia com muco e sangue, cólicas abdominais (semelhante a Shiga).
INCUBAÇÃO: 8 e 24h, 108 células.
	
	
 E. coli enterotoxigênica (ETEC)
- Adere à mucosa do intestino delgado e produz toxina.
- Não invasivas.
- Diarréia dos viajantes - diarréia aquosa.
INCUBAÇÃO: 26h (106 células).
Diarréia dos viajantes
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Campylobacter
- Campylobacter jejuni e C. fetus.
- Principais responsáveis por diarréias bacterianas 
 em crianças.
ALIMENTOS: aves, porco, mariscos crús, leite crú e derivados,carcaças de frango e peru.
SINTOMAS: febre alta, náuseas, câimbras abdominais e fezes aquosas com sangue.
Gastroenterite por Campylobacter
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Helicobacter pylori
- Espiral, gram negativa, microaerófila.
- Úlceras gástricas e duodenais.
- Cerca de 30 a 50% da população em países desenvolvidos se tornam infectadas.
- 15% dos infectados desenvolvem úlceras e 3% desenvolvem câncer gástrico.
- Teste da urease: eficiente em converter uréia em amônia (pH alcalino).
Úlcera péptica
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Yersinia enterocolitica
- Porco é principal reservatório.
- Resistente condições de estocagem, cresce em 
 temperatura de refrigeração.
SINTOMAS: inflamação nódulos linfáticos e muita dor abdominal (apendicite), febre, diarréia (várias semanas).
INCUBAÇÃO: 24 – 48 horas.
Dose infectante – desconhecida.
Gastroenterite por Yersinia
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Clostridium perfringens
Enterotoxinas termosensíveis (produção com a esporula-
ção no intestino).
Dose infectante - 106 a 108 bactérias por grama de alimento.
ALIMENTOS: carnes, aves e peixes crús ou cozidos.
SINTOMAS: dor abdominal aguda, náuseas (raros os vômitos), 
 diarréia aguda. 
INCUBAÇÃO: 8 -12 horas.
Gastroenterite por Clostridium perfringens
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 Agrupado em cinco tipos (A a E) - A, C e D são patogênicos para o homem.
 As enterotoxinas A e C são as responsáveis pelo quadro agudo de diarréia.
	- Gangrena gasosa (celulite anaeróbica e mionecrose) – 
 enterotoxina A.
	- Enterite necrótica – enterotoxina C.
Gastroenterite por Clostridium perfringens
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Bacillus cereus
Dose Infectante: 106 microrganismos/grama de alimento.
1 – Contaminação dos alimentos pelos esporos;
2 – Germinação e posterior multiplicação bacteriana (10ºC e 50ºC).
FASE DE CRESCIMENTO EXPONENCIAL – produção de enterotoxina responsável pelo quadro diarréico.
FASE ESTACIONÁRIA – produção de enterotoxina responsável pelo quadro emético.
Gastroenterite por Bacillus cereus
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• SÍNDROME DIARRÉICA
ALIMENTOS: cárneos, hortaliças, leite e derivados, cremes, sopas e molhos, purê de batatas e salada de legumes, ervas secas, especiarias e condimentos.
SINTOMAS: diarréia, dor abdominal, raramente vômito.
• SÍNDROME EMÉTICA
ALIMENTOS: produtos amiláceos e cereais, em especial o arroz.
SINTOMAS: náuseas e vômitos, dor abdominal (0,5 a 6 horas após consumo com duração dos sintomas por menos de 24 horas).
DOENÇAS BACTERIANAS DO SISTEMA DIGESTIVO
Gastroenterite por Bacillus cereus
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Bom Estudo!