JULIANA PEREIRA DE ALMEIDA RA 80630 - MEMORIAL JUSTIFICATIVO

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E ASSUNTOS ESTUDANTIS 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Pereira de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE ARTES E CULTURA 
 
Espaço público de interação urbana e elevação cultural em Pilar do Sul – São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba/SP 
2018
 
 
 
 
Juliana Pereira de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE ARTES E CULTURA 
 
Espaço público de interação urbana e elevação cultural em Pilar do Sul – São Paulo 
 
 
 
 
 
 
Memorial Justificativo de Prática de 
Pesquisa II, apresentado como exigência 
parcial para obtenção do Diploma de 
Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da 
Universidade de Sorocaba. 
 
Orientadora: Me. Paola de Oliveira Jaekel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba/SP 
2018 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este memorial justificativo designa-se a respeito da implantação de um centro 
de artes e cultura no município de Pilar do Sul – São Paulo. Munindo-se de 
embasamento teórico a elaboração textual inicia-se através da compreensão das 
questões pertinentes ao papel dos espaços públicos perante a sociedade e os 
processos que culminaram na sua degradação e abandono. A partir desse 
entendimento, passa-se ao acordo do conceito dos espaços denominados vazios 
urbanos e seu contexto dentro da cidade contemporânea, compreendendo as 
formas de reintegração desses espaços, criando áreas qualificadas, inteirando-o 
com a sociedade e o universo plural. Sequencialmente abre-se esse entendimento 
ao processo disseminador dos centros de artes e cultura e sua impactação como 
elemento propulsor da interação urbana e elevação do conhecimento. 
Posteriormente, insere-se a esse estudo breve análise do processo urbanístico do 
município com a finalidade de fomentar as decisões adotadas e estabelecer o 
caráter crítico e reflexivo perante a concepção do projeto a ser implantado, 
finalizando-se esse memorial com as diretrizes projetuais estabelecidas. 
 
Palavras-chave: Centro de artes e cultura; Espaços públicos; Vazios urbanos; 
Requalificação; Interação; Conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................4 
2. OS ESPAÇOS PÚBLICOS E A SOCIEDADE .................................................5 
2.1 Os vazios urbanos e o processo de requalificação através do espaço 
público..............................................................................................................5 
2.2 Centro de artes e cultura como propulsor da interação urbana e elevação 
do conhecimento.............................................................................................8 
2.3 Análise histórica e desenvolvimento urbano do município de Pilar do 
Sul ......................................................................................................................... 9 
3. DIRETRIZES PROJETUAIS............................................................................12 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO ESTRUTURADA 
 
Tema: Espaço público de interação urbana e elevação cultural em Pilar do Sul – São 
Paulo. Problema de Pesquisa: Como requalificar o espaço público, estabelecendo 
o resgate da interação social, promovendo a elevação das características culturais 
tão importantes dentro do cenário do município de Pilar do Sul? Justificativa: 
Incentivar o uso do espaço público através da requalificação urbana e disseminação 
da cultura, o que promoverá a reintegração da área com o seu entorno. Objetivos: 
Desenvolver um espaço estruturador da sociedade pilarense, promovendo a 
ascensão de uma área de convívio qualificada, facilitando o acesso, integração e 
explanação da cultura e do conhecimento, sendo esses os maiores propulsores da 
sociedade contemporânea. Objeto: Desenvolvimento de um Centro de Artes e 
Cultura na área central do município de Pilar do Sul. Embasamento teórico: 
Revisão bibliográfica proporcionada através da compilação de ideias de autores 
relacionados ao processo histórico que culminou na existência e expansão dos 
vazios urbanos, assim como a possível relação dos espaços culturais com o 
contexto urbano e o seu papel quanto agente transformador, finalizando com o 
histórico do processo de urbanização do município de Pilar do Sul. 
 
