Buscar

questionário de direito de família n2 fasam Maio 2019

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Goiânia, Maio de 2019
Professora Goiacy Campos Dunck
Acadêmica: Milene Joyce Francisco
 
Artigos 1607 ao 1783 A , excetuando adoção.
Trabalho de Direito de Família N2. Trabalho manuscrito, entregar apenas no dia da prova, somente as respostas com a xerox das perguntas.
1)Conceitue poder familiar e explique a diferença entre extinção, suspensão e a perda do poder familiar. Observar o parágrafo único do artigo 1638 do CC.
O poder familiar está relacionado ao dever dos pais de sustento, guarda e educação dos filhos menores. Ou seja, é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais em relação à pessoa e aos bens dos filhos menores de 18 anos.
A perda do poder familiar é a forma mais grave de destituição do poder familiar e se dá por ato judicial quando o pai ou mãe castigar imoderadamente o filho, deixá-lo em abandono, praticar atos contrários à moral e aos bons costumes ou incidir de forma reiterada no abuso de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens do filho menor.
A suspensão do poder familiar é uma restrição no exercício da função dos pais, estabelecida por decisão judicial e que perdura enquanto for necessária aos interesses do filho menor.
Dá-se quando um ou ambos os pais abusam da autoridade que possuem em relação aos filhos menores, falta com os deveres a eles inerentes ou arruína os bens do filho.
A suspensão pode se dá em relação a um dos filhos ou a todos eles, em sendo o caso de mais de um. 
A extinção do poder familiar se dá pela interrupção definitiva do poder familiar dos pais em relação aos filhos, e se dá pela morte de um ou ambos os pais, emancipação, por ter o menor completado 18 anos de idade, pela adoção ou ainda por decisão judicial.
2) O que é regime de bens entre os cônjuges? 
É um conjunto de regras que vai estabelecer as relações patrimoniais durante o casamento ou a união estável, como se dará a propriedade e a administração dos bens de cada cônjuge e/ou de ambos, que foram adquiridos antes e durante o relacionamento, bem como após o fim da união, seja por morte, quando teremos a sucessão e partilha dos bens ou por rompimento em vida, como a meação.
3) – O regime de bens entre os Cônjuges pode ser alterado? Explique sobre a imutabilidade do regime de bens
O regime do casamento pode ser alterado. É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
Princípio da mutabilidade do regime de bens: esclarece-se que uma vez que a celebração do casamento ocorre, o regime escolhido entra em vigor, não podendo mais ser modificado, a não ser mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, conforme dispõe o artigo 1639, parágrafo 2º, do Código Civil.
4) – O que é pacto antenupcial? 
Também chamado de Contrato Pré-nupcial, Acordo Pré-nupcial ou Convenção Total, o Pacto antenupcial é um contrato, onde os noivos estabelecem o regime de bens pelo qual será regido o Casamento.
A regra geral para União Civil (casamento) é o Regime da Comunhão Parcial de Bens, ou seja, toda vez que alguém precisar ou quiser se casar em regime diverso deste, o pacto antenupcial passa a ser necessário. O pacto é o correto instrumento para a escolha de regime de bens diverso da Comunhão Parcial. Se não houver pacto, teremos a regra, ou seja, o regime da Comunhão Parcial de Bens, que também é chamado de Regime Supletivo. É o que trata o artigo nº 1.640 do Código Civil.
5) – Qual o regime legal de bens, não havendo convenção entre as 
partes? 
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
6) – Qual a situação dos bens móveis no regime da comunhão parcial? 
A presunção legal é que o mobiliário do casal foi adquirido na constância da união, sendo, portanto, partilhável. Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário, ou seja, o interessado tem oportunidade de comprovar que a aquisição de algum objeto ocorreu em data anterior ao casamento.
7)Quais os atos que  nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta?
Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime de separação absoluta: Alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; Pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; Prestar fiança ou aval; Fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Meação é o termo que designa a metade ideal do patrimônio comum do casal, a que faz jus cada um dos cônjuges.
8) – Qual a situação dos bens e direitos dos cônjuges no regime de 
participação final nos aquestos? 
Neste regime de bens, cada cônjuge possui o seu patrimônio próprio e, quando o casamento chegar ao fim, as partes repartirão os bens que foram adquiridos durante o matrimônio a título oneroso (mediante pagamento). Para facilitarmos o entendimento e falarmos de uma forma mais simplificada, podemos considerar que este regime funciona como uma mistura de outros dois regimes de bens, da seguinte maneira: durante o casamento, o regime de bens é o da separação total “�� HYPERLINK "https://direitofamiliar.com.br/regime-da-separacao-total-de-bens/" Regime da separação total de bens�� HYPERLINK "https://direitofamiliar.com.br/regime-da-separacao-total-de-bens/" “, mas quando o casamento termina serão aplicadas algumas regras do regime da comunhão parcial de bens “Regime da comunhão parcial de bens – Parte 1“.
