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UNIVERSIDADE PAULISTA ALEXANDRE FERNANDO PESSUTO – RA 1780271 PIM II – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE LOGÍSTICA Economia e Mercado, Recursos Materiais e Patrimoniais e Matemática Aplicada PAULÍNIA - SP 2019 ALEXANDRE FERNANDO PESSUTO – RA 1780271 PIM II – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE LOGÍSTICA Economia e Mercado, Recursos Materiais e Patrimoniais e Matemática Aplicada Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Logística apresentado à Universidade Paulista – UNIP. PAULÍNIA - SP 2019 Pessuto, Alexandre Fernando. PIM II – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE LOGÍSTICA: Economia e Mercado, Recursos Materiais e Patrimoniais e Matemática Aplicada, 2019. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao curso de Logística da Universidade Paulista - UNIP, Paulínia - SP, 2019. 1. Economia e Mercado. 2. Recursos Materiais e Patrimoniais. 3. Mate- mática Aplicada. ALEXANDRE FERNANDO PESSUTO – RA 1780271 PIM II – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE LOGÍSTICA Economia e Mercado, Recursos Materiais e Patrimoniais e Matemática Aplicada Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Logística apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA / / Prof. Universidade Paulista – UNIP / / Prof. Universidade Paulista – UNIP / / Prof. Universidade Paulista – UNIP RESUMO Tem como objetivo principal, levantar e analisar procedimentos, práticas e características da empresa, procurando fazer que o aluno possa associar a teoria com a prática e conseguir evidenciar como o estudo das disciplinas aqui abordadas pode melhorar o funcionamento da empresa através da melhoria da gestão. A metodologia aplicada foi a pesquisa através da Internet, consultando principalmente no site da empresa e alguns sites especializados, que demonstram como é o sistema de gestão logística da empresa. Como objeto de estudo e pesquisa, a empresa escolhida foi a Votorantim Participações S.A.. Abordei e analisei dados das disciplinas: Economia e Mercado, Recursos Materiais e Patrimoniais e Matemática Aplicada, desenvolvidas no Curso de Tecnologia em Logística, demostrando como é importante realizarmos diagnóstico organizacional, identificando suas práticas e buscando identificar possíveis anomalias, assim fazendo sugestões de melhorias. Palavras-Chave: PIM – Economia – Recursos – Matemática – Logística. ABSTRACT Its main objective is to raise and analyze procedures, practices and characteristics of the company, trying to make it possible for the student to associate theory with practice and to show how the study of the disciplines discussed here can improve the functioning of the company through the improvement of management. The applied methodology was the research through the Internet, consulting mainly on the company's website and some specialized websites, which demonstrate how the company's logistics management system is. As the object of study and research, the company chosen was Votorantim Participações S.A.. I studied and analyzed data from the disciplines: Economics and Market, Material and Heritage Resources and Applied Mathematics, developed in the Course of Logistics Technology, demonstrating how important it is to carry out an organizational diagnosis, identifying its practices and seeking to identify possible anomalies, thus making suggestions for improvements. Keywords: PIM – Economics – Resources – Mathematics – Logistics. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9 2 A EMPRESA PESQUISADA ............................................................................................ 9 2.1 Denominação e forma de Constituição .............................................................................. 9 2.2 Dados e fatos relevantes da origem da organização .......................................................... 9 2.3 Natureza e ramo de atuação ............................................................................................. 10 2.4 Porte da empresa .............................................................................................................. 10 2.5 Relação de filiais .............................................................................................................. 10 2.6 Número de funcionários ................................................................................................... 14 2.7 Principais produtos .......................................................................................................... 14 2.8 Principais fornecedores, insumos, matérias-primas e serviços ........................................ 14 2.9 Principais mercados ......................................................................................................... 14 2.10 Principais concorrentes .................................................................................................. 14 3 ECONOMIA E MERCADO ............................................................................................ 15 3.1 Identificar e compreender as formas de organização que prevaleceram no país até a data atual, situando a empresa .................................................................................................... 15 3.2 Analisar os fatores responsáveis pela diversidade dos aspectos físicos e humanos do território brasileiro e as consequências no ramo de atuação ............................................... 16 3.3 Avaliar o efeito da globalização no negócio, bem como no papel do estado nas atividades empresariais ........................................................................................................................ 