5 
 
 
 
2. OS ESPAÇOS PÚBLICOS E A SOCIEDADE. 
 
Este capítulo através da análise histórica, contextualizará os atributos do 
desenvolvimento, expansão e organização das cidades, demonstrando a relação 
dos espaços públicos com a sociedade, levantando-se sua problemática e 
fundamentos. 
Para isso, se fez essencial a descrição da importância da intervenção e 
requalificação dos espaços urbanos que, segundo Rogers (2001), após a Revolução 
Industrial encontram-se em constante processo de decadência, culminando em 
inúmeras patologias ao meio citadino como a subutilização das áreas e os vazios 
urbanos. 
Como resultantes desses processos, instaurou-se nos cidadãos o medo e a 
insegurança quanto a utilização dos espaços públicos, criando-se assim um novo 
hábito contemporâneo que contribuiu para o abandono desses locais. 
Concluindo-se que os espaços públicos são os responsáveis pela conexão 
entre os indivíduos de uma sociedade, insere-se de forma conjunta os atributos 
originados a partir de equipamentos disseminadores de artes e cultura, a modo de 
demonstrar seu poder de transformação social através da expansão do 
conhecimento e seu nível de impacto na sociedade contemporânea, e ainda a 
análise histórica do desenvolvimento urbano do munícipio de Pilar do Sul, com o 
objetivo de promover o entendimento da dinâmica municipal através do contexto 
local. 
2.1. Os vazios urbanos e o processo de requalificação através do espaço 
público. 
Traçando-se um panorama através do processo histórico e o cenário atual 
pode-se observar que, os espaços públicos sempre foram tidos como uma resultante 
das mutações da vida em sociedade. A mais importante transformação ocorreu no 
século XVII com a consolidação da urbanização e industrialização das cidades, a 
denominada Revolução Industrial. 
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Rogers (2001), classifica que um novo cenário se desenhava perante a 
revolução e o impulso da sociedade capitalista a partir da invenção da máquina a 
vapor, culminando no processo migratório em massa da população rural que 
buscava ascensão para as áreas urbanas. 
As consequências desse processo de deslocamento interviram de forma 
drástica nos meios de produção, que em seu primórdio possuíam predominância 
agrária. Com isso a oferta de emprego campestre sofreu grande queda, enquanto as 
cidades geravam novas vagas de emprego o que mudou de forma permanente o 
desenvolvimento e planejamento das mesmas, visto que a preocupação capitalista 
proporcionou somente a alavancagem financeira, não se preocupando com a 
infraestrutura e qualificação de suas cidades, que cada vez abrigavam mais 
habitantes de forma impensada e irregular. 
Para Gehl (2013), a deterioração gradual dos centros urbanos em decorrência 
do espraiamento proveniente do desenvolvimento industrial e o uso exacerbado do 
automóvel transformou áreas anteriormente habitadas em espaços ociosos, 
repassando a sociedade a sensação de receio e insegurança ao frequentá-los.As incidências do constante desenvolvimento das cidades contemporâneas 
refletiram diretamente na percepção da sociedade, que de forma empírica tende a 
formar a paisagem a qual pertencem através da concepção do ideal e de 
simbologias que representem a vida urbana, como aponta Lynch. 
 
A cidade não está construída apenas para um indivíduo, mas para grandes 
quantidades de pessoas, com antecedentes altamente variados, com 
temperamentos diversos, de diferentes classes, com diferentes ocupações 
[...]. Se assim for, diferentes observadores encontrarão material de 
percepção adaptado ao seu modo individual de olhar para o mundo. 
(LYNCH, 2011, pag.123) 
 
