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Nulidades no Processo Penal

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NULIDADES NO PROCESSO PENAL (artigo 563 até 573, do CPP)
DAS NULIDADES 
Conceito: nulidade é um vício processual decorrente da inobservância da forma prevista em lei, capaz de invalidar o processo no todo ou em parte.
Efeito: Quando reconhecida, acarreta a retirando da validade do ato, fazendo que o mesmo deixe de servir e ser útil ao processo.
Espécies: A atipicidade do ato pode gerar-lhe nulidade, a qual pode se desdobrar em absoluta ou relativa, a saber.
a) Nulidade relativa: o ato viola formalidade exigida por norma infraconstitucional. Neste caso, a formalidade é essencial ao ato, pois visa resguardar o interesse de uma das partes. Seu desatendimento, então, é capaz de gerar prejuízo. A invalidação depende do caso concreto, fica condicionada à demonstração do efetivo prejuízo e a arguição do vício em momento oportuno (sob pena de preclusão e convalidação do ato).
b) Nulidade absoluta: o ato viola formalidade exigida pelo texto constitucional, mais precisamente aos princípios constitucionais do devido processo legal (contraditório, ampla defesa, publicidade, juiz natural, etc.). A formalidade visa resguardar o interesse da ordem pública. Por isso, o prejuízo é presumido e sempre ocorre. Neste caso não há preclusão, e pode ser reconhecida de ofício, em qualquer fase do processo. São nulidades insanáveis e o ato então não poderá ser convalidado. Para ser reconhecida, precisa de um pronunciamento judicial. 
Exceção: Súmula 160 do STF, que proíbe o juiz de reconhecer nulidade em prejuízo do réu.
Obs.: Súmula 523 do STF: “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.” Ou seja, só haverá ofensa à ampla defesa (princípio constitucional), quando a violação importar em TOTAL aniquilamento da defesa do acusado.
Interessante esclarecer que há hipóteses em que o ato pode não ser nulo, mas dele faz decorrer a atipicidade, podendo ser: Ato Irregular e Ato Inexistente.
a) Ato irregular: é aquele que não é invalidado porque a formalidade desatendida, estabelecida em norma infraconstitucional, não era essencial a ele, pois não visa resguardar o interesse de nenhuma das partes, sendo um fim em si mesmo. Neste caso, O ATO ATINGIU O FIM A QUE SE DESTINAVA E NÃO SOFRE A SANÇÃO DE NULIDADE (ato imperfeito, mas que atingiu sua finalidade). O descumprimento da formalidade é incapaz de gerar prejuízo. Por exemplo: Oficial de Justiça que não faz a citação na pessoa do réu, mas o faz na pessoa do seu empregado e, mesmo assim, o réu comparece. O ato atingiu os fins a que se destinava e não sofre a sanção de nulidade.
b) Ato inexistente: não reúne os elementos necessários para sequer existir como ato jurídico. Por exemplo, a sentença sem dispositivo, ou assinada por quem não é juiz. Não precisa ser declarada pelo juiz, basta desconsiderar o ato e tudo que foi praticado em sequência e começar de novo.
Princípios
a) Princípio do prejuízo – pás de nullité sans grief (art. 563): Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo para uma das partes. Não se aplica esta regra à nulidade absoluta, pois o prejuízo nela é presumido. Aplica-se somente à nulidade relativa.
b) Princípio da instrumentalidade das formas ou da economia processual (art. 566): não há necessidade de declarar nulo um ato processual que não teve qualquer influência no deslinde da causa (apuração da verdade e decisão). O art. 572, II, reforça isso, dizendo que se o ato for praticado de outra forma, mas atingir sua finalidade, a nulidade será sanável.
c) Princípio da causalidade ou da sequencialidade (art. 573, parágrafo 1º): somente os atos dependentes ou que sejam consequência do ato viciado serão atingidos pela nulidade. Por exemplo, no caso de nulidade de citação, serão anulados todos os atos seguintes.
d) Princípio do interesse (art. 565): Só pode invocar a nulidade quem dela possa extrair algum resultado positivo ou situação favorável dentro do processo. Portanto, ninguém pode alegar nulidade que só interesse a parte contrária.
e) Princípio da convalidação: as nulidades relativas estarão sanadas se não arguidas em momento oportuno (art. 572, I). Isso decorre da PRECLUSÃO. O art. 571 estabelece o momento em que as nulidades relativas devem ser sanadas, sob pena de convalidação do ato viciado. Outro caso de convalidação é o caso do artigo 569 (omissões que podem ser supridas até antes da sentença final). 
O art. 570 diz que no caso de falta ou nulidade de citação, intimação ou notificação, o comparecimento do interessado, ainda que somente com o fim de arguir a irregularidade, sana a falta ou nulidade de citação. Mas se o juiz reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito de parte, ele ordenará a suspensão ou adiamento do ato.
