Buscar

VIOLÊNCIA FINANCEIRO CONTRA O IDOSO - NOVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE DO MARANHÃO 
CURSO SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
LEILTO MELO DA SILVA 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITORINO FREIRE 
2018 
LEILTO MELO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
 
 
Monografia apresentada a Faculdade do Maranhão 
- FACAM, como requisito para a obtenção do grau 
de Bacharel em Serviço Social 
 
Orientadora: Profª. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITORINO FREIRE 
2018 
LEILTO MELO DA SILVA 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
 
Monografia apresentada a Faculdade do Maranhão 
- FACAM, como requisito para a obtenção do grau 
de Bacharel em Serviço Social. 
 
Orientadora: Profª. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________________ 
Profª Orientadora 
 
 
___________________________________________ 
2º Examinador/a 
 
 
 
___________________________________________ 
3º Examinador/a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A velhice é um estado de repouso e de liberdade no 
que respeita aos sentidos. Quando a violência das 
paixões se relaxa e o seu ardor arrefece, ficamos 
libertos de uma multidão de furiosos tiranos. 
Platão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho aos meus pais, e a minha filha 
que são a razão da minha vida. 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus que fielmente ampara seus filhos; 
Aos meus pais que não mediram esforços para me ajudar nessa jornada; 
A minha filha Maria Eloah; 
E a todos que direto ou indiretamente contribuíram com a realização desse 
trabalho. 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho intitulado: VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA 
IDOSA, tem como objetivo demonstrar que idosos de todas as classes sociais estão 
propícios a sofrer de abusos financeiros, o que antes era restrito a famílias de muitas 
posses, hoje atinge também as classes menos privilegiadas da população, onde traz 
sequelas catastróficas para a vida dos idosos. Mostrar que apesar dos idosos terem 
direitos que deveriam ser preservados pela sua família, sociedade e Estado, muitas 
das vezes esses direitos são infringidos, desrespeitando de forma imoral o idoso. Os 
problemas relativos à violência contra os idosos vêm ganhando cada vez mais 
visibilidade, tendo se tornado uma questão importante para o Estado brasileiro. 
Diminuir esses índices de violência contra o idoso causada pelas formas mais 
frequentes, constitui um grande desafio para as políticas públicas brasileiras. Nesta 
perspectiva, a gravidade e a abrangência do fenômeno exige que todos participem 
ativamente deste movimento. O crescente fenômeno da violência social contra os 
idosos na contemporaneidade, o abuso financeiro, advém de familiares e da 
sociedade capitalista. Precisamos olhar esta situação exploratória vivida por muitos 
aposentados e pensionistas, que, além de não poderem usufruir dos seus 
vencimentos, têm, muitas vezes, seus nomes escritos no Serviço de Proteção ao 
Crédito (SPC) em virtude do acúmulo de compras no comércio em seus nomes, como 
também o crescente número de empréstimos a eles concedido. Esta problemática, 
como se pode observar, é fonte de sofrimento para o idoso mediante sua exclusão 
social, iniciada, geralmente, na família. Diante da complexidade dessa realidade 
social, fazem-se necessários o surgimento de novos olhares, ou seja, uma rede de 
ação conjunta. Trata-se de envolver as famílias o estado e a sociedade, estimulando 
o compromisso e a responsabilidade de todos na preservação dos direitos das 
pessoas idosas. Para atingir os objetivos destes trabalho optamos por um estudo 
bibliográfico, na qual se destaca os seguintes autores Minayo, Brandão, Medeiros, 
Oliveira, Faleiros, Beltrão e Massarolo. (COLOCAR O SOBRENOME DOS 
PRINCIPAIS AUTORES DESTACADOS NO TEU TCC),que enriquece a discussão 
teórica do tema proposto 
 
 
Palavras-chave: Violência. Pessoas Idosas. Abuso Financeiro. 
 
ABSTRACT 
 
 
The problems related to violence against the elderly have been gaining more and more 
visibility, becoming an important issue for the Brazilian State. Reducing these rates of 
violence against the elderly caused by the most frequent forms constitutes a major 
challenge for Brazilian public policies. In this perspective, the gravity and 
comprehensiveness of the phenomenon requires that everyone actively participate in 
this movement. The growing phenomenon of social violence against the elderly in 
contemporary times, financial abuse, comes from family and capitalist society. We 
need to look at this exploratory situation experienced by many retirees and pensioners, 
who, in addition to not being able to enjoy their salaries, often have their names written 
in the Credit Protection Service (SPC) due to the accumulation of commercial 
purchases in their names, as well as the increasing number of loans granted to them. 
This problem, as can be observed, is a source of suffering for the elderly through their 
social exclusion, usually initiated in the family. Faced with the complexity of this social 
reality, it is necessary to create new perspectives, that is, a network of joint action. It 
involves involving families, the state and society, stimulating the commitment and 
responsibility of all in preserving the rights of the elderly. 
 
 
Keywords: Violence. Old people. Financial Abuse. 
 
SUMÁRIO 
FIZ MUDANÇAS NA ORDEM DO SUMÁRIO PARA SEGUIR UMA SEQUENCIA DE 
RACIONIO DO TEMA. 
1. INTRODUÇÃO 
2. ENVELHECIMENTO E SOCIEDADE BRASILEIRA 
2.1. CONCEITUANDO O ENVELHECIMENTO 
2.2 O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL 
2.3. POLITICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA 
3. VIOLÊNCIA FINANCEIRA E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DO IDOSO 
3.1. CONCEITUANDO VIOLÊNCIA A PESSOA IDOSA 
3.2. VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
4 A INTERVENÇÃO E A PREVENÇÃO DAS PRÁTICAS DE VIOLÊNCIA 
FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
4.1 A AÇÃO DA FAMÍLIA 
 
4.2 A AÇÃO DO ESTADO 
4.3. PRÁTICAS ASSISTENCIAIS DESTINADAS A PESSOA IDOSA: FAMILIA E 
ESTADO 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
REFERÊNCIAS 
 
Comentado [D1]: FORMATAR OSUMÁRIO 
CORRETAMENTE. 
OS SUBTITULOS SÃO COM FONTE MAIÚSCULAS E 
MINÚSCULAS 
Comentado [D2]: 
EU HAVIA SUGERIDO NA ÚLTIMA ORIENTAÇÃO ESSA 
ESTUTURA, VOCÊ NÃOSEGIU POR QUE?? 
SUGIRO QUE FIQUE OS SEGUINTES CAPÍTULOS 
3. VIOLÊNCIA FINANCEIRA E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS 
DO IDOSO 
3.1 CONCEITUANDO VIOLÊNCIA A PESSOA IDOSA 
ESCREVER SOBRE O CONCEITO DE VIOLÊNCIA A PI 
UTILIZANDO CITAÇÃO DIRETA E INDIRETA(AUTORES 
MINAYO E FALEIROS) 
3.2 VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSSOA IDOSA 
4. A INTERVENÇÃO E A PREVENÇÃO DAS PRATICAS DE 
VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
4.1 A AÇÃO DA FAMÍLIA 
4.2 A AÇÃO DO ESTADO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A violência financeira contra a pessoa idosa é um problema que se agrava e 
se estende, gradativamente nos dias atuais. O idoso se torna uma vítima fácil, por, 
muitas vezes, depender de seus familiares em diversos aspectos, seja nos cuidados 
da saúde, nas relações sociais, na dependência financeira ou até mesmo pela simples 
convivência familiar. 
O abuso financeiro contra o idoso representa uma grave violação de seus 
direitos como cidadão, demonstrando assim, o retrocesso da evolução social quanto 
às afirmaçõesdos direitos humanos, pois as mudanças ocorrem constantemente no 
país e no mundo. Sendo que a violência doméstica é a que mais contraria os princípios 
desses direitos que resguardam e protegem a pessoa idosa prevista no ordenamento 
jurídico internacional e brasileiro. 
Nesse cenário têm sido crescentes os casos de denúncia de violência contra 
idosos, em sua maioria ocasionada pela própria família, que desconhece as variadas 
facetas do envelhecimento e as garantias legais designadas a essa parcela da 
população. As causas do aumento da violência são diversas e vão desde conflitos 
interpessoais índices de vulnerabilidade social, alterações na estrutura familiar e suas 
novas configurações até a impunidade oficial, omissão do poder público ao deixar de 
cumprir o que está determinado em lei no que diz respeito à garantia dos direitos 
humanos dos idosos. As violências e os maus tratos contra os idosos se referem aos 
abusos físicos, psicológicos, sexuais, abandono, negligências e abusos financeiros, 
todas elas são formas de agressão que muitas vezes passam despercebidas. 
Para a realização deste TCC, considerando que a delimitação do problema – 
violência financeira contra o idoso representa uma questão pouco explorada, optamos 
pela pesquisa social qualitativa, como metodologia procedemos a um levantamento 
bibliográfico, que consiste em uma busca de referenciais e conteúdos em sites 
científicos, livros e periódicos a respeito do assunto em questão. Este trabalho 
monográfico tem como objetivo compreender as causas da violência financeira contra 
a pessoa idosa, e identificar os elementos de combate a violência contra o idoso e 
como eles podem ser acionados pela sociedade em defesa da pessoa idosa. 
Este trabalho está estruturado em cinco capítulos. Sendo o primeiro a 
Introdução. No segundo capítulo apresentamos a discussão sobre o envelhecimento 
na sociedade brasileira, destacamos o conceito de envelhecimento e como isso tem 
que ser repensado nos dias atuais, apresentaremos o crescimento da população idosa 
brasileira, trazendo a reflexão sobre as politicas públicas voltadas a pessoa idosa. No 
terceiro capítulo enfatizamos a violência financeira e a violação dos direitos do idoso, 
destacando o empréstimo consignado e as leis que protegem o idoso contra essa 
pratica, assim como destacamos o Estatuto do Idoso como principal mecanismo legal 
de proteção. O quarto capítulo procuramos demonstrar como intervir nas suspeitas ou 
práticas de violência contra o idoso, com destaque ao papel da famílias e do Estado 
através das suas instituições socioassistenciais. Por fim as Considerações finais. 
 