Nascimento (2013), ressalta que, o processo de modernização das cidades 
contemporâneas resultou na problemática do crescimento de espaços públicos cada 
vez menos preocupados com aspectos sociais, o que favoreceu seu processo de 
desumanização. Para esses lugares que anteriormente serviram como áreas de 
socialização, a solução adotada não é mais possibilitar sua qualificação, mas sim 
edifica-las. 
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Segundo Gehl (2013), o planejamento desenfreado das novas cidades 
diminuiu o espaço de suas calçadas dando lugar para as grandes avenidas, cada 
vez mais as ruas passam a ser destinadas a circulação de automóveis, rebaixando o 
pedestre de protagonista a coadjuvante e reduzindo progressivamente a 
participação dos mesmos na cidade. 
Todos esses processos históricos e urbanísticos acabaram por culminar na 
degradação em massa dos centros urbanos, onde os mesmos findaram por se 
transformar em espaços vazios, sem vivacidade e muitas vezes abandonados ou 
apresentando alto grau de deterioração. 
Para Rogers (2001), com a formação dessa nova realidade criaram-se os 
denominados vazios urbanos, os quais consistem em espaços residuais 
remanescentes da ociosidade das áreas urbanas. Ainda que inseridos no contexto 
urbano esses espaços não acompanham o dinamismo do caráter funcional de seu 
entorno. Atualmente, os vazios das estruturas urbanas tornaram-se também 
consequência do interesse da especulação imobiliária dependendo das 
circunstâncias a que estão inseridos. Outrora podem ser compreendidos como como 
descontinuidades dos tecidos urbanos que acabam por comprometer toda a 
vitalidade e qualidade espacial da área ao que foram criados. 
A partir da visualização do contexto dos processos da urbanização 
exacerbada e suas consequências pode se ponderar como contrapartida a essa 
problemática a adoção de atividades das quais a área apresenta carência, 
introduzindo usos variados em espaços acessíveis e de caráter público, com 
atividades principalmente de cunho social, valorizando o espaço e propondo a 
convivência entre seus usuários. 
Conforme Doroba (2012), a existência de espaços públicos abertos deve 
objetivar-se a garantir a integração entre as pessoas, além de pautar-se na 
interrelação ambiente natural e construído, fornecendo assim lugares de encontro e 
socialização, resultando na reflexão da diversidade socioespacial dos habitats. 
O espaço público é um elemento indissociável do espaço urbano. Em 
conjunto com a arquitetura e a natureza, as ruas, praças, parques, etc. 
formam uma parte real da imagem da cidade. O ambiente construído 
público no espaço urbano é um elemento representativo da cultura, 
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economia e dos valores de um lugar; é parte da identidade e da imagem 
urbana. (DARODA, 2012, pag.17) 
Partindo do pressuposto que todas as cidades possuem a possibilidade de 
criação e mantimento de espaços públicos devidamente qualificados, faz-se 
necessário a implantação dos mesmos para a formação da imagem e sociabilidade 
destas, pois, esses espaços podem assumir o papel de transformador da dinâmica 
local, originando a compreensão da expressão social dentro do contexto do universo 
plural. 
 
2.2 Centro de artes e cultura como propulsor da interação urbana e elevação 
do conhecimento. 
 
Tendo-se como início o embasamento teórico e verificação de que os 
espaços públicos são os responsáveis pela integração entre as pessoas, constata-
se que se faz necessário mais do que um simples ambiente de convivência para 
garantir a salubridade da socialização e ocupação consciente desses locais. 
Dentro dessa contextualização compete-se a análise dos atributos originados 
a partir de equipamentos disseminadores de artes e cultura e seu poder de 
transformação social através da expansão do conhecimento conforme citado abaixo 
por Ramos. 
 
Na última década, as leis de incentivo se disseminaram, transformara-se em 
um importante instrumento de viabilização de projetos culturais e 
possibilitaram uma verdadeira profusão de espaços culturais no país. Os 
centros culturais, como instituições representativas do setor cultural seriam, 
portanto, o local privilegiado das práticas informacionais relacionadas à 
cultura. Disso decore nosso interesse por estes espaços que, para fazer 
cultura, transformaram-se em equipamentos disseminadores de informação. 
(RAMOS, 2007, pag. 74) 
 
Ainda segundo Ramos (2007), atualmente estamos vivenciando o 
desenvolvimento de inúmeros projetos de cunho socioculturais, e a partir dos 
mesmos podemos constatar a utilização da cultura como elemento agregador no 
trabalho de crianças, jovens e adultos que encontram-se em situações que as 
representam riscos, como a marginalidade. Nessa perspectiva, a cultura e as artes 
são utilizadas para compor de forma positiva a imagem pré-concebida das minorias; 
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criando possibilidades de capacitação e posteriormente garantindo a atuação 
profissional para essa população. 
Proporcionar a revitalização do vazio urbano através da implantação de um 
centro disseminador de artes, cultura e conhecimento compete em um processo 
analítico minucioso, uma vez que é preciso englobar satisfatoriamente diferentes 
demandas de público, culminando em um processo unificatório sem segregação 
econômico social, ofertando serviços de qualidade e garantindo a junção de 
aspectos socioculturais de forma diligente. 
De acordo com Pallamin e Ludemann (2002), as artes são um meio de 
interpretação do mundo contemporâneo, através da expansão do senso crítico sobre 
os espaços públicos, assim sendo as atividades provindas da arte e da cultura de 
uma sociedade, fazem-se essenciais para a humanização das pessoas, resultando 
na proliferação do conhecimento e tradução do mundo ao redor estabelecendo com 
que todos se reconheçam entre seus iguais, possibilitando a influência mútua entre o 
homem e a coletividade. 
2.3 Análise histórica e desenvolvimento urbano do município de Pilar do Sul. 
 
