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O GERMINAL

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O GERMINAL
O Filme apresenta o processo de produção no modelo capitalista do século XIX. A maneira como é feita essa apresentação deixa bastante clara a oposição entre necessidade humana e necessidades materiais (produção). O Título do filme, "germinal", está relacionado ao “processo de gestação e maturação” dos movimentos grevistas e de uma atitude mais ofensiva por parte dos trabalhadores das minas de carvão do século XIX na França em relação à exploração de seus patrões, por esta razão é que são citados, ao longo do filme, Marx, Engels e a Internacional socialista.
Germinal é uma obra forte e comovente, realista e impressionante; fala sobre o trajeto de um desempregado vagando pelas estradas da França, em um período de depressão econômica, que chega a uma região carbonífera e acaba empregando-se numa das minas para fugir da fome. Ao mesmo tempo em que trava contato com as ideias socialistas o "ex-andarilho", Etienne, se apaixona por Catherine, filha de uma família que a gerações trabalha e morre na mina Voeux. 
Ao longo de Germinal podemos acompanhar uma das primeiras lutas do movimento operário moderno, e as influencias sobre esse movimento causado pela fundação da Primeira Internacional [a Associação Internacional dos Trabalhadores – nota da redação], a famosa associação criada por Karl Marx para reunir os trabalhadores do mundo todo. Germinal enfoca os operários das minas de carvão do Norte da França. A Revolução Francesa, de 1789, não solucionara os problemas do povo, que quase cem anos vivia em condições de vida que continuavam as mesmas, muito difíceis. Em Germinal, os protagonistas são os trabalhadores das minas e suas famílias, todos forjados pelo cotidiano opressivo da luta pela sobrevivência, uma sobrevivência que se associa à transmissão hereditária da miséria e da degradação física e moral.
A burguesia havia tomado o poder e, juntamente com a nobreza, se tornara a classe dirigente da França; a pequena burguesia e o operariado, no entanto, eram ignorados pelo poder dominante. A miséria era violenta, o salário dos trabalhadores mal dava para sobreviver, as lutas em favor da democracia e da igualdade social foram se acirrando, alimentados pela difusão das ideias socialistas.
Ao mesmo tempo, essa abordagem política e social é humanizada pelo estudo das reações das pessoas diante de sua situação. Os acontecimentos descritos são permeados por paixões e conflitos humanos, em seu estado mais puro, o amor, a fome e a miséria, as lutas entre grupos de pessoas de classes sociais diferentes, que marcam um período de grandes agitações sociais em toda a Europa, em especial na França. Nesse meio tempo, tanto a progressiva industrialização como a situação de descontentamento eram gerais também em toda a Europa. 
Na Voreux a mina em que Etienne e seus companheiros extraíam carvão as durezas do ofício eram intensificadas pelo modo de pagamento adotado. Nelas se trabalhava por empreitada, sistema que fazia com que os mineiros trabalhassem quase sem parar por várias horas seguidas, pois dava a impressão de que era a vontade dos operários e não o mando do capital que ditava o ritmo de extração do carvão. Mesmo quando interrompiam o trabalho para comer, não chegavam a descansar o suficiente. Muitas vezes apressavam o almoço para não perderem o calor do corpo. Deitados de lado, golpeavam mais forte, com a ideia fixa de completar um número elevado de vagonetes, os mineiros iam além dos limites humanos num movimento contínuo e obsessivo direcionado para a realização das tarefas que lhes foram designadas. Dentre elas a de recolher o carvão retirado das paredes da mina e colocá-lo nos vagonetes, trabalho geralmente destinado às moças, mas que a empresa proprietária da mina queria substituir por rapazes. Zola afirma que esse projeto de retirar as mulheres da mina repugnava aos mineiros, que temiam pelo emprego das filhas. 
A greve foi uma das mais importantes armas dos trabalhadores. Sua deflagração tinha o mérito de desorganizar o capital, mas também possuía suas contrapartidas negativas para o proletariado, principalmente quando ele ainda não estava preparado de forma adequada para o longo jogo de paciência com os burgueses.
A história de Germinal termina com a partida de Etienne rumo a Paris. Ele acreditava que, apesar de tudo, no valor de seus atos e de seus companheiros. Eles mostraram aos burgueses que os trabalhadores não seriam subjugados para sempre. Um dia, a revolução aconteceria para destruir a velha sociedade. A imagem do exército negro cuja germinação faria rebentar a terra representa essa esperança no nascimento de um novo mundo. 
As colheitas do século seguinte ocorreriam mais ao Leste, na Rússia, onde o czar, o mais autoritário dos déspotas, perderia o trono através da luta de um outro exército, que fora tingido de vermelho pelo sangue derramado na grande guerra. E durante muito tempo esse exército, o sustentáculo de uma utopia, faria tremer os governos da Terra e os alicerces do mundo do trabalho.
Zola estaria tentando mostrar aos burgueses, que a exploração desmedida do trabalho alheio, embora criadora de riqueza, levaria cedo ou tarde à sublevação de forças que eles não seriam capazes de conter.
GERMINAL
Filme baseado em uma realidade sócio-política francesa, mais especificamente a cidade de Montsou que dependia significantemente da mineração. Este trabalho era árduo e sua remuneração era precária visto que mal dava para sustentar as famílias que eram obrigadas a recorrer ao trabalho infantil buscando qualquer “migalha” que pudesse ajudar no orçamento familiar.
Devido as condições humilhantes de trabalho e impulsionado pela falta de segurança é que surge a necessidade de uma representação trabalhista, manifesta na figura de um minerador, que conclama estes ideais de “condições mínimas de dignidade” junto aos seus colegas que passam a entender melhor a realidade de exploração a que eram submetidos diariamente.