 
2. ENVELHECIMENTO E SOCIEDADE BRASILEIRA 
2.1 Conceituando o envelhecimento 
 
A velhice tem sido pensada, quase sempre, como um processo degenerativo, 
oposto a qualquer progresso, como se nessa etapa da vida deixasse de existir o 
potencial de desenvolvimento humano. O estereótipo tradicional da velhice é o de 
pessoas doentes, incapazes, dependentes, demenciadas, rabugentas, impotentes, 
um problema e ônus para a sociedade. 
Envelhecer é um processo, inerente a todos os seres humanos, que se inicia 
na concepção e perpassa todos os dias de nossas vidas. A cada instante tornamo-
nos mais velhos que no instante anterior. Todos envelhecemos e, os mais jovens, um 
dia, serão os idosos de seu tempo. Esse processo pode resultar em duas situações-
limite: uma com excelente qualidade de vida e outra com qualidade de vida muito ruim. 
Entre esses dois extremos, diversas situações intermediárias. Em qual extremo vamos 
chegar depende de inúmeras variáveis, algumas pertencentes a nós mesmos como 
indivíduos e, as demais, dependentes da sociedade e do meio em que vivemos. 
O recente interesse sobre o tema está vinculado ao acelerado crescimento 
nas proporções de idosos em quase todos os países do mundo, e no Brasil não 
poderia ser diferente. Esse fenômeno quantitativo repercute nas formas de visibilidade 
social desse grupo etário e na expressão de suas necessidades. Há um fenômeno 
paradoxal, em que o envelhecimento populacional é visto, de um lado, como conquista 
da humanidade e, de outro, como um problema, com enormes demandas para a 
sociedade, como a aposentadoria, a epidemia de doenças crônicas com suas 
sequelas e complicações, a necessidade de oferta aumentada de serviços sociais e 
de saúde, a necessidade de cuidados de longa duração e assim por diante. Há um 
"desinvestimento" político e social na pessoa do idoso. A maioria das culturas tende a 
separar esses indivíduos, segregá-los e, real ou simbolicamente, a desejar sua morte 
(Minayo, 2003). 
 
A população idosa constitui um grupo enorme e heterogêneo de brasileiros, 
sendo que cada um envelhece a seu modo. Mas, socialmente a diversidade 
também é muito grande: viver nas cidades ou nas regiões rurais, pertencer à 
determinada classe social, ser do gênero feminino ou masculino, possuir ou 
não um bom nível educacional, ser autônomo ou depender de outras pessoas 
financeiramente, por problemas de saúde ou por outras deficiências são 
algumas das mais importantes diferenças. (MINAYO apud SDH, 2013, p.17) 
Comentado [D3]: 2. ENVELHECIMENTO E SOCIEDADE 
BRASILEIRA 
2.1. CONCEITUANDO O ENVELHECIMENTO 
2.2 O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL 
2.3. POLITICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO IDOSA 
BRASILEIRA 
 
Quando se fala em violência contra as pessoas idosas, pensa-se 
imediatamente na violência física, mas esta não é a única, pois há inúmeras formas 
de violência, veladas e mascaradas. A violência também pode manifestar-se como 
psicológica, econômica, moral, sexual, pode ser familiar, social, institucional, estrutural 
e pode resultar de atos de omissão e negligência. Muitas vezes não a reconhecemos, 
pois, os idosos têm importância menor num mundo que valoriza o vigor e a beleza da 
juventude. Sem perceber, tornamos os idosos cidadãos de segunda classe. Mesmo 
com leis avançadas, seu descumprimento desqualifica sua importância como 
cidadãos: "Apesar da existência do Estatuto do Idoso, os idosos continuam a ter seus 
direitos desrespeitados, sendo tratados, por vezes, como crianças ou pessoas 
incapazes". Edgar Morin (1999) não separa os conceitos de envelhecimento, idoso e 
velhice, pelo contrário, ele correlaciona-os. Segundo ele o envelhecimento é um 
processo de mudanças biológicas, psicológicas e sociais que vão ocorrendo ao longo 
da vida; o idoso aparece em sequência do envelhecimento. Geralmente é especificado 
pelo tempo cronológico, mas existem questões físicas, funcionais, mentais e de saúde 
que podem influenciar, ou seja, é a sua existência físico-temporal; a velhice é a última 
fase do processo de envelhecimento (nascer, viver e morrer). É um conceito abstrato, 
sendo impossível delimitá-la em tempo ou em características. 
Segundo Morin, 
 
A velhice e a morte estão inscritas na herança genética humana e que são: 
“coisas normais e naturais, porque uma e outra são universais e não sofrem 
qualquer exceção entre os ‘mortais’” (MORIN, 1997, p. 320). 
 
Pessoas idosas não querem mais do que as outras: desejam equidade, um 
direito humano. Querem um tratamento digno, independentemente de sexo, raça, 
origem étnica, deficiência, situação econômica. É necessário mudar atitudes, práticas 
e políticas, para concretizar as potencialidades do envelhecimento, favorecendo-o 
como digno e seguro e criando oportunidades de desenvolvimento pessoal. É 
fundamental garantir a participação dos idosos na vida econômica, política e social, 
participação como cidadãos em plenos direitos e desenvolver plenamente seu 
potencial, mediante acesso a recursos culturais, espirituais, educativos e recreativos. 
Para eliminar a violência ea discriminação, é preciso valorizar a família, garantir a 
igualdade entre gêneros e criar mecanismos de proteção social. 
Deve-se reconhecer as contribuições dos idosos frágeis, doentes e 
vulneráveis e garantir seus direitos de atenção e segurança, para se construir "uma 
sociedade para todas as idades", onde mesmo os mais dependentes possam dar 
alguma contribuição, no mínimo dos exemplos de vida. 
A longevidade humana apresenta-se atualmente como uma grande conquista 
histórica e social. 
Viver a longevidade revela o aumento da vida humana em sua duração cada 
vez mais temos velhos mais velhos – e também aponta para o crescimento de um 
número maior de pessoas idosas. Esses dados são indicadores seguros que 
evidenciam os idosos como compondo um dos grupos que mais cresce na sociedade 
brasileira. 
Diante do crescimento populacional do segmento idoso e do aumento do 
número de anos de vida, impõe-se hoje pensar e analisar a velhice, não como o fim 
da vida, mas, como uma nova etapa a ser vivida. 
A nossa sociedade prioriza o novo, destaca a juventude como um valor 
cultural a ser perseguido por todos e apresenta o futuro como algo próprio que 
pertence ao jovem. 
O velho aparece como o oposto do jovem, sem futuro, vivendo de lembranças 
de uma vida passada já vivida como adulto e jovem. 
Essa visão da velhice é geradora de representações sociais que a 
homogeneízam, podendo desenvolver atitudes discriminatória em relação ao 
segmento idoso. 
A discriminação presente nos olhares e atitudes manifesta-se nas diversas 
esferas da vida social – família, trabalho, saúde – criando diferentes formas de 
violência em relação a pessoa idosa. 
Nos últimos anos, com o avanço da medicina, os idosos passaram a usufruir 
de uma maior expectativa de vida. Em consequência disso, há o aumento da 
população idosa, tanto no Brasil quanto no mundo. Apesar disso, a falta de informação 
sobre as necessidades particulares dos idosos é um problema que gera preconceito 
e desrespeito de algumas pessoas com esses cidadãos. 
 Um dos problemas do idoso no Brasil é a falta de cuidados e atenção. 
Algumas famílias se desfazem dos mesmos, abandonando-os em lares para idosos. 
Não tendo a família por perto, esses idosos caem em depressão. Além disso, a 
desvalorização do papel do idoso na sociedade também causa danos psicológicos. 
Outro grave problema encontrado é o difícil acesso aos planos de saúde, já que nessa 
fase da vida se fica mais suscetível a doenças e frequenta hospitais com mais 
frequência. Com o alto risco de doenças graves e mortes, planos de saúde não se 
“arriscam”, pois, podem ter prejuízos. 
 Apesar do Estatuto do Idoso, que lhe assegura todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, a falta de infraestrutura para esses 
cidadãos ainda é grande. Com a perda de algumas habilidades que vem com o tempo, 
é comum idosos se locomoverem de ônibus. Motoristas que não respeitam e passam 
sem parar, e até mesmo passageiros que não se levantam, mostram como o cidadão 
brasileiro ainda é desrespeitoso com as pessoas da melhor idade. 
É importante enfatizar que no interior as circunstâncias são um pouco 
diferentes dos grandes centros, os idosos são menos assistidos ainda, o que os leva 
a um isolamento ainda maior, haja vista que, os centros de amparo sequer existem, 
cidades como Altamira do Maranhão, não oferece estrutura nenhuma para a 
reabilitação ou laser do idoso, ficando este à mercê dos familiares que na maioria das 
vezes só querem se apropriarem do benefício recebido pelo mesmo, tirando qualquer 
direito do direito do idoso e na maioria das vezes usando indevidamente os recursos 
do benefício para fins próprios. 
 Ao contrário das pessoas citadas acima, algumas valorizam os idosos. Com 
a criação do Dia Nacional do Idoso, eles puderam se sentir menos deslocados na 
sociedade. Apesar disso, ainda há muito a se fazer para que o idoso possa realmente 
ser acolhido por todos os cidadãos no nosso país. Programas do governo para a 
inclusão do idoso na sociedade, além de campanhas para a conscientização da 
população, são algumas das muitas soluções para que essas pessoas se sintam 
importantes, não importando a idade em que estão. 
 