Após a contextualização dos problemas acerca dos espaços públicos, sua 
degradação e abandono, e fundamentação quanto a requalificação dos mesmos, 
faz-se necessário a compreensão do contexto local do município de Pilar do Sul, 
localizado no interior do Estado de São Paulo. 
Segundo Nogueira (2014), a história do pacato município de Pilar do Sul 
inicia-se no ano de 1850, quando tropeiros, caçadores e mineradores encontraram 
pousada na cidade ao passar à procura de metais preciosos. 
O município pilarense enfrentou inúmeras dificuldades de desenvolvimento 
durante as três primeiras décadas do século XX, resultando na perda da autonomia 
política, tornando-se então distrito do município de Piedade, em 1934. No dia 05 de 
novembro de 1936 Pilar reconquistou sua autonomia e voltando a alcançar a 
categoria de município. 
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Segundo Valio (2005), em 1937, Eugenio Theodoro Sobrinho tomou posse 
como primeiro prefeito municipal eleito, sendo aprovado no mesmo ano pela Câmara 
de vereadores uma lei a qual consistia na doação de lotes a todosque desejassem 
construir edificações de qualquer natureza, o que alavancou a economia municipal 
perante o incentivo oferecido aos que na cidade desejaram estabelecer-se. 
Uma das primeiras intervenções urbanísticas do município foi a criação da 
Praça no Bairro do Campo Grande, sendo que antes dessa a cidade possuía apenas 
uma praça central, na qual a cidade se desenvolveu em torno. 
Válio (2005), afirma que, no decorrer dos anos seguintes, sob a administração 
do Prefeito Antônio de Carvalho, ocorreu o desenvolvimento de novas avenidas que 
hoje cortam o munícipio, sendo que em 1974, adveio a principal urbanística da 
cidade, na qual as suas ruas receberam infraestrutura urbana, como sarjetas, 
bueiros, asfalto, dentre outras infraestruturas. 
O processo de expansão e desenvolvimento territorial do município de Pilar 
do Sul acabou por propiciar duas centralidades, uma ligada a área central, na qual 
localizam-se ao seu entorno bairros de característica mais tradicionais, e o 
denominado novo centro, que se desenvolveu a partir da necessidade da população 
das áreas periféricas ao acesso facilitado aos serviços públicos como educação e 
saúde. 
Tendo em vista o novo panorama municipal, os investidores vislumbraram a 
potencialidade dessa área, inserindo novos usos ao cenário, e essa atividade foi 
reforçada através da concepção do novo eixo comercial, tendo essa se tornado o elo 
de ligação entre o velho e o novo centro. 
Com a proliferação comercial aliada aos sistemas de infraestrutura e serviços 
básicos o novo centro passou a se desenvolver de forma mais acirrada, ao mesmo 
tempo as extensões periféricas passaram a despertar a especulação imobiliária visto 
seu poder de área construtiva. 
Com o desincentivo comercial do velho centro a cidade passou apresentar a 
desapropriação de espaços, ocasionando a ociosidade dos mesmos e criando 
vazios urbanos, uma vez que áreas antes tidas como nobres já não apresentam 
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potencialidades, sendo mais vantajoso a aquisição de novos terrenos e 
empreendimentos nas áreas onde a arrecadação de capital tornou-se mais benéfica. 
Contudo, não é só a área urbana da cidade de Pilar do Sul que sofre com o 
processo de fragmentação, as esferas administrativas, políticas e sociais que a 
regem também não apresentam unificação, sendo a mais preocupante a área 
cultural, mesmo perante seu vasto poder transformador e a grande busca por parte 
da população que visa novas oportunidades de conhecimento e valorização da 
cultura local, tão forte no processo da construção histórica do município pilarense. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. DIRETRIZES PROJETUAIS 
 