17 4 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS ........................................................... 18 4.1 Recursos materiais, patrimoniais, humanos, financeiros e tecnológicos ......................... 18 4.2 Administração de Materiais ............................................................................................. 21 4.2.1 Planejamento e controle de estoque .............................................................................. 21 4.2.2 Processo de compras ..................................................................................................... 22 4.2.3 Transportes e produção ................................................................................................. 23 5 MATEMÁTICA APLICADA .......................................................................................... 24 5.1 Matemática aplicada à administração da empresa ........................................................... 24 6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................25 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 25 9 1 INTRODUÇÃO Nos dias atuais em que vivemos o avanço tecnológico, o aumento da demanda de serviços e o foco no cliente fizeram do cliente mais exigente a continua busca de melhorias em toda a cadeia logística. E satisfazer as exigências dos clientes diante de um cenário globalizado e competitivo, é uma das preocupações das empresas públicas ou privadas cujas medidas importantes são mudança de paradigmas, estruturais e de treinamento dos recursos humanos. Cada vez mais vivenciamos e sentimos a necessidade de um planejamento por parte das organizações para que sobrevivam ao mercado competitivo sem que mude seus valores originais. A empresa analisada nesse projeto de desenvolvimento e pesquisa é a Votorantim Participações S.A., cujos aspectos da empresa serão mencionados e comentados mais a frente, principalmente, como economia e mercado, recursos materiais e patrimoniais e matemática aplicada. O método utilizado foi a pesquisa do conteúdo da empresa à diversos setores, por meio de seu site, assim como a pesquisa a outros sites para que assim fosse realizado um estudo complementar mais profundo. 2 A EMPRESA PESQUISADA O jeito certo: com responsabilidade e olhar para o futuro É uma companhia de controle familiar com 100 anos de história e propósitos e compromissos muito claros. Investimos em negócios duradouros e estamos comprometidos com o desenvolvimento das localidades em que atuamos. Assim, nós, da Votorantim, desenvolvemos o nosso jeito de empresariar, investindo em empresas de diversos segmentos, com estratégia e visão de longo prazo, pautada pela responsabilidade, pelo respeito e pela confiança no futuro. Um futuro real, ancorado nas decisões que tomamos hoje, nos aprendizados de nossa história, na nossa cultura e também na capacidade de inovar e de nos anteciparmos aos desafios e às mudanças da sociedade. Um futuro que já acontece. 2.1 Denominação e forma de constituição Votorantim Participações S.A. e empresas controladas, constituída sob a forma de organização de capital fechado. 2.2 Dados e fatos relevantes da origem da organização Em 1.918 o imigrante português Antônio Pereira Inácio adquiriu uma empresa de 10 tecelagem falida localizada no bairro Votorantim em Sorocaba, São Paulo. Seu genro, José Ermírio de Moraes, comprou as ações desta empresa e assumiu o seu controle. É neste ponto que se inicia a história da Empresa. Com a crise de 1.929, José Ermírio diversificou a produção com base na substituição de importações levando-a trabalhar com outros produtos cimento e alumínio entre as décadas de 30 e de 40, fundando a Companhia Brasileira de Alumínio. Sua incursão nestes setores o leva a necessidade de produzir sua própria energia elétrica, o que o faz montar sua própria hidroelétrica e entrar também para o ramo de produção de energia. Os lucros obtidos na época são investidos em outras áreas, passando também a atuar na área química. Atualmente a empresa é formada por um Grupo, que abrange as áreas de metais, cimentos, financias, agroindústria (Citrovita, produtora de suco concentrado de laranja), energia (VE), novos negócios (VNN) e siderurgia (VS). 2.3 Natureza e ramo de atuação O Grupo Votorantim concentra operações em setores de base da economia que demandam capital intensivo e alta escala de produção, como cimento, mineração e metalurgia (alumínio, zinco e níquel), siderurgia, celulose, suco concentrado de laranja e autogeração de energia. No mercado financeiro, atua por intermédio da Votorantim Finanças, e, em Novos Negócios, atuamos com um fundo de Venture Capital e Privaty Equity (investimentos em empresas com potencial de crescimento e empresas já estabelecidas). 2.4 Porte da empresa O Grupo Votorantim constitui-se como uma Grande Empresa • Receita líquida de R$ 31,9 bilhões, aumento de 19% em relação a 2017 • Lucro líquido de R$ 2,0 bilhões, elevação de 141% na comparação anual • Ebitda ajustado de R$ 6,9 bilhões, crescimento de 47% em relação ao ano anterior • Alavancagem de 1,91x dívida líquida/Ebitda ajustado 2.5 Relação de filiais Como se trata de um grupo, segue a quantidade de filiais de cada Empresa: Suco concentrado • Citrovita: 3 fábricas no Brasil e 1 fábrica no Estados Unidos, 26 fazendas no Brasil. 