Obs.: Súmula 160 do STF: “É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.” Ou seja, só pode reconhecer a nulidade em prejuízo do réu, se a acusação expressamente argui-la em seu recurso. A exceção é no caso de incompetência absoluta, em que o juiz deverá reconhecer a nulidade de ofício mesmo que prejudique o acusado e que a acusação nada tenha falado em seu recurso, pois o vício é muito grave.
Nulidades em espécie (art. 564)
A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I) Por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
Existe a incompetência absoluta e a relativa, nas quais há afronta ao princípio constitucional do juiz natural. No primeiro caso há nulidade absoluta do processo, o vício jamais se convalida, pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, a qualquer tempo e grau de jurisdição e independente de comprovação do prejuízo. Neste caso, TODOS os atos serão anulados.
No segundo caso, o juiz incompetente tem poderes para julgar a causa somente se as partes desejarem. O vício é sanável se não for alegado no primeiro momento. Há nulidade relativa. Neste caso são anulados apenas os atos decisórios (de mérito), aproveitando os instrutórios, devendo o processo ser remetido ao juiz competente (art. 567).
No caso de suspeição o juiz detém o poder jurisdicional, embora esteja viciado, acarretando a nulidade absoluta do ato. No caso de impedimento não há capacidade jurisdicional, e acarreta a inexistência do ato. O artigo não se refere ao impedimento, pois não acarreta apenas a nulidade, mas a inexistência do ato.
Os casos de suspeição estão no artigo 254 e os de impedimento estão no art. 252. O juiz deve dar-se por impedido ou suspeito. No caso da suspeição, se o juiz não o fizer, qualquer das partes poderá recusá-lo. Se não o fizer, qualquer das partes poderá arguir o vício (art. 112). Julgada procedente a exceção de suspeição, ficarão nulos os atos do processo principal. Rejeitada, o excipiente arcará com multa (art. 101).
Suborno ocorre quando há desonestidade funcional por corrupção passiva ou prevaricação, ocasionando o afastamento do juiz e sujeitando-o à sanção penal. Gera nulidade absoluta do ato.
II) Por ilegitimidade de parte;
Ilegitimidade ad causam ocorre quando o autor não é o titular da ação ajuizada ou quando o réu não é imputável ou por não ter concorrido para a prática do ilícito.
Ilegitimidade ad processum decorre da falta de capacidade postulatória do querelante (assina queixa crime sozinho) ou incapacidade para estar em juízo (menor de 18 anos sem representante legal).
O artigo 568 diz que a nulidade por ilegitimidade do representante da parte é sanável (a todo tempo), mediante ratificação dos atos processuais. Trata da ilegitimidade ad processum apenas, sendo nulidade relativa, pois pode ser convalidada. 
No caso na ilegitimidade ad causam, o vício não se convalida, sendo a nulidade absoluta e insanável. O processo é nulo, mas a autorização de vontade posterior ratifica os atos até então praticados.
III) Por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) A denúncia e a queixa são peças fundamentais, poispromovem o nascimento da relação jurídica processual e são instrumentos através dos quais a acusação é formulada. Elas devem preencher alguns requisitos, previstos no art. 41. A queixa deve ser formulada por advogado e a denúncia pelo MP.
O erro no endereçamento, a falta de pedido de citação e de condenação, a não indicação do rito procedimental são meras irregularidades. 
Qualificação equivocada e erro no nome do denunciado são meras irregularidades, desde que possível sua identificação. 
Erro na capitulação jurídica do fato ou sua ausência também é mera irregularidade, pois o juiz pode atribuir à definição que bem entender (art. 383). 
A falta de oferecimento de rol de testemunhas acarreta apenas preclusão, pois é facultativa. 
A fundamentação do despacho que recebe denúncia ou queixa é necessária, pois é uma exigência constitucional (art. 93, IX, CF). 
É necessária a descrição precisa dos fatos na denúncia, sob pena de invalidar o exercício da ampla defesa.
b) Corpo de delito são os vestígios do crime. Segundo o artigo 158, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Então este exame é OBRIGATÓRIO, mesmo que outra prova possa provar a ocorrência do crime, exceto se não houver ou desaparecerem os vestígios. 
Nem mesmo a confissão do acusado supre o exame. Mesmo que qualquer prova seja apta ao esclarecimento da verdade, o exame é necessário.
Somente se houver desaparecido os vestígios, a prova testemunhal supre a falta do exame de corpo de delito (art. 167).
c) Falta de nomeação de defensor ao réu presente, que não o tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos.
Deve-se observar o teor da Súmula 523 do STF: “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.” Ou seja, só haverá ofensa a ampla defesa (principio constitucional), quando a violação importar em total aniquilamento da defesa do acusado. O juiz deve analisar em cada caso concreto.
