Métodos de controle do crescimento microbiano

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Microbiologia Básica e Teórica
Aula 6 – Métodos de controle do crescimento
microbiano
* Métodos de controle do crescimento microbiano– AULA 6
MICROBIOLOGIA BÁSICA E TEÓRICA
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Objetivos desta aula
Identificar a necessidade de controle do crescimento microbiano;
Reconhecer os diferentes objetivos nos processos de Esterilização, Desinfecção e Antissepsia;
Relacionar os métodos físicos e químicos para o controle do crescimento microbiano. 
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Introdução: Definições
I – Esterilização: é a utilização de processos físicos ou químicos que permitem eliminar TODAS as formas microbianas presentes em determinados materiais ou áreas, eliminando inclusive tipos mais resistentes como as Micobactérias e Esporos bacterianos.
II – Desinfecção: é a utilização de processos físicos ou químicos para eliminar a MAIORIA das formas microbianas presentes, porém não se garante a eliminação de formas mais resistentes, como esporos, vírus envelopados, etc.
III – Antissepsia: é a utilização de produtos químicos para reduzir a quantidade de microrganismos sobre a pele ou outro tecido vivo. Atenção: não podemos eliminar TODOS os microrganismos, pois os métodos seriam muito drásticos e isso lesaria as células do indivíduo, não é?
 
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IV – Esterilização Comercial: Tratamento de calor suficiente para matar os endósporos de Clostridium botulinum nos alimentos enlatados. (Para evitar o botulismo).
V – Degerminação: Remoção de micróbios de uma área limitada, como a pele em torno do local de uma injeção. (Basicamente remoção mecânica por um algodão embebido em álcool).
VI – Sanitização: Tratamento destinado a reduzir as contagens microbianas nos utensílios alimentares até níveis seguros de saúde pública. 
Introdução: Definições
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A condição essencial para esterilização de qualquer tipo de material é a limpeza, pois a presença de matéria orgânica como óleo, gordura, sangue, pus e outros materiais, protege os microorganismos contaminantes no contato indispensável com o agente esterilizante.
O material novo, que nunca foi usado, deve também ser lavado antes da esterilização. Os materiais devem ser lavados, escovados para remoção de sujidade e devem estar secos antes de se iniciar o processo, seja ele de que natureza for.
Há vários métodos de esterilização, que levam em conta principalmente o tipo de material a ser utilizado e o tempo gasto no processo.
Esterilização
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Esterilização
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Esterilização: Autoclave
Classificada como esterilização por vapor úmido ou calor sob pressão. 
Nesse equipamento deve-se ter o cuidado de permitir a saída do ar seco do ambiente interno do equipamento (válvula aberta no início) e observar que o vapor atinja todo o material a ser esterilizado. 
É um método considerado rápido e normalmente se utiliza a temperatura de 121º ou 132°C durante intervalos de tempo variáveis. (cerca de 15 min. quando a temperatura e a pressão atingirem os níveis indicados).
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kk
Esterilização: Autoclave
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Um método simples por calor seco é a chama direta. Exemplo disso é passar a alça de inoculação direto no fogo.
Temos também a esterilização com ar quente, onde o material é colocado dentro de fornos com temperaturas de 170º por mais de duas horas. 
Observação 1: diminuindo a temperatura aumenta-se o tempo de exposição do material ao calor.
Exemplo: o mesmo material pode ser esterilizado em uma autoclave em 15 minutos ou em forno em 12 horas, com a mesma temperatura (120º. ).
Observação 2: Todo método tem que ser testado em eficácia.
Esterilização: outros métodos
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É a passagem de um líquido ou gás através de material semelhante a uma tela, com poros pequenos o bastante para reter os microrganismos.
 A filtração é utilizada para esterilizar os materiais sensíveis ao calor, como alguns meios de cultura, enzimas, vacinas e soluções antibióticas.
Obs.: alguns centros cirúrgicos e salas ocupadas por pacientes queimados recebem o ar filtrado para reduzir o número de microrganismos transmitidos pelo ar. Os filtros de partículas de ar de alta eficiência, denominados filtros HEPA removem quase todos os microrganismos maiores que cerca de 0,3 μm de diâmetro.
Filtração
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I – radiação ionizante: Promove ionização da água que forma radicais hidroxila altamente reativos. 
Esses radicais reagem com os componentes orgânicos celulares, principalmente com o DNA. 
Os raios gama, raios-x e feixes de elétrons de alta energia pertencem a essa categoria.
Os raios gama penetram profundamente, porém podem levar horas para esterilizar grandes massas, enquanto que os feixes de elétrons de alta energia possuem uma potência de penetração muito inferior, mas normalmente requerem apenas alguns segundos de exposição. 
A radiação tem sido muito utilizada em indústria de alimentos visando à conservação de alimentos.
Radiação: Dois tipos
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II – Radiação não-ionizante: A luz UV danifica o DNA das células expostas(comprimento de onda de 260nm).
A radiação UV tem sido utilizada para controlar microrganismos do ar (centros cirúrgicos), desinfetar vacinas e outros produtos médicos. 