11 Cimento • Votorantim: *No Brasil são 27 unidades de cimento, 8 unidades de argamassas, 16 unidades de agregados e 46 centrais de concreto; *Na América do Norte são 6 unidades de cimento e 150 unidades de agregados e centrais de concreto. • Participações Acionárias: *Na Bolívia: Itacamba; *No Chile: Bío; *Na Argentina: Avellaneda; *No Uruguai: Artigas; *No Paraguai: Ygazú; *Em Portugal: Cimpor; *No Peru: Cementos Portland. Energia • Complexo Juquiá: *6 usinas hidrelétricas *1 pequena central hidrelétrica gerenciadas. Alecrim (UHE) / Miracatu – SP / 72 MW instalados; Barra (UHE) / Tapiraí – SP / 40,4 MW instalados; Salto do Iporanga (UHE) / Juquiá / 36,87 MW instalados; Fumaça (UHE) / Ibiúna – SP / 36,4 MW instalados; França (UHE) / Juquitiba – SP / 29,5 MW instalados; Serraria (UHE) / Juquiá – SP / 24 MW instalados; Porto Raso (PCH) / Tapiraí – SP / 28,4 MW instalados. • Complexo Ventos do Piauí: *7 parques eólicos próprios Ventos de São Vinicius (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados; Ventos de Santo Alberto (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados; Ventos de Santo Agostinho (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados; Ventos de Santa Albertina (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados; Ventos de São Casimiro (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados; Ventos de São Adeodato (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados; Ventos de Santo Afonso (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 29,4 MW instalados. • Complexo Paranapanema: *2 usinas hidrelétricas gerenciadas Piraju (UHE) / Piraju – SP / 80 MW instalados; Ourinhos (UHE) / Ourinhos e Jacarezinho - SP e PR / 44 MW instalados. 12 • Complexo Juiz de Fora: *2 usinas hidrelétricas gerenciadas Sobragi (UHE) / Simão Pereira e Belmiro Braga – MG / 60 MW instalados; Picada (UHE) / Juiz de Fora – MG / 50 MW instalados. • Complexo Sorocaba: *2 usinas hidrelétricas *2 centrais geradoras hidrelétricas gerenciadas Itupararanga (UHE) / Votorantim – SP / 55 MW instalados; Jurupará (UHE) / Piedade – SP / 7,2 MW instalados; Votorantim (CGH) / Votorantim – SP / 3 MW instalados; Santa Helena (CGH) / Votorantim – SP / 2,24 MW instalados. • Complexo Santa Cruz: *2 centrais geradoras hidrelétricas gerenciadas Rio Novo (CGH) / Avaré – SP / 1,2 MW instalados; Boa Vista (CGH) / Sarutaiá – SP / 0,8 MW instalados. • Consórcios: *9 usinas hidrelétricas gerenciadas Canoas I (UHE) / Paranapanema – SP / 82,5 MW instalados; Canoas II (UHE) / Andirá – PR / 72 MW instalados; Amador Aguiar I (UHE) / Uberlândia e Araguari – MG / 240 MW instalados; Amador Aguiar II (UHE) / Uberlândia e Araguari – MG / 210 MW instalados; Barra Grande (UHE) / Esmeralda – RS / 690 MW instalados; Campos Novos (UHE) / Campos Novos, Abdon Batista, Celso Ramos e Anita Garibaldi – SC/ 880 MW instalados; Igarapava (UHE) / Conquista, Sacramento, Igarapava e Rifaina - MG e SP / 210 MW instalados; Machadinho (UHE) / Maximiliano de Almeida e Piratuba - RS e SC / 1140 MW instalados; Salto Pilão (UHE) / Lontras, Apiúnae Ibirama – SC / 191,89 MW instalados. • Independentes: *5 usinas hidrelétrica *1 pequena central hidrelétrica gerenciadas Pedra do Cavalo (UHE) / Governador Mangabeira e Conceição da Feira – BA / 160 MW instalados; Salto do Rio Verdinho (UHE) / Itarumã e Caçu – GO / 93 MW instalados; Monte Alto (UHE) / Passos – MG / 7,36 MW instalados; São João (UHE) / Itaú de Minas – MG / 3,2 MW instalados; Santana (UHE) / Jacuí – MG / 0,5 MW instalados; Santa Cruz (PCH) / Rio Branco do Sul – PR / 1,5 MW instalados. 13 • Complexo Ventos do Araripe: *14 parques eólicos próprios Ventos de Santo Augusto I (EOL) / Simões – PI / 18,4 MW instalados; Ventos de Santo Augusto II (EOL) / Simões – PI / 27,6 MW instalados; Ventos de Santo Augusto VI (EOL) / Simões – PI / 29,9 MW instalados; Ventos de Santo Augusto VII (EOL) / Simões – PI / 18,4 MW instalados; Ventos de Santo Augusto VIII (EOL) / Simões – PI / 18,4 MW instalados; Ventos de Santo Estevão I (EOL) / Araripina – PE / 25,3 MW instalados; Ventos de Santo Estevão II (EOL) / Araripina – PE / 25,3 MW instalados; Ventos de Santo Estevão III (EOL) / Araripina – PE / 29,9 MW instalados; Ventos de Santo Estevão IV (EOL) / Araripina – PE / 29,9 MW instalados; Ventos de Santo Estevão V (EOL) / Araripina – PE / 27,6 MW instalados; Ventos de Santo Onofre IV (EOL) / Simões – PI / 27,6 MW instalados; Ventos de São Virgílio I (EOL) / Simões – PI / 29,9 MW instalados; Ventos de São Virgílio II (EOL) / Simões – PI / 29,9 MW instalados; Ventos de São Virgílio III (EOL) / Curral Novo do Piauí – PI / 19,8 MW instalados. Finanças • Banco Votorantim (BV Financeira); • Votorantim Asset Management (VAM); • BV Leasing; • Votorantim Corretora, todas com sede em São Paulo, mantendo filiais nos estados da BA, CE, DF, ES, GO, MT, MG, PR, PA, PE, RN, RS e RJ. Metais • Alumínio: 1 fábrica, 3 unidades de mineração e beneficiamento, todas no Brasil; • Níquel: 1 metalúrgica, 2 unidades de mineração e beneficiamento, todas no Brasil; • Zinco: *No Brasil: 2 metalúrgicas, 2 unidades de mineração e beneficiamento; *Peru: 1 metalúrgica, 1 mineradora; *Estados Unidos: 1 metalúrgica; *China: 1 metalúrgica; Siderurgia *No Brasil: 2 usinas siderúrgicas, 1 participação acionária, 7 centrais de corte e dobra e 2 centros de distribuição; *Na Colômbia: 1 usina siderúrgica, 1 unidade de mineração de ferro, carvão e calcário, 7 centrais de corte e dobra e 2 centros de distribuição; *Na Argentina: 1 usina siderúrgica, 3 centrais de corte e dobra. 14 2.6 Número de funcionários O Grupo Votorantim possui cerca de 42.000 funcionários. 