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DIPRI - aula 4 - CLASSIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

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DIREITO INTERNACIONAL 
PRIVADO
LOCALIZAÇÃO
Neste item serão abordados:
✓Normas de DIPRI;
✓Estrutura e classificação;
✓Estatutos;
✓Teoria das qualificações.
CLASSIFICAÇÃO DAS 
NORMAS DE DIPRI
Papel do DIPRI: definir qual norma se aplica
para a solução de um determinado caso em
concreto.
Procedimento: diz-se que o juiz do caso em
concreto deve aplicar o direito que a lex fori
(lei do foro) determinar.
É, apenas em terceiro lugar, que se aplica a
legislação indicada, aplicará o direito ao caso
concreto.
DIPRI E NORMA
Tício, brasileiro, casa-se com Otávia, francesa. O
casamento se realiza no Brasil. Pergunta-se:
✓Qual a legislação aplicável para regular as
formalidades de casamento?
✓Tício e Otávia antes de virem morar no Brasil
haviam estabelecido seu domicílio na Alemanha.
Qual será a legislação do regime de bens?
Perceba-se que em ambas as indagações em
primeiro lugar buscou-se a determinação da lei
aplicável, para em segundo momento dar-se
solução ao feito.
EXEMPLOS
As normas de DIPRI podem ser classificadas de acordo
com seu conteúdo:
✓a) Normas indicativas ou indiretas: são as principais
normas de DIPRI, justamente porque determinam o
direito aplicável ao caso em concreto.
✓b) Normas conceituais ou qualificadoras: em
número mais restrito são aquelas normas que não
designam o direito aplicável, mas definem como
uma norma indireta deve ser interpretada e aplicada
no caso em concreto. São basicamente aquelas que
se referem a ordem pública, fraude à lei, elementos
de conexão, etc.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS
c) Normas diretas: são aquelas que
apresentam imediatamente a solução para
a questão debatida. No direito
internacional privado são basicamente
aquelas que determinam a competência
internacional dos tribunais nacionais e a
condição jurídica do estrangeiro.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS
As normas indiretas, por sua vez, podem
ser classificadas segundo sua função:
✓Normas unilaterais: quando determinam a aplicação
do Direito nacional (art. 7º, §1º LINDB).
✓Normas bilaterais imperfeitas: quando determinam a
aplicação do Direito estrangeiro, sem excluir aplicação
do Direito nacional (art. 10º, §1º LINDB).
✓Normas bilaterais perfeitas: quando determinam a
aplicação da lei estrangeira.
NORMAS INDIRETAS
Toda norma indireta (ou indicativa) é composta de
duas partes:
✓Primeiramente, objeto de conexão que se refere a
questão de direito com vinculação internacional:
capacidade jurídica, nome, ato ilícito, etc. Surgido o
conflito, o juiz enquadrará a situação fática ao
objeto de conexão (tal processo denomina-se
qualificação.
✓A segunda parte da norma indicativa é o elemento
de conexão. Os elementos de conexão são, em
resumo, nacionalidade, domicílio, lex rei, lex loci
actus, lex loci delicti, autonomia da vontade e lex
fori.
NORMAS INDIRETAS
A determinação da norma de DIPRI
dependerá da conjugação do elemento de
conexão com o objeto de conexão.
✓Por exemplo, analisando-se o art. 7º, resta
claro o elemento de conexão (domicílio) e o
objeto de conexão (personalidade,
necessidade, etc.).
✓Outro exemplo, art. 9º: obrigações (objeto)
e lei do país em que se constituírem
(elemento).
EXEMPLO
Interessante salientar, no entanto, que a
aplicação do DIPRI nem sempre conduz a
uma solução universal.
Pode acontecer que diferentes
ordenamentos jurídicos se apresentem
como competentes.
Tal situação, em verdade, não importará
ao julgador nacional.
ATENÇÃO!
Pode acontecer, ainda, a chamada dépeçage
quando diversos direitos são aplicados ao
caso concreto.
Por exemplo, A contrata com B. A LINDB diz
que a lei aplicável ao caso é aquela do local
onde foi celebrado o contrato (art. 9º).
Já a lei que determina a capacidade de A é
aquela do local em que for domiciliado (art.
7º).
DÉPEÇAGE
É também possível a existência de um
elemento de conexão principal e um
subsidiário. Por exemplo, art. 10º da
LINDB.
ELEMENTO PRINCIPAL
ESTATUTOS
ESTATUTO PESSOAL
São os elementos de conexão que se referem à
situação da pessoa. Podem relacionar-se com:
Nacionalidade – art. 10, §1º LINDB;
Domicílio – art. 7º LINDB. Trata-se de elemento de
conexão mais adotado. Sua adoção pode se dar
por diferentes espécies: legal (aquele fixado pela
lei independentemente da vontade do sujeito –
filho não emancipado); administrativo e voluntário
(art. 70 CCB).