Essa radiação não é muito penetrante e organismos protegidos por sólidos e coberturas como papel, vidro e tecidos não são afetados. 
Obs.: Pode causar lesão nos olhos e a exposição prolongada pode desencadear câncer de pele.
Radiação: Dois tipos
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GLUTARALDEÍDO A 2% E ÁCIDO PARACÉTICO A 0,2%:
Nesse tipo de procedimento, os materiais limpos e secos são mergulhados em cuba de imersão com esses produtos. Recentemente a ANVISA suspendeu a permissão para utilização desse tipo de método para esterilização por esse processo para esterilizar instrumental cirúrgico devido à persistência de bactérias do grupo das Micobactérias de crescimento rápido. 
Esses mesmos agentes químicos podem ser utilizados como desinfetantes ao invés de esterilizantes, dependendo da concentração e do tempo de exposição ao produto.
Esterilização: métodos químicos
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Os métodos físico-químicos utilizados para esterilização são geralmente efetuados com a utilização de produtos químicos em forma gasosa.
 Os principais são: Esterilização por emprego do gás Óxido de Etileno (ETO), esterilização por vapor de Peróxido de Hidrogênio (conhecido como gás Plasma), Plasma de gases (vapor de ácido peracético e peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e gás argônio)  e ainda Vapor de Formaldeído.
Esterilização: métodos físico-químicos
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É a utilização de processos físicos ou agentes químicos para eliminar microrganismos de um ambiente ou material, sendo que não necessariamente haverá eliminação de espécies mais resistentes e endósporos bacterianos.  
O processo de desinfecção pode ser dividido em classes conforme o grau de eliminação de microrganismos:
Desinfecção de alto nível – aproxima-se da esterilização quanto à sua eficácia.
Desinfecção de nível intermediário – os endósporos bacterianos podem sobreviver.
Desinfecção de baixo nível – muitos microrganismos podem permanecer viáveis.
Desinfecção
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Os agentes antissépticos são utilizados para reduzir o número de microrganismos sobre a superfície da pele ou mucosas (íntegras ou não).  
Esses compostos são selecionados por sua segurança e eficácia. 
Algumas dessas substâncias químicas, como a clorexidina têm ação residual (continuam a agir ainda após a aplicação) enquanto outras, como o álcool, não têm ação residual (agem somente no momento do contato).  
Para esses últimos, como o álcool, é necessário limpar antes a superfície da pele antes da aplicação do álcool.  
Os iodóforos também são excelentes agentes antissépticos cutâneos.
Antissepsia
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Devemos ter em mente que os processos de Esterilização, Desinfecção e Antissepsia são muito importantes para garantir a Segurança nos Serviços de Saúde.
Para a execução de qualquer uma das classes das metodologias descritas anteriormente, deve haver necessariamente uma limpeza prévia para remoção de sujidade com a finalidade de extração de resíduos(principalmente os orgânicos).  
Essa etapa denominada é realizada em uma unidade hospitalar na área conhecida como Expurgo (local no qual chegam os materiais sujos e contaminados). 
 Após a limpeza e secagem os materiais são encaminhados para a Esterilização, seja qual for a metodologia indicada para esses materiais.
Importância dos métodos
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Os procedimentos de Esterilização, Desinfecção e Antissepsia são vitais para se garantir o controle da incidência de casos de Infecção Hospitalar.  
Uma infecção é dita como sendo de origem hospitalar quando se instala em um cliente após a internação, geralmente aparecendo 48 a 72h após a internação e sempre que puder estar relacionada com procedimentos realizados no interior da unidade hospitalar. 
 Há casos de Infecção Hospitalar que são classificados como EXÓGENOS (desencadeados por fatores externos ao paciente), como por exemplo, transmitir agente infeccioso através de material invasivo que não foi devidamente esterilizado (falha no processo).  
Importância dos métodos
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Os casos de Infecção Hospitalar são classificados como ENDÓGENOS quando são derivados de microrganismos presentes no próprio cliente, normalmente componentes de sua Microbiota, e que são deslocados por procedimentos invasivos sem a devida antissepsia, ou ainda por procedimentos de cuidados erroneamente executados por desconhecimento ou negligência.
 De qualquer maneira cabe ao profissional de Saúde zelar pelo controle da Infecção Hospitalar e, quer sejam ou não membros da CCIH, cada um tem que cumprir o seu papel com a dignidade e o respeito ao próximo que a profissão exige.
Importância dos métodos
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Conclusão da aula:
Desde a descoberta por Pasteur que as doenças eram causadas por microorganismos, as primeiras práticas de controle de crescimento microbiano começaram a dar certo.
Isso apenas com lavagem das mãos e técnicas cirúrgicas assépticas.
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A necessidade de controle do crescimento microbiano;
Os diferentes objetivos nos processos de Esterilização, Desinfecção e Antissepsia;
Os métodos físicos e químicos para o controle do crescimento microbiano. 
Nesta aula vimos:
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