2.2 O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL 
 
Ao longo dos anos, aumenta consideravelmente o número de pessoas idosas no 
Brasil. Um dos fatores que impulsionam essa progressão é o aumento da expectativa de 
vida da população. Diante disso, surge também um maior número de afecções 
comumente diagnosticadas na terceira idade, gerando muitas vezes dependência parcial 
ou total desse idoso, que passa a necessitar de cuidados. 
Brandão (2009, p. 205), expõe e interroga: 
 
Verificamos que o envelhecimento e a longevidade crescente é um fenômeno 
complexo, exigente, que pede uma atitude interdisciplinar diante das 
diferentes disciplinas que envolvem o conhecimento do humano. Qual ciência 
ou disciplina solitária poderia responder a todas as questões que envolvem a 
vida humana, do nascimento ao inevitável fim? 
 
De acordo com o IBGE a população brasileira manteve a tendência de 
envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, 
superando a marca dos 30,2 milhões em 2017. 
Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Os 4,8 
milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% 
desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. As 
mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), 
enquanto os homens idosos são 13,3 milhões (44% do grupo). 
No Maranhão a população com 65 anos ou mais está crescendo. Segundo 
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são quase 80 mil 
idosos a mais nessa faixa etária em 2016 comparado com o ano de 2012. Entre 60 e 
64 anos, o estado tinha 212 mil pessoas com esse perfil em 2012. Em 2016, pulou 
para 235 mil pessoas – dessas, 122 mil são mulheres. 
Não só no Brasil, mas no mundo todo vem se observando essa tendência de 
envelhecimento da população nos últimos anos. Ela decorre tanto do aumento da 
expectativa de vida pela melhoria nas condições de saúde quanto pela questão da 
taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher vem caindo. Esse é 
um fenômeno mundial, não só no Brasil. Entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos 
cresceu em todas as unidades da federação, sendo os estados com maior proporção 
de idosos o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, ambas com 18,6% de suas 
Comentado [D4]: VOCÊ NÃO TEM DADOS MAIS ATUAIS 
DO IBGE 
populações dentro do grupo de 60 anos ou mais. O Amapá, por sua vez, é o estado 
com menor percentual de idosos, com apenas 7,2% da população. 
Beauvoir (1990, p. 271): 
 
[...] de todos os fenômenos contemporâneos, o menos contestável, o mais 
certo em sua marcha, o mais fácil de prever com muita antecedência, e, 
talvez, o de consequências mais pesadas é o envelhecimento da população 
[...]. 
 
O envelhecimento é um processo natural, que acontece de forma individual e 
gradativa. Com o tempo, ocorrem modificações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas no 
organismo de cada indivíduo, gerando graus distintos de dependência e proporcionando 
aumento no número de quedas, que na terceira idade é mais frequente do que 
imaginamos. 
Segundo o Ministério da Saúde, um terço dos idosos brasileiros sofre uma queda 
a cada ano. As quedas são, muitas vezes, decorrentes de limitações próprias da idade, 
como redução da mobilidade, equilíbrio, força e agilidade, decorrentes também do 
sedentarismo e de doenças típicas da senilidade. As principais consequências das quedas 
são traumas físicos como fraturas,traumatismo cranioencefálico, e até mesmo o óbito; o 
trauma psicológico também é frequente, levando a depressão, isolamento social, 
síndrome da imobilidade, dentre outros. Por ser tão frequente e gerar consequências 
desastrosas para o idoso e toda família, devemos saber como evitá-las. 
Os processos de transição demográfica e epidemiológica no Brasil são 
claramente heterogêneos e estão associados, em grande parte, às desiguais 
condições sociais observadas no país. A população idosa constitui um grupo bastante 
diferenciado entre si e em relação aos demais grupos etários, tanto do ponto de vista 
das condições sociais, quanto dos seus aspectos demográficos e epidemiológicos. 
Medeiros (2003, p. 121) afirma que: 
 
A velhice é um evento complexo, e já havíamos sentido, na nossa vivência 
acadêmica, que não é um evento que possa ser discutido por apenas uma 
disciplina. Exige diferentes olhares e, portanto, do ponto de vista 
metodológico, ele só pode ser trabalhado através da interdisciplinaridade. 
 
Essas mudanças refletem diretamente o modo de vida do idoso na magnitude 
em que este depende da situação econômico-social de familiares. Os acidentes e a 
violência urbana hoje são apontados como causas de óbitos também em idosos, 
estatísticas até bem pouco tempo restritas aos jovens. Indicadores culturais, por sua 
vez, refletem um idoso atualmente muito mais imerso nos acontecimentos sociais, 
alfabetizados e bem informados. 
É fato que a educação, a renda, a nutrição e o estilo de vida são potenciais 
determinantes para a longevidade. Esses fatores estão em geral na dependência dos 
cuidados de familiares ou mesmo da sociedade. Entretanto, não basta oferecer mais 
anos de vida ao indivíduo, é necessário que esse prolongamento venha acompanhado 
de condições dignas de vida. 
Como já mencionado acima, a expectativa de vida no Brasil subiu, e nesse 
sentido, podemos dizer que o número de idosos na sociedade também aumentou. 
Apesar disso, infelizmente os mais velhos ainda enfrentam diversos desafios, 
os quais precisam ser superados com ajuda dos seus familiares e/ou profissionais 
treinados e capacitados para ajuda-los. Os mais comuns são: abandono familiar, depois 
que os filhos crescem e conquistam a independência financeira, é normal que eles 
saiam da casa de seus pais para poder viver sozinhos. No entanto, em alguns casos, 
o idoso acaba sendo deixado de lado pelos seus familiares, que não vão mais sequer 
visitá-los. 
Estatuto do idoso – Lei 10741/03, de 1° de outubro de 2013, o Art. 3° afirma 
que: 
 
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar 
ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, 
à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à 
convivência familiar e comunitária. 
COLOCAR UMA CITAÇÃO DIRETA 
Existem também as situações em que os idosos são inseridos em casas de 
repouso, o que não há nenhum problema já que existem instituições que oferecem 
toda a estrutura necessária para garantir o bem-estar e qualidade de vida dos idosos. 
Contudo, vale ressaltar que é muito importante que eles recebam visitas de seus 
familiares constantemente, o que normalmente não acontece. 
O abandono familiar é um assunto que precisa ser levado muito a sério, pois, 
nessa fase da vida, as pessoas tendem a ser mais sensíveis emocionalmente e, por 
isso, é essencial que você dê a atenção necessária para que ela possa se sentir 
amada e importante. 
Comentado [D5]: Nós conversamos que você tem que 
colocar pelo menos uma citação direta em cada página, esta é 
a terceira vez que chamo atenção sobre isso. Não deixe 
nenhuma página sem citação, tem que ter. APENAS A 
INTRODUÇÃO E AS CONSIDERAÇÕES FINAIS NÃO 
CARECEM DE CITAÇÃO. AS demais TEM QUE TER PELO 
MENOS UMA EM CADA PÁGINA. 
Falta de respeito, o respeito é algo que precisa existir para que as pessoas não 
percam seus limites e não ofendam os outros sempre que bem entenderem. Quando 
nos referimos aos idosos, essa atenção precisa ser redobrada, tendo em vista que a 
sociedade atual não tem o costume de respeitá-los como eles merecem. 
Nesse momento, precisamos destacar que o respeito vai muito além de 
apenas não obedecer à pessoa idosa. Na verdade, refere-se a dar atenção ao que ela 
fala, ter paciência quando começam a reclamar de algo e estar disponível sempre 
quando eles precisarem de algo importante, como levá-los ao médico, por exemplo. 
Os idosos precisam de atenção e a falta de respeito é uma atitude que pode 
magoá-los e deixá-los tristes, facilitando o desenvolvimento de quadros de depressão, 
doença que pode prejudicar a sua qualidade de vida. 
Toda a população brasileira deve compreender que possuem deveres em 
relação a uma pessoa idosa e um dos deveres primordiais é respeitar o idoso em 
todos os aspectos. É de suma importância que o idoso se mantenha informado para 
que alcance absoluto respeito perante as outras pessoas, ou seja, deve conhecer 
seus direitos, onde é garantido pelo Estatuto do idoso. 
Além do respeito, o idoso tem como direito a vida, o atendimento das suas 
necessidades básicas, a saúde, educação, moradia, justiça, lazer e ao esporte, 
direitos esses que tem que ser garantidos pela família, sociedade e Estado. 
 Um exemplo dos direitos do idoso é o transporte público, embora os idosos 
tenham direito à passagem franqueada, eles ainda enfrentam desafios para utilizar os 
transportes públicos. Principalmente em cidades grandes, nem sempre o motorista e 
o cobrador costumam dar a atenção devida aos passageiros da terceira idade, alguns 
costumam ser grosseiros ao ter que passar alguma informação ou prestar algum tipo 
de ajuda. 
Sem contar com a enorme dificuldade que há em conseguir um banco para 
sentar. Apesar dos diversos avisos dentro do ônibus, algumas pessoas não respeitam 
a lei e não cedem o seu lugar para que o idoso possa sentar. 
Para solucionar esse tipo de problema, só lhe resta conversar com o idoso e 
orientá-lo sobre o que ele precisa fazer nesse tipo de situação a fim de evitar futuros 
transtornos, pois esse tipo de problema vai muito além do seu poder para resolvê-lo 
completamente. 
Falta de interação social, a falta de interação social é um mal que compromete a 
saúde emocional, tornando-se, talvez, um dos maiores desafios enfrentados pelos 
idosos na sociedade. Não são todas as pessoas que têm paciência para conversar 
com os mais velhos, por isso, é importante que eles sejam incluídos nos ambientes 
em que se sintam bem e à vontade para contar suas histórias. 
É importante que eles participem dos grupos da terceira idade, que 
normalmente estão presentes em todas as cidades. Nesses locais, eles costumam 
fazer atividades que trazem a motivação para cuidar melhor de si mesmos. Sem 
contar que frequentemente participam de bailes, bingos, atividades ao ar livre e muito 
mais. Isso ajudará o idoso a interagir socialmente e diminuir, em grande escala, os 
riscos de depressão e ansiedade. 
Como podemos observar, são muitos os desafios que os idosos enfrentam na 
sociedade. Muitos avanços já foram conquistados, mas o país ainda tem muito a fazer 
para garantir os direitos deste segmento da população que, a despeito de qualquer 
desprezo, se move pelos campos e cidades, faz uso de equipamentos públicos, quer 
se divertir, tem sonhos, projetos e o direito, nem sempre garantido, de abraçar o tempo 
como a um amigo, sem medo do que virá. 
 