Se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor dativo para oferecer resposta. A não nomeação pelo juiz gera nulidade absoluta. 
Obs.: o réu tem o direito de escolher seu próprio defensor. 
O defensor leigo pode gerar a nulidade absoluta, pois, segundo a CF, o advogado é indispensável à administração da justiça (art. 133, CF).
Art. 261: Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor (técnico).
Entretanto, se a atuação do defensor foi deficiente ou não, haverá nulidade apenas se não houver prejuízo para a defesa (nulidade relativa).
A segunda parte dessa alínea é considerada revogada, pois o CC passou a considerar o maior de 18 anos plenamente capaz, sem necessidade de assistência de curador ou representante legal. O menor de 21 anos não é mais considerado menor.
d) Falta de intervenção do MP em todos os termos da ação penal pública ou subsidiária.
No processo penal vigora o princípio da indisponibilidade da ação penal pública, pois o MP não pode desistir da ação proposta (art. 42 CPP). Ele não pode desistir e nem deixar de praticar um ato de ofício, pois isso importa em abandono do processo e em desistência tácita, com violação a determinação legal.
Caso o MP se recuse a praticar o ato, o juiz remeterá os autos ao procurador geral de justiça para que designe outro promotor para oficiar o processo (art. 28 aplicado por analogia).
Trata-se de nulidade relativa, pois o art. 572 permite a convalidação deste vício, quando o MP volta a se manifestar e nada diz da omissão anterior.
Não é possível a nomeação de promotor ad hoc (para o ato) a fim de suprir a omissão do MP, pois as funções institucionais somente podem ser exercidas por integrantes da carreira (art. 129, parágrafo 2º, primeira parte).
e) Falta ou nulidade de citação do réu para ver-se processar.
Citação é o chamamento do réu ao processo para que ele responda a ação contra ele proposta (é diferente de intimação, que, no processo penal, é a mesma coisa que notificação). No processo penal ela é obrigatoriamente pessoal.
Citação e intimação são pressupostos básicos para o exercício da ampla defesa (direito a autodefesa e direito de presença).
A falta de citação estará sanada se o interessado comparecer antes de o ato consumar-se (art. 570). Entretanto, se a falta de citação prejudicar a defesa do acusado, o vício será insanável, não sendo possível sua convalidação apenas pelo comparecimento do réu ao ato.
Não observados os requisitos do art. 357, haverá nulidade do ato citatório, por omissão de formalidade essencial.
Ao réu preso, além da requisição (chamar o réu ao juízo para apresentar sua defesa), é NECESSÁRIA a citação pessoal por mandado (comunicação de que existe uma ação contra ele) (art. 360).
A citação por edital só é cabível depois de esgotados os meios para encontrar o acusado. Para o STF, o edital não precisa transcrever integralmente a acusação, bastando que se indique o tipo penal (Súmula 366).
A falta de interrogatório também acarreta nulidade devido ao princípio da ampla defesa. O silêncio não pode ser interpretado em prejuízo da defesa e não importa em confissão. O acusado tem o direito de permanecer calado. O juiz deve informar ao réu o seu direito de permanecer calado, sob pena de nulidade do ato.
O interrogatório é ato que não preclui, podendo o juiz proceder de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pois é necessário ao exercício da ampla defesa.
O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório (art. 399, parágrafo 1º).
Passado o prazo de 10 dias para oferecimento da defesa, o juiz nomeará o defensor para realizar o ato. A não nomeação gera nulidade absoluta do ato.
Antes de o juiz proferir a sentença, quem deve se pronunciar por último no processo é a defesa, sob pena de nulidade absoluta do feito.
f) Os requisitos da sentença estão no artigo 381.
Engano quanto ao nome do acusado não anula a sentença se ele puder ser identificado. 
A absoluta falta do relatório acarreta nulidade insanável, pois impede se saiba se o juiz tomou conhecimento do processo e das alegações das partes. Mas se na motivação for evidente que analisou todos os argumentos e provas das partes, não haverá nulidade. 
A motivação é obrigatória, está prevista na CF. A fundamentação sucinta não invalida a sentença. Haverá nulidade se a sentença não for clara. 
A não indicação dos artigos de lei aplicados ao caso em regra acarreta nulidade, pois a omissão acarreta prejuízo ao réu, que fica sem saber qual crime ensejou a sua condenação. 
O dispositivo da sentença é essencial, e na verdade a sua falta acarreta a inexistência do ato. 