ESTATUTO REAL
São os elementos de conexão que se
referem a situação de bens.
Bens imóveis: Os bens se regem pela
chamada lex rei sitae que é o lugar de
situação da coisa (art. 8 da LINDB).
Bens móveis: o critério do mobília
sequuntur personam (os móveis seguem
as pessoas – art. 8º, §§1º e 2º da LINDB).
VOLITIVO
Quando as partes estabelecem o Direito
aplicável ao caso. Trata-se da discutida
aplicação do princípio da autonomia privada.
A LINDB não a aceita, embora ainda hoje haja
discussão sobre o assunto (por exemplo, Lei
de Arbitragem).
A possibilidade de se eleger elemento de
conexão surge, por exemplo, nos contratos
em que se determina o foro que julgará a
eventual controvérsia.
FORMAIS
Formais (atos jurídicos): conforme sua
natureza e seu conteúdo os efeitos dos
atos jurídicos obedecem à lei do local de
celebração ou de sua constituição (locus
regit actum).
Algumas legislações admitem a aplicação
de outra legislação, quando mais favorável
ao ato (art.9º, §1º LINDB).
DELITUAIS
Referem-se às obrigações extracontratuais.
Normalmente adota-se o critério do lex loci
do delito. Algumas legislações adotam não o
lugar do consentimento, mas o local das
conseqüências.
No Brasil acabaram sendo incorporados ao
art. 9º da LINDB juntamente com outros
temas obrigacionais (contratos, etc.).
TEORIA DAS 
QUALIFICAÇÕES
TEORIA DAS
QUALIFICAÇÕES
O DIPRI cuida de classificar a relação jurídica
(interna ou internacional) para na sequência
utilizar a regra de conexão.
O fato jurídico de DIPRI pode ser classificado
de maneira distinta pelas diferentes
jurisdições.
RESUMO: os Estados podem possuir as
mesmas regras de conflito de leis, mas
também podem lhe atribuir diferentes
significados.
CASO BARTHOLO
Casal se casa e fixa primeiro domicílio em Malta. O
marido falece na Argélia sem herdeiros. Pela lei
francesa a mulher não herdaria nada. Em Malta, a
viúva teria direito a um quarto do patrimônio.
Constatou-se:
✓ que a viúva somente teria direito a ¼ se isso
decorresse do regime matrimonial, pois os bens
dos cônjuges seriam regidos pela lei do primeiro
domicílio.
✓Se a pretensão decorrer de regime sucessório
aplicar-se-ia a norma francesa.
CASO DO
TESTAMENTO
Caso do testamento particular do
holandês. Holandês assina testamento
particular na França.
O Direito francês considerava a questão
como de forma (aplicando a lei do local).
Já o Direito holandês considerava a como
matéria de capacidade (aplicando a lei do
nacional).
Outorga uxória. Trata-se de requisito
ligado aos efeitos o casamento (e não a
capacidade). Como está ligada a situação
de imóveis aplica-se a regra da lex rei
sitae, sendo aplicável independentemente
de sua previsão na lei de domicílio do
casal.
EXEMPLO
Pacto antenupcial. Aplicam-se ao regime de
bens convencionais as mesmas disposições
do regime legal (art. 7º, §4º), ou seja, o
primeiro domicílio comum. Além disso, o
pacto antenupcial deve obedecer ao disposto
no art. 9º da LINDB.
Se o pacto versar sobre direitos recair sobre
imóveis além da regra do lócus regit actum,
deve-se atentar para a regra da lex rei sitae.
EXEMPLO
SOLUÇÃO 1
Qualificação pela lex fori.
Qualifica-se a relação jurídica pelo Direito
do julgador.
Os que defendem essa teoria argumentam
que não seria lógico qualificar a questão
por Direito diferente daquele que será
utilizadopara indicar a Direito aplicável.
SOLUÇÃO 2
Qualificação pela lex causae.
Dever-se-ia solicitar ao Direito estrangeiro
eventualmente aplicável a qualificação da
relação jurídica que constitui o objeto do
litígio.
Crítica: a qualificação precede à escolha do
Direito competente, não seria possível
pretender remeter a outro sistema se não se
sabe qual o Direito aplicável.
SOLUÇÃO 3
Qualificação por referência a conceitos
autônomos e universais.
Os defensores desta teoria entendiam que
o juiz não deveria se ater a uma ou outra
legislação, mas a conceitos universais.
Por exemplo: família, contrato,
propriedade, etc.
DIREITO BRASILEIRO
O Direito brasileiro aplica, por regra, a
qualificação da lex fori, abrindo exceções:
✓lex causae em matéria de bens (art. 8º
LINDB) e obrigacional (art. 9º LINDB).