2.3 .POLITICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA 
 
Apesar de o envelhecimento populacional ser amplamente reconhecido como 
uma das principais conquistas sociais doséculo XX, reconhece-se, também, que este 
traz grandes desafios para as políticas públicas. Um dos mais importantes é o de 
assegurar que o processo de desenvolvimento econômico e social ocorra de forma 
contínua, com base em princípios capazes de garantir tanto um patamar econômico 
mínimo para a manutenção da dignidade humana, quanto a equidade entre os grupos 
etários na partilha dos recursos, direitos e responsabilidades sociais. 
Nos países desenvolvidos, o envelhecimento populacional ocorreu em um cenário 
socioeconômico favorável, o que permitiu a expansão dos seus sistemas de proteção 
social. 
Nos países em desenvolvimento e, especificamente, no caso brasileiro, o 
acelerado processo de envelhecimento está ocorrendo em meio a uma conjuntura 
recessiva e a uma crise fiscal que dificultam a expansão do sistema de proteção social 
para todos os grupos etários e, em particular, para os idosos. 
 
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem 
idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o 
envelhecimento ativo e saudável, o principal objetivo. Se considerarmos 
saúde de forma ampliada, torna-se necessária alguma mudança no contexto 
atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais favorável 
para população idosa (BRASIL, 2010, p. 12). 
 
Os programas sociais direcionados ao enfrentamento do processo de 
envelhecimento das populações dos países desenvolvidos começaram a ganhar 
expressão na década de 1970. Tinham por objetivo a manutenção do papel social dos 
idosos e/ou a sua reinserção, bem como a prevenção da perda de sua autonomia. A 
manutenção de sua renda já havia sido equacionada pelos sistemas de seguridade 
social. 
No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, a questão do 
envelhecimento populacional soma-se a uma ampla lista de questões sociais não-
resolvidas, tais como a pobreza e a exclusão de crescentes contingentes da 
população, e aos elevados níveis de desigualdade vigentes nessas sociedades 
Araníbar (2001, p. 60). 
Pode se dizer que a incorporação, em alguma medida, da questão do 
envelhecimento populacional na agenda das políticas brasileiras, quer sejam públicas 
ou por iniciativa da sociedade civil, não é nova. Na verdade, o Brasil é um dos 
pioneiros na América Latina na implementação de uma política de garantia de renda 
para a população trabalhadora que culminou com a universalização da seguridade 
social em 1988. 
As origens do sistema de proteção social no Brasil remontam ao período 
colonial, com a criação de instituições de caráter assistencial como a Santa Casa de 
Misericórdia de Santos. No período imperial, podem ser identificados outros 
antecedentes do atual sistema como os montepios civis e militares e outras 
sociedades beneficentes. Em 1888, foi regulamentado o direito à aposentadoria dos 
empregados dos Correios (Decreto 9.912-A, de 26 de março de 1888). Estes, após 
30 anos de serviço e com uma idade mínima de 60 anos, poderiam usufruir de uma 
aposentadoria. Já as primeiras políticas previdenciárias de iniciativa estatal para 
trabalhadores do setor privado surgiram no início do século XX, com as leis de criação 
do seguro de acidentes do trabalho em 1919 e a primeira caixa de aposentadorias e 
pensões em 1923 (Lei Eloy Chaves) Pasinato (2001) e Oliveira, Beltrão e Médici 
(1993). Nos anos 1930, o Brasil já contava com uma política de bem-estar social, que 
incluía previdência social, saúde, educação e habitação. 
COLOQUE CITAÇÃO DIRETA 
Embora o objetivo desta seção seja o de considerar o envelhecimento 
populacional na agenda das políticas públicas brasileiras, não se pode negar que 
estas são resultados de influências e pressões da sociedade civil, das associações 
científicas, dos grupos políticos etc. Assim sendo, destacam-se duas iniciativas 
levadas a cabo nos anos 1960 e que tiveram impacto no desenvolvimento futuro das 
políticas brasileiras para a população idosa. 
A primeira delas foi a criação da Sociedade Brasileira de Geriatria e 
Gerontologia em 1961. Um dos seus objetivos era o de “estimular iniciativas e obras 
sociais de amparo à velhice e cooperar com outras organizações interessadas em 
atividades educacionais, assistenciais e de pesquisas relacionadas com a Geriatria e 
Gerontologia”. 
A segunda teve início em 1963 por iniciativa do Serviço Social do Comércio 
(Sesc). Consistiu de um trabalho com um pequeno grupo de comerciários na cidade 
de São Paulo, preocupados com o desamparo e a solidão entre os idosos. A ação do 
Sesc revolucionou o trabalho de assistência social ao idoso, sendo decisiva na 
deflagração de uma política dirigida a esse segmento populacional. Até então, as 
instituições que cuidavam da população idosa eram apenas voltadas para o 
atendimento asilar. (COLOQUE A REFERÊNCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE 
TRECHO) 
A primeira iniciativa do governo federal na prestação de assistência ao idoso 
ocorreu em 19748 e consistiu em ações preventivas realizadas em centros sociais do 
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e da sociedade civil, bem como de 
internação custodial dos aposentados e pensionistas do INPS a partir de 60 anos. A 
admissão em instituições era feita considerando o desgaste físico e mental dos idosos, 
a insuficiência de recursos próprios e familiares e a inexistência de família ou 
abandono por ela. (COLOQUE A REFERÊNCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE 
TRECHO) 
 
Outra iniciativa do governo federal em prol dos idosos carentes durante os 
anos 1970 foi a criação de dois tipos de benefícios não-contributivos: as 
aposentadorias para os trabalhadores rurais e a renda mensal vitalícia (RMV) para os 
necessitados urbanos e rurais. Seus valores foram estipulados em 50% do salário 
mínimo, à exceção da aposentadoria por invalidez do trabalhador rural que era de 
75% do salário mínimo. A previdência rural era devida ao chefe do domicílio de mais 
de 65 anos que comprovasse ter trabalhado em atividades rurais. (COLOQUE A 
REFERÊNCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO) 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
As RMVs, criadas em 1974, foram as primeiras medidas de proteção do 
portador de deficiência e do idoso necessitado. Estas ocorreram no âmbito da política 
previdenciária. As principais condições para sua elegibilidade eram: não receber 
nenhum benefício, ter contribuído por pelo menos 12 meses ou alternativamente ter 
trabalhado por cinco anos em atividade na época não coberta pela previdência e não 
auferir renda superior ao valor do benefício. Em 1992, com a fusão dos regimes, as 
RMVs urbanas e rurais foram agrupadas. Em 1993, com a promulgação da Lei 
Orgânica da Assistência Social (Loas), foram criados benefícios assistenciais stricto 
sensu, os amparos assistenciais. Estes foram, também, derivados dos benefícios de 
prestação continuada. (COLOQUE A REFERÊNCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU 
ESSE TRECHO) 
 
Um primeiro documento do governo federal contendo algumas diretrizes para 
uma política social para a população idosa foi editado pelo MPAS em 1976. 
Baseou-se nas conclusões de três seminários regionais realizados em São 
Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e um nacional. Os seminários objetivaram a 
identificação das condições de vida do idoso brasileiro e do apoio assistencial 
existente para atender suas necessidades. (COLOQUE A REFERÊNCIA DE ONDE 
VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO) 
 