A partir do conteúdo abordado neste trabalho, o qual abrange a problemática 
dos vazios urbanos, o poder requalificador dos espaços públicos e o impacto dos 
equipamentos disseminadores de artes e culturas na sociedade contemporânea, 
tornou-se possível traçar diretrizes, as quais servirão como norteadoras ao processo 
de execução do projeto do Centro de Artes e Cultura no município de Pilar do Sul – 
São Paulo. 
Com a vislumbração das necessidades municipais e estabelecimento do 
projeto a ser implantado, fez-se primordial o desígnio do terreno ideal para abrigá-lo, 
levando em consideração todos os estudos alçados a partir das análises urbanas, 
visando assim a garantia da escolha da área de intervenção mais próspera a 
tipologia proposta. 
A área de intervenção consiste em uma área vazia, a qual anteriormente 
abrigou uma antiga Escola Católica, que foi desativada a muitos anos, e acabou 
ficando abandonada por mais outros vários anos, até então ser demolida e hoje 
consiste em um terreno vazio, o qual não apresenta nenhuma utilização, possuindo 
laterais e fundos para um córrego. 
Com acesso facilitado a área a ser destinada a implantação do projeto 
encontra-se disposta na união das avenidas Miguel Petrere e Dom Lúcio Antunes de 
Souza, que são as principais avenidas de conexão do município para os bairros e 
rodovias de entrada e saída da cidade. 
O partido arquitetônico consiste na criação de um centro de artes e cultura, 
sendo esta uma edificação que possibilite espaços abertos e outros introspectivos, 
abraçando a cidade através de uma ampla praça aberta. Em seu térreo que se 
encontrará implantado abaixo ao nível da rua, a continuação da praça se incumbirá 
de convidar e guiar os transeuntes ao seu interior, enquanto os demais pavimentos 
marcados pelas linhas simétricas estabelecerão uma nova relação com a rua e seu 
entorno. 
A proposta objetiva-se quanto suas diretrizes: 
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Criação de espaço público, através da praça aberta, a qual se estenderá 
como continuação do espaço urbano, munindo-se também da criação de caminhos e 
conexões que interliguem a rua ao edifício, proporcionando o estímulo ao convívio 
social pacífico entre os diferentes públicos. 
Criação da Biblioteca Municipal, sendo esta um dos grandes programas da 
edificação, visto que, a Biblioteca da cidade nunca apresentou sede fixa que 
comportasse suas necessidades. O espaço na qual a mesma insere-se atualmente 
consistem em um prédio alugado, com espaços limitados o que interferem na 
conservação do acervo e principalmente na qualidade do atendimento aos usuários. 
Criação de salas de aula vinculadas as artes cênicas, visuais e musicais 
oferecendo espaços especializados para a recepção de alunos e grupos locais. 
Fornecer novos usos ao edifício público, garantindo espaços com fluxo diário 
de usuários, garantindo a vivacidade da edificação. 
Revitalização e preservação da área de preservação permanente, na qual a 
área de intervenção encontra-se inserida, com a revitalização do córrego. 
Promoção de experiências visuais em diferentes níveis da edificação, 
exaltando o cenário e seu entorno. 
Através dessas diretrizes projetuais, torna-se plausível a criação do programa 
de necessidades que se adeque ao projeto do proposto centro cultural, visando a 
execução de conceitos levantados nesse memorial, proporcionando a transformação 
do ambiente urbano do município de Pilar do Sul, impulsionando a cultura, as artes, 
o conhecimento e principalmente o senso crítico da população, culminando no 
processo de integração sociocultural da população pilarense. 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
DARODA, Raquel Ferreira. As novas tecnologias e o espaço público da cidade 
contemporânea. Porto Alegre, 2012. 122f. Dissertação (Mestrado – Programa de 
Pós-Graduação Strictu Sensu em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. 
 
GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. 
 
LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2011. 
 
NASCIMENTO, Gislaine M; TEIXEIRA, Kátia A. A representação do lugar no 
projeto de arquitetura pós-moderno. São Paulo, 2013. 119 f. Dissertação 
(Mestrado - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo) 
- Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2013. 
 
NOGUEIRA, José Luiz. Genealogia de uma cidade – Pilar do Sul. Itapetininga-SP: 
Gráfica Regional, 2014. 
 
PALLAMIN, Vera M.; LUDEMANN, Mariana. Cidade e cultura: esfera pública e 
transformação urbana. São Paulo: Estação Liberdade, 2002. 
 
RAMOS. Luciene Borges. O centro cultural como equipamento disseminador de 
informação: um estudo sobre a ação do Galpão Cine Horto. Belo Horizonte, 
2007. 243 f. Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em 
Ciência da Informação) - Universidade Federal de Minas Gerais, 2007. 
 
ROGERS,Richard. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona: Editorial 
Gustavo Gilli, 2001.São Paulo: Perspectiva, 2013. 
 
VALIO, Janio. Nascente das Águas. Itu, SP: Ottoni editora, 2005.