A jurisprudência brasileira teve, igualmente,
que se manifestar sobre conflito na
qualificação. O caso principal envolvia a
outorga uxória e a validade da fiança.
EXERCÍCIO DE 
FIXAÇÃO
ENADE 2009
Helena da Silva era uma mulher que não tivera oportunidade de
concluir o ensino básico. Mas, em razão do destino, veio a
conhecer John Look, divorciado há 20 anos, homem rico e bem-
sucedido, que, em pouco tempo, se casou com Helena, na
esperança de viver um grande amor com a consorte que
conhecera no Rio de Janeiro. Logo após o casamento, o casal
passeou por diversas capitais do país, entre as quais Recife,
Maceió e Salvador. Infelizmente, John Look, em uma visita a seu
país, dois meses depois, veio a falecer. No Brasil, o de cujus
deixou um pequeno apartamento que deveria partilhar com a
ex-mulher, do primeiro casamento. Entretanto, Helena soube
que a lei do país de John, diferentemente do Brasil, incluía na
sucessão ex-cônjuges separados há mais de 10 anos.
Considerando o inciso XXXI do artigo 5º da Constituição
brasileira, que dispõe que a sucessão de bens de estrangeiros
situados no país será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus, é CORRETO afirmar que
A) a sucessão deve obedecer às leis do Brasil, uma
vez que o casamento foi realizado sob as leis
brasileiras.
B) a sucessão deve observar as leis do país do de
cujus, independentes de serem ou não mais
favoráveis à Helena.
C) a sucessão deve ser regulada pelo direito
internacional de um país neutro, uma vez que há
conflito de competência.
D) a sucessão deve excluir qualquer pretensão de
Helena e beneficiar a ex-cônjuge do de cujus, em
razão de o óbito ter ocorrido no exterior.
E) a sucessão deverá ser regida pela lei brasileira,
uma vez que seria mais favorável à Helena.
OAB 2010-3
QUESTÃO 100
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na
Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de empreitada
com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação
de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à
capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro
da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas.
Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos
critérios técnicos de medição das obras e não
conseguem chegar a uma solução amigável. A
construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça
paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar
termo ao contrato.
Com relação ao caso hipotético acima, é correto
afirmar que
(A) o Poder Judiciário brasileiro não é competente
para conhecer e julgar a lide, pois o foro para dirimir
questões em matéria contratual é necessariamente
o do local onde o contrato é assinado.
(B) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide,
mas deverá basear sua decisão na legislação sul-
africana, pois os contratos se regem pela lei do local
de sua assinatura.
(C) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide,
mas deverá basear sua decisão na legislação
brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser
obrigado a aplicar leis estrangeiras.
(D) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide,
mas deverá se basear na legislação brasileira, pois
em litígios envolvendo brasileiros e estrangeiros
aplica-se a lex fori.
OAB 2012-2
QUESTÃO 24
Um jato privado, pertencente a uma empresa
norte-americana, se envolve em um incidente
que resulta na queda de uma aeronave
comercial brasileira em território brasileiro,
provocando dezenas de mortes. A família de
uma das vítimas brasileiras inicia uma ação no
Brasil contra a empresa norte-americana,
pedindo danos materiais e morais. A empresa
norte‐americana alega que a competência para
julgar o caso é da justiça americana.
Segundo o direito brasileiro, o juiz brasileiro
A) tem competência concorrente porque o
acidente ocorreu em território brasileiro.
B) não tem competência concorrente
porque o réu é empresa estrangeira que
não opera no Brasil.
C) não tem competência, absoluta ou
relativa, e deverá remeter o caso, por carta
rogatória, à justiça americana.
D) tem competência concorrente porque a
vítima tinha nacionalidade brasileira.
OAB 2013-1
QUESTÃO 24
José, de nacionalidade brasileira, era casado
com Maria, de nacionalidade sueca,
encontrando-se o casal domiciliado no
Brasil. Durante a viagem de “lua de mel”, na
França, Maria, após o jantar, veio a falecer,
em razão de uma intoxicação alimentar.
Maria, quando ainda era noiva de José,
havia realizado testamento em Londres,
dispondo sobre os seus bens, entre eles
dois imóveis situados no Rio de Janeiro.
À luz das regras de Direito Internacional Privado,
assinale a afirmativa correta.
A) Se houver discussão acerca da validade do
testamento, no que diz respeito à observância das
formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira,
pois Maria encontrava-se domiciliada no Brasil.
B) Se houver discussão acerca da validade do
testamento, no que diz respeito à observância das
formalidades, deverá ser aplicada a legislação inglesa,
local em que foi realizado o ato de disposição de última
vontade de Maria.
C) A autoridade judiciária brasileira não é competente
para proceder ao inventário e à partilha de bens,
porquanto Maria faleceu na França, e não no Brasil.