As principais propostas contidas no documento Política social para o idoso: 
diretrizes básicas foram, Brasil (2002): implantação de sistema de mobilização 
comunitária, visando, dentre outros objetivos, à manutenção do idoso na família; 
revisão de critérios para concessão de subvenções a entidades que abrigam idosos; 
criação de serviços médicosespecializados para o idoso, incluindo atendimento 
domiciliar; revisão do sistema previdenciário e preparação para a aposentadoria; 
formação de recursos humanos para o atendimento de idosos; coleta de produção de 
informações e análises sobre a situação do idoso pelo Serviço de Processamento de 
Dados da Previdência e Assistência Social (Dataprev) em parceria com a Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre outras. (COLOQUE A 
REFERÊNCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO) 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
No Brasil, segundo Groisman (1999), este processo de institucionalização da 
velhice se deu no ano de 1890, no Rio de Janeiro, quando foi fundado o Asilo São 
Luís para a velhice desamparada, momento que marcou o início de uma nova era para 
a velhice brasileira. 
Chama-se a atenção para o fato de que até o momento estudado as políticas 
do governo federal para a população idosa brasileira consistiam no provimento de 
renda para a população idosa que trabalhou de alguma forma e de assistência social 
para idosos necessitados e dependentes. A visão que parece ter predominado nas 
políticas é a de vulnerabilidade e dependência do segmento. Mudanças paulatinas 
nessa visão foram tomando corpo ao longo dos anos 1980 por influência do debate 
internacional. 
O estado, por interferência das políticas públicas, tende a proporcionar 
qualidade de vida aos seus cidadãos. Consequentemente, as politicas públicas de 
saúde existem na tentativa de garantir o direito global e completo à saúde. Na 
constituição de 1988 foi adquirido direito à saúde pelo meio do artigo 196, que diz “ A 
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco à doença e de outros agravos [...] 
(contribuição da República Federativa do Brasil de 1988 II saúde . (Silva, 2012). 
Podemos apontar as seguintes políticas públicas de saúde direcionadas para 
o cuidado do idoso: Política Nacional do idoso Lei n° 8.842 de 1994; Portaria n° 702, 
de 2002, que cria o mecanismo de organização e implementação de Redes de 
Assistência à Saúde do Idoso apresentando como base as conjunções de gestão e a 
divisão de responsabilidades definida pela Norma Operacional de Assistência a Saúde 
(NOAS), Estatuto do Idoso Lei n° 10.741 de 2003 e a Política Nacional de Saúde da 
Pessoa Idosa (PNSPI) publicada por meio da Portaria GM n° 1395 de 10 de dezembro 
de 1999, que estabelece as diretrizes essenciais que norteiam a definição ou a 
redefinição dos programas,, planos, projetos e atividades do setor da atenção integral 
as pessoas em processo de envelhecimento e a população idosa (camacho, 2010). 
3. VIOLÊNCIA FINANCEIRA E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DO IDOSO 
 
 a violência financeira contra as pessoas idosas é definida como qualquer 
prática que visa a apropriação ilícita do patrimônio de uma pessoa idosa e pode ser 
realizada por familiares, profissionais e instituições. 
 
“Relação desigual de poder, implicando a negação do outro, da diferença, da 
tolerância e das oportunidades. Como consequência, traduz-se num prejuízo, 
dano ou sofrimento e infringe o pacto social de convivência, de garantia de 
direitos e de modo civilizatório fundado nos direitos humanos”. Traduz ainda 
prejuízos materiais, morais e de identidade para quem dela sofre, que 
permanece em desvantagens face à estrutura da sociedade. (FALEIROS, 
2007: 30). 
 
Esta noção de violência é também defendida por Strümpel e Hackl (2008. p. 
10), 
 
Que propõem que esta integre uma dimensão estrutural, cultural e pessoal. 
Em termos estruturais, a violência remete para a influência das leis, modo de 
vida na pobreza e circunstâncias do meio. Em termos culturais, remete para 
a importância dos valores religiosos, ideologias, imagens negativas da 
velhice. Em termos pessoais, remete para a motivação, auto-estima, 
aspectos biográficos e de trajetória de vida. 
 
No mundo atual com as facilidades de empréstimos consignados 
que é destinada a pessoas aposentadas e pensionistas que já 
possuem uma idade avançada, está 
 
É cada vez mais frequente surgirem empresas de empréstimos para 
aposentados e pensionistas com a proposta de juros baixos e facilidade no pagamento 
com parcelas a perder de vista, muitas dessas instituições financeiras pagam 
comissão para seus vendedores a cada empréstimo vendido, onde muitos idosos sem 
nenhuma instrução acabam caindo na lábia desses vendedores e contratando o 
empréstimo sem ao menos saber o quanto vai pagar no final ou mesmo sem nenhuma 
necessidade de contratá-lo, caindo na armadilha de pessoas de má fé que só querem 
levam vantagem do idoso, muitas vezes fazendo que o mesmo comprometa todo seu 
salário nessa prática que só vai trazer benefícios as instituições financeiras e um 
desastre para a vida do idoso e pode durar muitos anos. Muitas das vezes o idoso 
também é vítima da sua própria família, como irmãos, filhos, netos e sobrinhos que 
coagem o idoso a pegar empréstimos para o benefício dos familiares e não do idoso, 
fazendo que o mesmo comprometa boa parte da sua renda com os descontos das 
Comentado [D6]: Do que você está falando. Escreva o que 
Faleiros está definindo nessa citação. Antes decolocar a 
citação você precisa dizer do que se trata. 
parcelas na sua folha de pagamento, na maior das vezes ultrapassando a margem de 
35% que é o que o aposentado ou pensionista pode comprometer da sua renda com 
consignados, fazendo com que muitas vezes o mesmo passe por dificuldades 
financeiras e psicológicas por falta desse dinheiro que muitas das vezes já é restrita 
para compra de alimentos e medicamentos. 
O que vem sendo muito corriqueiro na vida dos idosos em relação ao 
consignados, é os idosos serem vítimas de fraudes das instituições financeiras, onde 
empréstimos consignados são contratados em seu nome sem a sua autorização, o 
idoso no primeiro momento pode nem perceber o desconto por ser um valor baixo, 
mas começa a perceber quando esse desconto é frequente, percebendo que foi vítima 
da fraude do empréstimo consignado. Se fizermos uma breve busca pela internet, 
reportagens ou até mesmo no site JusBrasil podemos notar o quanto essa prática sem 
sido frequente em diversos estados no Brasil, centenas de idosos estão sendo 
vitimizadas por essa prática escabrosa. 
Por que é cada vez mais frequente as pessoas idosas serem vítimas de 
violência financeira dos seus familiares? Podemos dar várias respostas, mas a que 
mais define essa situação é a dependência que o idoso tem diante a sua família, 
devido a suas limitações decorrentes a idade, apesar da população de idosos está 
crescendo consideravelmente, ou seja os idosos estão vivendo mais, mas isto não 
significa que estão envelhecendo com qualidade de vida. De acordo com o Ministério 
da Saúde, da população de idoso, 30% possui certa limitação para atividades diárias, 
como tomar remédio, cuidar das finanças, utilizar transporte ou até mesmo fazer 
compras, o que demostra a fragilidade diante de seus familiares que são seus 
cuidadores, tornando uma relação de dependência e submissão ao outro, ou seja 
aceitando tudo aquilo que é imposto, que é o caso do empréstimo consignado. 
Falamos acima o que leva um idoso ser vítima da violência financeira, agora 
vamos falar o que causa a violência financeira na visão do transgressor, o mesmo 
menospreza o idoso, como seus sentimentos, angústias, emoções, autonomia, 
tomada de decisão entre outras; desconhece ou desrespeita o estatuto do idoso, que 
estabelece e regula os diretos dos idosos; visão distorcida que os bens e proventos 
do idoso pertence instantaneamente dos seus familiares ou cuidadores. 
Violência financeira caracteriza-se pela práticarelacionada à utilização 
inapropriada da renda e/ou apoderamento do patrimônio de terceiros, neste caso do 
idoso sem a sua autorização. Exemplos nesta prática são: coagir a assinar 
documentos sem saber do que se trata, alterar seu testamento; coagir a fazer doações 
dos seus bens, coagir a assinar procurações ou extrapolar os poderes da mesma; 
tomar decisões sobre os bens sem o consentimento da pessoa. 
Muitas das vezes as pessoas que comentem a violência contra o idoso não são 
punidas, pois a vítima não sabe que está prática se caracteriza como crime, ou por 
estar numa condição de total dependência do agressor que tem medo de contar a 
alguém o que está acontecendo ou até mesmo de fazer uma denúncia, por medo do 
abandono, de sofrer outros tipos de violência ou até mesmo que medo seus 
agressores sejam penalizados. 
Para que o idoso não seja vítima de violência financeira e necessário que o 
mesmo continue tomando as rédeas da vida, prezar pela sua independência, ter 
autonomia de tomada de decisão sobre todos os aspectos da sua vida e inclusive 
sobre seus proventos e bens, não deixando que outras pessoas façam isso por ele, 
dessa força não dará brejos para cair numa possível violência de cunho financeiro. 
Entretanto, existe casos de idosos que possuem limitações físicas ou até mesmo 
psicológicas que não conseguem tomar decisões ou até mesmo se locomover para ir 
até uma instituição financeira para receber seus proventos delegando essa tarefa a 
uma pessoa que futuramente poderá ser seu agressor. 
 