2.7 Principais produtos • Citrovita – Suco de laranja concentrado; Subprodutos: óleos essenciais, terpeno cítrico, resinas, oil phase, water phase e wet peel, entre outros; • Cimentos – Cimento, concreto, agregados, argamassa, cal hidratada, cal de pintura, gesso e calcário agrícola; • Energia – Energia pelas Usinas hidrelétricas descritas no item “2.5 Relação de Filiais”; • Finanças – Banco Votorantim (BV Financeira), Votorantim Asset Management (VAM), BV Leasing, Votorantim Corretora; • Metais – Alumínio (lingotes, tarugos, vergalhões, chapas e folhas); Níquel (níquel eletrolítico, níquel coins, matte de níquel, cobalto, sulfato de sódio e ácido sulfúrico); Zinco (zinco SHG, óxido de zinco, pó de zinco, grânulos de zinco, jumbos, Zamac e ligas especiais); • Siderurgia – Vergalhões em barras e rolos, materiais cortados e dobrados, arames recozidos, armações treliçadas, telas eletrossoldadas, perfis, cantoneiras, redondo mecânico, fio-máquina e barra chata. 2.8 Principais fornecedores, insumos, matérias-primas e serviços Não encontrei informações sobre este item. Mas a grande parte das empresas do Grupo possui diretrizes com foco autossustentável, produzindo uma quantidade razoável de insumos e matéria-prima para consumo próprio. 2.9 Principais mercados Opera no mercado de varejo, tanto em rede nacional quanto às exportações. 2.10 Principais concorrentes • Suco de laranja: Cutrale e Citrosuco; • Cimentos: Grupo João Santos, Camargo Corrêa Cimentos; • Energia: A estratégia do Grupo é focada em autoprodução, e no desenvolvimento de projetos de eficiência energética. Uma Empresa pertencente ao Grupo é responsável pela venda da energia excedente; • Finanças: Finasa e Fininvest; 15 • Metais: Vale Do Rio Doce e Grupo Anglo American; • Siderurgia: Companhia Siderúrgica Nacional e ArcelorMittal; 3 ECONOMIA E MERCADO É fundamental para o empreendedor que se lança na aventura de montar e operar uma empresa, que conheça os fundamentos básicos da Economia em suas vertentes de microeconomia, macroeconomia e desenvolvimento econômico e suas inter-relações com o mercado; as implicações entre oferta e demanda, taxas de juros, controle da inflação, formação de preços, custos e receitas, impostos, encargos incidentes sobre o lucro, etc. Nos próximos tópicos veremos algumas implicações econômicas no Brasil e seus reflexos sobre a empresa pesquisada, Fibria. 3.1 Identificar e compreender as formas de organização que prevaleceram no país até a data atual, situando a empresa Os sistemas econômicos de cada país são definidos pelas maneiras como cada sociedade se organiza politicamente, formas de sua cultura e de trocas, produção de bens e serviços de acordo com as necessidades de cada um deles. Na história do Brasil, sabe-se que foram sucessivos os ciclos de exploração das riquezas naturais e atividades extrativistas. Tivemos assim os ciclos de cana-de-açúcar, pau-brasil e de mineração, onde a busca por minérios valiosos e por esmeraldas causou a ida do homem bandeirante para o interior do Brasil, distantes do litoral. Num período mais recente tivemos o ciclo da cultura cafeeira, onde o cenário nacional era dominado pela agricultura, surgindo-se assim os barões de café e uma política de café com leite, onde o poder público concentrava-se nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Com o excesso de oferta no mercado internacional, houve por consequência o encerramento do ciclo da cultura cafeeira. Getúlio Vargas inicia assim o processo de industrialização do País, a partir de seu projeto nacionalista, tendo como foco principalmente na indústria de base: a criação da Petrobrás e a Siderúrgica em Volta Redonda. Dando prosseguimento à industrialização implantada, Juscelino Kubitschek segue atraindo empresas internacionais para o País, desenvolvendo a indústria automobilística como a alemã Volkswagen, produzindo o famoso Fusca. Alguns casos isolados de empreendedorismo ganharam destaque no Brasil, como o Coronel Delmiro Gouveia nas Alagoas e o Barão Mauá no Rio De Janeiro. Em sua obra História do Brasil com empreendedores, o historiador Jorge Caldeira, são relatados casos de 16 empreendedorismo no Brasil-colônia. Apesar das inúmeras intervenções do estado em nossa economia, ao longo de sua história, o Brasil segue fortemente como um país capitalista, onde as forças de mercado permanecem livres e as empresas se constituem sob as formas mais diversas: empresas públicas, de economia mista, privadas, de capital aberto ou fechado, sociedades empresariais por cotas de responsabilidade limitada, empresas individuais, micro empresas e mais recentemente o empreendedor individual. Chegamos à primeira década dos anos 2.000 com nossa economia saneada, sem dívidas externa e com a inflação sob controle e uma estabilidade trazida pelo plano Real nunca antes experimentada pelo País. A Fibra se insere nesse contexto de oportunidadescomo uma empresa privada, de capital aberto, como sociedade anônima cujo capital social é formado por ações. Formada a partir da fusão de Aracruz e Votorantim Celulose e Papel, consolidada e oficializada em 1º de setembro de 2.009, após um longo período de negociações que se estendeu desde 2.008. A maior empresa brasileira de celulose de eucalipto e papel, possui capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel – Terminal Portuário de Barra do Riacho (Aracruz, ES). Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis localizados nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, a Fibria trabalha com uma base florestal total de 1,077 milhão de hectares, dos quais 405 mil são destinados à conservação permanente. 