D) Se houver discussão acerca do regime sucessório,
deverá ser aplicada a legislação sueca, em razão da
nacionalidade do de cujus.
2013-2
QUESTÃO 23
A respeito dos elementos de conexão no Brasil, assinale a afirmativa
correta.
A) A lei da nacionalidade da pessoa determina as regras sobre o
começo e o fim da personalidade.
B) A Lex loci executionis é aplicável aos contratos de trabalho, os quais,
ainda que tenham sido celebrados no exterior, são regidos pela norma
do local da execução das atividades laborais.
C) A norma do país em que é domiciliada a vítima aplica-se aos casos
de responsabilidade por ato ilícito extracontratual.
D) O elemento de conexão Lex loci executionis ou Lex loci solutionis é
o critério aplicável, como regra geral, para qualificar e reger as
obrigações.
B
2013-4
QUESTÃO 23
A sociedade empresária Airplane Ltda., fabricante de aeronaves,
sediada na China, celebrou contrato internacional de compra e venda
com a sociedade empresária Voe Rápido Ltda, com sede na Argentina.
O contrato foi celebrado no Japão, em razão de uma feira promocional
que ali se realizava. Conforme estipulado no contrato, as aeronaves
deveriam ser entregues pela Airplane Ltda., na cidade do Rio de
Janeiro, no dia 1º de abril de 2011, onde a sociedade Voe Rápido Ltda.
possui uma filial e realiza a atividade empresarial de transporte de
passageiros. Diante da situação exposta, à luz das regras de Direito
Internacional Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro (LINDB) e no estatuto processual civil brasileiro
(Código de Processo Civil – CPC), assinale a afirmativa INCORRETA.
QUESTÃO 23
A) Não sendo asaeronaves entregues no prazo
avençado, o Poder Judiciário brasileiro é competente
para julgar eventual demanda em que a credora postule
o cumprimento do contrato.
B) No tocante à regência das obrigações, aplica-se, no
caso vertente, a legislação japonesa.
C) O Poder Judiciário Brasileiro não é competente para
julgar eventual ação por inadimplemento contratual,
pois o contrato não foi constituído no Brasil.
D) O juiz, não conhecendo a lei estrangeira, poderá
exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.
C
QUESTÃO 24
Um agente diplomático comete um crime de homicídio no
Estado acreditado. A respeito desse caso, assinale a afirmativa
correta.
A) Será julgado no Estado acreditado, pois deve cumprir as leis
desse Estado.
B) Poderá ser julgado pelo Estado acreditado desde que o
agente renuncie a imunidade de jurisdição.
C) Em nenhuma circunstância pode ser julgado pelo Estado
acreditado.
D) Poderá ser julgado pelo Estado acreditado, desde que o
Estado acreditante renuncie expressamente à imunidade
de jurisdição.
D
2014-3
QUESTÃO 23
Túlio, brasileiro, é casado com Alexia, de nacionalidade sueca, estando o casal
domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro marítimo, na Grécia, ela, após a ceia, veio a
falecer em razão de uma intoxicação alimentar. Alexia, quando ainda era noiva de Túlio,
havia realizado um testamento em Lisboa, dispondo sobre os seus bens, entre eles, três
apartamentos situados no
Rio de Janeiro. À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale a afirmativa
correta.
A) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à
observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Alexia
encontrava se domiciliada no Brasil.
B) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à
observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação portuguesa, local em que
foi realizado o ato de disposição da última vontade de Alexia.
C) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao inventário e à
partilha de bens, porquanto Alexia faleceu na Grécia, e não no Brasil.
D) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legislação
sueca, em razão da nacionalidade do de cujus.
B
2015
XVII EXAME
QUESTÃO 24
A sociedade empresária brasileira do ramo de
comunicação, Personalidades, celebrou contrato
internacional de prestação de serviços de
informática, no Brasil, com a sociedade empresária
uruguaia Sacramento. O contrato foi celebrado em
Caracas, capital venezuelana, tendo sido
estabelecido pelas partes, como foro de eleição,
Montevidéu. Diante da situação exposta, à luz das
regras do Direito Internacional Privado veiculadas na
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(LINDB) e no Código de Processo Civil, assinale a
afirmativa correta.
QUESTÃO 24
A) No tocante à regência das obrigações previstas no
contrato, aplica-se a legislação uruguaia, já que
Montevidéu foi eleito o foro competente para se dirimir
eventual controvérsia.
B) Para qualificar e reger as obrigações do presente
contrato, aplicar-se-á a lei venezuelana.
C) Como a execução da obrigação avençada entre as partes
se dará no Brasil, aplica-se, obrigatoriamente, no tocante
ao cumprimento do contrato, a legislação brasileira.
D) A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda
expressamente o foro de eleição, razão pela qual é nula
ipse jure a cláusula estabelecida pelas partes nesse
sentido.

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