A falta de assinatura do juiz acarreta inexistência da sentença. A falta de data é mera irregularidade.
g) Falta de intimação do réu para julgamento no Júri
O não comparecimento do acusado solto regularmente intimado não acarreta adiamento do julgamento (art. 457). Se houver pedido de adiamento ou justificação de não comparecimento, estes serão submetidos à apreciação do juiz presidente do Tribunal do Júri. Se não for intimado, o julgamento será nulo. Se o réu preso não for conduzido, o julgamento será adiado.
Se o réu não oi notificado do julgamento, haverá nulidade, devido ao direito de presença. Se o réu foi notificado do julgamento e não comparecer, não há nulidade, pois ele teve ciência do ato. Se não foi notificado, mas comparece, também não há finalidade pois a finalidade foi atingida.
h) A Lei n. 11.689/2008 suprimiu a previsão legal do libelo-crime acusatório e sua contrariedade. Tratava-se de nulidade relativa, que deveria ser arguida logo após o pregão, sob pena de preclusão.
Quanto às testemunhas, as regras são iguais as do réu do artigo anterior. As testemunhas arroladas devem ser ouvidas pelo juiz. Se não arrolada testemunha, haverá preclusão.
A testemunhaintimada que não comparecer, será conduzida coercitivamente, a não ser que a parte tenha se comprometido a levá-la, caso em que, se não levá-la presume-se que desistiu dela.
i) A sessão de julgamento do Júri deve ter um quórum mínimo de 15 jurados, sob pena de nulidade absoluta (art. 463).
j) Vide artigos 447, 449 do CPP e Súmula 206 do STF.
Para o STF, não pode servir no mesmo conselho de segurança jurado que participou do primeiro julgamento, não importa qual a causa geradora da nulidade. Também não poderá servir o jurado que tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento anterior.
A incomunicabilidade diz respeito ao mérito do julgamento e tem como objetivo impedir que o jurado exteriorize a sua forma de decidir e venha a influir sobre a decisão dos demais, em prejuízo ou benefício de qualquer das partes.
k) Vide artigos 482, 483 e 490 do CPP.
O jurado não sentencia, ele responde a quesitos. Pode não haver resposta ou haver em desfavor da parte que o formulou.
l) Acusação e defesa na sessão de julgamento;
Integram e representam o processo.
m) Sentença
Sua falta ou deficiência torna nulo o processo. Vide comentários acima (letra f).
n) Recurso de ofício 
Quando o réu é absolvido sumariamente (sem julgamento), este recurso deverá subir para instancia superior. O reexame é obrigatório. O atual art. 415 não exige este recurso, que antes era exigido.
o) Intimações de ciência de despachos e sentenças de que caiba recurso.
Se a sentença for proferida em audiência, as partes já saem dela intimadas, não sendo necessária intimação futura, o que não nulifica o processo.
Entretanto, nos Tribunais, as partes não saem já intimadas, uma vez que o acórdão ainda não está completo, devendo seu inteiro teor ser primeiramente publicado para intimação das partes.
p) A ausência do quórum mínimo para julgamento no STF e nos Tribunais de Apelação nulifica o processo.
IV) Por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Essencial é formalidade sem a qual o ato não atinge a sua finalidade. Há nulidade se o ato for praticado sem preencher os requisitos para a sua validade. 
As hipóteses do inciso III se justificam por ausência do ato. No inciso IV o ato existe, mas ele carece de formalidade que é de sua essência.
Por exemplo, se não houver denúncia, nulifico pelo inciso III; se há denúncia, mas ela não descrever o fato com todas as sua circunstancias, nulifico pelo inciso IV.
Momento oportuno para arguição das nulidades relativas (art. 571):
- as da instrução criminal: na fase das alegações finais orais ou da apresentação de memoriais;
- no processo sumário: no prazo da defesa inicial. As ocorridas após seu oferecimento ou antes da audiência de instrução, deve ser arguida logo após sua abertura, após o pregão;
- as posteriores à pronúncia: logo após a instalação da sessão, depois de feito o anúncio do julgamento e o pregão;
- as que ocorrem durante o julgamento em plenário: logo em seguida à sua ocorrência;
- após surgidas na sentença definitiva: em preliminar nas razões do recurso.
Obs.: a nulidade de incompetência relativa pode ser arguida no prazo de resposta à acusação. A absoluta pode ser a qualquer tempo e grau de jurisdição.
Obs.: As nulidades relativas são: incompetência relativa; falta de intervenção do MP em todos os termos da ação penal; falta de prazos concedidos à acusação e a defesa; falta de intimação do réu para julgamento perante o Júri; falta de intimação das testemunhas; falta de formalidade essencial ao ato. O resto, por exclusão, é nulidade absoluta.
As nulidades relativas precisam ser arguidas em momento oportuno e a parte deve arguir o prejuízo. Se não arguidas, o ato é convalidado. Se o ato foi praticado de outra forma e atingiu sua finalidade, ele será válido.
As nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo e o prejuízo é presumido.

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