Surge então a idealização e posteriormente a concretização de criação de um grupo com ideais de autoajuda “sindical”.
A relação de patrão e empregado, opressor e oprimido vê-se ameaçada causando desconforto por parte do patronato que entende a ameaça que se concretiza com o surgimento de um novo homem sob a égide de uma união e de uma luta de classe por seus direitos. É inevitável o confronto entre estas duas categorias.
A arma da classe operária era o bolso dos patrões e o método escolhido foi a grave, parando assim a extração de carvão gerando grande prejuízo para os patrões. A extruturalização desta ação foi muito bem meticulada visto que outras minas foram aderindo ao movimento grevista e criando um fundo de reserva para dar manutenção, no que se refere ao sustento mínimo do movimento. Em vários momentos, usava-se a persuasão e até mesmo a força para que houvesse o máximo de adesão ao movimento.
Tem-se uma clava visão de alteração do movimento sindicalista para o anarquismo e também socialismo. Estes são fatos perceptíveis até nossos dias atuais pois os idealismos continuam fomentando “utopias” de igualdade social.
O filme GERMINAL, não só pela contribuição hitórico-sindical, é uma obra de valor incontestável para o entendimento das lutas de classe. A interpretação de Gerard D’epardieu é outro fator ímpar para a dramatização dos fatos ocorridos na França do início do século XX mas que surgiram no início do século XVI com a revolução industrial.
Germinal 
O filme retrata a realidade sócio-política do final do século XIX e ínicio do 
século XX na Europa, mas especificamente na França. 
Retrata a vida diária de um trabalhador nas minas de carvão e as
precariedades em que viviam. Além de ser muito difícil conseguir emprego, os
que são empregados têm um salário baixo que mal dá para sobreviver e
sutentar a família que geralmente é enorme. O trabalho é pesado e os riscos
são grandes. Nas minas ocorrem desabamentos, além dos riscos de explosões
devido a circulação de gases em certos lugaresda mina. E quando os
trabalhadores escoram mal, são multados, com descontos nos salários que são
pagos quinzenalmente.
Injustiça por parte dos patrões, que vivem uma vida regalada, e de luxo.
E adotam uma posição positivista em relação aos trabalhadores, acham que
por darem moradia, seguro médico e o pequeno salário, está tudo muito bom.
Quando ocorre a crise no mercado mundial de carvão, a saída é a
desvalorização da mão-de-obra, ou seja, a diminuição dos salários.
Logo a influência comunista, de Karl Marx se vê na pele de Etiene, que
cria uma caixa caixa de previdências entre os trabalhadores, visando
resistência (greve) aos capitalistas. Quando Etiene torna-se líder sindical
ocorre uma greve parcial, tendo parte dos operários trabalhando, considerados
traídores. Contudo, há aqueles que acreditam ser necessário uma revolução
armada, e tramam uma invasão às casas dos proprietários. Eclode uma greve
geral e há confrontos com mortes entre os grevistas e o destacamento de
gendarmes enviados para deter o movimento.
O conflito repercurte e a mina é reaberta com uma pequena melhoria
salarial, porém as condições de trabalho continuam precárias, e o clímax se dá
com mais desabamentos. O filme retrata a dura realidade, a exploração dos
trabalhadores, a mordomia da classe burguesa, e a revolução socialista e
anarquista.
A historia do filme”Germinal” se passa na França na época da Revolução Industrial, a historia tem como protagonista “Ettiene”, é um rapaz que vem de uma outra cidade para procurar emprego, e acaba conseguindo em uma mineradora, lá ele indignado ao ver o trabalho escravo que é proposto aos trabalhadores, resolve então liderar uma greve. No início os trabalhadores ficam com receio de aceitar e acabarem morrendo de fome. Ettiene consegue convencer os trabalhadores, pois eles já estão cheios de passar tanta humilhação, daí então resolvem entrar em greve, mas infelizmente não tem sucesso, porque o dinheiro começa acabar, as pessoas acabam ficando doentes e morrendo sem recurso algum. Por fim eles acabam desistindo da greve, e pedindo seus empregos de volta, pois as possibilidades democráticas da Revolução Francesa mostravam-se ilusórias. Esse filme se passa na época do Realismo e podemos comparar algumas características do Realismo com as do filme. O Realismo diz que “o homem é escravo da sociedade, ou de seu próprio corpo; que o corpo humano é controlado por leis que transcendem a vontade e a moral do homem”. E no filme existe uma cena, onde um senhor fica doente e mesmo assim, tem que ir trabalhar, para não perder o emprego e morrer de fome. Segundo Taime (1828 á 1893 determinismo científico) o homem é um produto do meio ambiente, produto da raça a que pertence, produto do momento histórico. Ele se refere ao homem, ou seja, ao ser humano como uma maquina, produto ou algo que pode ser comercializado. No filme há uma cena, onde um senhor dono de um armazém, chantageava e abusava das mulheres, para que elas obtivessem credito em seu armazém. Assim se deitando com ele, elas conseguiam comida para o sustendo de suas famílias. Então havia uma troca de um produto (o corpo) por outro (alimentos). No determinismo o homem é fruto direto do meio, logo destituído de liberdade total de decidir e de influir nos fenômenos em que toma parte. No filme os burgueses eram donos de tudo, das casas, das mercearias, e quando não eram donos, mesmo assim conseguiam mandar em tudo e todos, e os menos favorecidos eram obrigados á obedecer, “eles tem liberdade, mas não liberdade total, de fazer o que querem e como querem”.

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