3.2 Analisar os fatores responsáveis pela diversidade dos aspectos físicos e humanos do território brasileiro e as consequências no ramo de atuação O Brasil, desde a sua descoberta em 1.500, foi prioritariamente colonizado pelo litoral. Assim foi como Rio de Janeiro e tantas outras capitais brasileiras. Com as entradas e bandeiras, no ciclo da mineração e escravização dos indígenas, houve a expansão do povoamento do território nacional para o interior. No aspecto humano o Brasil é de uma formação étnica multirracial desde a sua origem. O europeu colonizador promoveu intensa miscigenação com os indígenas nativos e posteriormente com o negro escravo africano, arrancado de suas terras além-mar para prover a 17 mão de obra do Brasil colônia e império e estes entre si, fazendo surgir as figuras do mameluco, cafuzo, caboclo e outros tipos étnicos folclóricos do Brasil, como a mulata. De certa forma o Brasil privilegia os maiores centros de maior tradição pela antiguidade de seu povoamento, como Rio de Janeiro e São Paulo, como centros irradiadores de cultura e poder político, posto que nestes cantos do nosso território se formaram os grandes conglomerados econômicos e financeiros, com inegável peso na economia nacional. Foi necessária a Guerra de Canudos para que o Brasil descobrisse, através das narrativas de Euclides da Cunha, as mazelas de um Brasil esquecido e miserável no sertão nordestino brasileiro, porém forte e altaneiro resistindo a um meio inóspito e adverso. Aos poucos o Brasil vai conhecendo o Brasil e nossas diferenças regionais, nosso pluralismo étnico e cultural se constitui numa riqueza aos olhos do mundo e o nosso país dá exemplo de tolerância e convivência pacífica com a diversidade. A Empresa Fibria, cujas atividades têm por base uma área florestal de 1,2 milhão de hectares, dos quais 403 mil hectares são dedicados à conservação de ecossistemas nativos, em sete estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul, se beneficia do território e de mão de obra propícios às suas atividades. Facilita o transporte de seus produtos e exportação de seus produtos uma vez que se concentra também em regiões portuárias. 3.3 Avaliar o efeito da globalização no negócio, bem como o papel do estado nas atividades empresariais Quando o governo Vargas implantou o processo de industrialização do Brasil, pretendia criar um modelo de substituição das importações, gerando uma indústria nacional forte que pudesse suprir satisfatoriamente o mercado interno. Esse cunho nacionalista permeou nossas relações com o comércio internacional a ponto de criarmos a reserva de mercado para os produtos de informática na década de 80. Nossa economia foi taxada de “fechada” e nossos produtos, por não sofrerem a concorrência dos importados, em grande escala, foram sofrendo um processo de obsolescência tecnológica, ao ponto do presidente Collor, em 1.990, afirmar que nossos carros eram “verdadeiras carroças”. Nesse período o governo promoveu mais fortemente o processo de abertura econômica e uma desregulamentação dos mercados. De lá pra cá a onda de globalização que varreu o mundo tem se firmado e mostra que é uma realidade que veio pra ficar. O Brasil se inseriu muito bem nesse contexto internacional e é parceiro comercial de importantes economias 18 mundiais. Tratando sobre a intervenção Estatal na atividade econômica, vemos que historicamente alterna momentos de maior ou menor intervenção, conforme acorrente política e ideológica que está no poder. A corrente liberal ou neoliberal é mais afeita a acreditar na “mão invisível” do mercado, teoria do fundador da teoria econômica, Adam Smith, de que as forças do mercado, por si só, com cada um buscando seu próprio interesse, ajustariam as coisas a bom termo. Esta hipótese foi posta à prova na década dos anos 30, quando a quebra da bolsa de valores de Nova York gerou desemprego em escala jamais vista e uma queda brutal na atividade econômica. Nesse cenário, o Estado interveio com medidas de regulamentação do mercado e programas de elevação de gastos do governo, com o objetivo de provocar o aumento da demanda agregada, emprego e renda. O sucesso de iniciativas como o New Deal, programa de fomento do governo americano em resposta à crise dos anos 30, e estudos do economista John Maynard Keynes (Teoria Geral do emprego, juro e moeda), inseririam de vez o Estado na economia, que passou a fornecer bens e serviços antes da alçada da iniciativa privada. Não obstante uma onda privatista em vários países do mundo, inclusive o Brasil nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Estado não abre mão das políticas de macroeconomia, intervindo nos mercados de bens e serviços, mercado de trabalho, mercado financeiro e mercado cambial, fixando metas de inflação e de controle de juros. 4 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Uma empresa estruturada deve ser vista como um conjunto de recursos a serem gerenciados de maneira que cada recurso tenha um papel estratégico no alcance dos objetivos a serem atingidos, independente do porte, natureza da atividade e mercado de atuação, toda empresa deve buscar a sua melhor alocação e gerenciamento de recursos para poder sobreviver num cenário de forte competitividade e economia globalizada. 4.1 Recursos materiais, patrimoniais, humanos, financeiros e tecnológicos Para se organizarem a fim de desempenharem de forma satisfatória o papel a que se propõe, as empresas precisam organizar seus recursos para o desenvolvimento de suas atividades. Dependendo do setor da economia ou de sua natureza, prestação de serviços, comércio ou indústria, tais recursos são os mais diversos, que podem ser classificados como materiais, patrimoniais, humano, financeiro ou tecnológicos. Os recursos materiais se referem às matérias-primas, materiais de expediente, produtos acabados em estoque e demais materiais auxiliares. Os recursos humanos são as pessoas 19 alocadas cada uma em sua área de atuação, contribuindo com sua força de trabalho, talentos e ideias para o sucesso da empresa. Os recursos financeiros são os meios que permitem dar a partida no negócio: dinheiro em caixa, saldo em contas bancárias, reservas em aplicações financeiras e outras. Podem ser recursos próprios, oriundos dos sócios fundadores, ou