Toda essa parte destacada de VERMELHO É PLAGIO DA INTERNET. 
REFAÇA ESSA PARTE E COLOQUE CITAÇÃO 
Segundo a OMS (2003), Declaração Global de Toronto para a Prevenção dos 
Maus tratos às Pessoas Idosas, de 17 de dezembro de 2002, o maltrato às pessoas 
idosas é um problema universal. As investigações realizadas até então demonstram 
a prevalência, tanto no mundo desenvolvido como nos países em desenvolvimento ou 
em ambos, do agressor como uma pessoa conhecida pela vítima. É dentro do contexto 
familiar e/ou de onde se provêm os cuidados que ocorre a maioria dos casos de 
maltrato e abuso financeiro. 
COLOQUE CITAÇÃO DIRETA 
A maioria das pessoas idosas já sofreu algum tipo de violência física, 
patrimonial ou moral em suas vidas, em grande número desses casos, essas 
violências ocorrem no ambiente familiar, praticadas por parentes mais novos ou 
cuidadores que se prevalecem da vulnerabilidade da pessoa nessa fase da vida. 
Visando prevenir todas as formas de violência contra a pessoa idosa, uma 
grande inovação foi o Estatuto do idoso, que trouxe para o ordenamento jurídico, sob 
rubrica de tipo penal (crime), a força constritiva do direito penal, várias condutas até 
então tidas como legais, ou no máximo desrespeitadoras, ou imorais, como por 
exemplo, o ato de reter o cartão de benefício previdenciário, para garantia de dívida, 
conduta ainda muito comum no nosso país, mas que passou a ser considerado crime. 
Todos os crimes previstos no estatuto do idoso são de ação pública 
incondicionada, o que significa dizer, que uma vez ocorrida o crime e chegada ao 
conhecimento das autoridades estas são obrigadas a proceder com as devidas 
investigações, independentemente do querer da vítima. 
Analisaremos resumidamente em que consiste alguns novo tipos penais e 
outros aspectos relevantes. 
DE ONDE VOCÊ RETIROU O CONTEÚDO ABAIXO. COLOQUE A 
REFERENCIA E FAÇA CITAÇÃO DIRETA 
Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações 
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio 
ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade: pena – 
reclusão de 6 (seis) a 1 (um) ano e multa. 1- Na mesma pena incorre quem desdenhar, 
humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo. 2 - A pena 
está aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob cuidados ou 
responsabilidade do agente (art. 96). 
Nesse tipo penal o bem jurídico tutelado é a dignidade da pessoa humana. A 
norma visa combater a violação ao exercício da cidadania. A conduta básica 
incriminada é a de discriminar, ou seja, fazer uma distinção, fazer diferenciação do 
idoso das demais pessoas da sociedade por motivo de idade , com a finalidade de 
impedir ou dificultar o seu direito de exercitar o pleno exercício da sua cidadania .se 
a discriminação tiver outras finalidades que não as descritas no dispositivo, o fato 
poderá não ser crime ou mesmo se adequa ao sub-tipo penal previsto no parágrafo 
primeiro do mesmo artigo, que pune a conduta de desdenhar, humilhar, menosprezar, 
ou , dependendo da forma, até mesmo outro tipo penal. o autor desse tipo de crime 
poderá ser qualquer pessoa que no exercício de alguma função pública ou privada 
tenha a capacidade de decisão e assim recuse o efetivo atendimento idoso por motivo 
de idade.COLOQUE A REFERENCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO 
Deixar de prestar assistência ao idoso, quando passível fazê-lo sem risco 
pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua 
assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de 
autoridade pública: pena –detenção de 6 (seis) meses a 1(um) ano e multa, parágrafo 
único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de 
natureza grave, e triplicada, se a morte (artigo 97). COLOQUE A REFERENCIA DE 
ONDE VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO 
 
COLOQUE CITAÇÃO DIRETA 
Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa 
permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando 
obrigado por lei ou mandato: pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa 
(artigo 98). 
Trata-se de tipo penal que visa a tutela da vida e da saúde da pessoa idosa. 
Qualquer pessoa pode ser autora desse crime, não exigindo a lei qualquer condição 
especial, para o seu cometimento, como por exemplo, ser filho, cuidador, etc. Também 
se observa que a lei não faz exigência no sentido de que a pessoa idosa abandonada 
esteja anteriormente sob cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, devendo ser 
observado, para fins de caracterização do crime e se o idoso foi abandonado em um 
dos locais descritos na lei. COLOQUE A REFERENCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU 
ESSE TRECHO 
 
Expor a perigo a integridade e s saúde física ou psíquica do idoso, 
submetendo-se a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos 
e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo ou sujeitando-o a trabalho 
excessivo ou inadequado: pena de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa (art.99). 
COLOQUE A REFERENCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO 
 
Trata-se de outro tipo penal que tutela claramente a periclitação da saúde e 
vida da pessoa idosa. Este delito guarda grande simetria com o crime de maus tratos 
previstos no art.136 do código penal, com a diferença de que neste caso, a vítima é 
sempre a pessoa idosa. A pena cominada é de detenção de 02 (dois) meses a 01 
(ano) e multa .se houver agravantes com resultado de lesão corporal ou morte a pena 
poderá chegar até a 12 (doze) anos. 
Constitui crime punível com reclusão de 06 (seis) meses a 01 (um) ano e 
multa: COLOQUE A REFERENCIA DE ONDE VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO 
 
Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade; 
Negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; 
Recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à 
saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; 
Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem 
judicial expedida na ação civil a que alude esta lei. 
Recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveisà propositura da 
ação civil objeto desta lei, quando requisitado pelo ministério público (art. 100). 
Nota-se o relevante detalhe de que embora a finalidade precípua da lei em 
comento seja a proteção ao idoso, para a consumação dos crimes previstos nos 
incisos 1 e 2, a lei não faz menção ao fato de a vítima ser idoso. Assim, nestes dois 
crimes, qualquer pessoa que seja impedida de acesso a qualquer cargo público, 
poderá ser vítima desse crime. Os demais incisos do artigo retornam à sistemática de 
colocar a pessoa idosa na condição de vítima. 
Como observado nos comentários acima, os crimes previstos no estatuto do 
idoso, a exceção dos tipos previstos no artigo 100, incisos 1 e 2, tem em comum o 
fato de que somente as pessoas consideradas idosas podem ser vítimas deles. 
Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pressão ou qualquer outro 
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da sua finalidade. Pena-reclusão 
de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa (art.102) 
O artigo é de uma modalidade especial de apropriação indébita, que tem como 
finalidade a proteção do patrimônio do idoso. As condutas são as de apropriar-se de 
bens, como proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso. 
Lamentavelmente um dos crimes ais frequentes contra as pessoas idosas tende a ser 
praticadas silenciosamente no próprio ambiente familiar a sua estatística é bastante 
insignificante pelo fato de na maioria dos casos serem praticados por filhos ou 
familiares. 
Deixar de cumprir, retardar ou frustra, sem justo motivo, a execução de ordem 
judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso: Pera- detenção 
de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa (art. 101). 
Comentado [D7]: COLOQUE A REFERENCIA DE ONDE 
VOCÊ RETIROU ESSE TRECHO 
 
Crime semelhante ao de desobediência previsto na (art. 330) do código penal, 
que tem suas condutas nucleares bem especificadas e mais amplas. Tipo penal que 
visa tutelar o funcionamento e a administração da Justiça. 
3.1. Empréstimo consignado 
 
O programa de empréstimo consignado a aposentados e pensionistas do 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com desconto na folha de pagamento foi 
instituído pela Lei n° 10.820, de 17 de dezembro de 2003. Trata-se do planejamento 
e operacionalização de uma reengenharia política, econômica e social, com grande 
investimento do marketing em que está estabelecida a aliança entre os aposentados 
e pensionistas, estado, economia, sociedade e as instituições financeiras. A 
participação de cada um deles se dá, segundo Faleiros (2005. p.57), da seguinte 
forma: 
Aposentados e pensionistas: com a renda garantida advinda da 
aposentadoria). 
O estado: com a adoção de medidas políticas. 
A área econômica e social: com o planejamento da burocracia e auferindo 
receitas com informações e públicos focalizados. 
As instituições financeiras: auferindo os lucros. ( VEJA SE AQUI NÃO É 
CITAÇÃO DIRETA) 
Para compreender a lógica de implementação do programa de empréstimo 
consignado a aposentados e pensionistas do INSS, faz-se necessário explicitar, por 
ordem cronológica, a regulamentação (no âmbito estatal e instituições financeiras), 
concertado pelas agencias públicas e privadas, buscando adequar a implementação 
às decisões de acordo com as consequências geradas para o mercado, para as 
instituições financeiras e para as pessoas idosas. 
Para o procurador da Assistência Judiciária do Direito Federal, André Moura 
Soares (2007, p. 02). 
 
Para sustentar o crescimento vertiginoso do mercado de empréstimos 
consignados, valem-se as empresas de fortes estratégias de marketing, 
exibidas, de forma especial, em propagandas populares de televisão. Para 
tanto, diversas personalidades aparecem, diariamente, oferecendo 
facilidades para obtenção de empréstimo, são artistas, esportistas, cantores, 
apresentadores de programas de auditório etc. A publicidade das empresas 
é contundente ao afirmar que disponibilizam dinheiro rápido e fácil, sem 
burocracia, para você fazer o que quiser; que para sua vida ser mais completa 
basta que se utilizem do crédito; que você sonha e o Banco, mediante a 
concessão de empréstimo realiza o seu sonho e outras do gênero. 
 