Esta mistura dos regimes é aplicada da seguinte forma: cada cônjuge poderá administrar livremente seu patrimônio e dispôr livremente de seus bens móveis durante a união. Um exemplo disso é: Se “A” tem um carro e quer vendê-lo, poderá fazer isso sem autorização do cônjuge “B”. No entanto, se “A” quiser vender um apartamento (bem imóvel), precisará da concordância do cônjuge “B”.
9) – Como são administrados os bens dos cônjuges no regime de 
separação de bens? 
10) – Quando será obrigatório o regime de separação de bens? 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;                          (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
11)Explique o que é bem de família e sua forma de constituição.
O bem de família é aquele que deve ser protegido, por ser um patrimônio mínimo necessário para se viver com dignidade e, por isso, não pode ser penhorado, ou seja, em se tratando de um imóvel residencial, por exemplo, mesmo que o proprietário daquele bem possua dívidas, ele não poderá perder aquele determinado imóvel para quitar o débito, por ser um bem necessário à sua subsistência.
12)Quando o devedor for proprietário vários imóveis utilizados como residência, a em qual deles recairá impenhorabilidade?
Art. 5º da lei 8009/90 “Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil . "
13)Quem pode pedir alimentos, e de quem podem ser pedidos?
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Tem direito aos alimentos pais, filhos, ascendentes e descendentes até segundo grau colateral, ou seja, o direito a alimentosé recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, inclusive aos avós paternos ou maternos, quando os pais forem mortos, inválidos ou não possuam rendimentos, de forma que a obrigação recaia nos parentes mais próximos em grau, um em falta de outros.
14)Quais as espécies de alimentos? Explique
NATURAIS: compreendem tudo aquilo que é necessário à manutenção da vida de uma pessoa, ou seja, é o necessarium vitae como a alimentação, os tratamentos de saúde, o vestuário, a habitação.
CIVIS: abrangem outras necessidades morais e intelectuais - o necessárium personae -, como o lazer e a educação.
OS ALIMENTOS LEGITIMOS são aqueles devidos em virtude de lei, ou seja, aqueles devidos de uma obrigação legal. Em nosso sistema jurídico, são aqueles devidos por direito de sangue, por vínculo de parentesco ou relação familiar, ou em decorrência do matrimônio.
15)Quando cessa para o alimentante o dever de prestar alimentos?
Morte do credor/alimentando- Como se trata de obrigação é personalíssima em relação ao credor (intuitu personae), a morte do alimentando faz cessar a obrigação.
Alteração substancial no binômio necessidade/possibilidade (art. 1.699 do CC)-
Ou seja, inexistindo a necessidade do alimentando, visto possuir condição econômica para manter a própria subsistência, ou estando o alimentante impossibilitado de efetuar a prestação econômica, já que tal obrigação causa-lhe desfalque do necessário ao seu próprio sustento e de sua família, possui o alimentante o direito de pleitear a exoneração do dever legal de prestar alimentos.
Em relação aos filhos menores, ao completar a maioridade- O entendimento consolidado é de que a obrigação do genitor se encerra com o atingimento da maioridade e o fim do pátrio poder. Pode, todavia, continuar tratando-se de filho universitário, até que este encerre os seus estudos. É importante observar o conteúdo da Súmula 358 do STJ que diz: “O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”.
Dissolução do casamento ou da união estável- O novo casamento – ou nova união estável – do Devedor/Alimentante pode gerar uma alteração substancial no binômio, culminando na extinção da obrigação por força do art. 1.699 do CC, se for o caso.
Por outra via, nos termos do caput, do art. 1.708, do CC, o casamento, a união estável ou o concubinato do Credor/Alimentando faz cessar o dever de prestar alimentos.
Comportamento indigno do credor em relação ao devedor- Dispõe o parágrafo único, do art. 1.708, do CC, interessante inovação, que “Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver procedimento indigno em relação ao devedor”. Na interpretação do que seja procedimento indigno do credor aplicam-se, por analogia, as hipóteses dos incisos I e II do art. 1.814 do Código Civil. Como exemplo: casos de crimes contra a vida ou contra a honra praticados pelo Devedor contra o Credor justifica-se a extinção dos alimentos por indignidade.
O exercício da liberdade afetiva do Credor não pode ser considerado postura indigna, a dar ensejo à exoneração da obrigação alimentar em favor do ex-cônjuge, mormente quando considerado que, com o término da relação, não mais persiste o dever de fidelidade”. A indignidade pode ensejar a exoneração ou apenas a redução do valor da pensão alimentícia para quantia indispensável à sobrevivência do credor.
16) Quais as características dos alimentos?