provenientes de empréstimos ou financiamentos junto ao mercado financeiro. Por fim, os recursos tecnológicos têm a sua face mais visível nos recursos de informática e softwares nas atividades administrativasou de produção, entretanto está presente em inovações em máquinas e equipamentos e no parque industrial como um todo. Em se tratando da empresa pesquisada, a Votorantim Participações S.A, todos esses recursos e organização são preservados. Com o objetivo de evitar um trabalho extenso, já que se trata de um grupo, o meu foco daqui por diante será em apenas uma empresa, no ramo da Agroindústria (Fibria), para que o resultado seja mais claro e sucinto. A Companhia e suas controladas pertencem à Votorantim e têm estruturas e custos administrativos, gerenciais e operacionais compartilhados. O desenvolvimento tecnológico é um dos fatores que contribuem para a liderança da Fibria no mercado de celulose de eucalipto, garantindo alta produtividade dos plantios e qualidade superior da celulose produzida. O Centro de Tecnologia da Fibria (CT) busca a excelência operacional, a satisfação dos clientes e a antecipação das exigências do mercado, sob a ótica da inovação, do desenvolvimento sustentável e do atendimento das exigências legais. O CT realiza estudos em todas as áreas de atividade da empresa, desde os viveiros de produção de mudas até os produtos finais, abrangendo importantes áreas do conhecimento. O resultado é a geração de novas tecnologias a serem utilizadas pela empresa em suas atividades florestais e industriais, que adicionam valor ao negócio da companhia. A cada ano diversos projetos de pesquisa são conduzidos a fim de aprimorar seus processos e os seus resultados, sempre em sintonia com a conservação ambiental. As pesquisas envolvem áreas como melhoramento genético e genômica, controle de pragas e doenças, silvicultura e manejo florestal, fisiologia vegetal e propagação de plantas, sustentabilidade ambiental, qualidade da madeira, processo e produto, além de estudos que visam o atendimento das demandas de clientes estratégicos. No quesito recursos materiais toda a produção da Fibria provém exclusivamente de plantios florestais renováveis. A produção de celulose na Fibria é baseada em uma matriz energética sustentável, que utiliza recurso natural renovável (madeira e biomassa líquida) e combustível menos intensivo em carbono, como o gás natural. Quase toda a energia produzida 20 na Fibria vem de subprodutos do processo produtivo. Em Jacareí, parte da energia é gerada por gás natural, com baixo impacto ambiental. Buscando melhorias contínuas, a Unidade trabalha num projeto de reaproveitamento do lodo biológico. Esse lodo, resíduo do tratamento de efluentes do processo produtivo, pode ser aproveitado para a geração de energia. Seus recursos humanos adotam uma série de iniciativas para manter a energia vital de todos os seus profissionais. A empresa conta com uma estrutura corporativa adequada ao seu porte, na qual são disseminados os valores, a cultura e uma identidade única para todos os seus colaboradores. Para estabelecer uma relação responsável e transparente, a Fibria adota um processo de avaliação que alcança todos os executivos da companhia, cujo objetivo é adotar as melhores práticas existentes nas unidades industriais, florestais e administrativas. Esse processo contribui na construção da reputação da Fibria junto a seus principais públicos de relacionamento, e estimula a captura de sinergias e o aproveitamento amplo do seu quadro de profissionais. A valorização e o respeito pelos profissionais é um compromisso constante da empresa. O resultado financeiro líquido totalizou despesa de R$ 364 milhões, comparado à receita de R$ 1.594 milhão em 2.009, explicado principalmente pela receita de variação cambial no mesmo ano, que totalizou R$ 2.861 milhões, devido à valorização de 25% do real em relação ao dólar no período, comparada com receita de R$ 302 milhões em 2.010. As receitas financeiras somaram R$ 510 milhões, e as despesas financeiras, R$ 1.176 milhão. O resultado de variações monetárias e cambiais ativas e passivas totalizou uma receita de R$ 302 milhões, devido principalmente à valorização de 4% do real no período sobre o estoque da dívida em moeda estrangeira. Como resultado, o lucro líquido de 2.010 foi de R$ 603 milhões, comparado ao lucro de R$ 2.589 milhões no exercício anterior, principalmente devido ao efeito da adoção inicial dos CPCs em 2.009. A Fibria foi beneficiada por subvenção do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para compra de partes e peças para os processos de caustificação, forno de cal e branqueamento da Unidade Três Lagoas (MS). Assinado em dezembro de 2009, o contrato tinha um saldo remanescente de R$ 73 milhões em 31 de dezembro de 2010, com vencimento final em 2.017. O objetivo desse fundo é contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste. Por ser uma empresa preponderantemente exportadora, a Fibria obteve, na Receita Federal do Brasil em 2.010, o benefício fiscal que concede suspensão do PIS/COFINS (9,25%) 21 nas aquisições de insumos, materiais intermediários, embalagens e respectivos fretes, bem como para o ativo imobilizado. Em 2.010, os investimentos de capital da Fibria atingiram R$ 1.066 milhão e foram alocados como segue: No item de recursos tecnológicos a cada ano diversos projetos de pesquisa são conduzidos a fim de aprimorar seus processos e os seus resultados, sempre em sintonia com a conservação ambiental. As pesquisas envolvem áreas como melhoramento genético e genômica, controle de pragas e doenças, silvicultura e manejo florestal, fisiologia vegetal e propagação de plantas, sustentabilidade ambiental, qualidade da madeira, processo e produto, além de estudos que visam o atendimento das demandas de clientes estratégicos. 