Existem três modalidades de empréstimo consignado pelo INSS: 
Na primeira, a consignação é feita diretamente no benefício previdenciário. O 
INSS repassa o valor consignado à instituição financeira a qual mantém convênio. É 
contratada pelo titular do benefício. 
A segunda modalidade diz respeito à retenção, instituída pela Lei nº 10.953, 
de 27 de setembro de 2004, em que o INSS repassa o valor integral do benefício para 
a instituição financeira pagadora do benefício, que retém o valor do desconto. Essa 
transação só ocorre com os bancos pagadores dos benefícios previdenciários 
(BRASIL, 2004). 
A terceira modalidade está prevista na Instrução Normativa do INSS de 
número17, a qual é realizada com o cartão de crédito que algumas instituições 
financeiras oferecem aos beneficiários, possibilitando 10% da margem consignável. 
Torna-se importante visualizar e entender a legislação e instruções 
normativas prioritárias que embasaram a operacionalização e a implementação do 
programa de crédito consignado. 
3.2. Violência financeira, empréstimo e a legislação 
 
A Lei n° 10.820/2003 dispõe sobre a autorização de empréstimo para 
aposentados e pensionistas com descontos das parcelas nas folhas de pagamento e 
do programa de concessão de crédito consignado. A concessão é feita diretamente 
no benefício previdenciário, sendo que o INSS repassa o valor consignado à 
instituição financeira que mantém convênio com o INSS. 
Para o procurador Soares (2007, p. 05), 
 
A linguagem utilizada pelas instituições financeiras em seus diversos modelos 
de contrato não é acessível ao público alvo, pessoas carentes, com baixo 
grau de instrução e, via de regra, aposentados e pensionistas do INSS, o que 
faz com que seu público alvo tenha avançada faixa etária. Além disso, o 
tamanho da fonte utilizada (letras muito pequenas, com espaçamento mínimo 
entre as frases) dificulta a leitura dos mais idosos, via de regra, repito, com 
baixo grau de escolaridade. 
 
Em 2004 essa legislação é complementada com a Lei n°10.953/2004, no qual 
altera o artigo 6º da Lei n°10.820/2003, e define que os titulares do benefício de 
aposentadoria poderão autorizar as instituições bancárias para fins de amortização, 
valores referentes ao pagamento mensal de empréstimos, financiamentos por ela 
concedidos. 
Nesse contexto, observa-se uma tomada de decisão e de construção de 
cenários com adoção de medidas políticas e econômicas concertadas, de aparente 
concessão de benefícios e privilégios a determinados grupos, com lucros altíssimos 
para as instituições financeiras, pois o desconto das parcelas são consignados 
diretamente na folha de pagamento dos aposentados e pensionistas, gerando uma 
forte movimentação do mercado financeiro e econômico, na maioria das vezes com 
alívio mediato aos beneficiados, pois dispõe de dinheiro rápido para atender as suas 
necessidades, entretanto a médio e longo prazos, com graves consequências para a 
vida das pessoas idosas (FALEIROS, 2005). 
A reengenharia política vem sendo estruturada e adequada à questão da crise 
pessoal referente ao endividamento abusivo dos idosos pelo poder institucional, afeto 
ao gerenciamento e mediação do governo, entre o INSS e as instituições financeiras. 
Em um primeiro momento, foram estabelecidos acordos, instruções 
normativas flexíveis em que os bancos envolvidos cobravam taxas de abertura de 
credito (TAC), taxas de liberação, juros mais variados, sem análise de crédito das 
pessoas idosas. O sistema de comunicaçãoe marketing das instituições financeiras e 
do próprio Estado formou uma imagem aos idosos de privilégios e não cumpriram as 
questões estabelecidas no Estatuto do Idoso e no Código do Consumidor, em que 
estabelecem que toda medida política que vise lucro deva alertar também para a 
responsabilidade social. Toda essa situação vem gerando adequações por parte do 
INSS, do Conselho Nacional de Previdência Social, buscando estipular de alguma 
forma limite para os juros bancários, o prazo de divisão de parcelas, em contratos 
assinados entre os idosos e as instituições financeiras, e ainda limites de percentual 
de acordo como tipo de empréstimo, como forma de resguardar as pessoas que fazem 
empréstimos (FALEIROS, 2005). 
Vale salientar que, a violência financeira ocorre em todas as faixas de renda, 
onde muitos familiares ficam na expectativa dos vencimentos das pessoas idosas para 
usufruírem, além de imóveis que são tomados, empréstimos realizados para 
beneficiar-se. Enfim, são inúmeros os meios que utilizam. 
Trata-se de uma prática, geralmente atribuída a familiares, estelionatários e 
pessoas inescrupulosas que se valem da fragilidade dos idosos, que são geralmente 
vítimas invisíveis, pois a sociedade e o poder público muitas vezes são omissos. 
Nesse sentido, segundo Faleiros (2005), em pesquisa realizada em todas as 
capitais brasileiras, a violência financeira cabe grande destaque com registro de 
incidência com um percentual de denúncias de 25% em quatro capitais, com maior 
expressão em Recife (45,56%) e Cuiabá (38,38%). 
COLOQUE UMA CITAÇÃO DIRETA 
Chegamos à conclusão que a violência independe de poder aquisitivo ou do 
nível de emprego de um modo geral, pois observamos que uma capital do nordeste, 
teoricamente, um pouco mais pobre e com maior desemprego, como Recife, tem uma 
expressão de 45,56%, em contra partida uma capital do centro oeste, Cuiabá, com 
absorção de mão de obra alta também aparece acima da média como 38,38%. 
Neste sentido, merece destaque o famigerado empréstimo consignado, que 
para os idosos pouco vale, com a pouco experiência de campo, sempre o empréstimo 
consignado é o vilão, para o idoso mesmo tem pouco avalia. 
COLOCAR AQUI O ESTATUTO PREVER SOBRE PUNIÇÃO PARA QUEM 
COMETE ESSE TIPO DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA 
 
 
4 PREVENÇÃO DAS PRÁTICAS DE VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO NO 
AMBIENTE FAMILIAR E DE MODO GERAL 
 
A prevenção tem como principal objetivo evitar as diversas manifestações da 
violência contra a pessoa idosa, detectando situações e fatores de risco e a efetiva 
intervenção nas suas consequências. 
Para prevenir é preciso ferramentas que subsidiem a prática assistencial 
cotidiana em busca da melhoria integral da qualidade de vida das pessoas idosas, 
incluindo a valorização dos riscos e sobretudo a intervenção dos profissionais, 
preferencialmente quando feita por uma equipe interdisciplinar. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
Entre as diversas circunstâncias que podem favorecer a violência contra a 
pessoa idosa podemos destacar: a dependência em todas as suas formas (física, 
Comentado [D8]: 
EU HAVIA SUGERIDO NA ÚLTIMA ORIENTAÇÃO ESSA 
ESTUTURA, VOCÊ NÃOSEGIU POR QUE?? 
SUGIRO QUE FIQUE OS SEGUINTES CAPÍTULOS 
3. VIOLÊNCIA FINANCEIRA E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS 
DO IDOSO 
3.1 CONCEITUANDO VIOLÊNCIA A PESSOA IDOSA 
ESCREVER SOBRE O CONCEITO DE VIOLÊNCIA A PI 
UTILIZANDO CITAÇÃO DIRETA E INDIRETA(AUTORES 
MINAYO E FALEIROS) 
3.2 VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSSOA IDOSA 
4. A INTERVENÇÃO E A PREVENÇÃO DAS PRATICAS DE 
VIOLÊNCIA FINANCEIRA CONTRA A PESSOA IDOSA 
4.1 A AÇÃO DA FAMÍLIA 
4.2 A AÇÃO DO ESTADO 
 
mental, afetiva, socioeconômica), desestruturação das relações familiares, existência 
de antecedentes de violência familiar, isolamento social, psicopatologia ou uso de 
dependências químicas (drogas e álcool), relação desigual de poder entre a vítima e 
o agressor. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
 
 
Além das situações anteriores, podemos destacar ainda: comportamento 
difícil da pessoa idosa, alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem 
causar um estresse muito grande no cuidador. 
A enumeração de uma série de características pode nos ajudar a ter uma ideia 
do perfil das pessoas idosas e dos cuidadores com maior risco de situações de 
violência, tendo-se o cuidado de que eles não sejam fatores de acusações. 
Quanto a situação de risco associadas a vítima temos: dependência física 
sem condições de desenvolver suas atividades normais, dependência psíquica, 
alteração das funções cognitivas, dependência emocional. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
 
Associada a transtornos emocionais: isolamento social associadas ao 
agressor, estresse e isolamento social do cuidador, problemas econômicos ou 
dependência econômica da vítima, abuso de drogas, diferentes tipos de transtorno 
mental, único cuidador. 
A efetiva implantação da política nacional do idoso (PNI), através da criação 
de serviços e programas que possam dar maior suporte às famílias para cuidarem dos 
idosos em seus lares, como por exemplo, a criação de instituições intermediárias de 
cuidados, como centros ou programas de apoio ao idoso, podem ser uma das 
alternativas para conter a violência dentro do ambiente familiar e, sobretudo, diminuir 
os índices de negligências e abandono. O mesmo termina sem solução, submersos 
em procedimentos obsoletos e demasiadamente lentos para a premência das 
demandas dos idosos. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
 
Apesar das reconhecidas dificuldades, é o próprio idoso vítima o ponto de 
partida para o combate a todas as formas de violência familiar e social que o afligem, 
é ele quem deve disparar, de algum modo, as manifestações exteriores por ajuda e, 
para tanto, é fundamental que receba apoios e orientações dos profissionais das áreas 
da assistência a proteção e de seus parentes de boa-fé. 
A prevenção das práticas de violência do idoso deve ser iniciada pelo Saúde 
Pública, portanto é necessário que o serviço de assistência social explore a temática 
da violência no ambiente familiar, através de meios de identificação das causas de 
riscos que retratam sinal de alerta que indicam a possibilidade de um idoso sofrer 
violência, para isso é necessário a cooperação social. A percepção de tal 
acontecimentos proporcionará melhor entendimento sobre a problemática e 
possibilitará a implementação de medidas de vigilância à saúde e preservação de uma 
convívio familiar harmônico entre o idoso, seus familiares e cuidadosos. 
É de suma importância reavaliar e valorizar a o papel do idoso na sociedade, 
no âmbito social, familiar, econômico e político, e gerar novas oportunidades para que 
usem suas capacidades em atividades que ocupem o tempo e enobreça sua 
existência. 
4.1 COMO INTERVIR NAS SUSPEITAS OU PRÁTICAS DE VIOLÊNCIA 
CONTRA O IDOSO: DESAFIO ÉTICO PPROFISSIONAL. 
 