Personalíssimo: a pessoa que tem o direito de receber os alimentos não pode transferi-lo a outrem.  Apenas haverá a possibilidade de alguém que não é o titular dos alimentos recebê-los quando o titular é incapaz, de forma que seu responsável legal, tutor ou curador receberão os alimentos a fim de prover os devidos cuidados ao alimentado.
Irrepetível/Irrestituível: caso a decisão judicial que determinou o pagamento dos alimentos seja cassada ou, por algum motivo, não subsista, os alimentos que já foram pagos não serão devolvidos. Aquele que pagou não pode cobrar de quem recebeu, e quem recebeu não tem o dever de devolver.
Impenhorável: caso a pessoa que recebe alimentos tenha alguma dívida, o valor que recebe a título de alimentos não pode ser penhorado para pagamento de qualquer débito.
Incompensável: não é possível realizar compensação com verba alimentar. Exemplo: se um filho tem dívida com o pai, que lhe paga prestação alimentar, ele não pode “abater” a dívida do valor pago dos alimentos. Este abatimento seria a compensação, o que é vedado.
Irrenunciável: a pessoa que tem direito a receber alimentos não pode renunciar ao seu direito, dizer que “não precisa”.
Intransacionável: não é possível fazer um acordo sobre pagar ou não pagar alimentos. A transação pode ser apenas em relação a valores, mas nunca sobre a obrigação de pagar alimentos, a qual seguirá existindo.
Incessível: não é possível ceder o direito de alimentos para outrem. Ex: alimentado tem uma dívida e, para pagá-la, deseja ceder seu direito de alimentos ao seu credor. Isto não é possível!
Atual: o valor dos alimentos deve ser sempre atualizado, revisto, a fim de que o valor pago não perca seu valor aquisitivo.
17)Quais as conseqüências jurídicas aplicadas ao devedor de pensão alimentícia em caso de inadimplência?Em caso de prisão do devedor qual o prazo máximo de sua prisão?
A medida mais gravosa consiste na prisão civil, ainda, é possível requerer a penhora de bens como contas bancárias, veículos automotores, imóveis, sendo infrutífera pode-se também pedir a penhora do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que apesar de ter sido criado para assegurar o trabalhador em caso de dispensa, também pode ser utilizado para pagar os débitos alimentares.
O devedor de pensão também pode ser inscrito nos órgãos de proteção ao crédito (SPC e SERASA), passando a ter o nome “sujo na praça”, tendo como consequência a não concessão de crédito, inviabilidade de empréstimos, emissão de cheques entre outros.
A prisão pode durar de 01 a 03 meses, conforme determinado pelo juiz do processo. (art. 528, § 3º cpp).
18)Da tutela e curatela(institutos que se caracteriza pela proteção dos incapazes)
19)Qual o conceito de tutela?
Tutela é o direito que uma autoridade recebe para zelar por um indivíduo menor de idade. Tutela é dar amparo, proteção e auxílio, e é o que ocorre quando crianças ficam órfãos, ou não têm pais presentes, ou até mesmo não possuem uma família.
20)Quanto a fonte de onde emanam, quais as formas ou espécies de tutela?
Há três espécies de tutela, a legítima, a testamentária[4] e a dativa. A legítima é exercida por parentes consanguíneos[5] (ascendentes ou colaterais até terceiro grau, preferindo-se os de grau mais próximo); a testamentária depende da nomeação feita pelos pais em testamento; e a dativa é que possui a nomeação pelo juiz.
21)O tutor é remunerado?
O tutor tem direito a ser remunerado. Se a remuneração não tiver sido fixada pelos pais do menor no acto de designação do tutor, será arbitrada pelo tribunal de menores, ouvido o conselho de família, não podendo, em qualquer caso, exceder a décima parte dos rendimentos líquidos dos bens do menor.
22)Como é feita a prestação de contas pelo tutor e a quem presta contas?
Art. 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos tutelados, são obrigados a prestar contas da sua administração.
Art. 1.756. No fim de cada ano de administração, os tutores submeterão ao juiz o balanço respectivo, que, depois de aprovado, se anexará aos autos do inventário.
Art. 1.757. Os tutores prestarão contas de dois em dois anos, e também quando, por qualquer motivo, deixarem o exercício da tutela ou toda vez que o juiz achar conveniente.
Parágrafo único. As contas serão prestadas em juízo, e julgadas depois da audiência dos interessados, recolhendo o tutor imediatamente a estabelecimento bancário oficial os saldos, ou adquirindo bens imóveis, ou títulos, obrigações ou letras, naforma do § 1o do art. 1.753.
23)Qual o conceito de curatela?