4.2 Administração de materiais A administração de materiais tem por objetivo controlar os fluxos de compras, recebimento, controle de qualidade e estoques, otimizando a utilização racional dos insumos e materiais auxiliares, zelando pela qualidade dos produtos acabados a serem comercializados, níveis de estoque adequados e, sobretudo pela economia do processo, buscando fazer mais com menos. A Fibria tem suas ferramentas de gestão na área de administração de materiais como veremos nos tópicos que tratam especificamente de compras, transporte, produção, estocagem, distribuição e atendimento ao cliente. 4.2.1 Planejamento e controle de estoques O planejamento do estoque é um item fundamental na administração de materiais. O nível de estoque deve estar na medida certa: nem em excesso para não onerar a empresa com custos de capital que poderiam estar mais bem aplicados no mercado financeiro e nem em quantidades menores que as necessidades da produção para não comprometer o atendimento ao cliente e prejudicar vendas com falta de produtos. Observamos que a celulose produzida nas Unidades Industriais da Fibria (Aracruz, Jacareí e Três Lagoas) está em conformidade com normas internacionais para ser usada na fabricação de embalagens de alimentos diversos, conforme parecer emitido pelo instituto de certificação alemão Isega, em atendimento às normas da Food and Drug Administration (FDA), agência dos Estados Unidos responsável pela regulamentação e pela supervisão da segurança em alimentos, medicamentos, cosméticos, entre outros. 22 A Fibria possui política interna de manuseio de celulose e documento de avaliação de segurança do produto (MSDS – Material Safety Data Sheet), esse último identificando o acúmulo de poeira na celulose armazenada como o único elemento causador de danos à saúde humana (olhos e respiração), ainda que em concentração significativamente menor que o limite de exposição. No aspecto quantitativo podemos tomarcomo base a declaração da empresa em 14/05/2.012 onde ela confirmou ter boas perspectivas para o mercado de celulose na Europa e na China em 2.012, durante a apresentação dos resultados referentes ao primeiro trimestre de 2.012, realizada nesta segunda-feira (14). Durante o período, a companhia registrou prejuízo de R$ 10 milhões, contra lucro de R$ 389 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Segundo Marcelo Castelli, diretor presidente da companhia, as ordens de compras feitas à Fibria confirmam que o mercado europeu continua positivo. “A demanda devida à produção continua boa e continuará assim pelo menos pelos próximos três meses. Não há estoque na Europa como não há no mundo inteiro. Como estamos com estoques apertados, tivemos que reduzir os embarques em maio, mas a indústria como um todo está assim”, disse. No caso chinês, a Fibria também acredita que a demanda por papel continua boa e aponta que não há números oficiais de estoques, mas que por conta de informações de seus clientes e da movimentação nos portos, fica claro que não existem estoques de fibra curta no país. 4.2.2 Processo de compras Num mercado cada vez mais competitivo, o processo de compras não deve apenas se limitar ao contato com os fornecedores e à formalização dos pedidos de estoques. É preciso comprar bem e com qualidade, aos melhores custos sem comprometer a qualidade, os prazos e as operações da empresa. O departamento de compras deve estar atento ao que comprar, quando e quanto comprar, como também observar o momento adequado para as reposições. Claro está que o setor de Compras deve ter, em tempo real, o controle contábil do estoque para estar atento a essas necessidades. Baseado nesse contexto a Fibria adota diversas medidas para mitigar o risco de contratação de trabalho infantil ou de manutenção de trabalho forçado nas atividades industriais e florestais, como consta na Minuta Contratual e no Formulário de Avaliação de Responsabilidade Social, em que existe uma declaração que deverá ser assinada pelo fornecedor – declaração de não contratação de menores, exceto na condição de aprendiz. Outros dois requisitos mandatórios nas contratações são o cumprimento das políticas de 23 meio ambiente e o dos critérios de segurança no transporte (Programa Estrada Segura) da Fibria. Todos os contratos firmados com os fornecedores e demais parceiros de negócios ora são acompanhados do Código de Conduta da Fibria, ora fazem menção ao mesmo, o que reforça a proibição de qualquer prática discriminatória ou em desacordo com a legislação vigente. O documento traz ainda cláusula específica sobre a proteção ao trabalho, rejeitando o trabalho escravo e exigindo que sejam cumpridas as legislações trabalhistas e previdenciárias, além de observações aos diretos humanos. A homologação de fornecedores conforme formulário de avaliação de responsabilidade social ocorre a cada dois anos. Em novembro de 2010, apresentamos 590 fornecedores homologados, o que equivale a 78,47% da base total de fornecedores da Fibria. 