O grande desafio encontrado pelos profissionais e o próprio idoso, pelos 
parentes, cuidadores responsáveis e profissionais da área da proteção social é a 
aplicação verdadeira das regras, quando a violação dos direitos dos idosos ocorrem 
no ambiente familiar, muitas vezes ocultadas durante muito tempo até anos. Sabemos 
que em geral os idosos costumam ser solidários e isolados. Eles podem apresentar 
depressão e uma baixa estima reforçada por sentimentos de vergonha, culpa e, por 
consequência a aceitação e negação dos atos de violência que o atingem. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
 
A violência contra o idoso muitas vezes se passa por despercebida pelos 
profissionais que lhes prestam assistência logo as principais dificuldades encontradas 
são as da própria vítima em decorrer de vários fatores, como o medo de represálias enovos atos de violência mais graves por parte dos agressores e por sentimento ou por 
vergonha, ou até mesmo para proteger o próprio agressor, levando-os muitas vezes 
a optarem pelo silêncio para esconder ou negar as violências que estão sofrendo. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
 
Quando um profissional da área de assistência social ou da saúde constata a 
existência verídica de situação de violência exposta ou oculta no âmbito familiar, deve-
se agir com cautela e muita responsabilidade a fim de evitar maiores riscos à 
integridade física e psicológica do idoso, nesse caso é acionado a equipe 
multidisciplinar entre em ação para que seja tomada as medidas cabíveis nessa 
situação. O caso sendo de grande complexidade, o idoso precisa ter o serviço de 
proteção, onde lhe é ofertado ao idoso o serviço de acolhimento institucional como 
casas lares, residências inclusivas, entretanto só pode ser acolhidos idosos que 
tenham condições de desenvolver suas atividades diárias sozinhas. 
Sabemos é que este serviço é deficiente nas redes públicas, podendo também 
afastar o agressor do idoso ou do local de convivência, somente com verdade de cada 
caso é que se pode dizer e tornar indispensável ações, critérios éticos e profissionais 
para que se possa evitar maiores danos à pessoa idosa. Nesse sentido a proteção e 
a vigilância dos profissionais e parentescos de boa-fé tem total importância para o 
convívio e proteção ao idoso. 
 
 
 
 
4.2. A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA E O ESTATUTO DO 
IDOSO 
 
Pode se afirmar que o idoso no Brasil, paulatinamente, vem recebendo a 
atenção que lhe é devida na esfera legal. Não obstante, tem se à frente um desafio 
muito maior: a socialização das conquistas asseguradas na lei, afim de que a velhice, 
para a maioria dos brasileiros, não seja uma etapa sem sentido e desprovida de 
dignidade (VASCONCELOS,1999). 
Considerando o idoso enquanto um cidadão de direitos, merecedor de 
dignidade e, portanto, já é suficiente o bastante para que ele seja tratado sem 
nenhuma distinção, mas é tão notória a discriminação sofrida pelos longevos que o 
legislador constituinte de 1988 achou necessário tecer dispositivos que deixassem 
expresso o repúdio à discriminação, externando o merecido respeito que para eles 
deve ser dirigido através desses dispositivos que delineiam como deve ser o 
tratamento para com o idoso. Nesse sentido, assegura Moreno (2007, p. 43) que: 
 
Apesar de estar prescrito na Carta Magna que será garantida a dignidade 
humana e a cidadania, na maioria das vezes, o idoso não é tratado como 
cidadão e a própria Constituição Federal foi obrigada a estabelecer meios 
legais para que deixasse de ser discriminado e recebesse o tratamento que lhe 
é devido. 
 
É nesse sentido que a nossa Constituição Federal de 1988 diferentemente 
das Constituições passadas que apenas faziam uma rápida menção aos idosos, por 
exemplo, a Constituição de 1937, que em seu artigo137, lia-se sobre “a instituição de 
seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os casos de acidentes de trabalho” e 
a Constituição de 1946 que em seu artigo157 mencionou a aposentadoria por idade, 
trazem seu espírito, guiada pelo princípio da dignidade e da pessoa humana que a 
permeia, buscando assegurar direitos fundamentais a todos os seres humanos, o 
dever de amparar o idoso, dever este que deve ser compartilha do pela família, pela 
sociedade e pelo Estado nos moldes do seu artigo 230, caput, a seguir descrito: 
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas 
idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e 
bem estar e garantindo-lhes o direito à vida. 
Estatuto do Idoso (2003, p. 09), que diz: 
 
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público 
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao 
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência 
familiar e comunitária. (Art. 3º. Estatuto do Idoso). 
 
Fica perfeitamente claro com a leitura do supracitado dispositivo constitucional 
que há a responsabilidade conjugada de três entes para com o idoso, sendo eles a 
família, a sociedade e o Estado. Todos esses entes devem atuar conjuntamente como 
objetivo de conseguir a reinserção do idoso na sociedade, inclusive, se for necessário 
e se for da vontade do idoso, buscando sua integração no mundo trabalhista, 
respeitadas, obviamente as limitações de cada um, haja vista que o direito ao trabalho 
é imperativo para a efetivação do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e que 
traz inúmeros benefícios para a vida de quem o realiza. 
Portanto, a Carta Política de 1988 traz em seu bojo a cidadania, ao lado da 
dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho, com o valor fundamental 
da República Federativa do Brasil (art.1º, inciso II, da CF/88). O idoso é ser humano, 
portanto merece a proteção da sua dignidade assim como toda e qualquer pessoa. 
Nesse processo de construção da cidadania dos idosos podemos citar o 
Estatuto do Idoso, documento brasileiro, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que 
em seu artigo primeiro estabelece: “Art.1º. É instituído o Estatuto do Idoso, destinado 
a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos” (FARINATTI, 2008, p. 443). Em consonância com a Política Nacional 
do Idoso (Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994), a qual determina em seu artigo 
segundo, que considera-se como idoso a pessoa maior de sessenta anos de idade. 
Pode se dizer que o tema central que permeia todos os artigos do Estatuto do 
Idoso é o amparo, a assistência e a proteção ao indivíduo em seu processo de 
envelhecimento e quando já velho. O Estatuto esclarece sobre os deveres das 
famílias, das instituições, do governo e do cidadão comum em relação aos cuidados 
e apoio ao idoso. As mudanças sociais ocorridas no mundo industrializado 
acarretaram alterações na dinâmica da família moderna, refletindo na relação com os 
idosos (MARTINS; MASSAROLO, 2008, p. 201). 
Reiterando o já anteriormente colocado, como bem lembrado por Ramos 
(2004), se os idosos não tiverem consciência de que esses direitos existem e que as 
autoridades e demais cidadãos devem agir no sentido de afirmá-los, de nada terá 
adiantado todo o esforço para sua elaboração e vigência. A lei por si só não é capaz 
de mudar a realidade. Ela necessita da disposição de todos no sentido de cumpri-la. 
Para a sociedade brasileira, dominada pelo preconceito e pela onda 
globalizante, o que predomina é o saber que advém do domínio da tecnologia, ficando 
o conhecimento que é oriundo das experiências vividas relegado ao plano do pouco 
estimado. Esse contexto precisa ser repensado e modificado, pois se deve fazer o 
possível para que o conhecimento valorizado atualmente e o conhecimento advindo 
através de experiências com o passar dos anos detido pelos idosos caminhem lado a 
lado para o progresso e bem estar do povo brasileiro. 
COLOCAR CITAÇÃO DIRETA 
 
Se faz necessário, portanto, refletir e repensar ações que propiciem qualidade 
de vida para os idosos, afim de que suas potencialidades e sua sabedoria sejam 
aproveitadas, não apenas em benefício dos próprios idosos, mas também em 
benefício da sociedade. 
Com a nova dinâmica do cuidado aos idosos, demandam-se adaptações das 
famílias, dos programas governamentais, da sociedade, das instituições e, em 
especial, da equipe que atende essa população. Demandas essas, claramente 
contempladas pelo Estatuto do Idoso. Entretanto, torna-se necessário serem 
debatidas tais necessidades com os profissionais

Continue navegando