A curatela é a medida tomada após o procedimento de interdição, que visa ao amparo e proteção do interditando, para que a sua segurança enquanto pessoa bem como a segurança de seus bens e patrimônio possa estar resguardada. O instituto da curatela completa, no Código Civil, o sistema assistencial dos que não podem, por si mesmos, reger sua pessoa e administrar seus bens. O primeiro é o poder familiar atribuído aos pais, sob cuja proteção ficam adstritos os filhos menores. O segundo é a tutela, sob a qual são postos os filhos menores que se tornaram órfãos ou cujos pais desapareceram ou decaíram do poder parental. Surge em terceiro lugar a curatela, como encargo atribuído a alguém, para reger a pessoa e administrar os bens de maiores incapazes, que não possam fazê-lo por si mesmo, com exceção do nascituro e dos maiores de 16 e menores de 18 anos.
24)Quais as características da curatela?
A curatela apresenta cinco características relevantes:
a) os seus fins são assistenciais - O instituto da curatela completa o sistema assistencial dos que não podem, por si mesmos, reger sua pessoa e administrar seus bens. Isto é, tem como finalidade conceder proteção àqueles que não têm discernimento para os atos da vida civil, mormente no tocante aos seus interesses financeiros, pois o fim principal da curatela é patrimonial;
b) tem caráter eminentemente publicista – O caráter publicista advém do fato desse dever do Estado zelar pelos interesses dos incapazes. Tal dever é delegado a pessoas capazes e idôneas, que passam a exercer um múnus público, ao serem nomeadas curadoras;
c) tem também caráter supletivo da capacidade - O caráter supletivo da curatela decorre do fato de o curador representar ou assistir o curatelado em todos os casos de incapacidade não suprida pela tutela;
d) é temporária, perdurando somente enquanto à causa da incapacidade se mantiver (cessada a causa, levanta-se a interdição) - Desaparecida a finalidade pela qual se estabeleceu a curatela, esta se extingue. Cessando a incapacidade não há mais motivo para que a pessoa tenha um curador. Exemplo: a pessoa era dependente química, mas não mais o é, então não precisa mais de curador.
e) a sua decretação requer certeza absoluta da incapacidade - Ou seja, para alguém ser submetido à curatela deve antes ser interditado, por meio de procedimento próprio, pois a capacidade se presume, mas a incapacidade deve ser comprovada.
25)Quem está sujeito à curatela?
Estão sujeitos a curatela: Aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; Aqueles que, por causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; Os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; Os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; Os pródigos (pessoa que gasta ou se desfaz de seus haveres ou bens).
26)Quem tem legitimidade para requerer a interdição?
O Código Civil estabelece que podem requerer a interdição somente os pais ou tutores, o cônjuge ou, na falta destes, um parente do doente, e ainda o Ministério Público (este somente quando se tratar de doente mental grave cujos parentes e responsáveis forem incapazes ou não tenham requerido a interdição).
27)Quem está habilitado a exercer a curatela?
O curador pode ser os pais, o cônjuge ou algum parente próximo, ou ainda, na ausência destes, o Ministério Público podem pedir a Curatela de um adulto com mais de 18 anos de idade considerado juridicamente incapaz.
28)A quem incumbe o poder de nomear tutor?
Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.
Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico.
29)Em que casos nomeará o juiz tutor idôneo e residente no domicílio do menor?
Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:
I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;
II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;
III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.
30)Quem exerce o poder familiar na tutela?
Os tutores assumem o exercício do poder familiar. No entanto, os poderes da tutela são mais limitados do que os do poder familiar.
31)Quem não pode ser tutor? 
Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam: Aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens; Aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor; Os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela;
Os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena; As pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores; Aqueles que exercem função pública incompatível com a boa administração da tutela.
32)Que outras responsabilidades cabem ao tutor, podendo praticar atos sem a supervisão do juiz?
33)Quais os deveres do tutor, quanto á pessoa do menor?
Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor:
I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição;
II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correção;
III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já contar doze anos de idade.
34) A quem compete promover a interdição?
A ação de interdição está normatizada nos artigos 1177 e seguintes do Código de Processo Civil e pode ser promovida pelo pai, mãe ou tutor, pelo cônjuge ou algum parente próximo ou, ainda, pelo órgão do Ministério Público. Em caso de não haver parentes próximos capazes, a companheira ou companheiro do interditando também tem legitimidade para propor a ação.
35)Explique da tomada de decisão apoiada art. 1783 A 
Uma das formas de curatela especial era deferida a favor do enfermo ou portador de deficiência física, mediante o seu expresso requerimento (art. 1.780 do CC - atualmente REVOGADO).
Porém, essa modalidade não é mais possível, tendo em vista que ela foi substituída pela chamada "tomada de decisão apoiada", a qual encontra-se prevista no atual artigo 1.783-A do CC.
De início, conforme o caput do art. 1.783-A, a tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.

Continue navegando