4.2.3 Transporte e produção O transporte pode ser um item crítico na administração de materiais e particularmente na determinação dos níveis de estoque, e tem impacto no giro e tempo de cobertura. Muitas vezes não se atinge um melhor giro por receio de desabastecimento por causa das incertezas e contingências do transporte, obrigando o gestor à necessidade de ter um maior tempo de cobertura e consequentemente menor giro. Na região amazônica, distante dos grandes centros fornecedores e muitas vezes com transporte fluvial e precariedade de estradas, essa realidade se impõe nas decisões de compras. Adaptando-se à sua realidade o transporte do produto é feito da seguinte maneira: Do armazém da Fibria, a celulose é encaminhada à Portocel através do modal rodoviário e chegando lá, o produto é descarregado e movimentado através de empilhadeiras com capacidade para manuseio dos fardos com o mínimo de avaria possível. Posteriormente, o produto é alocado num armazém do próprio porto onde ficará estocado por até 30 dias ou até a chegada do navio, dependendo da rotatividade dos embarcadores, onde será embarcado para atender aos mercados consumidores externos. Vale ressaltar que toda movimentação no terminal portuário é realizada através de empilhadeiras. Os fardos de celulose são retirados do armazém portuário e colocados diretamente dentro dos porões dos navios, mais especificamente, nas barcaças que são acopladas aos navios rebocadores, e devido ao peso dos fardos são utilizadas empilhadeiras de grande porte com capacidade para 07 toneladas em movimentações mais longas e com apoio de esteiras rolantes para facilitar o carregamento. O processo de expedição segue a tramitação alfandegária, conforme legislação aduaneira vigente. Outro aspecto que merece destaque é que os navios utilizados para o 24 transporte de celulose possuem porões em formato de caixas, pois facilitam o empilhamento e o descarregamento do produto. Ressalta-se que são necessários alguns cuidados para a estocagem, movimentação e distribuição da celulose, visando atender aos padrões internacionais, sendo essencial evitar que a celulose seja molhada ou sofra algum tipo de contaminação com algum produto. Por isso o produto é distribuído em navios abertos, porém sem o contato direto com outros produtos. Praticamente toda produção de celulose da Fibria é destinada a atender o mercado internacional através do modal marítimo. Inicialmente o produto é encaminhado da fábrica até o terminal portuário através de caminhões. Posteriormente a movimentação interna do porto é realizada através de empilhadeiras, sendo realizada a leitura dos fardos na recepção da armazenagem e posteriormente, é realizada a leitura dos fardos de celulose no embarque no navio. A Produção é fundamental para o estabelecimento de políticas de administração de materiais, com reflexos diretos em compras e estoques. Saber o que produzir, quando produzir e como produzir vai dar todo o direcionamento a estes departamentos. Técnicas de ajustamento do estoque à produção, como o JIT (Just In Time) da administração japonesa, também conhecida como Filosofia Toyota, almejam estoque zero e a eliminação de desperdícios através da localização dos fornecedores junto às instalações de produção ou pelo processo de internacionalização da fabricação de componentes, solução adotada pela Marcopolo, na fabricação de carrocerias de ônibus. O Kanban é outra técnica que busca a melhoria da interface produção/estoque/compras pela adequação de layouts e técnicas de engenharia visando “puxar” a produção, em vez de “empurrar”. Baseia-se no controle de estoques nas condições descritas no item 4.2.1. 5 MATEMÁTICA APLICADA 5.1 Matemática aplicada à administração da empresa A matemática aplicada aos negócios é importante ferramenta de gestão. Podemos, com seu uso, determinar custos de estoques, visando seu equilíbrio; custos de produção, custos totais médios e marginais de produção, ponto de equilíbrio para otimização do lucro. As funções matemáticas e seus respectivos gráficos nos permitem prever comportamentos e calcular variáveis que auxiliam na tomada de decisões. Não obstante todas as facilidades da tecnologia, que nos dispensam de “fazer contas de cabeça” é importante que o gestor domine os princípios da matemática aplicada aos negócios e matemática financeira para uma correta utilização dessas ferramentas e a tomada de decisões 25 com propriedade e qualidade. 6 CONCLUSÃO A realização deste trabalho foi de grande proveito para a complementação dos conceitos teóricos adquiridos nos livrostexto e nas tele aulas. Ao interagir com uma organização real, inserida na realidade que nos cerca, pude apreciar as dificuldades de se implementar de forma concreta um plano de negócios e de sua gestão no dia-a-dia. Muitas situações validam os conceitos teóricos, outras demonstram sua adaptação aos fatos, mas não resta dúvida que o preparo teórico encurta caminhos e evita erros. Embora não tenha sido possível minha visita à empresa, onde seria de muito mais valia, acredito que foi possível aumentar meus conhecimentos e acrescentar algo satisfatório. REFERÊNCIAS CITROSUCO. Cadeia de valores. Disponível em: http://www.citrosuco.com.br/cadeia-de- valor/fabrica.html. Acesso em 02 mai. 2019. CITROSUCO. Cadeia de valores. Disponível em: http://www.citrosuco.com.br/cadeia-de- valor/fazenda.html. Acesso em 02 mai. 2019. VOTORANTIM CIMENTOS. Informações institucionais. Disponível em: https://www.votorantimcimentos.com.br/institucional/unidades/. Acesso em 13 mai. 2019. VOTORANTIM ENERGIA. Usinas e parques. Disponível em: http://www.venergia.com.br/usinas-e-parques/. Acesso em 13 mai. 2019. GRUPO VOTORANTIM. Informações institucionais. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_Votorantim#Empresas_e_institui.C3.A7.C3.B5es. Acesso em 20 mai. 2019. GRUPO VOTORANTIM. Informações institucionais. Disponível em: http://www.votorantim.com.br. Acesso em 20 mai. 2019. FIBRIA. Informações institucionais. Disponível em: http://fibria-institucional- qa.azurewebsites.net/. Acesso em 20 mai. 2019. UOL. Revista on-line. Disponível em: http://economia.uol.com.br/ultimas- noticias/infomoney/2012/05/14/fibria-tem-boas-perspectivas-para-os-mercados-europeu-e- chines-de-celulose-em-2012.jhtm. Acesso em 20 mai. 2019.
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